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postado em: 4/1/2013
Era uma vez um casal que começou sua vida conjugal adotando um filho cujos pais haviam falecido. Este casal deu ao filho adotivo o nome de Janus e estavam felizes e cheios de esperança com o futuro dele, mas, dentro de algum tempo Janus faleceu. E isto aconteceu no exato dia em que aquele casal recebia nos braços seu filho Februus. A perda de Janus foi compensada em parte com a alegria que Februus trouxe ao casal.
Tristemente Februus também faleceu quando nascia o terceiro filho chamado de Marcius. E assim, a saga deste casal era sempre marcada pela chegada de um filho ao mesmo tempo em que falecia o outro. Marcius foi embora quando Aperina chegara. Aperina amava ver as flores se abrindo e era tão sonhadora quanto sua irmã May, que chegou quando esta dava seu último suspiro, o que também aconteceu com a tímida June, nascida em meio ao infortúnio da perda de May.
June faleceu quando seu irmão Julius deu seu primeiro choro e quando Julius faleceu depois das férias escolares do meio de ano, Augustus chegava com ar de menino sério. Ele foi diferente de seu irmão que nascera no dia de sua morte: Set. Este alegre menino gostava de flores e árvores coloridas, mas faleceu enquanto nascia seu irmão Octávius, observador e reservado como ele só. Depois nasceu Webere, enquanto este falecia, nascia um menino de comportamento contraditório: às vezes ficava sério e preocupado e às vezes ria e se alegrava como se todas as tristezas se esvanecessem como mágica. Este era Décius que todos chamavam carinhosamente de Dedé.
Quando Décius morreu, sua mãe esperava outro bebê, mas a morte do 12º filho foi demais para aquele casal, que por sua vez sucumbiu diante da morte. O pequeno órfão foi imediatamente adotado por um casal amigo que, num gesto de carinho, deu o nome ao pequeno de Janus. E a estória se repetiu e se repetiu exaustivamente ao longo da vida...
Esta estória é um retrato da realidade. De um ciclo que parece interminável...
A Bíblia relata no livro da gênese humana - Gênesis capítulo cinco - algo muito parecido. Desde Adão até Noé, a sequência inexorável da morte é algo triste de ser contemplado. Um após outro, os filhos de Deus vivem uma sequência com um fim mórbido: nascem, crescem, se casam, têm filhos e por fim morrem. Se lêssemos apressadamente Gênesis capítulo 5 e nada mais, não haveria motivo para alimentar qualquer esperança de um futuro diferente, que não passasse pela imutável sequência fatídica da vida e da morte. Mas há um fato que quebra este circulo vicioso da morte. No verso 23 lemos: “Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos”, e onde se esperava ler “e morreu”, como nos demais, lemos, todavia:” Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou.” O ciclo vicioso da morte foi quebrado porque alguém andou com Deus todo o tempo e Deus o levou, não pela morte, mas o levou para continuar sua existência ao lado dEle.
Por tais coisas temos a esperança. E a Esperança é o combustível da vida. A Esperança é Jesus. O apóstolo Paulo fala do círculo virtuoso da esperança: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança.E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (Romanos 5:3-5).
Pelo poder do Espírito Santo precisamos fazer planos para que 2013 não seja mera repetição de 2012. Aqueles que não tem fé vivem na repetência de uma existência vazia, numa triste aplicação do que a Bíblia afirma: “O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.” (Eclesiastes 1:9-10).
Segundo Lewis R. Walton, “tem-se dito que os que deixam de aprender da história estão fadados a repetir seus erros. Para os Adventistas do Sétimo Dia esta declaração é mais do que um clichê. É uma certeza”.