BONDADE
A
RECOMPENSA DE FAZER O BEM
Um comerciante rico de Nova
York, retornando à casa numa tarde fria, encontrou na
soleira da porta uma criança pobre, descalça e banhada em
lágrimas. Seu coração ficou cheio de compaixão. Tomou-a,
alimentou-a e vestiu-a, e, juntamente com um cesto de
alimentos e um cobertor, mandou-a para casa, dizendo-lhe que
viesse a ele sempre que necessitasse de alimento, roupa ou
combustível. A mãe, que era viúva, sentiu-se confortada, e
sempre que a pobreza a atingia demais, a criança ia à casa
do comerciante.
Um dia chegou chorando
amargamente. Sua mãe havia morrido e ela não tinha ninguém
que lhe valesse senão o bom comerciante. Este fez o enterro
da pobre senhora e levou a filha para casa até que pudesse
escrever aos parentes, porque a mãe se casara contra a
vontade dos pais e estava deserdada. Os parentes então a
tomaram do comerciante. Com o correr dos anos, sobreveio um
infortúnio ao homem que havia sido misericordioso. A morte
de seus familiares e a quebra financeira deixaram-no na
pobreza e ao desamparo. Finalmente teve de ficar na rua.
Um dia sofreu um acidente e
foi levado para o hospital. Isso foi noticiado pelos
jornais, que fizeram um resumo de sua vida e infortúnio. Uma
bondosa senhora leu a notícia e dirigiu-se para o hospital
de Nova York, para junto do leito do pobre e velho homem.
A princípio ele não reconheceu
nela a pequena que outrora ele auxiliara. Ela havia recebido
boa educação, casara-se e vivia na abastança. Nunca
esquecera seu primeiro benfeitor, mas não conseguira
relembrar os seus traços até o momento em que leu a notícia
no jornal. Levou-o para casa e cuidou dele durante o resto
dos dias de sua vida, como se fosse o seu próprio pai. –
The Illustrator.
BENEFICÊNCIA MULTIPLICADA
Um rico negociante de S.
Petersburgo mantinha por sua conta
vários missionários na índia e dava liberalmente à causa de
Deus em sua própria terra. Perguntou-lhe alguém como podia
fazer tanto, ao que respondeu:
– Quando eu servia ao Diabo,
fazia-o em grande escala. E quando, por Sua graça, Deus me
chamou das trevas, resolvi que Cristo havia de receber mais
de mim do que o Diabo recebera. Mas, quanto à razão de eu
poder dar tanto, os senhores devem perguntar a Deus, que é
quem me habilita a fazê-lo. Quando me converti, disse ao
Senhor que Sua causa teria parte de tudo que meu negócio
lucrasse; e todos os anos, desde que fiz essa promessa, os
lucros têm duplicado. Assim, posso eu duplicar minhas
dádivas à Sua causa.
NÃO FOI
INÚTIL
Uma jovem, que gostava muito
de flores, estava cultivando uma roseira junto de certa
muralha de pedra. Crescia a planta vigorosamente, mas não
florescia. Dia após dia a moça a cultivava, regando-a e
fazendo o possível para que ela produzisse.
Certa manhã em que a jovem,
desapontada, permanecia perto da roseira, julgando que todos
os seus esforços tivessem sido inúteis, ouviu a voz de sua
vizinha. Era uma inválida que vivia presa à sua habitação. A
vizinha lhe dizia: "Você não pode imaginar o quanto tenho
desfrutado com as flores da roseira que você plantou." A
moça, erguendo-se sobre a muralha, pôde ver do outro lado
dela grande quantidade de botões de rosas. Uma haste da
planta, atravessando um interstício da parede, fora
florescer belamente do outro lado.
Aí está uma lição
magnífica. Muitas vezes somos tentados a julgar que os
nossos esforços estão sendo inúteis, quando realmente estão
eles produzindo efeitos onde a nossa percepção não os
apanha. A nossa missão é a de fazer o bem: os frutos
aparecerão onde e quando a Providência o determinar. –
J.B.
TODAS AS
DÁDIVAS SÃO RETRIBUÍDAS
Luc. 6:38
O presidente de uma empresa
farmacêutica recebeu uma dose de seu próprio remédio, que
lhe foi grato ao paladar.
Por vários anos E. Claiborne
Robins, chefe de uma firma de laboratório farmacológico em
Richmond, em Virgínia, de vez em
quando fechava seu estabelecimento para levar seus 170
empregados em breves viagens de férias. Washington, D.C.,
foi o destino da primeira excursão.
Seguiram-se viagens mais
longas – uma a Neva York, outra a Miami. A companhia pagava
todas as despesas. Quando lhe perguntaram porque seguia
costume tão contrário às práticas comerciais, o Sr. Robins
respondeu: "Estou convencido de que esses empregos de
capital num pouco de recreação pagam seus dividendos na
atitude do pessoal para com sua tarefa."
Em seu vigésimo aniversário de
presidência da firma, o Sr. Robins recebeu uma agradável
surpresa – seus empregados viraram as coisas, e ofereceram
ao chefe uma viagem à custa deles próprios. Entregaram-lhe
dois cheques – um simulado contra o Banco do Divertimento, e
um verdadeiro, de 4.200 dólares – e sugeriram que ele e a
sua esposa fossem em viagem por quinze dias a Acapulco,
México.
Seria erro supor que as ações
generosas e boas são sempre retribuídas com bondade, como no
caso citado. Muitas vezes os dividendos vêm por outras
maneiras ...
O PRÊMIO
DA BONDADE
O Conde Leon
Tolstoi, grande escritor russo, tinha uma filhinha.
Conta-se que um dia esta estava brincando com outras meninas
e meninos quando começou uma briga entre ela e um dos
meninos.
– Papai, – disse a menina
chorando, ao entrar no quarto do conde – aquele menino me
segurou no braço. Por que o senhor não lhe dá umas pancadas?
O senhor
Tolstoi sentou a filhinha em seus joelhos e disse:
– Para que devo eu castigá-lo?
Se eu fizer isso, ele se zangará comigo também e ao invés de
aborrecer somente a um, aborrecerá a dois: você e eu. O
melhor é que nós o alegremos. Toma esta geléia e estes
pastéis e entrega-lhos com muito carinho.
Nem necessitamos, por
certo, dizer o que seguiu ao presente da menina. Esta
pequena aprendeu de seu papai o ensino de Jesus: "Devolvei o
bem pelo mal." – F.G.
DERROTA E
VITÓRIA
Explorando as regiões de
Arizona nos Estados Unidos, um homem encontrou notável ponte
natural. Atravessa um profundo abismo, com 15 metros de
largura. É formada por uma grande árvore petrificada que,
segundo os cientistas há muitos séculos tombou devido aos
efeitos de uma terrível tempestade, ficando sobre o abismo.
