BONDADE

 

A  RECOMPENSA  DE  FAZER  O  BEM

 

Um comerciante rico de Nova York, retornando à casa numa tarde fria, encontrou na soleira da porta uma criança pobre, descalça e banhada em lágrimas. Seu coração ficou cheio de compaixão. Tomou-a, alimentou-a e vestiu-a, e, juntamente com um cesto de alimentos e um cobertor, mandou-a para casa, dizendo-lhe que viesse a ele sempre que necessitasse de alimento, roupa ou combustível. A mãe, que era viúva, sentiu-se confortada, e sempre que a pobreza a atingia demais, a criança ia à casa do comerciante.

Um dia chegou chorando amargamente. Sua mãe havia morrido e ela não tinha ninguém que lhe valesse senão o bom comerciante. Este fez o enterro da pobre senhora e levou a filha para casa até que pudesse escrever aos parentes, porque a mãe se casara contra a vontade dos pais e estava deserdada. Os parentes então a tomaram do comerciante. Com o correr dos anos, sobreveio um infortúnio ao homem que havia sido misericordioso. A morte de seus familiares e a quebra financeira deixaram-no na pobreza e ao desamparo. Finalmente teve de ficar na rua.

Um dia sofreu um acidente e foi levado para o hospital. Isso foi noticiado pelos jornais, que fizeram um resumo de sua vida e infortúnio. Uma bondosa senhora leu a notícia e dirigiu-se para o hospital de Nova York, para junto do leito do pobre e velho homem.

 

A princípio ele não reconheceu nela a pequena que outrora ele auxiliara. Ela havia recebido boa educação, casara-se e vivia na abastança. Nunca esquecera seu primeiro benfeitor, mas não conseguira relembrar os seus traços até o momento em que leu a notícia no jornal. Levou-o para casa e cuidou dele durante o resto dos dias de sua vida, como se fosse o seu próprio pai. – The Illustrator.

 

BENEFICÊNCIA  MULTIPLICADA

 

Um rico negociante de S. Petersburgo mantinha por sua conta vários missionários na índia e dava liberalmente à causa de Deus em sua própria terra. Perguntou-lhe alguém como podia fazer tanto, ao que respondeu:

– Quando eu servia ao Diabo, fazia-o em grande escala. E quando, por Sua graça, Deus me chamou das trevas, resolvi que Cristo havia de receber mais de mim do que o Diabo recebera. Mas, quanto à razão de eu poder dar tanto, os senhores devem perguntar a Deus, que é quem me habilita a fazê-lo. Quando me converti, disse ao Senhor que Sua causa teria parte de tudo que meu negócio lucrasse; e todos os anos, desde que fiz essa promessa, os lucros têm duplicado. Assim, posso eu duplicar minhas dádivas à Sua causa.

 

NÃO  FOI  INÚTIL

 

Uma jovem, que gostava muito de flores, estava cultivando uma roseira junto de certa muralha de pedra. Crescia a planta vigorosamente, mas não florescia. Dia após dia a moça a cultivava, regando-a e fazendo o possível para que ela produzisse.

Certa manhã em que a jovem, desapontada, permanecia perto da roseira, julgando que todos os seus esforços tivessem sido inúteis, ouviu a voz de sua vizinha. Era uma inválida que vivia presa à sua habitação. A vizinha lhe dizia: "Você não pode imaginar o quanto tenho desfrutado com as flores da roseira que você plantou." A moça, erguendo-se sobre a muralha, pôde ver do outro lado dela grande quantidade de botões de rosas. Uma haste da planta, atravessando um interstício da parede, fora florescer belamente do outro lado.

Aí está uma lição magnífica. Muitas vezes somos tentados a julgar que os nossos esforços estão sendo inúteis, quando realmente estão eles produzindo efeitos onde a nossa percepção não os apanha. A nossa missão é a de fazer o bem: os frutos aparecerão onde e quando a Providência o determinar. – J.B.

 

TODAS  AS  DÁDIVAS  SÃO  RETRIBUÍDAS

Luc. 6:38

 

O presidente de uma empresa farmacêutica recebeu uma dose de seu próprio remédio, que lhe foi grato ao paladar.

Por vários anos E. Claiborne Robins, chefe de uma firma de laboratório farmacológico em Richmond, em Virgínia, de vez em quando fechava seu estabelecimento para levar seus 170 empregados em breves viagens de férias. Washington, D.C., foi o destino da primeira excursão.

Seguiram-se viagens mais longas – uma a Neva York, outra a Miami. A companhia pagava todas as despesas. Quando lhe perguntaram porque seguia costume tão contrário às práticas comerciais, o Sr. Robins respondeu: "Estou convencido de que esses empregos de capital num pouco de recreação pagam seus dividendos na atitude do pessoal para com sua tarefa."

Em seu vigésimo aniversário de presidência da firma, o Sr. Robins recebeu uma agradável surpresa – seus empregados viraram as coisas, e ofereceram ao chefe uma viagem à custa deles próprios. Entregaram-lhe dois cheques – um simulado contra o Banco do Divertimento, e um verdadeiro, de 4.200 dólares – e sugeriram que ele e a sua esposa fossem em viagem por quinze dias a Acapulco, México.

 

Seria erro supor que as ações generosas e boas são sempre retribuídas com bondade, como no caso citado. Muitas vezes os dividendos vêm por outras maneiras ...

 

 

 

 

O  PRÊMIO  DA  BONDADE

 

O Conde Leon Tolstoi, grande escritor russo, tinha uma filhinha. Conta-se que um dia esta estava brincando com outras meninas e meninos quando começou uma briga entre ela e um dos meninos.

– Papai, – disse a menina chorando, ao entrar no quarto do conde – aquele menino me segurou no braço. Por que o senhor não lhe dá umas pancadas?

O senhor Tolstoi sentou a filhinha em seus joelhos e disse:

– Para que devo eu castigá-lo? Se eu fizer isso, ele se zangará comigo também e ao invés de aborrecer somente a um, aborrecerá a dois: você e eu. O melhor é que nós o alegremos. Toma esta geléia e estes pastéis e entrega-lhos com muito carinho.

 

Nem necessitamos, por certo, dizer o que seguiu ao presente da menina. Esta pequena aprendeu de seu papai o ensino de Jesus: "Devolvei o bem pelo mal." – F.G.

