Digite uma palavra chave ou escolha um item em BUSCAR EM:
postado em: 31/7/2013
O Perdão do Papa & O Perdão de Jesus
Eu, Também, Quero Ser Perdoado!
Durante a Jornada Mundial da Juventude, promovida pela Igreja Católica na cidade do Rio de Janeiro, além da programação bastante animada, testemunho, vigília, preces, mensagens e louvores, houve, também, a promoção do “perdão pleno” e a oportunidade aos jovens e demais participantes de praticarem a confissão dos seus pecados.
Foram espalhados pelo local de reuniões e arredores centenas de confessionários, feitos especialmente para a ocasião; neles, os católicos puderam – de forma geral – aproximar-se de um dos padres ou demais líderes religiosos da Igreja Católica, autorizados e comissionados pela ICAR para a ocasião, e exporem toda a vida pregressa, mesmo os “pecados mais terríveis”, verdadeiramente “hediondos”, e de lá saírem com a “alma lavada”. Teve um grupo seleto (incluindo três jovens brasileiros) que, segundo descrito, foi premiado: Eles puderam fazer a confissão diretamente ao Papa Francisco.
Vi o testemunho de um destes jovens e, para quem está acostumado a ver diariamente os jovens drogados, matando, roubando, saqueando (e não estou aqui falando das manifestações) e se prostituindo, era emocionando ver a alegria estampada naquele rosto juvenil ao dizer que havia sido “perdoado pelo próprio papa”.
Sim, é deveras bonito e comovente! Mas, como pastor e teólogo, ao me deparar com tal fato, e até uma histeria em torno dele, a pergunta que me veio à mente foi esta: É eficaz (produz algum efeito) tal perdão? É correto? É bíblico? É lícito um ser humano (ainda que seja um sacerdote ou o próprio papa) perdoar outro ser humano? Será que Deus “terceirizou” o Seu perdão aos pecadores? Vejamos o que a Bíblia tem a dizer a este respeito:
Todos carentes de perdão
A primeira coisa que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto é que TODOS seres humanos, habitantes deste planeta (incluindo pastores, bispos, padres, presbíteros; até o papa) pecaram e, portanto, estão carentes de perdão e justiça, santidade e/ou retidão divina.
A Bíblia nos revela que todos são pecadores perdidos. "Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus', disse Paulo [Rom 3:23] Mas notem o que disse o profeta Isaías: 'Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapos da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6). Leia, também, o que disse o profeta Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9).
Sabendo disso e reconhecendo a sua situação desesperadora como pecador e naturalmente sujeito à corrupção do pecado, deve escreveu num dos seus salmos: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5).
O que Davi enfatiza, deixa claro e patente é isto: Eu nasci pecador! Todos nós nascemos imersos no lodaçal do pecado, até o último fio de cabelo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).
“Algumas pessoas não gostam da palavra pecado. Crêem que isso é para os outros, mas não para elas. Porém, todos reconhecemos que a raça humana está enferma, e qualquer que seja a enfermidade, ela afetou toda a existência. O que é isto que chamamos pecado? A confissão de Westminster define-o como "Qualquer falha de uma conformação do homem à lei de Deus, ou a transgressão da mesma." Pecado é qualquer atitude contrária à vontade de Deus”. [1]
“Após a consciência ou reconhecimento de nossa insuficiência, vem a compreensão da razão de nossa insuficiência – o pecado. Como indivíduos, não podemos controlar o fato do pecado no universo; mas, como criaturas livres e que podem escolher, somos responsáveis pela presença do pecado em nossa vida. Porque "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23), todos agora precisam de chorar o fato do pecado em sua vida.” [2]
Há Perdão para todos!
Como TODOS pecaram, TODOS os seres humanos (incluindo pastores, bispos, padres, presbíteros; até o papa), mortais e pecadores, carecemos de perdão. O maravilhoso, nisso tudo, é que ele está plenamente disponível a todo pecador que se reconheça como tal.
Conta-se que Lady Hamilton muitas vezes visitava as prisões a fim de animar e ajudar os reclusos. Um dia ela encontrou um homem que estava completamente arrasado, cheio de pessimismo e sinistros pensamentos. Ela procurou consolá-lo, mas ele respondeu:
–Sou um grande pecador.
–Louvado seja Deus – a Lady respondeu.
