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postado em: 18/2/2014
O Servo Sofredor
[Isa 53]
Um dos mais impressionantes capítulos da Bíblia é, também, o seu capítulo mais importante. É o capítulo mais amado de todos e o mais comovente.
É o capítulo que converteu o maior número de judeus ao cristianismo. Acerca desse capítulo, disse Johann Isaac Levita,um erudito judeu: “Por mais de mil vezes eu li este capítulo. Eu confesso francamente, que este capítulo me conduziu à fé cristã.” Em 1546 d.C., ele foi batizado como protestante.
De todas as partes do mundo, vemos pessoas se converterem por este capítulo. Filipe estava andando pela estrada de Gaza e encontrou um etíope lendo o capítulo 53 de Isaías e se converteu e se batizou pelo conhecimento de Jesus Cristo na pessoa do Servo Sofredor [Atos 8:30-35].
Este capítulo era o maior argumento dos cristãos contra os incrédulos judeus, e era usado a fim de convertê-los ao cristianismo. Nenhuma passagem do Antigo Testamento provoca nos judeus tanta perplexidade, preocupação e embaraço quanto Isaías 53. Eles pronunciam maldição contra aquele que pretender calcular o tempo da vinda do Messias, o que nos remete ao profeta Daniel [9: 24-27], e a mesma para quem aplica Isaías 53 a Jesus Cristo. Um capítulo escondido,quase proibido entre os judeus, ainda é um dos capítulos mais queridos da Bíblia. É o capítulo que enche de entusiasmo aos cristãos.
Nesta manhã, quero estudar com você este maravilhoso capítulo. Abra a sua Bíblia em Isa 53. Mas este capítulo realmente começa no capítulo anterior.
Então, vamos ler primeiro Isaías 52:13:“Eis que o Meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime.” Estas palavras são uma proposição ao capítulo 53, que devia começar aqui. Os versos 14 e 15 são uma ampliação da proposição.
Isaías fala do Servo do Senhor que seria exaltado e elevado e seria muito sublime. Ele seria tão exaltado, como o Rei do Céu. Ele participaria do trono de Jeová, como dizem outros capítulos de Isaías [Isa 6:1; 9:6]. Este é o clímax. Os poetas judeus tinham o costume de apresentar o final, em primeiro lugar.Assim como na Matemática: Primeiro a proposição e depois as provas.
Mas se Ele seria exaltado, o que deveria acontecer antes? O verso seguinte nos explica: Verso 14: “Como pasmaram muitos à vista dele (pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência, mais do que a de outros filhos dos homens).” Aqui temos o inverso de exaltação: uma grande humilhação. Os homens se espantaram pela aparência do Servo de Jeová, porque Ele seria muito desfigurado. Mais do que qualquer homem.O Rei do Céu seria humilhado antes de ser glorificado. Esta é a proposição.
Mas qual seria o alcance desta mensagem? V. 15: “Assim causará admiração às nações, e os reis fecharão a sua boca por causa dele, porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que não ouviram entenderão.” Esta é a mensagem mais admirável de toda a Bíblia, para o tempo e a eternidade. É uma mensagem para todos os povos e nações do mundo. Não era uma mensagem exclusiva para os judeus. É tão admirável que os gentios ficariam pasmados de admiração.
Há uma pequena introdução aqui no V. 1:“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?”A primeira pergunta nos parece estranha: “Quem creu em nossa pregação?” A história seria tão surpreendente que milhões não acreditariam. Tão admirável que seria difícil de crer. Os judeus seriam os primeiros a revelar incredulidade. Os líderes e teólogos judeus haveriam de se manifestar contrários a uma história tão incrível como esta, que proclamava um Messias humilhado.
Mas, como poderiam descrer, duvidar, não acreditar? Havia alguma razão palpável para isso? Sim, os líderes haviam interpretado mal as profecias e esperavam um Messias glorioso, não um Messias humilde, que se misturasse entre os pecadores. Eles esperavam um Reino temporal, com um Rei poderoso que viesse em glória e poder destruindo os romanos, e libertando os judeus, a fim de estabelecer um reino universal neste mundo. Eles esperavam um Messias glorioso, não um Servo Sofredor.
