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postado em: 9/4/2010
Quando o Mundo Perde a Régua
Sem a verdade absoluta e os padrões morais, tudo é permitido
Fiodor Dostoievski, em seu clássico Irmãos Karamazov, escreveu que “é permitido a todo indivíduo que tenha consciência da verdade regularizar sua vida como bem entender, de acordo com os novos princípios. Neste sentido, tudo é permitido. [...] Como Deus e a imortalidade não existem, é permitido ao homem novo tornar-se um homem-deus, seja ele o único no mundo a viver assim”. Estava lançada sua ideia de que, se Deus não existe, tudo é permitido.
De fato, quando se perde o referencial, como saber o que é certo ou errado? Réguas, trenas e paquímetros são instrumentos usados para medir. Seria praticamente impossível construir peças mecânicas e construções simétricas sem a ajuda desses instrumentos. De modo semelhante, fica difícil julgar certas situações sem que se recorra a um referencial.
Exemplo 1: quando se menciona o ensino do criacionismo em escolas públicas, muita gente se levanta contra, alegando que isso não deve ser permitido porque o Estado é laico e o criacionismo é religião (mas se esquecem de que o darwinismo também é filosofia...). Então, como explicar o fato de que alguns governos estaduais e prefeituras estão firmando parcerias com uma organização espírita – a Fundação Cacique Cobra Coral – com o objetivo de “prevenir e evitar tragédias climáticas de grandes proporções que assolam pequenas e grandes cidades”? Está tudo lá, no site da fundação dirigida pela médium Adelaide Scritori, inclusive cópias escaneadas dos contratos e diários oficiais. E o Estado laico, onde fica?
É bom lembrar que sempre que o povo de Israel deu as costas para Deus e se voltou para os deuses pagãos (e também para os “espíritos”, que nada mais são do que demônios), as tragédias foram a consequência certa. Será que esta nação do Carnaval, da idolatria e do paganismo ainda continuará tendo a pretensão de dizer que Deus é brasileiro?
Exemplo 2: no mês de março, duas notícias chamaram a atenção da imprensa: a primeira igreja gay de Belo Horizonte e o ensaio fotográfico protagonizado pela modelo Cristina Mortágua e seu filho de 15 anos. Com relação à igreja gay, quase não houve reações – talvez pelo fato de que atualmente quem discorda do homossexualismo (o que não significa discordar do direito que cada um tem de escolher sua preferência sexual) está cada vez mais acuado, sem direito de se expressar sobre o assunto. Para muitos, aquela é uma igreja legítima, que aceita as pessoas como elas são, desde que haja amor entre elas. O próprio pastor da igreja é homossexual e apareceu concedendo entrevista de mão dada com seu parceiro, a quem beijou na boca com toda a naturalidade, diante da câmera.
O ensaio sensual de Cristina com o filho foi diferente. Houve algum protesto (tanto que a Vara da Infância e da Juventude pediu a retirada da imagem de circulação) e alguns sites até usaram a palavra “incesto”. Mas que mal há em a mãe posar seminua, em poses provocantes, com o filho de 15 anos? O que tem demais ela o beijar na boca? Quem disse que incesto é pecado? Por que alguns consideram incesto errado ao passo que aprovam o estilo de vida homossexual e manifestações de carinho entre homossexuais na TV?
É esse o tipo de confusão que surge quando se abandona o referencial, a régua: a Bíblia Sagrada. A Palavra de Deus, embora garanta que o Senhor ama os pecadores, é clara também em afirmar que o único relacionamento marital aprovado pelo Criador é o de um homem com uma mulher (por mais que alguns tentem “torcer” as Escrituras para provar algo diferente), e que o amor verdadeiro se expressa na obediência ao plano de Deus (cf. 1Jo 2:3-6; 5:1-3).
Devemos viver à luz da revelação divina e não tentar acomodá-la à nossa visão de mundo. A menos que definitivamente não se queira viver sob esse referencial. Aí, tudo é permitido e nada mais deverá causar escândalo.