DECISÃO E
INDECISÃO
DECISÃO
Conta-se que um rei antigo,
desejando recompensar um amigo favorito, disse: "Pede o que
você quiser e eu lhe darei." O jovem amigo ponderou: "Se eu
pedir para ser general, prontamente o obterei. Se a metade
do reino, ele me dará. Vou pedir alguma coisa que traga
junto todas estas coisas." E disse ao rei: "Dá-me sua filha
por esposa."
Por esta sábia escolha,
tornou-se herdeiro de toda a riqueza e honras do reino.
Assim ocorre quando escolhemos
a Cristo. NELE obtemos tudo. Será que já fizemos esta grande
escolha? Revelam todas as nossas decisões menores total
entrega ao Salvador?
O PERIGO
DA DEMORA
Um jovem engenheiro construía
no nordeste dos Estados Unidos uma ponte sobre um precipício
nas montanhas. Depois de semanas e meses de trabalho com um
grupo de operários a obra já estava quase terminada.
Numa tarde ele disse aos seus
empregados:
– Venham depois da ceia e
terminaremos isto em uma hora. Então eu lhes pagarei o
solário de um dia por esta hora extra.
Mas eles responderam:
– Nós fizemos outros planos.
– Venham depois da ceia –
insistiu o engenheiro – e lhes pagarei o preço de dois dias.
– Por que nos obriga a voltar?
– disseram.
– Porque, se vier uma
tempestade esta noite, sobre as montanhas, a ponte será
arrastada, pois não está bem firme.
E eles saíram dizendo que não
choveria durante alguns meses.
Mas as nuvens estavam densas e
se arremessaram em chuva sobre as montanhas, numa torrente
indômita que arrastou a ponte em seu furor.
Ó homens e mulheres! Este é um
quadro vivo que nos ensina que não devemos tardar em
garantir nossas almas. – George W. Truett.
O AMANHÃ
QUE TALVEZ NUNCA CHEGUE
O amanhã é o dia mais
maravilhoso... É quando os homens cumprem seu dever. É o
tempo da colheita de boas intenções. Amanhã os maus hábitos
serão resolutamente vencidos; o mau temperamento, subjugado.
Amanhã O seguirão e dedicar-se-ão inteiramente ao Seu
serviço ...
A quarta parte da raça humana
morre antes de atingir os sete anos; a metade, antes dos
dezessete. Dentre cem pessoas somente seis chegam aos
sessenta anos. De quinhentos, apenas uma vive até aos
oitenta. É seguro retardar a decisão da mais importante de
todas as questões para um tempo mais conveniente? –
Tarbell's Teacher's Guide.
INDECISÃO
Falando com pessoas que acham
cedo demais para se converterem, é melhor usar somente uma
passagem e imprimir-lhe na mente e no coração por meio de
repetição constante.
Numa noite, estava um ministro
falando com um homem muito interessado mas que sempre lhe
dizia: "Não posso decidir agora."
E cada vez que ele lhe dava a
resposta ele lia a passagem:
Prov. 29:1
(BLH):
"Quem é repreendido muitas vezes e teima em não se corrigir,
cairá de repente na desgraça e não poderá escapar."
Repetiu a passagem muitas
vezes, a fim de que ele chegasse a compenetrar-se da sua
necessidade de aceitar a Cristo, e do perigo de adiar.
Algumas vezes tentou fugir à passagem mas o pastor não
deixou que o fizesse. A passagem ficou com ele e foi
enfaticamente gravada no seu espírito de modo providencial.
Naquela mesma noite ele foi
assaltado e ficou bastante ferido. Apesar disso pôde voltar
na noite seguinte, mesmo com a cabeça coberta de ligaduras;
e aceitou a Cristo como seu Salvador. Os ferimentos que
recebeu na cabeça, hão o teriam impressionado
espiritualmente se a passagem da Escritura não estivesse
nela bem gravada. – R. A. Torrey.
DECISÃO
O Dr.
Ichabod
Spencer, falando certa vez com um troço que tinha muitas
dificuldades, a cada passo repetia-lhe a passagem: "Eis aqui
agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação."
O jovem tentou atrair o Dr.