 

DERROTA  E  VITÓRIA

 

Explorando as regiões de Arizona nos Estados Unidos, um homem encontrou notável ponte natural. Atravessa um profundo abismo, com 15 metros de largura. É formada por uma grande árvore petrificada que, segundo os cientistas há muitos séculos tombou devido aos efeitos de uma terrível tempestade, ficando sobre o abismo. A água e o tempo fizeram-na passar por sucessivos estados de mineralização e agora é uma árvore maravilhosa de ágata sólida.

Quando, um dia, em pleno vigor, batida do furacão, esta árvore foi atirada ao solo, pareceu um fracasso. No entanto, que nobre missão estava ela destinada – a de formar assim uma ponte a permanecer por séculos servindo de passagem a um e outro lados do abismo! – Únitas

 

BONDADE

 

Um regimento de soldados britânicos, na índia, foi chamado para realizar uma prova de resistência – marchar muitos quilômetros ao longo de um trilho arenoso, com tempo determinado, sem ficar nenhum homem para trás.

Um jovem recruta do regimento achou muito dura a prova. Depois de ter percorrido parte da distância, disse ao companheiro, um velho e experimentado soldado: "Bill, não posso suportar a prova. Tenho de abandonar as fileiras." O Sol tropical caía desapiedadamente, a areia era funda e abrasadora, e o jovem estava já para se dar por vencido. Vendo que o rapaz precisava imediatamente de auxílio, o enrijecido soldado disse: "Olhe, dê-me o seu fuzil." Isso aliviou a carga, e o rapaz exausto caminhou ao lado de Bill meia dezena de quilômetros mais. Outra vez começou a afrouxar; o experimentado veterano tomou mais do seu equipamento, e não demorou muito que Bill estivesse carregando toda a bagagem do rapaz. Quando, vencida a distância, soou por toda a linha a voz do "Alto", cada homem estava em seu lugar.

 

HOSPEDANDO  ESTRANHOS

Heb. 13:2

 

Era uma noite fria e escura. O vento soprava fortemente e a neve caía. Conrado estava sentado ao lado de uma boa estufa, meditando a sós, enquanto sua esposa Úrsula preparava o jantar. De repente o silêncio foi quebrado por uma doce voz que cantava um hino, nalgum lugar fora, naquela noite fria.

"Para os covis fugiram as raposas,

E os pássaros voaram para os ninhos,

Mas eu aqui estou desabrigado,

Vagando sem repouso e sem carinhos."

Conrado olhou à esposa e com lágrimas nos olhos lhe disse: "Penso que deve ser a voz de uma criança, é tão doce!"

Sua esposa ficou tocada, pois havia perdido um menino não muito tempo antes. Assim, eles abriram a porta, trouxeram um pequeno errante, com a roupa rasgada, e deram-lhe de comer. O calor do aposento fê-lo desmaiar, mas com a bondade e carinho logo voltou a si e contou que era filho de um mineiro pobre, que queria que ele estudasse e se tornasse alguém. Por isso andava cantando para ganhar a vida enquanto continuava os estudos.

Pela manhã, decidiram oferecer ao rapaz que morasse com eles durante o tempo que estivesse estudando na universidade. Assim ele ficou até que decidiu entrar no mosteiro.

Como resultado do estudo de uma Bíblia que ele achou mais tarde, aquela pequena e doce voz desenvolveu-se numa voz forte que ecoava através do mundo cristão e esmagava o poder dos maus papas. Pois aquela noite, quando abriram a porta da casa para aquele pequeno, estranho e maltrapilho, fizeram-no para nenhum outro senão aquele que se tornou, posteriormente, o grande reformador Martinho Lutero. – A.H. Cannon.

 

A  IMPORTÂNCIA  DE  UM  FUNDAMENTO

 

Há muito tempo, na Itália, algumas pessoas resolveram edificar uma torre, e o fizeram. Era uma torre tão bonita que vocês haviam de gostar de ver. De algum modo, porém, ao edificá-la não puseram alicerces apropriados às condições do solo e ao peso da torre. Como resultado, temos hoje a tão conhecida Torre de Pisa, inclinada. Para a maioria, com certeza, o alicerce parecia bom porque somente numa parte é que era fraco, mas isto bastou para que a torre ficasse inclinada.

Algumas vezes encontramos jovens e senhoritas que dão pouca atenção ao fundamento sobre o qual estão edificando diariamente.

O único plano seguro a seguir é conseguir e pôr em seu fundamento o mais importante material que há – a principal Pedra Angular. Tendo esta por modelo, vocês acharão as pedras da Honestidade, Integridade, Fidelidade e Pureza. Incluam também as pedras da Diligência, Perseverança e Cortesia. – Church Officers' Gazette.

 

MAL  QUE  SE  TORNOU  BEM

 

Conta-se que certo colportor estava vendendo exemplares da Bíblia nos carros de um trem, quando um viajante o chamou e comprou 5 exemplares. Depois de pagá-los, lançou-os pela janela, o que muito entristeceu o colportor.

Na próxima estação, o servo de Deus tentou voltar para apanhá-los, mas desanimou porque a distância era grande. Tempos depois, esquecido o incidente, o colportor volta a viajar na mesma estrada de ferro, tendo obtido licença para visitar os seus funcionários, que residiam dos lados da via férrea. Ficou surpreso quando viu que em casa de um guarda existia um exemplar da Bíblia, dos cinco que foram, havia tempo, lançados pela janela do trem.

Esse guarda contou ao colportor que quisera muito de ter um exemplar das Escrituras, mas que nunca teve dinheiro para adquiri-lo. E que um dia achou no leito da Estrada o exemplar que tinha em sua casa, o qual lia com os seus diariamente.

Jogando pela janela os 5 exemplares, o incrédulo quis acabar com os que eram vendidos pelo colportor. Entretanto, sem jamais pensar, o seu gesto irreverente serviu para beneficiar pelo menos uma família! – Seleto

 

"ELES  NÃO  O  MERECEM,  SENHOR"

 

Paulo I. Wellman, em The Chain, conta-nos uma bela história originária dos negros do Sul. Ela se refere à quarta tentação. Todos conhecemos as três tentações de Jesus no monte, isto é, a da fome, do insultuoso desafio e do ambicioso orgulho. Mas os negros do Sul falam de uma quarta tentação, que veio a Jesus quando Ele estava suspenso na cruz. Satanás retornou a Ele e sussurrou-Lhe ao ouvido: "Eles não O merecem, Senhor."

Nesta altura do drama do Calvário, o Mestre levantou a voz e clamou: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem." E imediatamente Satanás fugiu, pois ele sabia que os poderes das trevas jamais poderiam prevalecer contra a imaculada alma do Filho de Deus. – The Conquest of Life.