A água e o tempo fizeram-na passar por sucessivos estados de
mineralização e agora é uma árvore maravilhosa de ágata
sólida.
Quando, um dia, em pleno
vigor, batida do furacão, esta árvore foi atirada ao solo,
pareceu um fracasso. No entanto, que nobre missão estava ela
destinada – a de formar assim uma ponte a permanecer por
séculos servindo de passagem a um e outro lados do abismo! –
Únitas
BONDADE
Um regimento de soldados
britânicos, na índia, foi chamado para realizar uma prova de
resistência – marchar muitos quilômetros ao longo de um
trilho arenoso, com tempo determinado, sem ficar nenhum
homem para trás.
Um jovem recruta do regimento
achou muito dura a prova. Depois de ter percorrido parte da
distância, disse ao companheiro, um velho e experimentado
soldado: "Bill, não posso suportar a prova. Tenho de
abandonar as fileiras." O Sol tropical caía
desapiedadamente, a areia era funda e abrasadora, e o jovem
estava já para se dar por vencido. Vendo que o rapaz
precisava imediatamente de auxílio, o enrijecido soldado
disse: "Olhe, dê-me o seu fuzil." Isso aliviou a carga, e o
rapaz exausto caminhou ao lado de Bill meia dezena de
quilômetros mais. Outra vez começou a afrouxar; o
experimentado veterano tomou mais do seu equipamento, e não
demorou muito que Bill estivesse carregando toda a bagagem
do rapaz. Quando, vencida a distância, soou por toda a linha
a voz do "Alto", cada homem estava em seu lugar.
HOSPEDANDO
ESTRANHOS
Heb. 13:2
Era uma noite fria e escura. O
vento soprava fortemente e a neve caía. Conrado estava
sentado ao lado de uma boa estufa, meditando a sós, enquanto
sua esposa Úrsula preparava o jantar. De repente o silêncio
foi quebrado por uma doce voz que cantava um hino, nalgum
lugar fora, naquela noite fria.
"Para os covis fugiram as
raposas,
E os pássaros voaram para os
ninhos,
Mas eu aqui estou desabrigado,
Vagando sem repouso e sem
carinhos."
Conrado olhou à esposa e com
lágrimas nos olhos lhe disse: "Penso que deve ser a voz de
uma criança, é tão doce!"
Sua esposa ficou tocada, pois
havia perdido um menino não muito tempo antes. Assim, eles
abriram a porta, trouxeram um pequeno errante, com a roupa
rasgada, e deram-lhe de comer. O calor do aposento fê-lo
desmaiar, mas com a bondade e carinho logo voltou a si e
contou que era filho de um mineiro pobre, que queria que ele
estudasse e se tornasse alguém. Por isso andava cantando
para ganhar a vida enquanto continuava os estudos.
Pela manhã, decidiram oferecer
ao rapaz que morasse com eles durante o tempo que estivesse
estudando na universidade. Assim ele ficou até que decidiu
entrar no mosteiro.
Como resultado do estudo de
uma Bíblia que ele achou mais tarde, aquela pequena e doce
voz desenvolveu-se numa voz forte que ecoava através do
mundo cristão e esmagava o poder dos maus papas. Pois aquela
noite, quando abriram a porta da casa para aquele pequeno,
estranho e maltrapilho, fizeram-no para nenhum outro senão
aquele que se tornou, posteriormente, o grande reformador
Martinho Lutero. – A.H. Cannon.
A
IMPORTÂNCIA DE UM FUNDAMENTO
Há muito tempo, na Itália,
algumas pessoas resolveram edificar uma torre, e o fizeram.
Era uma torre tão bonita que vocês haviam de gostar de ver.
De algum modo, porém, ao edificá-la não puseram alicerces
apropriados às condições do solo e ao peso da torre. Como
resultado, temos hoje a tão conhecida Torre de Pisa,
inclinada. Para a maioria, com certeza, o alicerce parecia
bom porque somente numa parte é que era fraco, mas isto
bastou para que a torre ficasse inclinada.
Algumas vezes encontramos
jovens e senhoritas que dão pouca atenção ao fundamento
sobre o qual estão edificando diariamente.
O único plano seguro a seguir
é conseguir e pôr em seu fundamento o mais importante
material que há – a principal Pedra Angular. Tendo esta por
modelo, vocês acharão as pedras da Honestidade, Integridade,
Fidelidade e Pureza. Incluam também as pedras da Diligência,
Perseverança e Cortesia. – Church Officers' Gazette.
MAL QUE
SE TORNOU BEM
Conta-se que certo colportor
estava vendendo exemplares da Bíblia nos carros de um trem,
quando um viajante o chamou e comprou 5 exemplares. Depois
de pagá-los, lançou-os pela janela, o que muito entristeceu
o colportor.
Na próxima estação, o servo de
Deus tentou voltar para apanhá-los, mas desanimou porque a
distância era grande. Tempos depois, esquecido o incidente,
o colportor volta a viajar na mesma estrada de ferro, tendo
obtido licença para visitar os seus funcionários, que
residiam dos lados da via férrea. Ficou surpreso quando viu
que em casa de um guarda existia um exemplar da Bíblia, dos
cinco que foram, havia tempo, lançados pela janela do trem.
Esse guarda contou ao
colportor que quisera muito de ter um exemplar das
Escrituras, mas que nunca teve dinheiro para adquiri-lo. E
que um dia achou no leito da Estrada o exemplar que tinha em
sua casa, o qual lia com os seus diariamente.
Jogando pela janela os 5
exemplares, o incrédulo quis acabar com os que eram vendidos
pelo colportor. Entretanto, sem jamais pensar, o seu gesto
irreverente serviu para beneficiar pelo menos uma família! –
Seleto
"ELES NÃO
O MERECEM, SENHOR"
Paulo I. Wellman, em The
Chain, conta-nos uma bela história originária dos
negros do Sul. Ela se refere à quarta tentação. Todos
conhecemos as três tentações de Jesus no monte, isto é, a da
fome, do insultuoso desafio e do ambicioso orgulho. Mas os
negros do Sul falam de uma quarta tentação, que veio a Jesus
quando Ele estava suspenso na cruz. Satanás retornou a Ele e
sussurrou-Lhe ao ouvido: "Eles não O merecem, Senhor."
Nesta altura do drama do
Calvário, o Mestre levantou a voz e clamou: "Pai,
perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem." E imediatamente
Satanás fugiu, pois ele sabia que os poderes das trevas
jamais poderiam prevalecer contra a imaculada alma do Filho
de Deus. – The Conquest of Life.