Spencer para outras coisas; mas ele permaneceu firme
repetindo, repetindo aquela mesma passagem. No dia seguinte
o moço voltou, alegrando-se em Cristo, para agradecer ao Dr.
Spencer por ter martelado tanto aquela passagem.
As palavras desta
passagem ficaram-lhe ressoando aos ouvidos durante toda a
noite, a ponto de quase não poder dormir. De modo que sentiu
necessidade de tomar a resolução definitiva de aceitar a
Cristo. É uma grande coisa quando alguém pode apontar para
um versículo da Palavra de Deus e dizer: "Eu sei, sob a
autoridade deste versículo, que meus pecados estão perdoados
e que sou um filho de Deus." –
R. A. Torrey.
CAMINHO
ESTREITO
Conta-se que o célebre
Euclides tinha adquirido tão grande reputação de sábio que
um famoso conquistador veio enfileirar-se no número de seus
discípulos.
O guerreiro, que acreditava a
princípio ser tão feliz no estudo das ciências abstratas
como no campo de batalha, ficou logo desconsertado diante
das dificuldades que encontrou.
– Filósofo, – perguntou um dia
a seu mestre, num momento de desgosto – não tendes outro
caminho mais fácil para se aprenderem as matemáticas?
– Príncipe, – respondeu
Euclides – para esta ciência não há caminho real.
O mundo desejaria, para ir ao
Céu, um caminho fácil, largo, cheio de flores, asfaltado de
prazeres.
E o caminho do Céu não é
largo, nem de flores; se é real, tem a realeza da cruz, pois
foi traçado pelo Príncipe coroado de espinhos.
– Lição dos Fatos.
PERDENDO
O TRONO
Amigo meu, temo que você perca
o Céu como Luís Filipe perdeu o trono. Um grande e terrível
motim levantou-se contra esse rei nas
Tulheiras, França. A guarda nacional estava em seu
posto para guardar e defender o rei, quando o comandante
disse a Luís que era tempo de romper fogo.
"Assim, uma só carga pode
limpar o campo inimigo", disse ainda o comandante. "Não,
não", disse Luís. Depois de certo tempo, vendo o rei que se
havia equivocado, disse ao comandante: "Já é tempo de
disparar fogo." "Não", disse o general, "é demasiado tarde.
Não vê V.M. que os soldados estão dando as suas armas aos
paisanos?" Era tarde demais.
Caiu o trono de Luís Filipe,
perdeu-se a casa dos Orléans e tudo
porque o rei dissera: "Ainda não, anda não". Que Deus evite
adiarmos o assunto do nosso destino eterno. Não há que
demorar em romper o fogo contra o pecado até que seja
demasiado tarde para fazê-lo e assim venhamos a perder o
lugar no Céu como Luís perdeu o seu trono terreno.
–
Talmage.
TOLICE
I Cor. 2:14
Uma noite, um evangelista
estava falando com um homem a quem procurava levar a Cristo,
o qual depois de tudo lhe disse:
– Tudo isso que o senhor me
diz é para mim uma tolice.
O evangelista respondeu-lhe:
– Sim, isso é justamente o que
a Bíblia diz.
O homem olhou-o espantado e
interrogou-o abruptamente:
– O que?
– Que você disse que tudo que
eu disse é uma tolice; e eu respondi que isto mesmo é o que
a Bíblia diz.
O homem mostrou-se mais
espantado que nunca, e, aproveitando o momento, o
evangelista recorreu à passagem citada e leu: "Mas o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque
lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porquanto se
discernem espiritualmente."
O homem respondeu:
– Eu nunca tinha visto a coisa
sob este ponto de vista.
– R. A. Torrey.
DEMORA
A demora sempre significa
perda. Um homem notável, que vivera mundanamente,
converteu-se com a idade de 80 anos. Converteu-se
verdadeiramente e gastou o resto da vida em fé e esperança.
Quando alguns amigos cristãos o felicitavam pelas grandes
misericórdias de Deus manifestadas na salvação de sua alma,
sempre o seu semblante se entristecia e dizia:
"Sim, meus queridos amigos,
graças a Deus estou salvo, porém a minha vida se perdeu,
pois a dei toda ao mundo."