 

"O  QUE  TENHO"

 

Não precisamos ser ricos para auxiliar a outros. Um ato de bondade é de mais valor que prata e ouro. O Senhor não nos pede que demos o que não temos, mas o que temos.

Um mendigo aleijado esforçava-se em concertar um traje velho que havia sido lançado de uma janela, quando um grupo de rapazes grosseiros se reuniram em torno dele, arremedando-lhe os desajeitados movimentos e caçoando dele. Súbito, um nobre rapazinho do meio do grupo auxilia o pobre aleijado a fazer o seu conserto e coloca-o no saco. Depois, pondo-lhe uma moeda de prata na mão, sai correndo, quando uma voz do alto diz: "Menino do chapéu de palha, olhe para cima." Uma senhora, na janela, disse-lhe, comovida, as seguintes palavras: "Deus o abençoe, meu bom pequeno. Deus o abençoará por isso!"

E enquanto ele prosseguia o seu caminho, pensou no grande prazer que havia proporcionado a seu próprio coração, ao fazer o bem. Pensou no olhar de gratidão do pobre mendigo; no sorriso da senhora e sua aprovação. E, acima de tudo, ele quase podia ouvir seu Pai celestial dizer: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia." – Seleto.

 

FORMOSURA  DA  BENEFICÊNCIA

 

Havia uma disputa entre três senhoras, sobre qual delas tinha as mãos mais belas. Uma delas estava junto de um ribeiro, e mergulhava a mão na água, erguendo-a então; outra apanhou amoras até que tinha vermelhas as pontas dos dedos; e outra apanhou violetas até que as mãos lhe ficaram perfumadas. Uma velhinha pobre passou por ali e pediu:

– Quem me dará uma esmola?

Todas três lhe negaram auxílio. Mas outra pessoa que estava junto, e não tinha mãos lavadas no ribeiro, nem manchadas de frutas, nem perfumadas de flores, deu uma esmola à pobre, que ficou satisfeita. E então perguntou àquelas jovens qual era o motivo de sua disputa e elas explicaram, e levantaram perante ela suas lindas mãos.

– Lindas mesmo! – confirmou a pessoa.

Mas, ao perguntarem elas qual das mãos achava a mais bela, respondeu:

– Não é a mão que foi banhada no ribeiro, nem a que tem as dedos vermelhos, nem a perfumada pelas flores, mas é a mão que dá aos pobres, a mais bela de todas.

E dizendo estas palavras desapareceram-lhe as rugas do rosto, lançou por terra o cajado que trazia e apresentou-se  perante as jovens como um anjo descido do Céu, com autoridade bastante para decidir a questão disputada.

 

BENEFICÊNCIA

 

Uma senhora visitou a cidade de Nova York e viu junto à calçada uma meninazinha maltrapilha, tiritando de frio e olhando ansiosamente para uns ricos bolos que se achavam expostos na vitrina. Parou ali e, tomando pela mão a pequena, levou-a para a confeitaria. Embora soubesse que, na realidade, um pão seria melhor para aquela criatura faminta do que um bolo, comprou-lhe o bolo desejado. Levou-a então para uma loja,  comprou pra ela um vestido e outros agasalhos. A pequena olhou firme ao rosto daquela senhora e, com toda a simplicidade, perguntou:

– A senhora é esposa de Deus? – 6.000 Sermon Illustrations.

 

JULGAR  PELA  APARÊNCIA  EXTERIOR

 

É muito fácil julgar mal as pessoas. As provas estavam todas contra Benjamim, no entanto, não era culpado. Precisamos aprender dessa lição a não "julgar".

Aquele que parece o mais culpado talvez seja inocente.

Vocês já observaram alguma vez um vendedor de revistas apanhando, no trem, os periódicos que vendera aos viajantes e que estes deixaram no assento, depois de os ler?

Desejaria saber se vocês pensaram o mesmo que eu, ao ver ultimamente um desses vendedores. Ia de um assento a outro, ajuntava os jornais, alisando-os um pouco e pondo-os em baixo do braço. Pensei, naturalmente, que fosse levá-los para o outro carro, dobrá-los bem e vendê-los de novo.

Embora julgasse que ele precisava do dinheiro, desceu um pouco na minha estima, ao pensar que iria revender os jornais velhos. "Há fraudes em todos os ofícios", disse comigo mesmo.

Segui o vendedor até o outro carro e observei-o dobrando os jornais. Arrumou-os com esmero numa pilha bem feita, enrolou-os e amarrou-os com um cordel. Perguntei-lhe se tinham algum valor, e ele me revelou o segredo.

"Há um velho, que vive numa cabana ao lado da linha, não longe daqui, explicou. Vive lá há muitos anos. Mora sozinho e creio que os dias e as noites devem lhe parecer muito longos. Sempre que passo, atiro-lhe um maço de jornais." 

Saí com ele para o vestíbulo e esperei que aparecessem a casinha e o velho solitário. Realmente estava à beira do caminho, à espera. Desejaria ter tirado uma fotografia do semblante do velho – e do vendedor também – ao passarem os jornais das mãos deste para as daquele. O trem descia, veloz, as montanhas em direção do grande Pacífico, e nele se achava alguém cujo coração se alegrava por um pequeno ato de bondade que suavizara a vida de um semelhante.

E naquele comboio se achava também alguém que dizia a si mesmo que não se devem julgar as pessoas precipitadamente, pela aparência exterior, e que, afinal, muito do prazer da vida consiste em praticar pequenos atos de bondade. – Only a Dog and Other Stories.

 

A  ÁGUA  FRIA  A  UM  PEQUENINO

S. Mat. 10:42

 

Um grupo de pessoas estava à espera de um ônibus numa esquina de rua em Tulsa, cidade de um Estado americano. Enquanto eles esperavam, surgiu pela calçada uma meninazinha de cor, vindo em suas muletas. Uma das muletas lhe dava dificuldade, com a ponteira de borracha sempre a cair.

Do grupo à espera adiantou-se um bem trajado homem de negócios de respeitável aspecto. Abaixou-se, apanhou a ponteira, colocou-a firmemente na extremidade da muleta, deu-lhe vigorosa torcedura, como a dizer: "Agora, fique aí", e depois voltou ao seu lugar.

A menina sorriu e agradeceu amavelmente ao benfeitor, e continuou seu caminho.