"O QUE
TENHO"
Não precisamos ser ricos para
auxiliar a outros. Um ato de bondade é de mais valor que
prata e ouro. O Senhor não nos pede que demos o que não
temos, mas o que temos.
Um mendigo aleijado
esforçava-se em concertar um traje velho que havia sido
lançado de uma janela, quando um grupo de rapazes grosseiros
se reuniram em torno dele, arremedando-lhe os desajeitados
movimentos e caçoando dele. Súbito, um nobre rapazinho do
meio do grupo auxilia o pobre aleijado a fazer o seu
conserto e coloca-o no saco. Depois, pondo-lhe uma moeda de
prata na mão, sai correndo, quando uma voz do alto diz:
"Menino do chapéu de palha, olhe para cima." Uma senhora, na
janela, disse-lhe, comovida, as seguintes palavras: "Deus o
abençoe, meu bom pequeno. Deus o abençoará por isso!"
E enquanto ele prosseguia o
seu caminho, pensou no grande prazer que havia proporcionado
a seu próprio coração, ao fazer o bem. Pensou no olhar de
gratidão do pobre mendigo; no sorriso da senhora e sua
aprovação. E, acima de tudo, ele quase podia ouvir seu Pai
celestial dizer: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque
eles alcançarão misericórdia." – Seleto.
FORMOSURA
DA BENEFICÊNCIA
Havia uma disputa entre três
senhoras, sobre qual delas tinha as mãos mais belas. Uma
delas estava junto de um ribeiro, e mergulhava a mão na
água, erguendo-a então; outra apanhou amoras até que tinha
vermelhas as pontas dos dedos; e outra apanhou violetas até
que as mãos lhe ficaram perfumadas. Uma velhinha pobre
passou por ali e pediu:
– Quem me dará uma esmola?
Todas três lhe negaram
auxílio. Mas outra pessoa que estava junto, e não tinha mãos
lavadas no ribeiro, nem manchadas de frutas, nem perfumadas
de flores, deu uma esmola à pobre, que ficou satisfeita. E
então perguntou àquelas jovens qual era o motivo de sua
disputa e elas explicaram, e levantaram perante ela suas
lindas mãos.
– Lindas mesmo! – confirmou a
pessoa.
Mas, ao perguntarem elas qual
das mãos achava a mais bela, respondeu:
– Não é a mão que foi banhada
no ribeiro, nem a que tem as dedos vermelhos, nem a
perfumada pelas flores, mas é a mão que dá aos pobres, a
mais bela de todas.
E dizendo estas palavras
desapareceram-lhe as rugas do rosto, lançou por terra o
cajado que trazia e apresentou-se perante as jovens como um
anjo descido do Céu, com autoridade bastante para decidir a
questão disputada.
BENEFICÊNCIA
Uma senhora visitou a cidade
de Nova York e viu junto à calçada uma meninazinha
maltrapilha, tiritando de frio e olhando ansiosamente para
uns ricos bolos que se achavam expostos na vitrina. Parou
ali e, tomando pela mão a pequena, levou-a para a
confeitaria. Embora soubesse que, na realidade, um pão seria
melhor para aquela criatura faminta do que um bolo,
comprou-lhe o bolo desejado. Levou-a então para uma loja,
comprou pra ela um vestido e outros agasalhos. A pequena
olhou firme ao rosto daquela senhora e, com toda a
simplicidade, perguntou:
– A senhora é esposa de Deus?
– 6.000 Sermon Illustrations.
JULGAR
PELA APARÊNCIA EXTERIOR
É muito fácil julgar mal as
pessoas. As provas estavam todas contra Benjamim, no
entanto, não era culpado. Precisamos aprender dessa lição a
não "julgar".
Aquele que parece o mais
culpado talvez seja inocente.
Vocês já observaram alguma vez
um vendedor de revistas apanhando, no trem, os periódicos
que vendera aos viajantes e que estes deixaram no assento,
depois de os ler?
Desejaria saber se vocês
pensaram o mesmo que eu, ao ver ultimamente um desses
vendedores. Ia de um assento a outro, ajuntava os jornais,
alisando-os um pouco e pondo-os em baixo do braço. Pensei,
naturalmente, que fosse levá-los para o outro carro,
dobrá-los bem e vendê-los de novo.
Embora julgasse que ele
precisava do dinheiro, desceu um pouco na minha estima, ao
pensar que iria revender os jornais velhos. "Há fraudes em
todos os ofícios", disse comigo mesmo.
Segui o vendedor até o outro
carro e observei-o dobrando os jornais. Arrumou-os com
esmero numa pilha bem feita, enrolou-os e amarrou-os com um
cordel. Perguntei-lhe se tinham algum valor, e ele me
revelou o segredo.
"Há um velho, que vive numa
cabana ao lado da linha, não longe daqui, explicou. Vive lá
há muitos anos. Mora sozinho e creio que os dias e as noites
devem lhe parecer muito longos. Sempre que passo, atiro-lhe
um maço de jornais."
Saí com ele para o vestíbulo e
esperei que aparecessem a casinha e o velho solitário.
Realmente estava à beira do caminho, à espera. Desejaria ter
tirado uma fotografia do semblante do velho – e do vendedor
também – ao passarem os jornais das mãos deste para as
daquele. O trem descia, veloz, as montanhas em direção do
grande Pacífico, e nele se achava alguém cujo coração se
alegrava por um pequeno ato de bondade que suavizara a vida
de um semelhante.
E naquele comboio se achava
também alguém que dizia a si mesmo que não se devem julgar
as pessoas precipitadamente, pela aparência exterior, e que,
afinal, muito do prazer da vida consiste em praticar
pequenos atos de bondade. – Only a Dog and Other
Stories.
A ÁGUA
FRIA A UM PEQUENINO
S. Mat.
10:42
Um grupo de pessoas estava à
espera de um ônibus numa esquina de rua em Tulsa, cidade de
um Estado americano. Enquanto eles esperavam, surgiu pela
calçada uma meninazinha de cor, vindo em suas muletas. Uma
das muletas lhe dava dificuldade, com a ponteira de borracha
sempre a cair.
Do grupo à espera adiantou-se
um bem trajado homem de negócios de respeitável aspecto.
Abaixou-se, apanhou a ponteira, colocou-a firmemente na
extremidade da muleta, deu-lhe vigorosa torcedura, como a
dizer: "Agora, fique aí", e depois voltou ao seu lugar.
A menina sorriu e agradeceu
amavelmente ao benfeitor, e continuou seu caminho.