DECISÃO
FATAL
Um soldado de Glasgow falava a
um seu camarada acerca da salvação enquanto marchavam para o
panteão, marcando o passo ao rufar do tambor, para sepultar
os outros seus camaradas. O soldado rogou, com ansiedade,
que seu companheiro se entregasse a Cristo tal como estava.
O inconverso se impressionou
com as palavras do amigo e disse: "Jacó, eu o farei quando
sair do exército." Esta foi a sua decisão e para isto
faltavam somente 9 meses. Na semana que se seguiu a este
diálogo o regimento 79 recebeu ordens para se dirigir para o
Egito. Os soldados marcharam juntos em direção ao
acampamento árabe de Telkebir, um
tendo a satisfação da salvação e o outro adiando a salvação
para depois que saísse do serviço militar.
Em silêncio atravessaram o
deserto de areia e acercando-se do acampamento inimigo, dos
árabes. As sentinelas estavam alerta apesar da escuridão ser
muito densa; mas logo se ouviram as detonações dos disparos
árabes contra os irlandeses. Em conseqüência de um destes
disparos caiu o jovem que quisera esperar. Oh! camaradas,
tal decisão é fatal! – Juan
Robertson.
ESPERE
ATÉ AMANHÃ
Recorda-se alguém do vapor
"América Central"? Ele se encontrava em muito má situação
porque havia feito água e estava se afundando aos poucos.
Decidira dar o sinal de perigo. Um navio acercou-se e o
capitão falando por meio de um porta-voz perguntou: "Que
aconteceu?" A resposta foi: "Necessitamos reparar alguma
coisa e é favor esperar até amanhã." "Permita-me tomar os
seus passageiros agora", disse o capitão do outro navio.
O da "América Central"
replicou ainda: "Queira esperar aqui até amanhã." O outro
capitão gritou novamente: "Deve permitir-me retirar os seus
passageiros agora mesmo." "Já lhe supliquei que permaneça
até amanhã", disse o outro. Em uma hora e meia desapareceram
as luzes do navio naufragado e, ainda que não se escutasse
nenhum ruído, o vapor com todos os passageiros e tripulação
se perdeu no luar.
Ó amigos inconversos, por amor
de Deus, não permaneçam no pecado e não questionem com o
Espírito Santo:
"Fiquem até amanhã." Escutem
hoje, a voz de Deus. – Spurgeon.
AINDA NÃO
"Meu filho, dá-Me teu
coração", disse o Senhor Jesus a um menino.
"Ainda não", disse o pequeno,
distraído com o jogo de bola; "quando crescer mais, pensarei
nisso."
"Meu filho, dá-Me teu
coração", disse o Senhor Jesus ao jovem.
"Ainda não, vou agora aos meus
negócios. Quando enriquecer, terei mais tempo para atender
ao assunto." Os negócios não prosperam.
"Meu filho, dá-Me teu
coração." "Ainda não", volveu de novo o homem de
negócios.
"Estou ocupado agora. Quando
meus filhos estiverem bem colocados, poderei pensar em
religião."
"Meu filho, dá-Me teu
coração." "Ainda não", exclamou o homem idoso,
"logo deixarei minhas atividades, e então nada mais terei a
fazer senão ler e orar."
E assim expirou. Adiou para
outra ocasião o que deveria ter feito em menino. Morreu,
portanto, como vivera – sem Deus.
– Sunday School.
AMANHÃ
Refere a História que
Arquias, um magistrado principal dos
estados da Grécia, não era popular no governo. Era tanta a
sua impopularidade que o povo conspirou contra ele. Chegou o
dia quando o "complot" fatal devia executar-se.
Arquias havia-se entregado aos
prazeres e ao vinho sem saber coisa alguma da intenção do
povo. Quando chegou um mensageiro de Atenas com grande
pressa, trazendo consigo umas cartas, contendo a revelação
do "complô", foi admitido à presença de
Arquias, e disse:
"Meu senhor, o que lhe escreve
esta carta pede que leia logo, pois contém ela assunto muito
sério." Arquias, o príncipe,
respondeu com um sorriso: "Os assuntos sérios podem esperar
até amanhã", e continuou com as suas festividades.
