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postado em: 22/6/2012
Seja Racional
Cristo muitas vezes perguntou para diferentes pessoas: “Como interpretas?” (Lucas 10:26), referindo-Se ao texto encontrado nas Escrituras. Esta simples pergunta leva a algumas conclusões:
1. Jesus apreciava que as pessoas lessem as Escrituras. Ele até dava por garantido que as pessoas estavam lendo e ouvindo o texto sagrado.
2. Jesus Se importava em como as pessoas estavam entendendo a Palavra de Deus.
3. Jesus sabia que se não interpretarmos corretamente, poderemos estar errando seriamente, com muitas consequências desastrosas.
I. SEJA RACIONAL - ISA 1:18 (Uso da razão)
Deus nos desafia a usar a razão: ”Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor...” E Paulo disse que o nosso culto é racional. E para isso, a nossa mente deve estar renovada (Rm 12:1,2).
Ser racional é depender da razão. Você age, mas está sendo controlado pela razão, você está sendo controlado pelas suas faculdades intelectuais. E é correto agir assim, porque foi para isso que Deus nos deu a razão, que os animais não possuem. Ele nos deu a razão para que possa ser usada corretamente.
Temos que usar a razão na interpretação da Palavra de Deus. Muitas vezes, quando questionado, Cristo estimulava os Seus interlocutores com a pergunta: “Como você interpreta?”
Há muitas passagens da Bíblia que testam a nossa capacidade de raciocinar:
1. Mat 5:29-30: "Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno."
Como deveríamos entender estas palavras? Superficialmente parece um mandamento assustador: arrancar um olho transgressor, cortar uma mão ou um pé infrator (Mt 18:8-9). Alguns cristãos, cujo zelo excedia grandemente a sua sabedoria, tomaram as palavras de Jesus ao pé da letra e se mutilaram. Talvez o mais conhecido exemplo seja o do mestre Orígenes de Alexandria, do terceiro século. Ele foi aos extremos do ascetismo, renunciando a propriedades, alimentos e até mesmo sono e, numa interpretação muito literal desta passagem e de Mateus 19:12, cortou os punhos e tornou-se um eunuco. Algum tempo depois, em 325 d.C., o Concílio de Nicéia acertadamente proibiu esta prática bárbara.
Nos dias de hoje, no Oriente Médio... Existem pessoas que levaram esse texto ao pé da letra, interpretando literalmente o que Cristo falou para ser entendido espiritualmente. O que significam as palavras de Jesus? Que a mão que cometeu o mal deve ser arrancada? Claro que não.
“Como interpretas?” perguntava Jesus aos Seus interlocutores.
A resposta é a seguinte: Cristo estava falando da vontade, que se encontra no coração: Se a tua vontade é praticar o mal, corta a vontade e submete a tua vida ao domínio da razão. Seja racional e radical com referência ao pecado!
Portanto, a mutilação literal se refere à mortificação espiritual: Cristo fala da entrega da vontade própria, fala da crucifixão do eu. Ele disse: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me." (Lc 9:23). Pela mutilação física de cortar a mão direita ou arrancar o olho direito Cristo queria dizer: Corta a vontade pecaminosa. A santificação virá como um dom do Espírito Santo.
2. Mar 16:17-18: "17 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; 18 pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados."
Neste mês de junho [2012], saiu a notícia bombástica de um pastor pentecostal, da cidade de Matoaka, no estado de Virginia Ocidental [EUA], que costumava carregar cobras venenosas durante os serviços religiosos, morreu após uma picada de cascavel. Mack Wolford, que acabava de completar 44 anos, foi morto por uma cobra que ele tinha possuído por anos, relata o Washington Post. Ele foi mordido durante um culto ao ar livre em um parque estadual.
O pastor Wolford foi mordido na coxa quando ele se sentou ao lado da cascavel durante o culto. Ele foi levado para casa de um parente para se recuperar, porque se negava a ir procurar ajuda da medicina, e, mais tarde, foi levado às pressas para um hospital local onde foi declarado morto. Wolford acreditava que a Bíblia exige que os cristãos tem que lidar com cobras venenosas para testar sua fé em Deus, e permanecer firme em sua crença de que eles não serão picados, ou serão curados se forem atacados. Tragicamente, em 1983, o pai de Wolford morreu, também, depois de ser mordido por uma cobra em outro culto.