O homem observou como a
pequena coxa ia andando com dificuldade. Depois, quando após
alguns momentos a ponteira tomou a sair, dirigiu-se
apressadamente para lá a fim de prestar mais auxílio. Desta
vez ele tirou um pedaço de jornal de sua pasta, enrolou-o na
ponta da muleta, forçou a ponteira de borracha ali, sacudiu
a muleta a fim de verificar se estava bem ajustada e então,
com um sorriso, devolveu-a à meninazinha. Ela repetiu os
agradecimentos pela bondade, e ele volveu a seu lugar de
espera. Os outros a essa altura já se haviam ido, pois
enquanto ele dava seu "copo de água fria" à pequena, o
ônibus tinha vindo e tinha ido embora.
PEQUENAS
COISAS NA VIDA
Na base do edifício do Tesouro
dos Estados Unidos, na cidade de Washington, há uma grande
balança, que foi usada nos tempos passados pelo governo, por
causa de sua segurança, em peso de ouro. Se dois cartões,
cada qual com a mesma grossura e peso, são pesados e um
cartão é tirado fora, seu nome é escrito; e, sendo nela
novamente posto, o grafite usado para escrever o nome faz
que um dos pratos da balança se desvie de sua posição
normal, dada a grande sensibilidade da mesma.
Em todos os dias da vida um
simples sorriso, uma palavra alegre de saudação, um olhar de
simpatia, uma mão ajudadora – tudo é necessário; e, a dádiva
ou pedras de tropeço nestas coisinhas boas podem causar o
balanço para cima ou para baixo nalgumas vidas, ou ainda,
balançar incertamente.
Vocês já ouviram o pequeno
poema a respeito de um sorriso que tendo o valor de um
milhão de dólares, não custou um centavo? Vocês já ouviram?
Então sorriam. Por causa de um olhar de simpatia vocês já
viram desgostosas almas serem aliviados de seus cuidados.
Sejam simpáticos.
Como resultado de uma palavra cheia de alegria, vocês já
viram trevas e desânimo serem vencidos. Sejam alegres,
porque socorrendo a outros, vocês fazem felizes a duas
pessoas: a auxiliada e a vocês mesmos.
Sejam um auxílio
a alguém.
Cultivem bons
hábitos. "A felicidade é um
hábito – cultivai-a".
Valem a pena estas coisas?
Experimentem e vejam por si mesmos. Sua própria alma será
alegrada, e auxiliada, um círculo da humanidade irá em seu
caminhar e cada qual em redor lançará dentro do eterno e
amplo círculo humano alguém que tem auxiliado.
LANÇA
SOBRE O SENHOR O TEU FARDO
I Sam. 8:6
Quando Israel quis ser
semelhante às nações ao redor, isto desagradou a Samuel.
Magoou-o profundamente, mas o levou a dobrar os joelhos. Ele
não falou desagradavelmente ao povo. Antes falou com Deus a
respeito do caso. Não ficou ansioso, mas orou pela questão.
Carlos Mayo, da
Clínica Mayo disse uma vez:
"A ansiedade afeta a
circulação, o coração, as glândulas, e todo o sistema
nervoso, afetando profundamente a saúde. Ainda não
conheci um homem que morresse de excesso de trabalho, porém
muitos que morreram ao peso de dúvidas." Samuel nunca
duvidava ou ficava ansioso, porque aprendera o sentido das
palavras de Deus: "Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e Ele
te susterá."
"Samuel orou ao Senhor". Que
fazemos nós quando alguma coisa nos desagrada? Revidamos? Ou
falamos com Deus a esse respeito como fez Samuel? Somos
muitas vezes prontos a criticar e fazer reprimendas a
outros, mas somos nós assim prontos a mostrar apreciação? As
crianças especialmente são sedentos de apreciação.
Uma jovem mãe conta esta
história:
"Minha filhinha muitas vezes
se comporta mal, e tenho de repreendê-la. Mas ela já foi uma
criança realmente boa; não fizera uma só coisa que merecesse
censura. Naquela noite, quando eu a coloquei na cama, ao
dirigir-me para a escada, ouvi-a soluçar. Voltei e a
encontrei com a cabeça enterrada no travesseiro. Entre
soluços, ela perguntou: "Não fui hoje uma menina
regularmente boa?" "Aquela pergunta", disse a mãe,
"penetrou-me como um punhal. Eu fora deveras pronta para
corrigi-la quando ela errava, mas quando procurara se
comportar bem, não o notara. Pusera-a na cama sem uma
palavra de apreciação."
"SEDE UNS
PARA COM OS OUTROS BENIGNOS"
Algumas crianças conversavam
acerca deste verso. Um menino disse: "Vou convidar aquele
menino com quem ninguém se importa, para vir jantar comigo
qualquer noite destas."
A menina que estava ao lado
direito do menino que falara, disse: "Vou fazer anos na
semana vindoura, quero, portanto, convidar algumas meninas
que raras vezes assistem a festas, para que venham à minha
festinha de aniversário."
Um menino que era um tanto
acanhado, disse: "Vou levar para casa aquele menino aleijado
da nossa classe. Ele ficou muito assustado, no outro dia,
quando um grande cão o atacou e quase o derrubou."
A meninazinha vestida de azul,
que sempre tinha no rosto um sorriso de felicidade, olhou
para o professor que ouvia atentamente o que esses meninos
diziam. Depois disse, calmamente: "Não me lembro de qualquer
coisa especial que possa fazer. Mas ajudarei em qualquer
lugar e em qualquer tempo que puder."
Com um sorriso amável que
abrangia a todo o pequeno círculo de crianças, disse o
professor: "Isto é o que Jesus espera de todo menino e de
toda menina. Quer que cada um ajude amavelmente onde quer
que esteja e a qualquer tempo que haja necessidade de
auxílio." – Sunday School Teacher.
COMO SE
FOSSE PARA ELE
William Stodgier conta a
história de como Santo Antônio orava e lia a sua Bíblia
durante horas cada dia, vindo a tornar-se um homem muito
bom. Mas um dia o Senhor lhe disse que havia um homem melhor
do que ele. Este homem era Conrado, o sapateiro de
Jerusalém. Antônio foi em visita ao sapateiro e compreendeu
o segredo de sua bondade. Conrado protestou quanto a ser
considerado bom, mas disse: "Se quiser saber o que eu faço,
posso dizer-lhe. Sou sapateiro, e cada par que eu conserto,
eu o faço como se fosse para Jesus." – Seleto.
SEREI
BONDOSO
Bondade é amor a brilhar no
coração. Assim é que só se pode ser bondoso tendo amor para
com os outros no próprio coração. Se em nossos relações para
com os semelhantes avançarmos tanto quanto nos aconselha o
Salvador, e amarmos mesmo nossos inimigos, seremos
naturalmente bondosos para com todos.
