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postado em: 20/3/2009
UVAIA: Fruta Exótica da Mata Atlântica
Uvaia (Eugenia pyriformis Cambess)
- Myrtaceae
Fruto de polpa firme meio fibrosa, muito suculenta de cheiro e gosto fortes, lembra vagamente uma pitanga no sabor. Dá para comer ao natural apesar de ser ácida. A frutinha é bem alaranjada, clara e brilhante, do tamanho de um limão médio e de semente única e pequena com polpa farta.
Nada tem a ver com a uva e nem é seu parente distante. O seu nome científico é “Eugenia pyriformis”; e é conhecida como Eugenia uvalha, Uvaia do Pêra e Uvaia do Mato.
O nome indígena “Uvaia” vem do Tupi, e significa ”Fruta ácida”.
Espécie arbórea tropical do Brasil pode ser utilizada em programas de reflorestamento e em áreas urbanas e seus frutos apresentam potencialidade de uso industrial.
A plantação de uvaia ajuda
Na recuperação de uma
Área de Mata Atlântica
A uvaia é uma nativa da Mata Atlântica. Os frutos são comestíveis, amarelos, no formato da ameixa, e ricos em vitamina A.
Rica em vitamina C
A uvaia, Eugenia pyriformis Cambess, é da mesma família da goiaba, da pitanga e da cereja-do-Rio-Grande. Pertence a família das Mirtáceas (pitanga,goiaba, araçá, grumixama,jabuticaba,etc.).
É nativa do Sul do Brasil, do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas pode ser encontrava em vários Estados. E, enquanto a laranja tem em média 40,0 mg de vitamina C, a uvaia tem 200 mg. Tem sabor ácido e doce, ideal para compotas, sorvetes e geléias.
O florescimento ocorre entre agosto e setembro e os frutos amadurecem entre outubro e novembro. O amadurecimento não é uniforme: é comum, inclusive, encontrar flores, frutos verdes e frutos maduros no mesmo ramo.
A uvaia tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável.
Espécies da família Myrtaceae e seus frutos são muitos consumidos pelos pássaros.
Saíra-lagarta foto de Danilo Schinkes
Propriedades medicinais
Algumas espécies de Myrtaceae são utilizadas como plantas medicinais no Paraguai e Argentina, formando um complexo conhecido popularmente como Ñangapary (Schmeda-Hirschmann et al. 1987, Consolini et al. 1999). Em outras, há pesquisas confirmando a presença de substâncias reconhecidamente potenciais para o uso medicinal.
A infusão de folhas de Eugenia uniflora em água, por exemplo, pode servir para controle da hipertensão, diminuição do colesterol e ácido úrico, emagrecimento e, também, como adstringente e digestivo (Schmeda-Hirschmann et al. 1987).
Em folhas e caules de E. moraviana Berg. foi isolado o ácido ahidroxibetulínico (um triterpeno), o ácido platânico, o ácido betulínico e o b-sitosterol, compostos que tem atraído muita atenção pelo seu potencial de uso no tratamento de HIV, tumores (câncer), malária e processos inflamatórios (Lunardi et al. 2001).
Nas folhas de E. uniflora e, principalmente, nas de E. pyriformis Cambess., há flavonóides com propriedades inibidoras da xantino-oxidase, atuando no tratamento da gota humana (Schmeda-Hirschmann et al. 1987, Theoduloz et al. 1988)
Rica em vitaminas A e C, a fruta pode ser também consumida como sucos, aperitivos a sobremesas; ela serve de base para molhos, vinagres, vinhos, geléias, compotas, licores, doces de massa, pudins e mousses.