Mas, então, com interpretavam a mensagem de Isaías 53? Eles diziam que a profecia se referia à figura do profeta Isaías [44:26], ou ao profeta Jeremias. Mas a principal interpretação aplicava o cap. 53 à nação judaica [49:3], sofrendo nas mãos dos inimigos. Mas jamais seria uma revelação do Messias [49:6].
Então, por seus próprios erros, não estavam preparados para receber a Cristo quando veio para salvá-los. Mas os cristãos judeus que aceitaram a Jesus Cristo interpretavam esse capítulo como se referindo a Ele mesmo, e isso foi mantido até o 12º século no tempo de Aben-Ezra [1.150 d.C.].
Mas a pergunta seguinte é esta: “A quem foi revelado o braço do Senhor?” “Braço do Senhor” é o poder de Deus para salvar [Isa 52:10]. E o Seu poder para salvar está no Messias. E a quem foi revelado, primeiramente? Aos judeus. E deles para todos os povos, porque a mensagem de salvação é universal.
De fato, a morte de Cristo é uma revelação. Muitas pessoas já morreram por uma causa justa. Tiradentes, em nosso caso, no Brasil, na Inconfidência Mineira, foi enforcado em prol da nossa libertação. Joana D'Arc (1412-1431) foi heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, e libertou aos franceses da Inglaterra, e morreu queimada viva, aos 19 anos, condenada como feiticeira. Mahatma Ghandi depois de realizar uma grande obra para libertar os indianos também dos ingleses, foi assassinado covardemente. Martin Luther King foi assassinado e morreu pela libertação dos negros dos Estados Unidos, e tantos outros deram a vida por uma causa nobre.
Entretanto,ninguém poderia fazer a obra do Messias. Só Jesus Cristo morreu para salvar a humanidade. Mas isto teve de ser “revelado” pelas Escrituras.Isto é uma revelação, como disse o profeta [v. 1]. Sem isso, Jesus Cristo poderia ser considerado apenas como mais um dos muitos mártires. Sem a revelação dos profetas, jamais poderíamos saber a verdadeira razão de Sua morte. Muitos não aceitam esta revelação, como no caso dos espíritas. Mas isto só cumpre a profecia de que muitos não O aceitariam, não acreditariam nEle como o Filho de Deus, não creriam na pregação das boas novas do Evangelho.
O capítulo 53 contém 5 SINAIS DE IDENTIFICAÇÃOpara que fosse reconhecido entre os judeus e todos os povos do mundo, como o Servo Sofredor veio para salvar. Este capítulo explica como o Messias deveria sofrer exatamente como Jesus Cristo sofreu na Cruz do Calvário para nos salvar. É um dos Cânticos de Isaías e se caracteriza pela poesia hebraica.
Como era a Sua aparência? V.2: Comparado a uma planta seca. Sem aparência, sem formosura. Sem beleza. Assim como um renovo, como raiz de uma terra seca, sem beleza alguma. Você já viu alguma beleza em uma raiz seca? Ele não tinha aparência, não tinha formosura.
Alguns pensam que Jesus era sem beleza física. Baseados nas palavras do v. 2, pensam que isso significa que Ele era um homem tão comum entre os outros que não tinha beleza, não tinha um atrativo externo em sua forma física. Ledo engano!
Veja Como Jesus foi descrito numa carta atribuída a Lêntulus, procônsul da Galiléia e amigo de Pôncio Pilatos, carta que dirigira ao Senado Romano, sobre Cristo.
“É um homem alto, de majestosa aparência. A Sua face, ao mesmo tempo severa e doce inspira respeito e amor a quem a vê. Seu cabelo é da cor do vinho e desce ondulado sobre os ombros dividido ao meio ao estilo nazareno. Sua fronte é pura e altiva. Tem a cútis rosada e límpida. A boca e o nariz são perfeitos. A barba é abundante da mesma cor do cabelo. Os olhos azuis, plácidos e brilhantes. As mãos finas e compridas. Os braços de uma graça encantadora.”
Mas então, O que significam as palavras do v. 2, segundo as quais o Messias não teria aparência, nem formosura? A verdade se descobre pelo contexto que trata da Cruz, do Julgamento, dos açoites e do Seu sofrimento, que O deixaram desfigurado. De fato, a Cruz é a máxima revelação de como Ele ficou deformado.