Existe hoje no mundo grande
necessidade de bondade, uma vez que a maioria do povo se
tornou muito egoísta. Em seus planos pensam unicamente em si
próprios, esquecendo-se das necessidades e felicidades dos
que os cercam.
Certo dia estava um garoto
numa longa fila, com outras pessoas, esperando a abertura da
porta da cozinha "de sopa" do Exército da Salvação. Era dia
de Natal. Ele era órfão e fazia muito tempo que não tomava
uma boa refeição. Muitas vezes matara a fome revolvendo
latas de lixo nos pátios de Nova York. Mas agora ia provar
uma boa comida.
Estando ele ali, na calçada
gelada, tiritando de frio, observou uma menina alguns anos
mais nova do que ele, na mesma fila. Ela não tinha sapatos
nem meias. Ficava num pé só, encostando o outro pé na
barriga da perna, para o aquecer, e depois, firmando-se
nesse pé, levantava o outro, procurando aquecê-lo na barriga
da outra perna.
O garoto ficou a observá-la
até que não pôde mais suportar. Dirigiu-se para ela, tirou o
casaco e o deu à menina: "Faça o favor de colocar este
casaco." E logo que a menina assim fez, ele retomou o seu
lugar na fila.
O MÓVEL
DA BENEFICÊNCIA
Um homem muito beneficente
disse: "Há alguns dias, levei a uma pobre senhora um
agasalho (quente, mas bastante usado), e dois pães – pão
bom, mas já endurecido. Fazia muito frio, e o agasalho foi
recebido com gratidão. A pobre mulher estava com fome, e o
pão foi apreciado. Mas hoje, enquanto eu ouvia o sermão,
conclui que, se tivesse refletido que era Jesus a quem eu
visitava, na pessoa de um de Seus discípulos, eu lhe haveria
levado um agasalho novo, e pães frescos.
CONCEITO
DE GRANDEZA
Dois irmãos,
Amede e Omar,
desejavam fazer alguma coisa para perpetuar-lhes a memória.
Omar erigiu um grande obelisco, junto
a uma larga estrada, e nele gravou o seu nome com muitas
outras inscrições. Lá permaneceu o esplêndido monumento por
muitos anos, mas inútil para o mundo.
Amede cavou um poço no deserto e plantou ao redor
dele algumas palmeiras. No decorrer de algum tempo, o local
se transformou em lindo oásis onde o viajante cansado se
detém para saciar a sua sede, alimentar-se com o fruto das
palmeiras, e descansar à sombra.
Todos os que por lá passam
bendizem o nome de Amede, que é
cognominado o Bom.
A história ilustra dois planos
de vida. Um consiste em procurar ter grande nome, embora
inútil como o foi o que se gravou no obelisco de
Omar. O outro consiste em transformar
a vida em oásis onde os cansados podem encontrar descanso,
conforto e refrigério. – Transcrito.
DELICADEZA
Um homem andava apressado por
uma rua, à noite, quando outro, também apressado, saiu
repentinamente de uma porta, e os dois colidiram com grande
força. Enfureceu-se o segundo homem, e usou linguagem
áspera, ao passo que o outro, tirando o chapéu, disse, com
muita discrição: "Meu caro senhor, não sei qual de nós é o
culpado por este encontro, mas estou apressado demais para
investigar. Se fui eu quem o atropelou, peço-lhe perdão; se
foi o senhor, não é preciso desculpar-se."
E pôs-se a correr, com
redobrada velocidade. – Seleto.
O PRAZER
DE AJUDAR
Há pouco tempo faleceu na
Escócia um velhinho de 78 anos, que durante toda a sua longa
vida trabalhou com tapeçaria, lutando sempre com muita
dificuldade.
No testamento, deixou à
universidade da sua terra, uma das mais antigas e afamadas,
a grande quantia de 100 mil reais para garantir a instrução
de "jovens que por motivos financeiros, não pudessem seguir
curso universitário sem auxílio", como dizia o testamento.
Toda os que souberam disto
pensaram como tinha conseguido o pobre trabalhador fazer
semelhante doação.
Alguém que o conhecera de
perto contou a sua história.
Desde rapazinho, Guilherme
Craig teve desejo de saber. . . saber! Sendo, porém, filho
de pais paupérrimos, logo que saiu da escola primária teve
de aprender um ofício e deixar os estudos. Quando se tornou
jovem, ainda tinha esperança de poder estudar e por isso
poupava todos os centavos que podia. Mas o tempo se passava
e ele sempre a estufar móveis e a colocar cortinados, mal
ganhando para não morrer de fome.
Quando Guilherme Craig viu que
era de todo impossível alcançar o seu objetivo, resolveu
continuar a poupar os seus centavos de maneira que, quando
morresse, pudesse deixar alguma coisa com que auxiliar
jovens que, como ele, tivessem ânsia de se instruir.
Guilherme Craig nunca se
casou. Viveu só, sempre frugal, e renunciando a todo
conforto. A sua única recreação eram longos passeios durante
os quais estudava a natureza.
Gostava muito de ler, mas não
gastava dinheiro em livros. Passava horas na biblioteca
pública, curvado sobre os livros. E sempre a trabalhar para
o alvo que se propusera: formar um pecúlio para ajudar a
jovens e senhoritas que ele não iria conhecer nunca, a se
prepararem para a vida, sem que precisassem esmagar no peito
o mesmo desejo de saber que ele, pobre trabalhador, nunca
tinha podido satisfazer.
E ele venceu. Após a sua
morte, em sessão extraordinária, o reitor da Universidade de
Aberdeen recebeu dos testamentos o legado de Guilherme
Craig, cuja memória os meninos devem honrar, estudando com
afinco. – Adaptado.
A BOA
SEMENTE CAIU EM SOLO FÉRTIL
No longínquo centro da África,
no hospital da Missão Kirundu, o
missionário V. Norcott tratava de um jovem africano, chamado
Twakari. As feias úlceras que tinha
no pé, estavam sendo cicatrizadas mediante o proficiente
tratamento que era ministrado. Durante o curativo houve este
diálogo:
–
Bwana (senhor),
quando minhas feridas sararem, serei médico, para cuidar do
povo.
–
Mas,
Twakari, já temos dois assistentes
nativos, e não há recursos para mantermos mais auxiliares no
hospital.
–
Mas não é
possível trabalhar sem receber dinheiro?, insistiu ele.
–
Sim... disse
vagarosamente, mas bem poucos fazem isso.
–
Bem, o senhor
diz que esta é a missão de Jesus. Se o seu Jesus quer que se
faça o trabalho, arranjará o dinheiro, não é?
Algum tempo depois estavam
fechadas as feridas de Twakari, as
quais deixaram grandes cicatrizes brancas. Ele se achava na
escola – um membro da família da missão.