Entretanto, essas e outras 93 mortes já registradas nesses cultos fanáticos, poderiam ter sido evitadas se as vítimas tivessem dado atenção ao que Paulo escreveu em 1 Cor 10:9: "Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes."
Você deve ter acompanhado a notícia na televisão. Se desejar ver a notícia completa, veja o vídeo neste link:
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=UhXFRC0QooM
O que significam essas palavras? Jesus Cristo já havia passado por uma circunstância semelhante. O Diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: ‘Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.’” Como Jesus Cristo interpretou as palavras do salmista [Sl 91:11-12], que o Diabo citou? “Respondeu-lhe Jesus: ‘Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus’.” (Mt 4:6-7). Ele deixou que a Escritura interpretasse a Escritura.
"Pegar em serpentes" não significa que os crentes devem estar pegando ousadamente em cobras, em víboras peçonhentas, desafiando a Deus e tentando-O para livrá-los do veneno das cobras. O próprio repórter disse, analisando o caso: "Todo esse comportamento pode ser motivado por uma fé emotiva, quando a convicção na Bíblia não é acompanhada pelo aspecto racional." É uma leitura distorcida da Bíblia.
Paulo é o exemplo mais claro, para entendermos o texto de Mar 16:17-18: Ele foi livrado de um naufrágio, e, no escuro da noite, já a salvo na ilha de Malta, foi mordido por uma serpente.
Vamos ler o relato em Atos 28: 3-6: “Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns aos outros: "Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver." Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum; mas eles esperavam que ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus.” Portanto, o texto de Marcos está falando de acidentes, não de provocação, nem de poderes extraordinários, não sancionados por Deus.
3. Oseias 3:1. O texto não é dos mais difíceis. O caso é que é extraordinário. Esse texto é um exemplo trágico de como a Bíblia pode ser mal interpretada. Um "pastor" de nome Justino de Oliveira, um pedreiro de 50 anos, que mora na cidade de Serra, na Grande Vitória, foi envolvido em alguns casos extraconjugais, e foi na Bíblia que ele encontrou a autorização para adulterar. E desafiou, dizendo: "Eu gostaria de que alguém me provasse pela Bíblia "aonde" (sic) foi proibido um homem ter mais do que uma mulher." O pretenso pastor dirige uma igreja de umas 12 pessoas e foi na convivência com os fiéis que ele se envolveu mais uma vez em um caso de adultério.
Aconteceu depois que uma senhora casada de sua igreja, que tem 4 filhos, disse que sonhou que teria filhos com o pastor, uma revelação: "Deus me levou a fazer isso! Não teve para onde eu correr!" disse ela. O marido também conversou com o pastor e aceitou, dizendo: "Eu pensei comigo: "Se fosse da vontade de Deus, seria feito!" " Então, foi um repórter na casa do pastor, e ele explicou que rogou a Deus pela Sua misericórdia, porque aquilo seria muito difícil para ele, um homem casado e tomar a mulher de um outro homem, e ter filhos com ela.
A explicação, ele a encontrou em Oseias 3:1. O texto diz: "Disse-me o Senhor: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel..." O pastor diante do repórter leu o texto e, chegando na palavra "adúltera", ele a leu como "adultera", sem acento agudo. Então, o texto estaria dando ordem ao pastor: "Vai, ama uma mulher, amada de seu amigo e adultera..." Mas, qual não foi a surpresa do pastor, quando o repórter chamou a sua atenção dizendo que a palavra "adúltera" tinha um acento agudo, indicando outra coisa muito diferente. Esse foi um adultério sancionado pela ignorância de um falso pastor, que pretendia entender e interpretar bem a Bíblia; ele pregou esse texto para a sua congregação e vejam no que deu a sua interpretação, fruto de falta de preparo e pouco estudo.