O homem observou como a pequena coxa ia andando com dificuldade. Depois, quando após alguns momentos a ponteira tomou a sair, dirigiu-se apressadamente para lá a fim de prestar mais auxílio. Desta vez ele tirou um pedaço de jornal de sua pasta, enrolou-o na ponta da muleta, forçou a ponteira de borracha ali, sacudiu a muleta a fim de verificar se estava bem ajustada e então, com um sorriso, devolveu-a à meninazinha. Ela repetiu os agradecimentos pela bondade, e ele volveu a seu lugar de espera. Os outros a essa altura já se haviam ido, pois enquanto ele dava seu "copo de água fria" à pequena, o ônibus tinha vindo e tinha ido embora.

 

PEQUENAS  COISAS  NA  VIDA

 

Na base do edifício do Tesouro dos Estados Unidos, na cidade de Washington, há uma grande balança, que foi usada nos tempos passados pelo governo, por causa de sua segurança, em peso de ouro. Se dois cartões, cada qual com a mesma grossura e peso, são pesados e um cartão é tirado fora, seu nome é escrito; e, sendo nela novamente posto, o grafite usado para escrever o nome faz que um dos pratos da balança se desvie de sua posição normal, dada a grande sensibilidade da mesma.

Em todos os dias da vida um simples sorriso, uma palavra alegre de saudação, um olhar de simpatia, uma mão ajudadora – tudo é necessário; e, a dádiva ou pedras de tropeço nestas coisinhas boas podem causar o balanço para cima ou para baixo nalgumas vidas, ou ainda, balançar incertamente.

Vocês já ouviram o pequeno poema a respeito de um sorriso que tendo o valor de um milhão de dólares, não custou um centavo? Vocês já ouviram? Então sorriam. Por causa de um olhar de simpatia vocês já viram desgostosas almas serem aliviados de seus cuidados.

Sejam simpáticos. Como resultado de uma palavra cheia de alegria, vocês já viram trevas e desânimo serem vencidos. Sejam alegres, porque socorrendo a outros, vocês fazem felizes a duas pessoas: a auxiliada e a vocês mesmos.

Sejam um auxílio a alguém.

Cultivem bons hábitos. "A felicidade é um hábito – cultivai-a".

Valem a pena estas coisas? Experimentem e vejam por si mesmos. Sua própria alma será alegrada, e auxiliada, um círculo da humanidade irá em seu caminhar e cada qual em redor lançará dentro do eterno e amplo círculo humano alguém que tem auxiliado.

 

LANÇA  SOBRE  O  SENHOR  O  TEU  FARDO

I Sam. 8:6

 

Quando Israel quis ser semelhante às nações ao redor, isto desagradou a Samuel. Magoou-o profundamente, mas o levou a dobrar os joelhos. Ele não falou desagradavelmente ao povo. Antes falou com Deus a respeito do caso. Não ficou ansioso, mas orou pela questão. 

 

Carlos Mayo, da Clínica Mayo disse uma vez:

"A ansiedade afeta a circulação, o coração, as glândulas, e todo o sistema nervoso, afetando profundamente a saúde. Ainda não conheci um homem que morresse de excesso de trabalho, porém muitos que morreram ao peso de dúvidas." Samuel nunca duvidava ou ficava ansioso, porque aprendera o sentido das palavras de Deus: "Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e Ele te susterá."

"Samuel orou ao Senhor". Que fazemos nós quando alguma coisa nos desagrada? Revidamos? Ou falamos com Deus a esse respeito como fez Samuel? Somos muitas vezes prontos a criticar e fazer reprimendas a outros, mas somos nós assim prontos a mostrar apreciação? As crianças especialmente são sedentos de apreciação.

 

Uma jovem mãe conta esta história:

"Minha filhinha muitas vezes se comporta mal, e tenho de repreendê-la. Mas ela já foi uma criança realmente boa; não fizera uma só coisa que merecesse censura. Naquela noite, quando eu a coloquei na cama, ao dirigir-me para a escada, ouvi-a soluçar. Voltei e a  encontrei com a cabeça enterrada no travesseiro. Entre soluços, ela perguntou: "Não fui hoje uma menina regularmente boa?" "Aquela pergunta", disse a mãe, "penetrou-me como um punhal. Eu fora deveras pronta para corrigi-la quando ela errava, mas quando procurara se comportar bem, não o notara. Pusera-a na cama sem uma palavra de apreciação."

 

"SEDE  UNS  PARA  COM  OS  OUTROS  BENIGNOS"

 

Algumas crianças conversavam acerca deste verso. Um menino disse: "Vou convidar aquele menino com quem ninguém se importa, para vir jantar comigo qualquer noite destas."

A menina que estava ao lado direito do menino que falara, disse: "Vou fazer anos na semana vindoura, quero, portanto, convidar algumas meninas que raras vezes assistem a festas, para que venham à minha festinha de aniversário."

Um menino que era um tanto acanhado, disse: "Vou levar para casa aquele menino aleijado da nossa classe. Ele ficou muito assustado, no outro dia, quando um grande cão o atacou e quase o derrubou."

A meninazinha vestida de azul, que sempre tinha no rosto um sorriso de felicidade, olhou para o professor que ouvia atentamente o que esses meninos diziam. Depois disse, calmamente: "Não me lembro de qualquer coisa especial que possa fazer. Mas ajudarei em qualquer lugar e em qualquer tempo que puder."

Com um sorriso amável que abrangia a todo o pequeno círculo de crianças, disse o professor: "Isto é o que Jesus espera de todo menino e de toda menina. Quer que cada um ajude amavelmente onde quer que esteja e a qualquer tempo que haja necessidade de auxílio." – Sunday School Teacher.

 

COMO  SE  FOSSE  PARA  ELE

 

William Stodgier conta a história de como Santo Antônio orava e lia a sua Bíblia durante horas cada dia, vindo a tornar-se um homem muito bom. Mas um dia o Senhor lhe disse que havia um homem melhor do que ele. Este homem era Conrado, o sapateiro de Jerusalém. Antônio foi em visita ao sapateiro e compreendeu o segredo de sua bondade. Conrado protestou quanto a ser considerado bom, mas disse: "Se quiser saber o que eu faço, posso dizer-lhe. Sou sapateiro, e cada par que eu conserto, eu o faço como se fosse para Jesus." – Seleto.

 

SEREI  BONDOSO

 

Bondade é amor a brilhar no coração. Assim é que só se pode ser bondoso tendo amor para com os outros no próprio coração. Se em nossos relações para com os semelhantes avançarmos tanto quanto nos aconselha o Salvador, e amarmos mesmo nossos inimigos, seremos naturalmente bondosos para com todos.