Então o prisioneiro acrescentou:
–Sou o mais ímpio de todos os pecadores.
–Louvado seja o Senhor – disse outra vez Lady Hamilton.
Não compreendendo o que ela queria dizer, o prisioneiro disse:
–Por que diz a senhora assim, visto que professa ser cristã?
Então ela tomou a Bíblia e calmamente leu para ele: I Timóteo 1:15: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” Então, o prisioneiro entendeu e aceitou a mensagem, e foi salvo. Devemos saber e reconhecer que estamos perdidos. [3]
Só há uma Fonte de Perdão!
Existem três particularidades que precisamos saber a respeito da confissão. A primeira coisa é que a palavra "confessar" significa, no idioma grego original "concordar com." Se eu concordar com Deus acerca de minha imoralidade, furto, desonestidade ou qualquer outro pecado, dizendo-Lhe: "Senhor, sei que isso é um pecado", então estarei fazendo uma confissão. A segunda coisa consiste em saber que Cristo pagou a pena pelos nossos pecados, vertendo o Seu sangue na cruz. E a terceira, é que devo arrepender-me, o que envolve a mudança de atitude para com tal pecado. Isso, por sua vez, resulta em uma mudança em minhas ações. E quando assim fazemos, temos a promessa de que, se confessarmos, Deus nos perdoará, e também nos purificará de toda a injustiça. [4]
Para a obtenção do perdão, se fazem necessários dois elementos: Arrependimento e confissão: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13).
A Bíblia ao mesmo tempo que nos mostra que “o pecado é o opróbrio (vergonha) dos povos” (Provérbios 14:34), ressalta que a glória de Deus é perdoar os penitentes e arrependidos pecadores: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7). “Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam” (Salmo 130:3-4).
Se a glória de Deus é perdoar, vejam o que Ele mesmo diz concernente à Sua glória: “Eu sou o Senhor, este é o Meu nome; a Minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a Minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8). “Por amor de Mim, por amor de Mim, é que faço isto; porque como seria profanado o Meu nome? A minha glória, não a dou a outrem” (Isaías 48:11).
Os dois textos escancaram a seguinte verdade: A glória divina é inerente (faz parte do próprio Deus, está ligada essencialmente a Ele) e intransferível (Deus não concede este atributo ou prerrogativa a ninguém, fora da Trindade Divina). É por isso que, no contexto dos primeiros versos, Deus repudia enfaticamente TODA MEDIAÇÃO proposta e promovida por meia das imagens de esculturas! O Senhor expõe toda a Sua glória e grandeza inigualáveis (mais do que isso: Incomparáveis), num duelo retórico com os “deuses”, ídolos humanos, imagens de esculturas, seus artífices e todos os seus adoradores:
“Apresentai a vossa demanda, diz o Senhor; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó. Tragam e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, para que atentemos para elas, e saibamos o fim delas; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; ou fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o vejamos. Eis que sois menos do que nada e a vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe. [...]E quando olhei, não havia ninguém; nem mesmo entre estes, conselheiro algum havia a quem perguntasse ou que me respondesse palavra. Eis que todos são vaidade; as suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de fundição são vento e confusão” (Isaías 41:21-9).
Mediação e perdão, unicamente através de Cristo! A Bíblia é clara e taxativa a este respeito: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do Céu não existe outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (I Timóteo 2:5). “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (João 14:6).
Por favor, considerem atentamente os seguintes textos: 1) “[...] e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (II Tessalonicenses 2:3-4).
2) "Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus..." (Apoc. 13.5-6). Para identificar este poder que diz "blasfêmias" contra o próprio Deus, é preciso, antes, saber o que significa a palavra "blasfêmia" no texto bíblico, no contexto em que a Bíblia foi escrita:
3) "Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os teus pecados. E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" (Lucas 5.20-21).
4) “Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:30-33).
Biblicamente falando, então, o que significa a palavra “blasfêmia”? Como vimos claramente nos dois relatos de episódios do Ministério de Jesus, blasfêmia significa: a) Um homem (ser humano) pretender ser Deus e/ou “ostentar-se como Deus”: por exemplo, recebendo adoração (Atos 10:25-26; Apocalipse 22:8-9); b) Blasfêmia é um homem (um mortal, reles pecador como todos os demais: Romanos 3:23; Salmo 51:5) pretender perdoar pecados de outro ser humano.