Então, como Ele foi tratado? V. 3: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.”O que acontece quando alguém não tem aparência muito agradável, não tem beleza, não tem nada que chame a atenção? Alguém que está sofrendo? É desprezado. Assim aconteceu com Davi na velhice, e com Jesus Cristo, na Cruz.
Você já se sentiu desprezado? Já teve aquele sentimento de “Ninguém me ama, ninguém me quer?” Você já foi rejeitado em um grupo social? Jesus Cristo também passou por isso. Ele foi “desprezado, o mais rejeitado entre os homens.”
Jesus foi desprezado e rejeitado durante a Sua vida em Seu ministério. Os Seus próprios irmãos não criam nEle. O jovem rico O rejeitou. Os gadarenos O rejeitaram. O povo judeu e os líderes da nação O rejeitaram. “Ele veio para os Seus e os Seus não O receberam” [João 1:11].
Mas em Sua morte e no Seu sofrimento Ele foi o mais rejeitado de todos os homens. Os líderes judaicos O odiavam, cheios de inveja. Anás e Caifás O condenaram como réu de morte. Herodes O ridicularizou e O desprezou. Pilatos mandou açoitá-lO e depois O entregou para ser crucificado, após declarar Sua inocência. E os Discípulos, que professavam amar o Mestre? Todos eles O abandonaram, no Jardim. Pedro O negou e Judas o traiu.E onde estavam os Seus seguidores, quando Ele sofria uma inexprimível angústia? Eles agora clamavam: “Crucifica-O! Crucifica-O!”
Qual é a Certeza do profeta?V.4: Por que tal aparência tão desfigurada, sem beleza e sem formosura? Porque tomou as nossas enfermidades, as nossas dores.
Note bem as palavras desse texto: “Certamente...” Agora, o profeta tem a certeza; antes ao contemplá-lO, não tinha esta certeza. Qual certeza? As dores e enfermidades que nos cabiam, pelo castigo, eram nossas. Mas esta era uma certeza que foi comprovada depois do acontecido na Cruz. Esta era uma explicação das palavras que vem a seguir.
Mas O que eles pensavam dEle? Por que o desprezaram? V. 4, (úp): “Nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.” O que significa isto? Qual era a reputação dEle? Ele não tinha reputação. Observe: “ferido de Deus”! Os judeus, baseados em uma ideia pagã, diziam que quando alguém sofria por uma doença séria isto era a evidência do desagrado de Deus contra ele, por causa de algum pecado particular. Por isso ele sofria. Estava sendo ferido e castigado por Deus.
Os antigos julgavam o caráter de uma pessoa pelo sofrimento recebido. Assim foi considerado o patriarca Jó: Ele foi condenado como um pecador amaldiçoado e ferido por Deus, por causa do seu sofrimento.
Assim foi considerado o cego de nascença. Se ele é cego, ou ele ou os seus pais pecaram, disseram os discípulos. Não há outra alternativa! Mas Jesus, talvez pensando em Isaías 53, e na Cruz, foi logo corrigindo o erro, e disse que nem o cego, nem os seus pais pecaram para que ele nascesse cego. Não pense que se alguém sofre é por causa de algum pecado grave. Você pode estar julgando mal. Não pense que se o Messias sofre é por causa de Seu pecado, porque o Messias não tem pecado.
Esta é a ideia antiga que o profeta expressa aqui. Se o Servo de Deus estava sofrendo, então, isso era a maior evidência do desagrado de Deus contra Ele por causa de Seus pecados. “Nós O reputávamos como ferido de Deus!” Os homens que acompanharam as cenas do Calvário julgaram que Jesus estava sendo afligido, oprimido e ferido por Deus por causa de Seus próprios pecados.
De fato, Jesus Cristo não tinha boa reputação, entre os grandes. Ele foi acusado como pecador, [porque não guardava o sábado], que tinha demônio, foi chamado de samaritano, blasfemo [porque perdoava pecados e se dizia o Filho de Deus], foi chamado de enganador, revolucionário, agitador do povo. Mas em Sua morte, as pessoas que assistiram as cenas do Calvário concluíram mais persuasivamente que, se Ele sofria tanto, então, pela lógica, fora amaldiçoado por Deus.
Até os líderes da nação se consolaram com essa ideia. “Se Ele fosse o Messias, Deus não poderia ter permitido que isso acontecesse. De fato, Ele deve estar sendo castigado por Deus pela pretensão de ser o Messias e ser igual a Deus como falou. E se fosse o Messias mesmo, Ele teria poder até para descer da Cruz”. Assim pensavam eles, e então, clamaram: “Se Tu és o Cristo, desce da Cruz, e creremos!”
