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postado em: 11/6/2013
PODEROSA CONTRA O CÂNCER
Gostosa e nutritiva, esta fruta combate o câncer e a diarréia.
Em São Paulo, periodicamente, paro na banquinha de frutas do Sr. Ribeiro, na Alameda Santos com a Augusta, pois não resisto à tentação e ao aroma desta fruta tropical. Levo várias para degustar durante o dia. Interessante que meus clientes logo a identificam pelo aroma suave que deixa no ambiente fechado.
Se você também é daqueles que não resiste à deliciosa goiaba vermelha ou branca, é bom conhecer a sua importância nutricional que, com certeza, irá aumentar o seu interesse por esta fruta tão rica e especial.
Ela é originária da zona tropical do continente americano, desde o México até o Brasil. Muitos consideram-na uma fruta tropical brasileira. O historiador e pesquisador Dr. Roberto Barbosa afirma que seu nome vem do tupi - Koiab, que tem o significado de sementes juntas ou aglomeradas, ficando goiaba em português e guajana em espanhol.
Seu nome científico é Pstdium guajaua e pertence à família Myrtaceae, a mesma da jabuticaba, camu-camu e araçá. Começa a frutificar no primeiro ano de plantio, atingindo sua produção plena após o terceiro ano.
Uma fruta de tamanho médio fornece cinco vezes a dose diária recomendada que é de 60 mg. O nível de vitamina C atinge o seu pico quando o fruto atinge o seu estado de maturação e sua cor levemente esverdeada ou avermelhada. O seu tão apreciado néctar aromático é constituído de 65% de água, 10% de frutose e 25% de polpa.
Existem duas espécies principais de goiaba: uma em forma de pêra, com casca avermelhada, e outra arredondada, de coloração-verde clara por fora e branca por dentro. As variedades mais comuns são a serrana, a brava e a azeda. Existe também a kumagari, desenvolvida pelos japoneses, da espécie branca, e a paluma, desenvolvida pelo professor Fernando, aposentado da USP, maior estudioso das espécies no Brasil. O nome paluma é a soma das iniciais dos nomes de suas três filhas.
A goiaba tem grande quantidade de vitamina C. Uma goiaba média ultrapassa a quantidade diária necessária para o nosso organismo. Mas não se preocupe com o excesso, pois ela não é acumulativa e é eliminada pelos rins. Esta vitamina é eficaz no combate a infecções e viroses.
A vitamina A, presente na fruta, melhora a visão, pele e mucosas. A vitamina B 2 beneficia a formação de hemácias; a B 3 atua na melhora da circulação sanguínea e em casos de esquizofrenia.
Os minerais presentes são: cálcio, ótimo para combater a osteoporose; ferro, necessário para a produção de hemoglobina e contra a anemia; fósforo, para os neurônios e crescimento celular. O tanino, presente nas cascas, possui propriedades adstringentes e antivirais. É ótima para combater diarréias. Há muitas pessoas que evitam a ingestão desta fruta pelo o fato de ela prender o intestino. Se for consumida com a casca, isso não ocorrerá. Além de ser estomáquica, a sua casca é eficaz contra a diarréia e disenteria, principalmente para crianças.
As folhas da goiabeira podem ser empregadas em infusão contra inchaço das pernas, hemorragias e gastrite. A goiaba é protetora do coração e previne o câncer (licopeno) além de fortalecer o sistema imunológico.
O mais importante elemento encontrado na goiaba vermelha (não na branca) é o licopeno, pigmento vermelho encontrado também no tomate e na melancia. A Universidade de Harvard estudou-o e chegou à conclusão de que o licopeno bloqueia muitas espécies de câncer. A química paranaense Ornelia Porcu, em seu doutorado pela UNICAMP, pesquisou a goiaba vermelha e constatou que a quantidade de licopeno nela existente equivale ao dobro da encontrada no tomate. Além de ajudar na prevenção do câncer, bloqueia a ação de muitas espécies de carcinomas, principalmente da próstata e da mama.
Quem jamais experimentou uma goiabada da marca Colombo? Saladas de frutas com goiabas, polpas congeladas e sucos, agora facilmente encontrados em supermercados. São excelentes para a saúde.
Que gostosa que ela é! Prefira sempre a goiaba in natura, com casca, bem lavadinha... Seu paladar e seu organismo agradecem. O valor energético em 100 g é de apenas 23 calorias.
Lelington lobo Franco, escritor e químico-fitologista.
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