Na mesma noite, quando
Arquias e seus amigos estavam
contentes em seus prazeres, o inimigo com toda a fúria
entrou e o matou com todos os seus companheiros. Assim
deixaram ao mundo um exemplo vivo do perigo da demora.
Em dez mil diferentes ocasiões
tem sido tratado da mesma maneira o portador da mensagem da
eternidade.
Muitos são admoestados a se
entregarem a Cristo, porém, como o príncipe, dizem:
"Atenderemos as coisas sérias amanhã." Quando menos esperam
vem a morte e não estão preparados para a eternidade.
– S. Lowell.
A
NEGLIGÊNCIA DE CÉSAR
César recebera a carta que
Artemídoro lhe enviara na manhã do
dia fatal, quando se preparava para ir ao Senado, na qual
lhe foi dada a notícia do "complô" para seu assassinato. Ele
poderia ter evitado a sua morte se não fosse descuidado e
lesse a carta que trazia a sua salvação. Foi morto; deixou
passar a oportunidade e pagou-a com a vida.
Ah! quantos há que por
negligência deixam passar o tempo oportuno e morrem em seus
pecados! – C. Perren.
ESCOLHENDO
VIVER CORRETAMENTE
Uma senhora estava com seus
dois filhos esperando um carro na esquina. "Meninos", disse
a senhora, "queria que vocês olhassem para os dois homens
que vêm subindo a rua." O primeiro era velho, de cabelo
branco como a neve. Seu porte era ereto e os passos firmes.
Sua vista possuía fulgor e tinha um sorriso nos lábios ao
passar perto da senhora e dos meninos. O segundo homem não
era muito velho, mas caminhava vagarosamente, curvado
pesadamente sobre uma bengala. Tinha o nariz inchado, os
olhos injetados e passou adiante, andando com dificuldade,
sem dirigir o olhar para qualquer lado.
"Meninos", disse a senhora,
"aquele homem mais velho, de boa aparência, foi crente desde
jovem e tornou-se um homem de bem. Tem um lar feliz e é
pessoa de respeito e de bons princípios. O avô de vocês
conheceu estes dois homens quando ainda eram meninos. O
outro também viveu muito. Era um rapaz simpático e adquiriu
muitos amigos, que eram todos da mesma espécie e, juntamente
com ele, caíram em maus carrinhos. A bebida e os pecados
deixaram nele marcas indeléveis. Hoje ele vive sozinho e
infeliz e a cidade tem de cuidar dele.
Lembrem-se de que, se vocês
viverem até à velhice, hão de ser como um destes homens.
Vocês mesmos devem fazer a escolha."
– Mabel Reynolds
Makepiece.
OU AGORA
OU NUNCA
Há regiões sobre a superfície
da Terra nas quais os habitantes vivem quase que
exclusivamente de ovos de aves marinhas que fazem seus rudes
e mal tecidos ninhos nos alterosos e escarpados rochedos à
beira-mar.
Há homens que se dedicam ao
mister de procurar tais ninhos, fazendo dele seu ofício e
meio de vida.
Um deles, certo dia, munido de
uma alçaprema e duma corda comprida, deu com os olhos em um
grande ninho, apoiado em uma pequena saliência da vasta face
do precipício, em forma de um degrau, mais de trinta metros
abaixo. Acontecia, porém, para lhe dificultar o acesso, a
beira do precipício era muito saliente, havendo uma larga
reentrância no ponto onde se achava o ninho, formando assim
um recôncavo imenso.
Procurando um lugar adequado,
nele fincou firmemente a alçaprema, à qual amarrou
cuidadosamente a corda. Ato contínuo, tratou de ir-se
deslizando por ela abaixo. Chegando em linha com o ninho,
parou, suspenso no ar.
Para alcançar a pequena
saliência onde estava o ninho, foi preciso imprimir à corda
um movimento de vaivém. Fez isso, agitando o corpo, com o
que aos poucos foi conseguindo o que desejava, chegando por
fim a tocar a saliência com as pontas dos pés. Resolveu-se
então, à primeira volta da corda, tentar firmar-se em pé
nela. Aguardando o momento precioso, deu um pequeno salto,
equilibrou-se, desempenando o corpo de encontro ao rochedo.