Um sábado à tarde, quando
tomávamos a rejeição, ele chegou à porta:
–
Sim,
Twakari?
–
Tem um rolo de
gravuras? Queremos ir às vilas pregar.
Tive de informá-lo de que já
se tinham esgotado os rolos de gravuras, e que devíamos
tomar emprestados uma Bíblia e um hinário e usá-los para a
pregação, embora ele não saiba ler bem, lembra-se dos hinos
e dos textos, e os livros têm bom efeito sobre ele e o
auditório. Esse jovem, provavelmente, nunca se tornará
enfermeiro, nem mesmo assistente, mas o dispensário lhe
inspirou, bem como a outros, novos pensamentos e novos
desejos. Se Jesus quer que se faça o trabalho, não
providenciará os meios? Não, despertará Seus mensageiros.
Há, nesta grande floresta,
outros Twakaris a quem precisamos
transmitir a mensagem da mesma maneira pessoal. –
Church Officers' Gazette.
A
MENSAGEM DE UM GESTO
Na rebelião "Boxer", na China,
este país causou aos Estados Unidos, sérios prejuízos, que
importariam em quinze milhões de dólares.
A América do Norte, em lugar
de obrigar a China a pagar a indenização, resolveu
perdoá-la. A China então enviou imediatamente a Washington
um diplomata para transmitir ao governo dos Estados Unidos
os mais profundos agradecimentos. Fez mais. Reservou a
quantia que teria de pagar como indenização à educação dos
chineses. Assim é que, anualmente, 650 estudantes chineses
cursam as universidades americanas. Que mensagem profunda
não pode haver em um gesto nobre.
INSUFICIENTE PARA PAGAR
Um homem bondoso e rico enviou
a seguinte mensagem a um vizinho muito pobre: "Quero lhe dar
uma chácara". O pobre ficou encantado com a idéia de possuir
uma propriedade, mas era demasiado orgulhoso para recebê-la
como doação. Depois de muito pensar, resolveu visitar aquele
senhor que lhe fizera o oferecimento. A essa altura, porém,
apoderara-se dele uma estranha ilusão; pois imaginava que
possuía um saco de ouro. Assim levou este suposto ouro
consigo e disse para o ricaço:
– Recebi sua comunicação e vim
vê-lo. Quero ficar com a propriedade, mas tenciono pagá-la.
Eu lhe darei um saco de ouro por ela.
– Deixe-me ver o seu ouro,
disse o dono da fazenda. Olhe novamente: Acho que isto não é
nem prata.
O pobre olhou, os olhos se lhe
encheram de lágrimas, e sua ilusão pareceu desvanecer-se.
Disse:
– Ai de mim! Estou arruinado!
Isso não é nem cobre. É apenas cinza. Quão miserável sou!
Desejo possuir a chácara, mas não tenho com que pagar. Quer
dá-la para mim?
Respondeu o opulento senhor: –
Sim: Essa foi o minha primeira e única proposta. Quer
aceitá-la nestas condições?
Com humildade e ao mesmo tempo
com veemência, exclamou o indigente: – Sim! E milhares de
agradecimentos por sua bondade!
– 6.000 Sermon
Illustrations.
TODOS OS
HOMENS SÃO IRMÃOS
A humanidade tem sido tardia
em reconhecer e aceitar as idéias de igualdade e
fraternidade ensinadas pelo Evangelho. Pouco depois da
primeira guerra mundial, a grande cantora, Madame
Schumann-Heink, devia ser solista em um concerto num grande
auditório. Como parte especial do programa, um coro de
crianças devia cantar para a artista.
Quando, porém, estavam sendo
concluídas as deliberações para esse programa, algumas
pessoas protestaram porque a comissão incluíra crianças
negras, japonesas, chinesas, portuguesas, alemãs e italianas
no coro. Achavam que os assentos do auditório deviam ser
ocupados por pessoas que pagassem e não por crianças
"estrangeiras".
Quando Madame Schumann-Heink
ouviu falar do protesto, mandou chamar o presidente e
insistiu com ele para que deixasse as crianças se sentarem
com ela no palco. "Elas me ajudarão a cantar o melhor que me
for possível", disse ela.
Assim, na noite do concerto,
quando Schumann-Heink apareceu no palco foi acolhida por um
oceano de rostos infantis – pretos, morenos, amarelos e
brancos – todos eles manifestando alegria por se acharem tão
perto da grande artista. Ela lhes cantou uma canção de
trinar. Depois, elas entoaram o hino nacional americano para
ela.
Comovida, a artista se dirigiu
ao público, dizendo: "Sou uma mãe da Guerra. Dei três filhos
a Tio Sam, e um à pátria (Alemanha) além-mar. Dois desses
filhos não voltaram mais. Nós, Mães de Guerra, devemos
ensinar a nossos filhos a lei do amor. Não devemos fazer
diferença entre o preto e o branco, o amarelo e o moreno."
Madame Schumann-Heink aprendera bem a verdade de que todos
os homens são irmãos. Pedro aprendeu-a também. Acaso a
aprendemos nós?
SEGUIDOR
DE JESUS
O trem vinha entrando na
estação. Na plataforma o esperava um menino aleijadinho. Era
vendedor de frutas. Carregava um cesto de mangas em seu
braço que oferecia aos passageiros.
Quando o trem parou, desceu um
passageiro tão apressado que esbarrou no pobre aleijadinho,
fazendo-o cair. Era um negociante que tinha importantes
negócios a resolver e estava atrasado. Por isso, nem se
importou com o pobrezinho que ficou estirado no chão, com o
cesto virado e as frutas espalhadas.
Atrás do negociante desceu do
trem um outro passageiro com uma grande mala. Era um homem
bem trajado e que tinha também sérios negócios a tratar na
cidade.
Vendo, porém, o pobre aleijado
caído, sem poder levantar-se, esqueceu todos os seus
negócios e pensou logo em ajudá-lo. Pôs a mala no chão e
começou a apanhar as frutas, uma por uma, colocando-as no
cesto. Levantou também o menino e entregou-lhe o cesto.
E apanhando a mala, ia seguir
o seu caminho, quando o aleijado, com os olhos cheios de
lágrimas, perguntou:
– O senhor é Jesus?
– Não, meu bem, respondeu o
bom homem. Sou um seguidor de Jesus. Procuro fazer o que
Jesus faria se estivesse aqui.
– Se o senhor fosse Jesus, eu
ia pedir-lhe que me curasse, acrescentou o aleijado
tristemente.
– Você pode pedir, que Jesus
ouve lá do Céu, replicou o homem bondosamente. Quem sabe se
ele não vai curá-lo? Mas peça com fé.