Existe hoje no mundo grande necessidade de bondade, uma vez que a maioria do povo se tornou muito egoísta. Em seus planos pensam unicamente em si próprios, esquecendo-se das necessidades e felicidades dos que os cercam.

Certo dia estava um garoto numa longa fila, com outras pessoas, esperando a abertura da porta da cozinha "de sopa" do Exército da Salvação. Era dia de Natal. Ele era órfão e fazia muito tempo que não tomava uma boa refeição. Muitas vezes matara a fome revolvendo latas de lixo nos pátios de Nova York. Mas agora ia provar uma boa comida.

Estando ele ali, na calçada gelada, tiritando de frio, observou uma menina alguns anos mais nova do que ele, na mesma fila. Ela não tinha sapatos nem meias. Ficava num pé só, encostando o outro pé na barriga da perna, para o aquecer, e depois, firmando-se nesse pé, levantava o outro, procurando aquecê-lo na barriga da outra perna.

O garoto ficou a observá-la até que não pôde mais suportar. Dirigiu-se para ela, tirou o casaco e o deu à menina: "Faça o favor de colocar este casaco." E logo que a menina assim fez, ele retomou o seu lugar na fila.

 

O  MÓVEL  DA  BENEFICÊNCIA

 

Um homem muito beneficente disse: "Há alguns dias, levei a uma pobre senhora um agasalho (quente, mas bastante usado), e dois pães – pão bom, mas já endurecido. Fazia muito frio, e o agasalho foi recebido com gratidão. A pobre mulher estava com fome, e o pão foi apreciado. Mas hoje, enquanto eu ouvia o sermão, conclui que, se tivesse refletido que era Jesus a quem eu visitava, na pessoa de um de Seus discípulos, eu lhe haveria levado um agasalho novo, e pães frescos.

 

CONCEITO  DE  GRANDEZA

 

Dois irmãos, Amede e Omar, desejavam fazer alguma coisa para perpetuar-lhes a memória. Omar erigiu um grande obelisco, junto a uma larga estrada, e nele gravou o seu nome com muitas outras inscrições. Lá permaneceu o esplêndido monumento por muitos anos, mas inútil para o mundo. Amede cavou um poço no deserto e plantou ao redor dele algumas palmeiras. No decorrer de algum tempo, o local se transformou em lindo oásis onde o viajante cansado se detém para saciar a sua sede, alimentar-se com o fruto das palmeiras, e descansar à sombra.

Todos os que por lá passam bendizem o nome de Amede, que é cognominado o Bom.

A história ilustra dois planos de vida. Um consiste em procurar ter grande nome, embora inútil como o foi o que se gravou no obelisco de Omar. O outro consiste em transformar a vida em oásis onde os cansados podem encontrar descanso, conforto e refrigério. – Transcrito.

 

DELICADEZA

 

Um homem andava apressado por uma rua, à noite, quando outro, também apressado, saiu repentinamente de uma porta, e os dois colidiram com grande força. Enfureceu-se o segundo homem, e usou linguagem áspera, ao passo que o outro, tirando o chapéu, disse, com muita discrição: "Meu caro senhor, não sei qual de nós é o culpado por este encontro, mas estou apressado demais para investigar. Se fui eu quem o atropelou, peço-lhe perdão; se foi o senhor, não é preciso desculpar-se."

E pôs-se a correr, com redobrada velocidade. – Seleto.

 

O  PRAZER  DE  AJUDAR

 

Há pouco tempo faleceu na Escócia um velhinho de 78 anos, que durante toda a sua longa vida trabalhou com tapeçaria, lutando sempre com muita dificuldade.

No testamento, deixou à universidade da sua terra, uma das mais antigas e afamadas, a grande quantia de 100 mil reais para garantir a instrução de "jovens que por motivos financeiros, não pudessem seguir curso universitário sem auxílio", como dizia o testamento.

Toda os que souberam disto pensaram como tinha conseguido o pobre trabalhador fazer semelhante doação.

Alguém que o conhecera de perto contou a sua história.

Desde rapazinho, Guilherme Craig teve desejo de saber. . . saber! Sendo, porém, filho de pais paupérrimos, logo que saiu da escola primária teve de aprender um ofício e deixar os estudos. Quando se tornou jovem, ainda tinha esperança de poder estudar e por isso poupava todos os centavos que podia. Mas o tempo se passava e ele sempre a estufar móveis e a colocar cortinados, mal ganhando para não morrer de fome.

Quando Guilherme Craig viu que era de todo impossível alcançar o seu objetivo, resolveu continuar a poupar os seus centavos de maneira que, quando morresse, pudesse deixar alguma coisa com que auxiliar jovens que, como ele, tivessem ânsia de se instruir.

Guilherme Craig nunca se casou. Viveu só, sempre frugal, e renunciando a todo conforto. A sua única recreação eram longos passeios durante os quais estudava a natureza.

Gostava muito de ler, mas não gastava dinheiro em livros. Passava horas na biblioteca pública, curvado sobre os livros. E sempre a trabalhar para o alvo que se propusera: formar um pecúlio para ajudar a jovens e senhoritas que ele não iria conhecer nunca, a se prepararem para a vida, sem que precisassem esmagar no peito o mesmo desejo de saber que ele, pobre trabalhador, nunca tinha podido satisfazer.

E ele venceu. Após a sua morte, em sessão extraordinária, o reitor da Universidade de Aberdeen recebeu dos testamentos o legado de Guilherme Craig, cuja memória os meninos devem honrar, estudando com afinco. – Adaptado.

 

A  BOA  SEMENTE  CAIU  EM  SOLO  FÉRTIL

 

No longínquo centro da África, no hospital da Missão Kirundu, o missionário V. Norcott tratava de um jovem africano, chamado Twakari. As feias úlceras que tinha no pé, estavam sendo cicatrizadas mediante o proficiente tratamento que era ministrado. Durante o curativo houve este diálogo:

       Bwana (senhor), quando minhas feridas sararem, serei médico, para cuidar do povo.

       Mas, Twakari, já temos dois assistentes nativos, e não há recursos para mantermos mais auxiliares no hospital.

       Mas não é possível trabalhar sem receber dinheiro?, insistiu ele.

       Sim... disse vagarosamente, mas bem poucos fazem isso.

       Bem, o senhor diz que esta é a missão de Jesus. Se o seu Jesus quer que se faça o trabalho, arranjará o dinheiro, não é?