Seja racional, meu prezado amigo, para não entrar em graves problemas! Veja a história extraordinária no Youtube, nesse link, com o título de "Pastor Fanfarrão." Você vai ficar impressionado:
http://www.youtube.com/watch?v=Eu_3Z0PsycU
II. SEJA ESPIRITUAL – Gál 6:1 (Sois espirituais?)
1. O que é ser espiritual? Disse o apóstolo Paulo: em 1Cor 2:13: "Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais."
Ser espiritual é depender do Espírito Santo. Você age, mas você está sendo controlado pelo Espírito de Deus, você está sendo dominado pelas coisas que não pertencem ao homem, mas pertencem às coisas de Deus. Você pode discernir as coisas corretamente, porque você discerne as coisas espirituais com as coisas espirituais.
2. A Bíblia fala de pessoas que eram espirituais, mas não racionais.
Lemos em Mar 2:5-7: "Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?"
Os escribas aqui foram espirituais, porque de fato, só Deus pode perdoar pecados, e eles estavam buscando a glória de Deus, aparentemente, neste momento. Isto é ser espiritual. Mas eles não foram racionais, embora o texto diga que eles "arrazoavam em seu coração", misturando raciocínio correto com preconceito; e quando isso acontece, o raciocínio pode ser anulado. Portanto, se os escribas tivessem sido racionais verdadeiramente, eles veriam pela lógica, que se Jesus pode levantar um coxo, Ele é mais do que um mero homem. E, ainda em pleno raciocínio, eles haveriam de descobrir que Jesus era Deus. Portanto, sendo espirituais, mas não racionais, eles se tornaram fanáticos e deixaram de ser espirituais. Voltaram à estaca zero, por não serem racionais.
Portanto, seja espiritual. Mas também seja racional.
3. A Bíblia fala de pessoas que eram racionais, mas não espirituais. João 3:4: "Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?" Nicodemos foi racional. Era a lógica contra a verdade espiritual de Jesus. Ele disse: "Como pode um homem sendo velho voltar ao ventre de sua mãe, e nascer de novo?" É claro que ele tinha razão: uma pessoa não pode voltar ao ventre de sua mãe e nascer de novo. E ponto final. Ele estava sendo racional.
Mas faltava alguma coisa: faltava ele ser espiritual. Há pessoas que são racionais, mas não espirituais. E Jesus Cristo, sem dizer que ele estava errado, estimulou-o a ser espiritual na interpretação das palavras do Mestre: v. 6: "O que é nascido da carne, é carne; o que é nascido do Espírito é espírito." Ou seja: "Nicodemos, você está sendo racional demais. Você também precisa ser espiritual. Seja racional, mas também espiritual. Interprete as coisas espirituais em forma espiritual." Então, ele entendeu a mensagem de Cristo, e se tornou um de Seus valorosos discípulos.
4. Você vai encontrar pessoas racionais, mas não espirituais. Pode haver uma pessoa muito racional que diga: “Eu não posso guardar o sábado, porque eu tenho que sustentar a minha família, e se eu pedir o sábado livre, o patrão vai me despedir. E eu estou praticando o bem, quando eu trabalho para sustentar os meus filhos.” Ele está sendo muito lógico, muito racional, mas nada espiritual, porque deixou a Deus fora da vida dele.
Como devemos guardar o sábado? Quando chega o sábado, e alguém o visita em sua casa e começa a falar alguma coisa que não tem nada a ver com Deus, o que você faz? Seja espiritual: fale algo que seja de proveito espiritual. Encontre um assunto para glorificar a Deus, e ajudar as pessoas a ver a Deus nas Suas obras. Nada de futebol, nem que seja o Brasil que está jogando. Nada de escola e nada de trabalhos. Nada de televisão.
Quando erramos na observância do sábado, é porque não estamos sendo espirituais. Estamos dando lugar ao nosso próprio eu, à nossa própria vontade e deixamos Deus fora de nossa vida, naquele momento e naquele dia.
O sábado é um teste para que nós tenhamos um culto racional e busquemos a Deus em primeiro lugar em todas as horas desse dia santo. O sábado é um convite de Deus para que sejamos espirituais nas 24 horas do único dia santo que Deus estabeleceu.