E o homem afastou-se
apressadamente, tendo deixado nas mãos do aleijado duas
moedas de R$ 1. Passaram-se alguns meses.
Um dia, quando aquele
comerciante voltou àquela mesma cidade, para tratar de seus
negócios, ouviu que alguém o chamava insistentemente:
"Amigo! Amigo!" O comerciante parou e olhando para trás
deparou com um menino bem vestido, que corria ao seu
encontro.
– O senhor não me reconhece?
Sou aquele aleijado que vendia mangas na estação.
– Ah! sim, mas agora...
– Não ... não sou mais
aleijado, concluiu o menino. Internei-me em um hospital e
fui operado. Como vê, fiquei completamente bom. Acho que foi
Jesus que me curou. Eu pedi tanto a Ele...
– Foi sim, disse o
comerciante. Eu lhe disse que Jesus tinha o poder de
curá-lo. Ele é que deu aos homens o desejo de fundar
hospitais e de cuidar dos doentes pobres.
E os dois continuaram a
conversar animadamente. O comerciante contou ao menino
muitas histórias de Jesus, o Médico por excelência.
BOAS
OBRAS E MISERICÓRDIA - Miq. 6:8
Um exemplo simples de
misericórdia, ou bondade, teve lugar em S. Luís, Missouri,
tempos atrás. Quando um motorista deu uma forte freada para
evitar atropelar um cachorrinho extraviado, um polícia
desceu do ônibus para colocar o cãozinho sem dono na
calçada.
Ao entrar novamente no
veículo, o animalzinho o seguiu, abanando a cauda. O polícia
fez várias tentativas para o deixar fora, mas não o
conseguiu, de modo que o levou para o ônibus. "Alguém quer
um cachorrinho?" indagou. Como não houvesse resposta, ele
apenas sorriu, e murmurou: "Bem, creio que os pequenos
poderão cuidar de mais um."
Quão atrativa se torna a
religião de uma pessoa por atos de misericórdia! Não admira
que uma meninazinha uma vez orasse: "Querido Senhor, ajuda
toda gente má a ser boa, e ajuda toda gente boa a ser
bondosa."
COMUNHÃO
SIGNIFICA PARTICIPAÇÃO
Henrique VIII se disfarçou uma
noite e conseguiu fazer-se prender, passando a noite na
prisão. Ele desejava saber como os prisioneiros estavam
sendo realmente tratados. No dia seguinte ele enviou trinta
toneladas de carvão e alimentos para a prisão.
Ele havia experimentado a
sorte dos prisioneiros. Ele passara frio e sentira fome
naquela noite. Havia participado dos sofrimentos dos
encarcerados. Experimentara as suas necessidades. Pôde assim
responder ao que tinha visto, ouvido e sentido!
A SEMENTE
E AS FLORES
Discutiu-se uma vez no Japão
este assunto: "Como glorificar a Cristo em nossas vidas?"
Uma senhorita disse que isto
podia ilustrar-se no seguinte modo:
– Numa manhã de primavera
minha mãe conseguiu umas sementes de flores e apesar de
serem feias, ela as semeou. Brotaram, cresceram e
floresceram. Um dia, uma vizinha nos visitou e mirando as
flores disse:
– Oh, que bonitas são! Pode
dar-me algumas?
– Sim, mas se a senhora
houvesse visto só as sementes, não as haveria pedido.
Assim é muitas vezes com o
cristianismo. Falamos com os nossos amigos acerca das
verdades da Bíblia; não parecem manifestar o interesse
devido, porém, quando vêem estas verdades florescerem em
nossas vidas na forma de palavras benignas, feitos de
bondade e benevolência, então dizem: "Que formosas são estas
vidas!" Assim, muitas vezes, podemos pregar o Evangelho mais
pelos nossos atos que por nossas palavras. E.J.B.
COMO
GANHAR A NOSSOS INIMIGOS
Alguns cortesãos reprovavam o
imperador Sigismundo, porque em lugar de destruir os
inimigos conquistados, ele os favorecia.
– Efetivamente, não destruo os
meus inimigos quando os faço meus amigos – respondeu o
imperador.
Quando se perguntou a
Alexandre o Grande como havia podido, em tão pouco tempo,
conquistar tão vastas regiões e ganhar um nome tão grande,
ele respondeu:
– Usei tão bem os meus
inimigos que os obriguei a ser meus amigos e os trato com
uma consideração tão constante que eles estão unidos, para
sempre, a mim. – Comper Gray.
"FAÇAMOS
O BEM A TODOS"
Gál. 6:10
A uma esquina estava parada à
espera uma meninazinha, com seu grande cão-guia. Ao mudar o
sinal luminoso, os dois avançaram, devagar. Dirigiram-se
para a calçada, a menina com a mão em seu peludo guia. No
atravessar uma rua, o cão parou de maneira que a criança
pudesse perceber a leve descida do nível da calçada. Uma
mulher, caminhando precipitadamente, quase derrubou a
menina, mas seu guia correu em hábil interferência.
Na próxima intercepção,
enquanto o cão sentou-se para esperar, a meninazinha cega
inclinou-se e encostou a face na cabeça felpuda de seu guia.
O animal olhou para cima, e seus orgulhosos olhos brilhantes
pareciam dizer: "Eu pertenço a esta menina". Ao brilhar a
luz verde, os dois começaram a atravessar a rua.
Um homem se adiantou e
ofereceu: "Posso ajudá-la?" "Não, obrigada", respondeu a
menina. "Meu cão cuida de mim. Essa é a sua tarefa. Ele
gosta de sentir que eu dependo dele."
Sentir-se necessitado influi
muito para tornar a vida significativa. E, quanto mais somos
necessários, tanto mais "bem" somos chamados a fazer. Se
seguirmos o conselho do apóstolo de fazer "o bem a todos"
que rica será nossa existência!
UMA BOA
PRESCRIÇÃO PARA CADA DIA
§
Não murmurar.
"Busque a paz, e siga-a".
§
Não se
precipitar. "Quem corre, cansa: quem caminha alcança."
§
Dormir e
repousar suficientemente. "Os melhores médicos são: O Dr.
Regime, o Dr. Repouso e o Dr. Alegria".
§
Gastar menos
energias nervosas, cada dia, do que o que vem consumindo.
"Trabalhar como um homem, mas não trabalhar para morrer".
§
Ser sempre
alegre. "O coração alegre serve de bom remédio".
§
Pensar sempre
com otimismo. "Porque ele é tais quais são os seus
pensamentos".
§
Estar sempre em
companhia de pessoas sadias. "A saúde é tão contagiosa como
a doença".
§
Não carregar o
mundo inteiro nas costas. "Confia no Senhor e faze o bem". –
Escolhido.
