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postado em: 9/4/2009
Testemunhas Para Sempre
Todos têm um sonho especial que será realizado por ocasião da volta de Cristo à Terra. Alguns aguardam o reencontro com o cônjuge falecido. Outros desejam rever o pai ou a mãe que havia muito descansavam no pó da terra.
De minha parte, a cena que mais me emociona, depois de contemplar o rosto glorioso do Salvador, é o reencontro de minha mãe com meu irmãozinho falecido aos quatro meses de vida, o Marcelo.
Eu não o conheci, pois ainda não havia nascido. Marcelo seria mais velho que eu, no entanto, será mais novo no Céu. Muitas vezes me pego a imaginar o momento em que o anjo protetor de meu irmãozinho, e que hoje lhe guarda a sepultura, o colocará nos braços de minha mãe.
Atrás da cena, Jesus sorri satisfeito, com um ar de cumplicidade, como que a dizer: “Eu não falei que logo vocês tornariam a se encontrar? Que logo toda dor e saudade teriam fim?”
À medida que o tempo passa, a bordo da Nova Jerusalém, em nossa viagem de mil anos, meu irmão vai crescendo, sem sequer ter idéia do mundo em que não viveu. Junto conosco, o pequeno Marcelo conhece pessoas fantásticas, como Moisés, Daniel, Paulo e Ellen White.
Ouve histórias fascinantes, que fizeram parte do drama chamado Grande Conflito. Para ele tudo parecerá um sonho, como para nós o Céu às vezes parecia.
Num certo sábado, quando todos nos reunimos diante do trono de Deus para nosso momento especial de adoração, Marcelo observa com maior atenção as mãos e os pés de Jesus, que estava assentado à direita do Pai. Imagino meu irmãozinho olhando para mim, e perguntando: “Que feridas são [aquelas] nas [mãos dEle]?” (Zac. 13:6). Prometo-lhe dar a resposta após o culto.
Sentados debaixo de um lindo salgueiro, narro para Marcelo, com os olhinhos brilhando de vivo interesse, a história do amor de um Deus que entregou a própria vida para que pudéssemos estar ali reunidos, naquela cidade maravilhosa, que logo estará descendo sobre o planeta Terra que, restaurado, será nosso novo e eterno lar.
Digo a ele que aquelas feridas garantiram sua ressurreição e a transformação dos remidos em criaturas imortais. Feridas de amor. Feridas de salvação.
Na verdade, creio que teremos o privilégio de testemunhar a muitas pessoas sinceras que não tiveram chance de conhecer a Cristo, mas que foram fiéis à luz que obtiveram. Teremos nos lábios o cântico de Moisés.
O cântico de nossa experiência singular, para a qual os próprios habitantes dos mundos não caídos, com seus milênios de vida e conhecimento, atentarão.
Seremos um povo especial, resgatados pelo Cordeiro de Deus e conhecedores, na prática, do significado do que é viver pela fé. A ovelha perdida que se extraviou e provou, como nenhuma outra, o amor incontestável e infinito do Bom Pastor.
Testemunhas para sempre, é o que seremos. Monumentos vivos a vindicar a justiça de Deus no trato com os seres por Ele criados. Glorificaremos e exaltaremos o nome de nosso Senhor por toda a eternidade.
Mas nossa missão deve iniciar aqui e agora, pois nos compete levar o maior número de pessoas deste mundo suicida para o lar eterno. O que distinguirá os 144 mil, aquele povo especial resgatado por Cristo, é o fato de andarem com o Cordeiro por onde quer que Ele vá (cf. Apoc. 14:4).
Mas essa característica não será adquirida tão-somente no Céu. Muito pelo contrário. Devemos andar com o Cordeiro aqui. E ao fazê-lo, será impossível não falar de Seu nome e Seu poder às pessoas que nos rodeiam. No Céu, falaremos do poder que nos tornou dignos de lá estar. Aqui, devemos falar do poder que nos vivifica em Cristo Jesus.
Em Isaías 49:6 lemos: “Também te dei como luz para os gentios, para seres a Minha salvação até à extremidade da terra.” E Ellen White diz que a juventude devidamente treinada constitui-se num exército poderoso de testemunhas (Educação, pág. 271).
Ela diz mais: “Se você trabalhar como Cristo determina que Seus discípulos o façam, e conquistar almas para Ele, sentirá a necessidade de uma experiência mais profunda e um maior conhecimento das coisas divinas; terá fome e sede de justiça. Pedirá a Deus, e sua fé se fortalecerá... Os que ... dedicarem esforços desinteressados para o bem de outros estarão, certamente, contribuindo para sua própria salvação” (Caminho a Cristo, pág. 80).
Mas talvez a maior motivação que encontramos para testemunhar seja a que está expressa na página 634 do livro O Desejado de Todas as Nações: “Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de Cristo. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o Dia de Deus.”
Deus nos ajude a fazer parte desse exército de testemunhas que um dia contará e cantará – para sempre ¬ as glórias do grande Comandante Jesus Cristo.
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