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postado em: 13/2/2018
"Às vezes ficamos tão preocupados em remar que não paramos para ver em que direção o barco está seguindo... ou em que nos estamos transformando" (Wayne Cordeiro).
[...] A maior parte das pessoas no mundo do trabalho executivo está cuidando do urgente, e não do importante. É necessário tomar uma decisão em relação a isso. [...] O que temos de reorientar? Questionar o que precisamos ter, de fato, em termos de bens materiais. Temos de pensar sobre aquele que tudo tem, mas a ele perece que o é muito pouco em relação ao que acha que deveria ter. Até onde nós vamos? Até onde eu, executivo (professor, operário, profissional liberal, etc.), vou levar minha vida ao esgotamento, à custa de quê? De ter mais relógios, canetas, carros, de poder consumir mais? SE ESTOU PERDENDO VIDA, ESTOU VENDENDO A MINHA ALMA. Aliás, os cristãos tem uma frase que muitos executivos deveriam pensar sempre. Diz "De nada adianta a um homem ganhar o mundo, se ele perder a sua alma" (Mt 16,24). (CORTELLA apud LIRA: 2015, p. 142)
"Eu não posso me dar ao luxo de perder o meu tempo ganhando dinheiro" (Atribuído a Jean Agassiz, 1873).
Existe um velho e conhecido provérbio chinês que afirma o seguinte, num tom solene de alerta: "Cuidado: aquilo que você deseja, você pode conseguir!" Isso soa quase como uma afirmação "premonitória" de que o aparente ganho não passa de uma real e grande perda; de que o saldo final, altamente negativo, não passa de uma "vitória de Pirro"*.
Creio que um texto bíblico que expressa, por excelência, tudo isso (esta nossa correria louca e frenética em busca de "melhores condições", ganhar muito dinheiro, comprar, adquirir coisas, galgar posições, "crescer na vida", construir um patrimônio, etc.) e os perigos inerentes e as consequências embutidas nesta busca insana pelo material, é este: "Concedeu-lhes o que queriam, mas fez-lhes definhar a alma" (Salmo 106.13-14).
Como aconteceu com os hebreus, no passado; nós, muitas vezes agimos apenas movidos pela cobiça e imediatismo, repudiamos o grande projeto de Deus para a nossa vida e, ao invés de deixar o Espírito Santo guiar as escolhas e definir o que é melhor para nós, pedimos e até exigimos de Deus coisas que jamais servirão para o nosso crescimento espiritual e a nossa salvação: "Concedeu-lhes o que queriam, mas fez-lhes definhar a alma". Pense nisto!
Pastor Elizeu Lira
* Vitória pírrica ou vitória de Pirro é uma expressão utilizada para se referir a uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis. A expressão recebeu o nome do rei Pirro do Épiro, cujo exército havia sofrido perdas irreparáveis após derrotar os romanos na Batalha de Heracleia, em 280 (Wikipédia)