BENIGNIDADE
Falando da sabedoria que vem
do alto, S. Tiago diz que ela é benigna, pura, pacífica,
tratável, cheia de misericórdia.
Quando Parkin Christian,
famoso na Ilha de Pitcairn, foi à Associação Geral em 1958,
alguns lhe perguntaram que lhe parecia deixar sua ilha natal
e vir para a civilização. Ele respondeu:
"Isto não é civilização.
Voltei as costas à civilização quando deixei Pitcairn. Vossa
civilização se baseia em ódio e bombas de hidrogênio. A vida
de nossa ilha funda-se no amor. Tenho sido magistrado nessa
ilha por 24 anos, e não prendemos ninguém. Não temos
prisões. A vida de nossa ilha prosseguirá quando as bombas
de hidrogênio houverem reduzido a pedaços a chamada
civilização."
Afinal, Cristo ensinou que "A
simplicidade, o esquecimento de si mesma e o confiante amor
de uma criancinha, são os atributos estimados pelo Céu. São
essas as características da verdadeira grandeza." – O
Desejado de Todas as Nações, pág. 437
DESARMANDO
O MUNDO
Era Salvador de Mendonça
diretor do jornal "A República", no Rio de Janeiro, quando o
governo imperial, não obstante as suas idéias democráticas,
o nomeou cônsul do Brasil nos Estados Unidos. O jornalista,
tendo aceito a nomeação, nas vésperas da viagem, foi
despedir-se do Imperador, e pedir as suas ordens para aquele
país.
– Não tenho ordens a dar-lhe –
respondeu-lhe o soberano.
E sorrindo:
– Apenas faço votos para que o
senhor preste tão bons serviços ao Império, nessa República,
quantos prestou à sua "República", no meu Império.
– Unitas.
GRATIDÃO
A JESUS
As crianças do asilo de órfãos
tinham estado falando a respeito da vinda de Jesus. Uma
noite ao orarem pela refeição: "Vem, Senhor Jesus, sê nosso
hóspede e abençoa o alimento e nos deste", disse uma menina:
"Nós pedimos a Jesus para vir assentar-Se conosco e Ele não
vem nunca. Ponhamos mais uma cadeira e assim Ele poderá
vir." Mal o haviam feito, ouviu-se bater à porta.
Um garotinho gelado e faminto
vinha pedir pousada. Foi prontamente atendido, sendo-lhe
dada a cadeira vazia reservada para Jesus. Então cada
criança tirou um pouco do próprio alimento e o colocou no
prato do recém-chegado. Igualmente cada um ofereceu a sua
cama.
Um os meninos perguntou:
"Jesus, não podia vir e por isso enviou este pobrezinho em
Seu lugar, não é?" "Sim", disse o preceptor, "é justamente
isso." Todo bocado de alimento ou água que damos aos pobres,
aos doentes ou aos prisioneiros, por amor de Jesus, damos a
Ele mesmo. Diz o Salvador: "Quando o fizestes a um destes
Meus pequeninos... A Mim o fizestes", "Podemos, por Cristo,
fazer mil coisas; ser sempre bondosos é nosso dever." –
Mabel Reynolds Makepeace.
INIMIGOS
Conta-se que um imperador
chinês, inteirando-se de que seus inimigos formaram uma
rebelião numa das províncias distantes, disse para os
oficiais: "Venham, sigam-me; e nós os destruiremos
prontamente."
Ele avançou, e os rebeldes
renderam-se à sua chegada. Pensavam todos agora que ele
tiraria a mais assinalada desforra, mas surpreenderam-se de
ver os prisioneiros tratados com brandura e humanidade.
– Como! protestou o primeiro
ministro, é deste modo que cumpris vossa promessa? Destes a
vossa palavra real de que vossos inimigos seriam destruídos,
e eis que os perdoastes a todos, demonstrando até mesmo
afeto para alguns deles!
– Prometi destruir meus
inimigos, replicou o imperador com um aspecto liberal, e
cumpri minha palavra, pois, como podeis ver, eles não são
mais inimigos: transformei-os em amigos.
– 6.000 Sermon
Illustrations.
CORTESIA
Um idoso escocês estava
levando o grão em saco ao moinho, no lombo de um cavalo,
quando este tropeçou e o grão caiu ao chão. Sendo já muito
idoso, não tinha forças para levantá-lo; mas viu que se
aproximava um cavaleiro, e pensou em lhe pedir que o
ajudasse. Mas, o cavaleiro era o nobre que morava no castelo
que ficava ali perto, e o lavrador não tinha coragem de lhe
pedir um obséquio. Porém, o nobre era um cavalheiro, e sem
esperar que lhe pedissem, apeou do cavalo, e os dois puseram
a carga no lombo do animal.
João, que também era
cavalheiro, tirou o boné e disse:
– Meu senhor, como poderei eu
agradecer-lhe tanta bondade?
– Facilmente, João,
replicou o nobre, sempre que você vir um homem nos mesmos
apuros em que estava agora, ajude-o, e esse será o meio de
me agradecer. – Seleto
SEJAMOS
AFÁVEIS
I Ped. 3:8
Em muitos dos primitivos
manuscritos gregos, este texto diz: "Sede humildes de
espírito" em vez de "afáveis". As duas idéias não diferem
muito. A pessoa "humilde de espírito", é invariavelmente
afável ou cortês. Não exige consideração para si mesma, mas
sob todas as circunstâncias condescende com os desejos dos
outros. Nunca é rude, nunca tem falta de tato. Tem em mente
acima de tudo o desejo de proporcionar aos outros, conforto,
de fazê-los sentir-se à vontade.
Uma velha história que ilustra
o último em cortesia, teve origem na Inglaterra, há mais de
um século.
Certo estadista havia sido
convidado para um chá em casa de distinta senhora. Não se
sentindo à vontade e estando nervoso, o hóspede quebrou, por
acaso, a bela xícara de porcelana de Sèvres
em que bebera. Rubro de vergonha, ia abrir a boca para
apresentar uma desculpa, quando a dona da casa
"acidentalmente", quebrou outra daquelas xícaras.
Voltando-se para o copeiro, deu calmamente a ordem: "Não
torne a pôr estas xícaras; elas são demasiado frágeis para
uso."
Talvez essa refinada cortesia
seja rara, mas há centenas de maneiras mais simples de um
cristão manifestar cortesia diária. Uma pessoa jovem cederá
alegremente aos desejos de seus pais. Responderá sempre com
respeito aos mais velhos. Deixará os de mais idade
passarem-lhe adiante numa porta. Agradecerá qualquer favor
recebido. Cederá seu lugar ao idoso e ao enfermo numa
condução pública. E é sempre cavalheiro – ceder também o
lugar a uma senhora nos ônibus e bondes.
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