Afinal, qual é a principal regra para a observância do sábado? É a seguinte: “Isto é espiritual, ou não?” Simples assim. Se não for espiritual, desista. Qualquer coisa que não for espiritual, deve ser evitada. O sábado é um teste que identifica as pessoas como sendo espirituais, ou apenas racionais.
3. SEJA EMOCIONAL – Rom 12:15 (Alegria e choro)
Disse Paulo: "Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram." Aqui está a exortação do apóstolo. Temos que ser emocionais também, além de sermos espirituais.
Note o sentimento de Jesus, em duas palavras: “Jesus chorou.” (João 11:35). Este é o versículo mais curto do Evangelho. Seja racional, seja espiritual, mas seja também emocional. Este é o equilíbrio que temos que manter na vida cristã.
A razão é importante. Mas a emoção também tem o seu lugar. Às vezes, ficamos emocionados em certas circunstâncias, como Jesus que chorou naquele dia.
1. Jesus chorou diante de Jerusalém, quando estava entrando nela em meio às aclamações do povo, junto aos discípulos, quando disse: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados..." (Mat 23:37). Era um momento de emoção profunda.
2. Jesus chorou diante do Getsêmani, e disse aos discípulos: "A minha alma está profundamente triste até a morte!" (Mat 26:38). Era mais uma expressão de Sua emoção, porque se avizinhava o momento mais dramático, mais terrível de Sua vida.
3. E agora, Jesus chorou diante da sepultura de Lázaro. Mas Jesus não chorou por causa de Lázaro que morrera, porque estava para ressuscitá-lo. Não chorou pelas suas irmãs, porque logo seriam consoladas com a ressurreição do morto. Ele chorou por muitas pessoas que estavam ali e se perderiam pela sua incredulidade. Chorou pelos milhões que no futuro haveriam de rejeitá-lO, e também se perderiam. Chorou pelos terríveis resultados do pecado.
Mas mesmo nesses momentos de muita emoção, Cristo não permitiu que as Suas emoções e o sentimentalismo O dominassem, naquele momento trágico da morte de Lázaro. Ele chorou, mas de repente, a Sua razão tomou o controle e Ele mandou que tirassem a pedra. Assim, também, nós não devemos permitir que as nossas emoções nos dominem. Temos que ser emocionais, mas também racionais e, acima de tudo, devemos ser espirituais.
Naquele momento Cristo demonstrou o que é ser equilibrado: Ele foi emocional porque chorou; foi espiritual, porque orou a Deus dando-Lhe graças; e foi racional quando ordenou: "Tirai a pedra!"
CONCLUSÃO
Portanto, sejamos racionais, sejamos espirituais, e às vezes sejamos emocionais. De que modo? Em santidade. Paulo nos diz em 1Tes 5:23: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." A santificação deve ser completa. O corpo se refere evidentemente ao nosso físico, que deve ser santificado, controlado pela razão. A alma se refere à nossa parte emotiva e intelectual da mente. O espírito se refere à nossa faculdade de nos comunicarmos com Deus, através do Espírito Santo. Nosso corpo, nossas emoções e nossa razão, juntamente com a nossa vida espiritual devem ser santos.
Temos que ser equilibrados, usando todas as faculdades que possuímos, a todo o instante. Dependendo das circunstâncias nós agiremos de um modo ou de outro, usando a nossa razão para comandar a nossa vida emocional e espiritual.
Assim é que vamos nos preparando para a vinda de Cristo: as nossas faculdades físicas, mentais e espirituais devem ser mantidas na sua integridade, em santificação, sob o poder de Deus e através do Espírito Santo.
Portanto, precisamos de mais sabedoria, a fim de sabermos como agir em todas as variadas e difíceis circunstâncias de nossa vida. A sabedoria nos permite usar as nossas faculdades de modo proveitoso e santo. Para isto, devemos pedir de Deus: "Se... algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando." (Tia 1:5-6).
Pr. Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
[email protected]
18/06/2012