Algum tempo depois estavam fechadas as feridas de Twakari, as quais deixaram grandes cicatrizes brancas. Ele se achava na escola – um membro da família da missão.

Um sábado à tarde, quando tomávamos a rejeição, ele chegou à porta:

       Sim, Twakari?

       Tem um rolo de gravuras? Queremos ir às vilas pregar.

Tive de informá-lo de que já se tinham esgotado os rolos de gravuras, e que devíamos tomar emprestados uma Bíblia e um hinário e usá-los para a pregação, embora ele não saiba ler bem, lembra-se dos hinos e dos textos, e os livros têm bom efeito sobre ele e o auditório. Esse jovem, provavelmente, nunca se tornará enfermeiro, nem mesmo assistente, mas o dispensário lhe inspirou, bem como a outros, novos pensamentos e novos desejos. Se Jesus quer que se faça o trabalho, não providenciará os meios? Não, despertará Seus mensageiros.

Há, nesta grande floresta, outros Twakaris a quem precisamos transmitir a mensagem da mesma maneira pessoal. – Church Officers' Gazette.

 

A  MENSAGEM  DE  UM  GESTO

 

Na rebelião "Boxer", na China, este país causou aos Estados Unidos, sérios prejuízos, que importariam em quinze milhões de dólares.

A América do Norte, em lugar de obrigar a China a pagar a indenização, resolveu perdoá-la. A China então enviou imediatamente a Washington um diplomata para transmitir ao governo dos Estados Unidos os mais profundos agradecimentos. Fez mais. Reservou a quantia que teria de pagar como indenização à educação dos chineses. Assim é que, anualmente, 650 estudantes chineses cursam as universidades americanas. Que mensagem profunda não pode haver em um gesto nobre.

 

INSUFICIENTE  PARA  PAGAR

 

Um homem bondoso e rico enviou a seguinte mensagem a um vizinho muito pobre: "Quero lhe dar uma chácara". O pobre ficou encantado com a idéia de possuir uma propriedade, mas era demasiado orgulhoso para recebê-la como doação. Depois de muito pensar, resolveu visitar aquele senhor que lhe fizera o oferecimento. A essa altura, porém, apoderara-se dele uma estranha ilusão; pois imaginava que possuía um saco de ouro. Assim levou este suposto ouro consigo e disse para o ricaço:

– Recebi sua comunicação e vim vê-lo. Quero ficar com a propriedade, mas tenciono pagá-la. Eu lhe darei um saco de ouro por ela.

– Deixe-me ver o seu ouro, disse o dono da fazenda. Olhe novamente: Acho que isto não é nem prata.

O pobre olhou, os olhos se lhe encheram de lágrimas, e sua ilusão pareceu desvanecer-se. Disse:

– Ai de mim! Estou arruinado! Isso não é nem cobre. É apenas cinza. Quão miserável sou! Desejo possuir a chácara, mas não tenho com que pagar. Quer dá-la para mim?

Respondeu o opulento senhor: – Sim: Essa foi o minha primeira e única proposta. Quer aceitá-la nestas condições?

Com humildade e ao mesmo tempo com veemência, exclamou o indigente: – Sim! E milhares de agradecimentos por sua bondade!

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TODOS  OS  HOMENS  SÃO  IRMÃOS

 

A humanidade tem sido tardia em reconhecer e aceitar as idéias de igualdade e fraternidade ensinadas pelo Evangelho. Pouco depois da primeira guerra mundial, a grande cantora, Madame Schumann-Heink, devia ser solista em um concerto num grande auditório. Como parte especial do programa, um coro de crianças devia cantar para a artista.

Quando, porém, estavam sendo concluídas as deliberações para esse programa, algumas pessoas protestaram porque a comissão incluíra crianças negras, japonesas, chinesas, portuguesas, alemãs e italianas no coro. Achavam que os assentos do auditório deviam ser ocupados por pessoas que pagassem e não por crianças "estrangeiras".

Quando Madame Schumann-Heink ouviu falar do protesto, mandou chamar o presidente e insistiu com ele para que deixasse as crianças se sentarem com ela no palco. "Elas me ajudarão a cantar o melhor que me for possível", disse ela.

Assim, na noite do concerto, quando Schumann-Heink apareceu no palco foi acolhida por um oceano de rostos infantis – pretos, morenos, amarelos e brancos – todos eles manifestando alegria por se acharem tão perto da grande artista. Ela lhes cantou uma canção de trinar. Depois, elas entoaram o hino nacional americano para ela.

Comovida, a artista se dirigiu ao público, dizendo: "Sou uma mãe da Guerra. Dei três filhos a Tio Sam, e um à pátria (Alemanha) além-mar. Dois desses filhos não voltaram mais. Nós, Mães de Guerra, devemos ensinar a nossos filhos a lei do amor. Não devemos fazer diferença entre o preto e o branco, o amarelo e o moreno." Madame Schumann-Heink aprendera bem a verdade de que todos os homens são irmãos. Pedro aprendeu-a também. Acaso a aprendemos nós?

 

SEGUIDOR  DE  JESUS

 

O trem vinha entrando na estação. Na plataforma o esperava um menino aleijadinho. Era vendedor de frutas. Carregava um cesto de mangas em seu braço que oferecia aos passageiros.

Quando o trem parou, desceu um passageiro tão apressado que esbarrou no pobre aleijadinho, fazendo-o cair. Era um negociante que tinha importantes negócios a resolver e estava atrasado. Por isso, nem se importou com o pobrezinho que ficou estirado no chão, com o cesto virado e as frutas espalhadas.

Atrás do negociante desceu do trem um outro passageiro com uma grande mala. Era um homem bem trajado e que tinha também sérios negócios a tratar na cidade.

Vendo, porém, o pobre aleijado caído, sem poder levantar-se, esqueceu todos os seus negócios e pensou logo em ajudá-lo. Pôs a mala no chão e começou a apanhar as frutas, uma por uma, colocando-as no cesto. Levantou também o menino e entregou-lhe o cesto.

E apanhando a mala, ia seguir o seu caminho, quando o aleijado, com os olhos cheios de lágrimas, perguntou:

– O senhor é Jesus?

– Não, meu bem, respondeu o bom homem. Sou um seguidor de Jesus. Procuro fazer o que Jesus faria se estivesse aqui.

– Se o senhor fosse Jesus, eu ia pedir-lhe que me curasse, acrescentou o aleijado tristemente.

– Você pode pedir, que Jesus ouve lá do Céu, replicou o homem bondosamente. Quem sabe se ele não vai curá-lo? Mas peça com fé.