É interessante ainda destacar a ênfase bíblico ao caráter de “usurpador” deste poder; para maior compreensão, veja os significados do verbo “usurpar”:
1. Apoderar-se com violência ou fraude do que pertence a outrem. 2. Possuir sem direito. 3. Apropriar-se desonestamente de algo. 4. Exercer de maneira indevida. 5. Adquirir utilizando procedimento fraudulento. 6. Conseguir algo sem merecimento. 7. Obter ilegalmente. [5]
Aqui está a essência do “mistério da iniqüidade” (II Tessalonicenses 2:7): “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Isaías 14:12-15). O mistério da iniqüidade (pecado) se materializa no ato de uma criatura (Lúcifer) querer receber o mesmo louvor, honras e adoração do Criador (Deus). Só para lembrar, Lúcifer (depois transformado em Satanás) sempre buscou isso, sempre almejou esta prerrogativa inerente e intransferível da Divindade: “Levou-O ainda o Diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4:8-9). Não é à toa que este poder (a “ponta pequena”, o “homem do pecado”, “a besta que emerge do mar”, etc.) é plenamente apoiado e respaldado em sua atuação e propósitos pelo “dragão” (ver: Apocalipse 12:7-17); ou seja, da mesma forma que um pai se vê realizado, em seus sonhos e planos, na realização do seu filho, o “dragão” (Satanás) se vê realizado em seus propósitos malignos e escusos, através deste poder: “... e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?” (Apocalipse 13:4).
Este poder político/religioso que, como estava profetizado, viria dominar o mundo, granjeando o respeito e admiração de todos os governantes mundiais (Apocalipse 13:1), pouco antes da Volta de Jesus, tenta ser o que não é; ostenta um poder ou prerrogativa que não possui (e que jamais foi ou será dado a qualquer ser humano: um reles mortal); ele recebe honras que não merece. Em suma, oferece às pessoas (pobres e perdidos pecadores) aquilo que não possui: Perdão dos pecados!
A Bíblia deixa patente, perdão (a prerrogativa de perdoar pecados), tanto quanto receber honras, glórias humanas e adoração (Êxodo 20:3-5), pertence unicamente a Deus: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto” (Mateus 4:10-11).
Portanto, afirma a Bíblia: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados [A confissão é imprescindível! Mas, confessar a quem? Receber perdão de quem?], Ele [Jesus Cristo] é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:8-9). Para não ficar nenhuma dúvida na cabeça dos leitores, leiam com bastante atenção estes textos: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado [A Virgem Maria, não é? Como está no gênero masculino: São os santos? Pronto, já que está restrito a um apenas, está no singular: “Advogado”: É o Papa Francisco, unicamente ele? Embora tenhamos dois “papas” vivos, é ele que está “escalado” no momento para “perdoar pecados”! Leia o restante do texto com oração, meu querido amigo padre ou fiel católico:] junto ao Pai*, Jesus Cristo, o Justo; e Ele [novamente, podem ser aplicadas todas as perguntas anteriores:] é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (I João 2:1-2).
Acho, também, muito esclarecedor este texto do profeta Daniel: “A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto, como hoje se vê; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a todo o Israel, aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas rebeliões que cometeram contra ti. Ó Senhor, a nós pertence a confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque pecamos contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia, e o perdão; pois nos rebelamos contra Ele” (Daniel 9:7-9).
O perdão pertence a Deus! É a Sua glória que, conforme vimos, é inerente intransferível: “Eu sou o Senhor, este é o Meu nome; a Minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a Minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8). “Por amor de Mim, por amor de Mim, é que faço isto; porque como seria profanado o Meu nome? A minha glória, não a dou a outrem” (Isaías 48:11).
Conclusão
- O perdão do papa começou a ser dado na Idade Média, Idade das Trevas; o Perdão de Jesus começou a ser dado na criação deste planeta, quando as trevas do pecado toldaram a glória divina (Romanos 3:23 e Gênesis 3:21).
