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postado em: 12/3/2010
Tempo de Engano Um novo ano sempre renova nossas esperanças de viver algo melhor. Foi assim que me consolei com as imagens que havia acabado de assistir. Estávamos no final de 2009. Cada fim de ano é apresentado um tradicional programa televisivo com a retrospectiva dos principais fatos que marcaram o ano. Esse tipo de programa é permeado de imagens e informações que sintetizam a história humana em todos os aspectos. Geralmente são apresentados fatos tristes e fatos alegres, na tentativa de não tornar o programa num circo de horrores, em uma época que as pessoas gostam de falar de alegria e confraternização. Mas a retrospectiva de 2009 parecia mais carregada de catástrofes do que nos anos anteriores. Assisti atônito as imagens que me fizeram relembrar as nossas mazelas sociais, entretanto, o que mais me chocou foi contabilizar naquele resumo anual dezenas de catástrofes da Natureza que causam destruição e morte. Mal começamos o ano e novas tragédias começaram a acontecer: Angra dos Reis, Rio de Janeiro e outros lugares no cenário nacional e internacional. O terremoto do Haiti parecia ser o pior fato do ano, mas a ele se seguiriam alguns no Chile e no resto do mundo centenas. Veja na página http://www.apolo11.com/terremotos.php a relação de abalos sísmicos ocorridos no mundo que só nos oito primeiros dias de março chegam a 224! Terremotos inferiores a 3,5 graus da escala Richter têm possibilidade de serem registrados, mas, praticamente não são percebidos. Entre 3,5 a 5,4 graus são geralmente percebidos com pequenas conseqüências. De 5,4 a 6 graus produzem destruição significativa em edificações com construção frágeis, já nas edificações de construção estruturada os prejuízos são pequenos. Entre 6,1 e 6,9 graus são capazes de destruir tudo num raio de 100 quilômetros. Nesta categoria estão listados doze terremotos no site mencionado. Entre 7 e 7,9 graus são propícios à retirar os edifícios de sua fundações, sem contar o surgimento de fendas no solo e danificação de toda tubulação contidas no subsolo. Entre 8 e 8,5 graus são considerados de grande magnitude, destroem pontes e praticamente todas as construções existentes. Os especialistas dizem que destruição total ocorre com tremor de 9 graus, e, hipoteticamente, se houvesse um terremoto de 12 graus a Terra seria partida ao meio. Há seca em uma parte do país e do mundo e enchentes em outras. O Frio mata em alguns lugares e o calor sufoca em outros. Quando me deparo com tais acontecimentos sinto que 2010 será o pior ano até aqui registrado em nossa história. A resposta de Jesus à indagação dos discípulos me martela a mente: “Diga-nos, quando há de suceder isso, e qual será o sinal quando tudo isso estará para se cumprir?” (Marcos 13:4). Em geral nos lembramos das previsões catastróficas que Jesus enumerou: “... Quando ouvirem falar em guerras e rumores de guerras, não se assombrem, porque é necessário que tudo isso aconteça, todavia ainda não é o fim. Porque povo se levantará contra povo, e reino contra reino, e haverá terremotos em vários lugares, e haverá fomes e perturbações, o princípio das dores de parto” (Marcos 13:7,8). Mas, devemos nos lembrar que Jesus começou sua resposta com uma advertência: “Vejam para que ninguém lhes engane” (Marcos 13:5). Como ser enganado? O que Jesus queria dizer? A questão se esclarece no restante do texto: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: "Sou eu!", e enganarão a muitos” (Marcos 13:6). É precisamente quando nossa atenção se volta para o espetáculo dantesco de uma natureza combalida e destruída pelo ser humano que satanás trabalhará com a natureza humana desprovida do temor de Deus para apresentar ao mundo uma interpretação errônea dos fatos e lançar sobre os fiéis filhos de Deus a culpa das mazelas humanas: “Mas, acautelem-se a vocês mesmos, porque lhes entregarão aos Sinédrios e às sinagogas. Vocês serão açoitados, e serão levados diante de governadores e reis, por minha causa, como testemunho para eles”. Foi esta a estratégia que ele usou nos tempos da igreja apostólica quando os imperadores atribuíam aos cristãos a culpa pelos terremotos, pestilências, fomes e tragédias naturais que assolavam o mundo. É tempo de engano, portanto é tempo de atender à advertência de Jesus: “Vejam, ninguém lhes engane”! Contudo, também é tempo de esperança, esperança que o Evangelho difunde na vida das pessoas que vivem nas trevas do pecado. Antes do fim de todas as coisas deste mundo “é necessário que o Evangelho seja primeiramente proclamado a todos os povos.” Que parte você e eu temos desempenhado neste desiderato?