E o homem afastou-se apressadamente, tendo deixado nas mãos do aleijado duas moedas de R$ 1. Passaram-se alguns meses.

Um dia, quando aquele comerciante voltou àquela mesma cidade, para tratar de seus negócios, ouviu que alguém o chamava insistentemente: "Amigo! Amigo!" O comerciante parou e olhando para trás deparou com um menino bem vestido, que corria ao seu encontro.

– O senhor não me reconhece? Sou aquele aleijado que vendia mangas na estação.

– Ah! sim, mas agora... 

– Não ... não sou mais aleijado, concluiu o menino. Internei-me em um hospital e fui operado. Como vê, fiquei completamente bom. Acho que foi Jesus que me curou. Eu pedi tanto a Ele...

– Foi sim, disse o comerciante. Eu lhe disse que Jesus tinha o poder de curá-lo. Ele é que deu aos homens o desejo de fundar hospitais e de cuidar dos doentes pobres.

E os dois continuaram a conversar animadamente. O comerciante contou ao menino muitas histórias de Jesus, o Médico por excelência.

 

 

BOAS  OBRAS  E  MISERICÓRDIA - Miq. 6:8

 

Um exemplo simples de misericórdia, ou bondade, teve lugar em S. Luís, Missouri, tempos atrás. Quando um motorista deu uma forte freada para evitar atropelar um cachorrinho extraviado, um polícia desceu do ônibus para colocar o cãozinho sem dono na calçada.

Ao entrar novamente no veículo, o animalzinho o seguiu, abanando a cauda. O polícia fez várias tentativas para o deixar fora, mas não o conseguiu, de modo que o levou para o ônibus. "Alguém quer um cachorrinho?" indagou. Como não houvesse resposta, ele apenas sorriu, e murmurou: "Bem, creio que os pequenos poderão cuidar de mais um."   

Quão atrativa se torna a religião de uma pessoa por atos de misericórdia! Não admira que uma meninazinha uma vez orasse: "Querido Senhor, ajuda toda gente má a ser boa, e ajuda toda gente boa a ser bondosa."

 

COMUNHÃO  SIGNIFICA  PARTICIPAÇÃO

 

Henrique VIII se disfarçou uma noite e conseguiu fazer-se prender, passando a noite na prisão. Ele desejava saber como os prisioneiros estavam sendo realmente tratados. No dia seguinte ele enviou trinta toneladas de carvão e alimentos para a prisão.

     Ele havia experimentado a sorte dos prisioneiros. Ele passara frio e sentira fome naquela noite. Havia participado dos sofrimentos dos encarcerados. Experimentara as suas necessidades. Pôde assim responder ao que tinha visto, ouvido e sentido!

 

A  SEMENTE  E  AS  FLORES

 

Discutiu-se uma vez no Japão este assunto: "Como glorificar a Cristo em nossas vidas?"

Uma senhorita disse que isto podia ilustrar-se no seguinte modo:

– Numa manhã de primavera minha mãe conseguiu umas sementes de flores e apesar de serem feias, ela as semeou. Brotaram, cresceram e floresceram. Um dia, uma vizinha nos visitou e mirando as flores disse:

– Oh, que bonitas são! Pode dar-me algumas?

– Sim, mas se a senhora houvesse visto só as sementes, não as haveria pedido.

Assim é muitas vezes com o cristianismo. Falamos com os nossos amigos acerca das verdades da Bíblia; não parecem manifestar o interesse devido, porém, quando vêem estas verdades florescerem em nossas vidas na forma de palavras benignas, feitos de bondade e benevolência, então dizem: "Que formosas são estas vidas!" Assim, muitas vezes, podemos pregar o Evangelho mais pelos nossos atos que por nossas palavras. E.J.B.

 

COMO  GANHAR  A  NOSSOS  INIMIGOS

 

Alguns cortesãos reprovavam o imperador Sigismundo, porque em lugar de destruir os inimigos conquistados, ele os favorecia.

– Efetivamente, não destruo os meus inimigos quando os faço meus amigos – respondeu o imperador.

Quando se perguntou a Alexandre o Grande como havia podido, em tão pouco tempo, conquistar tão vastas regiões e ganhar um nome tão grande, ele respondeu:

– Usei tão bem os meus inimigos que os obriguei a ser meus amigos e os trato com uma consideração tão constante que eles estão unidos, para sempre, a mim. – Comper Gray.

 

"FAÇAMOS  O  BEM  A  TODOS"

Gál. 6:10

 

A uma esquina estava parada à espera uma meninazinha, com seu grande cão-guia. Ao mudar o sinal luminoso, os dois avançaram, devagar. Dirigiram-se para a calçada, a menina com a mão em seu peludo guia. No atravessar uma rua, o cão parou de maneira que a criança pudesse perceber a leve descida do nível da calçada. Uma mulher, caminhando precipitadamente, quase derrubou a menina, mas seu guia correu em hábil interferência.

Na próxima intercepção, enquanto o cão sentou-se para esperar, a meninazinha cega inclinou-se e encostou a face na cabeça felpuda de seu guia. O animal olhou para cima, e seus orgulhosos olhos brilhantes pareciam dizer: "Eu pertenço a esta menina". Ao brilhar a luz verde, os dois começaram a atravessar a rua.

Um homem se adiantou e ofereceu: "Posso ajudá-la?" "Não, obrigada", respondeu a menina. "Meu cão cuida de mim. Essa é a sua tarefa. Ele gosta de sentir que eu dependo dele."

Sentir-se necessitado influi muito para tornar a vida significativa. E, quanto mais somos necessários, tanto mais "bem" somos chamados a fazer. Se seguirmos o conselho do apóstolo de fazer "o bem a todos" que rica será nossa existência!

 

UMA  BOA  PRESCRIÇÃO  PARA  CADA  DIA

 

§     Não murmurar. "Busque a paz, e siga-a".

§     Não se precipitar. "Quem corre, cansa: quem caminha alcança." 

§     Dormir e repousar suficientemente. "Os melhores médicos são: O Dr. Regime, o Dr. Repouso e o Dr. Alegria".

§     Gastar menos energias nervosas, cada dia, do que o que vem consumindo. "Trabalhar como um homem, mas não trabalhar para morrer".

§     Ser sempre alegre. "O coração alegre serve de bom remédio".

§     Pensar sempre com otimismo. "Porque ele é tais quais são os seus pensamentos".

§     Estar sempre em companhia de pessoas sadias. "A saúde é tão contagiosa como a doença".