- O perdão do papa custa caro: pagar passagens e fazer sacrifícios tremendos (teve peregrinos que vieram dos lugares mais difíceis e inóspitos do planeta: teve um indivíduo, inclusive, que acabou morrendo num naufrágio, na tentativa de vir à JMJ), ficar sem dormir, passar fome, fazer longas caminhadas pagando “penitências”; o perdão de Jesus é de graça: “Se quiserdes e me ouvirdes (basta querer e aceitar), comereis o melhor desta terra” (Isaías 1:18). “O Espírito e noiva (Igreja Verdadeira) dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22:17). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
- O perdão do papa está circunscrito a locais (você tem que ir até ele: no Vaticano, na JMJ: Em Guaratiba, Copacabana, Aparecida, etc.); o perdão de Jesus jamais esteve circunscrito a tempo ou lugar – você pode ir a Ele agora, neste momento, onde estiver e do jeito que estiver: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado [É aqui que Davi, Apóstolo Paulo, Apóstolo Pedro, Virgem Maria, Martinho Lutero, João Paulo I, Bento XVI, Francisco, eu, Silas Malafaia, Edir Macedo, R. R. Soares, todos os demais pastores e pregadores, você, etc. Somos sumariamente reprovados na função de atuar como mediadores ou conceder o perdão...]. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:14-16). “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30). “Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18).
- O perdão do papa foi “interrompido” durante um grande período, cumprindo as profecias bíblicas (Apocalipse 13:3), quando o General Berthier, a mando de Napoleão Bonaparte, aprisionou o Papa Pio VI (em 20 de fevereiro de 1798) – retirando-lhe temporariamente o poder terrestre e todas suas pretensas prerrogativas papais; o perdão de Jesus jamais foi ou será interrompido por obras ou tentativas humanas: “Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote, que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível. Porque ele assim testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. [...] Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por Eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre” (Hebreus 7:14-28).
A Bíblia deixa claro que o único que pode interromper a mediação divina e a concessão do perdão é o próprio Jesus: “[...] Estas coisas diz o Santo, o Verdadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá” (Apocalipse 3:7).
- O perdão do papa (seja Francisco, Benedito, João Paulo, etc.) vale tanto quanto uma nota de três reais; o perdão de Jesus vale a salvação, vida eterna, é o nosso ingresso para o Céu: “Eles, pois, o venceram por causa do Sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram...” (Apocalipse 12:11). “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (Apocalipse 22:14).
A Bíblia ratifica o significado de “lavar as vestiduras no sangue do Cordeiro”: “[...] e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João 1:7). Há vários séculos os profetas e escritores bíblicos já haviam deixado claro que, quando se trata de limpar ou purificar do pecado (perdão), o Sangue de Jesus é o único meio eficaz; trata-se do Detergente Divino: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jeremias 13:23). "Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa (o sabão/detergente daquela época), continua a mácula da tua iniqüidade perante mim, diz o Senhor Deus" (Jeremias 2:22). Portanto, como lembra Alice Clay: “Nada neste mundo vil e em ruínas ostenta a suave marca do Filho de Deus tanto quanto o perdão”.
Amigos leitores, Analisem comigo: Se Paulo, o único ser humano que em sã consciência pode colocar-se como “imitação de Cristo”, julgou-se “o principal dos pecadores”, que dirá eu!? Sim. Eu, também, quero ser perdoado; mas, não pelo falso “sumo pontífice”, e, sim, pelo verdadeiro: Jesus Cristo!
Pastor Elizeu C. Lira – pecador confesso e penitente, porém agarrado à graça de Deus em Cristo Jesus, assim como um náufrago se agarra a qualquer pedaço de madeira no mar revolto.
* É interessante que o mesmo Pedro que sempre reconheceu que é Jesus “A Pedra”, que jamais aceitou adoração ou se atreveu a perdoar pecados de quem quer que seja, deixa claro em seu sermão no Pentecostes que TODAS AS DÁDIVAS DIVINAS, TODAS AS BÊNÇÃOS, TODOS OS DONS, INCLUINDO O PERDÃO, CHEGAM A NÓS ATRAVÉS E POR CAUSA DA MEDIAÇÃO E/OU POSIÇÃO QUE JESUS OCUPA À DESTRA OU DIREITA DE DEUS, PAI: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (Atos 2:32-33).
Referências
1. Billy Graham, Como Nascer de Novo, pág. 61.
2. Billy Graham, O Segredo da Felicidade, pág. 28.
3. Roberto Biagini: http://www.iasdemfoco.net/sermoesPag.asp?Id=68
4. Bill Bright, Promessas, Dia 138.
5. http://www.diciona.com.br/usurpar.html