Congratulando-se com o belo êxito alcançado, não reparou bem
no que fazia e por uma pequena distração abriu mão da corda,
a qual imediatamente se afastou, como era natural,
procurando o prumo.
O homem no mesmo instante caiu
em si, compreendendo que já não era mais questão de uns
pobres ovos, mas de uma luta medonha com a morte, pois,
privado da corda, a única saída dali era de cabeça para
baixo, indo afogar-se nas águas do mar, ou rebentando de
encontro às pedras.
Em casos de perigo iminente o
pensamento humano age veloz, indicando certeiros planos de
salvação. A corda, na volta, de certo não chegaria a tocar o
degrau onde ele estava. Para alcançá-la, teria de aventurar
um salto para assim agarrá-la. Não aventurando o salto logo
na primeira volta, a corda na segunda volta mais afastada
ainda lhe ficaria, tornando o salto então mais arriscado; na
terceira volta, não mais a alcançaria.
Resolveu-se! Aproximando-se a
corda, logo na primeira volta, firmou ele o salto
atirando-se a ela, e conseguiu agarrá-la. Estava salvo! Fora
um caso de: Ou agora, ou nunca! Ao dar o salto, podia
ter errado a corda, não resta dúvida, indo então morrer
irremissivelmente no mar, ou ficar esfacelado nos rochedos.
Uma pessoa, porém, atreve-se a tudo, estando em jogo sua
vida. – Guia do Viajante.
NÃO
DESANIMAR
Vocês às vezes são tentados a
desanimar nas lutas contra as tentações? Então ouçam esta
história acerca de um rei da Escócia que viveu faz muitos
anos. O rei travara oito batalhas, perdendo todas elas. Um
dia, refletindo desconsoladamente em suas derrotas, notou
uma aranha tentando chegar ao alto de um muro. Chegou quase
até ao cimo, e então caiu. Mas não desistiu! Tentou de novo.
Outra vez chegou quase até em
cima, porém caiu novamente. Tentou a terceira vez, e pela
terceira vez falhou, não obstante voltou a tentar. O rei
observava, fascinado.
Quatro, cinco, seis, sete,
oito vezes a aranha tentou chegar ao topo do muro, e oito
vezes caiu. Mas a nona vez foi diferente. Desta vez teve
êxito. Quando o bichinho alcançou o topo, o rei se ergueu,
com um novo brilho nos olhos.
"Se essa pequena aranha é
capaz de cair oito vezes e ter êxito na nona, não poderei eu
fazer o mesmo?", disse o rei, e saiu para organizar nova
batalha. Dessa vez alcançou vitória, e depois disso teve um
reinado longo e feliz.
Você porventura tentou uma
vez, duas, três, ou mesmo oito vezes, para alcançar a
vitória? Lembre-se da história do rei e da aranha, mas
lembre-se principalmente dAquele que lutou em favor de
Israel nos tempos antigos. Ele lutará por você também.
PRESO NO
PELOURINHO
Numa linda povoação inglesa,
onde a natureza ostenta galas arrebatadoras, a taberna do
lugar, como de costume, andava causando muito mal.
Um pobre alcoólatra, já muitas
vezes condenado pelo juiz, por embriaguez, mas sempre em
vão, foi por fim sentenciado à prisão num pelourinho que
ficava próximo à igreja, para ver se assim, exposto ao
escárnio público, resolveria criar um pouco de juízo.
Ajuntaram-se logo os aldeões ao redor dele, alguns com pena,
outros caçoando, outros com nojo. O homem no pelourinho
sofria atrozmente.
Chegou ali um homem tendo pela
mão sua filhinha. "Papai", disse ela, "por que é que
prenderam esse homem no pelourinho?"
"Porque ele se embriaga",
respondeu o pai.
"Então, quando é que vão
prender o senhor no pelourinho?", tornou ela com inocente
simplicidade.
A pergunta feriu o pai no
coração e o obrigou a refletir. O refletir levou-o a
abandonar de vez o uso das bebidas para não chegar ao estado
daquele infeliz que aí estava contorcendo-se de vergonha.
Um cálice de bebida alcoólica
pode parecer muito bonito, muito tentador. Dentro dele,
porém, escondem-se três feras – a tristeza, a vergonha e a
morte.
– Guia do Viajante.
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