§     Não carregar o mundo inteiro nas costas. "Confia no Senhor e faze o bem". – Escolhido.

 

BENIGNIDADE

 

Falando da sabedoria que vem do alto, S. Tiago diz que ela é benigna, pura, pacífica, tratável, cheia de misericórdia.

Quando Parkin Christian, famoso na Ilha de Pitcairn, foi à Associação Geral em 1958, alguns lhe perguntaram que lhe parecia deixar sua ilha natal e vir para a civilização. Ele respondeu: 

"Isto não é civilização. Voltei as costas à civilização quando deixei Pitcairn. Vossa civilização se baseia em ódio e bombas de hidrogênio. A vida de nossa ilha funda-se no amor. Tenho sido magistrado nessa ilha por 24 anos, e não prendemos ninguém. Não temos prisões. A vida de nossa ilha prosseguirá quando as bombas de hidrogênio houverem reduzido a pedaços a chamada civilização."

Afinal, Cristo ensinou que "A simplicidade, o esquecimento de si mesma e o confiante amor de uma criancinha, são os atributos estimados pelo Céu. São essas as características da verdadeira grandeza." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 437

 

DESARMANDO  O  MUNDO

 

Era Salvador de Mendonça diretor do jornal "A República", no Rio de Janeiro, quando o governo imperial, não obstante as suas idéias democráticas, o nomeou cônsul do Brasil nos Estados Unidos. O jornalista, tendo aceito a nomeação, nas vésperas da viagem, foi despedir-se do Imperador, e pedir as suas ordens para aquele país.

– Não tenho ordens a dar-lhe – respondeu-lhe o soberano.

E sorrindo:

– Apenas faço votos para que o senhor preste tão bons serviços ao Império, nessa República, quantos prestou à sua "República", no meu Império.

Unitas.

 

GRATIDÃO  A  JESUS

 

As crianças do asilo de órfãos tinham estado falando a respeito da vinda de Jesus. Uma noite ao orarem pela refeição: "Vem, Senhor Jesus, sê nosso hóspede e abençoa o alimento e nos deste", disse uma menina: "Nós pedimos a Jesus para vir assentar-Se conosco e Ele não vem nunca. Ponhamos mais uma cadeira e assim Ele poderá vir." Mal o haviam feito, ouviu-se bater à porta.

Um garotinho gelado e faminto vinha pedir pousada. Foi prontamente atendido, sendo-lhe dada a cadeira vazia reservada para Jesus. Então cada criança tirou um pouco do próprio alimento e o colocou no prato do recém-chegado. Igualmente cada um ofereceu a sua cama.

Um os meninos perguntou: "Jesus, não podia vir e por isso enviou este pobrezinho em Seu lugar, não é?" "Sim", disse o preceptor, "é justamente isso." Todo bocado de alimento ou água que damos aos pobres, aos doentes ou aos prisioneiros, por amor de Jesus, damos a Ele mesmo. Diz o Salvador: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos... A Mim o fizestes", "Podemos, por Cristo, fazer mil coisas; ser sempre bondosos é nosso dever." – Mabel Reynolds Makepeace.

 

INIMIGOS

 

Conta-se que um imperador chinês, inteirando-se de que seus inimigos formaram uma rebelião numa das províncias distantes, disse para os oficiais: "Venham, sigam-me; e nós os destruiremos prontamente."

Ele avançou, e os rebeldes renderam-se à sua chegada. Pensavam todos agora que ele tiraria a mais assinalada desforra, mas surpreenderam-se de ver os prisioneiros tratados com brandura e humanidade.

– Como! protestou o primeiro ministro, é deste modo que cumpris vossa promessa? Destes a vossa palavra real de que vossos inimigos seriam destruídos, e eis que os perdoastes a todos, demonstrando até mesmo afeto para alguns deles!

– Prometi destruir meus inimigos, replicou o imperador com um aspecto liberal, e cumpri minha palavra, pois, como podeis ver, eles não são mais inimigos: transformei-os em amigos.

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CORTESIA

 

Um idoso escocês estava levando o grão em saco ao moinho, no lombo de um cavalo, quando este tropeçou e o grão caiu ao chão. Sendo já muito idoso, não tinha forças para levantá-lo; mas viu que se aproximava um cavaleiro, e pensou em lhe pedir que o ajudasse. Mas, o cavaleiro era o nobre que morava no castelo que ficava ali perto, e o lavrador não tinha coragem de lhe pedir um obséquio. Porém, o nobre era um cavalheiro, e sem esperar que lhe pedissem, apeou do cavalo, e os dois puseram a carga no lombo do animal.

João, que também era cavalheiro, tirou o boné e disse:

– Meu senhor, como poderei eu agradecer-lhe tanta bondade?

– Facilmente, João, replicou o nobre, sempre que você vir um homem nos mesmos apuros em que estava agora, ajude-o, e esse será o meio de me agradecer. – Seleto

 

SEJAMOS  AFÁVEIS

I Ped. 3:8

 

Em muitos dos primitivos manuscritos gregos, este texto diz: "Sede humildes de espírito" em vez de "afáveis". As duas idéias não diferem muito. A pessoa "humilde de espírito", é invariavelmente afável ou cortês. Não exige consideração para si mesma, mas sob todas as circunstâncias condescende com os desejos dos outros. Nunca é rude, nunca tem falta de tato. Tem em mente acima de tudo o desejo de proporcionar aos outros, conforto, de fazê-los sentir-se à vontade.

Uma velha história que ilustra o último em cortesia, teve origem na Inglaterra, há mais de um século.

Certo estadista havia sido convidado para um chá em casa de distinta senhora. Não se sentindo à vontade e estando nervoso, o hóspede quebrou, por acaso, a bela xícara de porcelana de Sèvres em que bebera. Rubro de vergonha, ia abrir a boca para apresentar uma desculpa, quando a dona da casa "acidentalmente", quebrou outra daquelas xícaras. Voltando-se para o copeiro, deu calmamente a ordem: "Não torne a pôr estas xícaras; elas são demasiado frágeis para uso."

Talvez essa refinada cortesia seja rara, mas há centenas de maneiras mais simples de um cristão manifestar cortesia diária. Uma pessoa jovem cederá alegremente aos desejos de seus pais. Responderá sempre com respeito aos mais velhos. Deixará os de mais idade passarem-lhe adiante numa porta. Agradecerá qualquer favor recebido. Cederá seu lugar ao idoso e ao enfermo numa condução pública. E é sempre cavalheiro – ceder também o lugar a uma senhora nos ônibus e bondes.