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postado em: 19/10/2016
Em qualquer guerra, conhecer o inimigo é fundamental. No Grande Conflito, não é diferente. Conhecer nosso Adversário através de uma entrevista direta está fora de cogitação, uma vez que ele é o “pai da mentira” (João 8:44). Além disso, como estamos em campos opostos nessa guerra espiritual, ele procuraria nos destruir, ao invés de fornecer qualquer informação fidedigna. Portanto, resolvemos consultar os mais confiáveis e profundos conhecedores da história, caráter e estratégias de Satanás: os profetas canônicos e Ellen G. White.[1]
Lúcifer era o modelo de perfeição, cheio de sabedoria e de beleza. Era um anjo elevado, como se podia notar no seu porte nobre e majestoso - ele andava adornado com todo o tipo de pedras preciosas, e seus engastes e guarnições eram de ouro. Seu semblante era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Uma luz especial resplandecia do seu rosto e brilhava ao seu redor, mais intensa do que ao redor dos outros anjos.
Por outro lado, Satanás (como Lúcifer passou a ser chamado após a queda), apresenta as marcas de milênios de degeneração física, mental e espiritual. No entanto, como não deixou de ser um anjo, ainda tem um aspecto nobre, de príncipe. Mas a expressão de seu rosto está cheia de ansiedade, cuidados, infelicidade, maldade, ódio, nocividade, engano e todo mal. Seu semblante, outrora tão nobre, degradou-se por tanto tempo que toda boa qualidade se rebaixou, e todo mau traço se desenvolveu. Sua fronte, logo acima dos olhos, começou a recuar. Seu olhar é astuto, dissimulado e muito penetrante. Sua constituição é ampla; mas a carne lhe pendia frouxamente nas mãos e no rosto. Por vezes é introspectivo, e quando sorri faz qualquer um tremer, tamanha é sua maldade e dissimulação. Este sorriso é o que Satanás tem precisamente antes de segurar sua vítima; e, ao prendê-la em sua cilada, tal sorriso se torna horrível.
(Ezequiel 28:12 e 13; HR, p. 13 e pp. 45-46).
Ele era o primeiro dos querubins cobridores (da glória de Deus) e fora também o dirigente do coro celestial.
(Ezequiel 28:14; HR, p. 25; PP, p. 35).
Vivendo entre pedras fulgurantes, Lúcifer encheu-se de orgulho ao contemplar a sua própria beleza. Passou a nutrir inveja do Filho, honrado de forma especial pelo Pai perante os exércitos celestiais. Ambos trabalhariam no projeto de criação da Terra. Lúcifer, por sua vez, não participou no conselho da Divindade.
Daí em diante, o anjo mais exaltado passou a atuar como conspirador. Convocou os exércitos celestiais e colocou-se como seu defensor ante o “despotismo” do Filho de Deus. A fim de insuflar-lhes, declarou que nunca mais se prostraria ante Cristo, contrariando assim as ordens do Pai.
(Ezequiel 28:16 e 17; HR, pp. 13-15).
Eles se dividiram. Lúcifer e seus simpatizantes rebelaram-se contra a autoridade do Filho. Os anjos sinceros e leais, por sua vez, em prantos tentaram dissuadi-los. Mas Lúcifer recusou-se a ouvir seus argumentos, rotulando-os de “escravos”. Parte de seus aliados, todavia, arrependeram-se de sua insatisfação e foram aceitos de volta pela Divindade.
(HR, pp. 15-16).
Seu grande temor era perder a sua honra, caso se sujeitasse ao Filho. Ele então declarou que havia ido longe demais em sua rebelião, bem como os que ainda estavam com ele. Como Deus não os perdoaria, deveriam conquistar à força a liberdade que tanto ansiavam.
(HR, pp. 16-17).
Porque ELE queria dar aos rebeldes uma oportunidade igual para medirem sua força e poder com Seu Filho e Seus anjos leais. Nesta batalha cada anjo escolheria seu próprio lado e seria manifesto a todos. Se Deus exercesse Seu poder para punir o líder dos rebeldes, os anjos até então enrustidos não se teriam revelado; portanto, o Pai tomou outra direção, pois queria reafirmar a todo Céu Sua justiça e juízo. Desta forma, em Sua infinita misericórdia, Deus suportou longamente a Lúcifer.
(Judas 9; HR, p. 17; PP, p. 39).
Isso mesmo. Miguel (Jesus), o grande comandante celestial, reuniu os seus anjos leais. Seu Antagonista também reuniu as suas companhias, que formavam divisões lideradas pelos anjos mais capazes de que dispunha. Satanás estava guerreando contra a lei de Deus, e tinha ao seu lado quase a metade dos anjos.
Satanás e seus anjos foram derrotados e, a seguir, expulsos do Céu. Nenhuma mancha de rebelião foi deixada nas esferas celestiais, e os anjos leais a Deus lamentaram a sorte daqueles que tinham sido seus companheiros. Sentiram a sua falta.
(Apocalipse 12: 7-12; Judas 6; HR, pp. 17-19).
De modo algum. Na verdade, eram felizes enquanto viviam no Céu; após sua expulsão, tornaram-se melancólicos e desesperados. Passaram a ter uma vida errante. Conflito, discórdia e ásperas recriminações passaram a existir entre eles. Satanás observava os terríveis resultados de sua rebelião e receava imaginar como tais coisas terminariam.
(Jó 1:7; HR, pp. 24-25).
Não, em momento algum.
(Mateus 4:8-9; HR, p. 25).
Sim, mas não foi movido por sincero arrependimento, e, sim, pelo pesar pela glória perdida e pelo que o futuro lhe reservava. Cristo chegou a lhe conferir uma audiência, mas constatou que o enganador estava ainda cheio do espírito de rebelião, e não poderia ser aceito novamente no imaculado ambiente celestial. Ao saber que não poderia ser reintegrado, Satanás encheu-se de ainda mais ódio e maldade.
No limiar dos portais celestiais, aos quais não podia cruzar, o diabo passou a se dedicar a escarnecer dos anjos fiéis que via passar. A seguir, concebeu seu mais ambicioso plano desde que fora banido do Céu: arrastar para a sua rebelião a recém-criada família humana.
(HR, pp. 26-27).
Referências:
[1] As abreviaturas dos livros bíblicos e do Espírito de Profecia seguem o padrão disponível nos índices das Bíblias e no site ellenwhite.cpb.com.br.