No entanto, o verso seguinte [v. 5]tem um “Mas...”A adversativa explica algo fantástico. Posso imaginar um diálogo entre o profeta e os que contemplaram a Cristo no Calvário: “Vocês estão enganados, Ele não sofreu pelos Seus pecados”, diz o profeta. Daí, o povo pergunta: “- Então, por quem Ele sofreu?”O profeta responde: “- Nós O julgávamos pecador, sofrendo por isso. ‘Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões’”.
V. 5: Ele foi “Traspassado pelas nossas transgressões”. A palavra “traspassado” era uma indicação da Cruz, quando ainda não existia esse método de tortura, que surgiu 500 anos mais tarde com a chegada dos romanos.O Seu corpo sofria muito. Ele foi açoitado com instrumentos cruéis de rasgar a pele;foi coroado com uma coroa de espinhos, batido pelos soldados no caminho do Calvário, Ele foi crucificado, pregado nas mãos e nos pés, Ele foi furado por uma lança no lado, derramando muito sangue por tudo isso.
“Ele foi moído pelas nossas iniquidades”. O que significa isso? O Seu corpo sofria muito, mas a Sua mente santa e pura era massacrada, “moída”, pelos nossos pecados. A ira de Deus caiu sobre o Messias, o nosso Salvador e Senhor. Ele foi esmagado pela tristeza e angústia, como jamais um ser humano será chamado a suportar. A dor mental era tão grande que Ele mal sentia as dores físicas. A Sua angústia era indizível, inexprimível em palavras humanas. Não havia misericórdia para Cristo Jesus. Ele sorveu o amargo cálice até a última gota.
“O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele.”Jesus Cristo foi castigado para que tivéssemos paz. Mas como pode o castigo de alguém trazer paz? O castigo referido aqui é o castigo do pecado. O castigo que Ele recebeu era o castigo que todos os pecadores deveriam ter recebido, por serem pecadores. Quando um criminoso cumpre a sua pena depois de muitos anos na prisão, ele pode sair em paz com o governo, em paz com as suas leis, em paz com os cidadãos, ele está em paz com todos, porque ele não deve mais nada para ninguém.
Quando um homem peca, ele deve morrer, porque o salário do pecado é a morte [Romanos 6:23]. Mas se alguém já morreu no seu lugar, ele está livre e em paz com Deus. Se antes ele tinha uma grande dívida para com Deus, agora, Ele não deve mais nada, porque Jesus Cristo já pagou a sua dívida, na Cruz do Calvário. Esta é uma paz judicial. A paz mental vem logo após a aceitação do resgate ou pagamento da dívida.
Mas como fica a nossa história dentro da história do Messias?V. 6: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo caminho.” Aqueles que conhecem ovelhas e a sua natureza, sabem como elas se desviam facilmente do seu caminho. Elas dependem continuamente de um pastor. Sem o pastor, estão sempre se desviando do caminho certo e se perdendo. Assim somos nós. Sempre nos desviando de Deus e buscando os caminhos do pecado. O que significa isso? Todos nós éramos pecadores e merecíamos morrer por isso.
Mas qual foi a providência do nosso Senhor? “O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos!” [v. 6 úp]. A nossa iniquidade não caiu sobre nós; caiu sobre o Messias. Caiu sobre Jesus Cristo. Nós estávamos perdidos como ovelhas desgarradas, sem pastor. “Mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos!”
Você sabe o que significa suportar o peso de um só pecado? Jean Jacques Rousseau, o filósofo francês (1712-1778), é um vívido exemplo disto. Quando jovem ele viveu na cidade de Turim, na casa de uma mulher de Verecelli. Em suas Confissões ele escreveu: "Desta casa levo comigo um terrível fardo de culpa que depois de quarenta anos ainda está indelével em minha consciência, e quanto mais velho fico, mais pesado é o fardo de minha alma''
Ele havia roubado um objeto de valor da dona da casa. Posteriormente, quando a perda foi descoberta, lançou a culpa sobre a servente da casa, que, como resultado, perdeu o emprego e a dignidade. Ele continua: "Acusei-a como ladra, lançando assim uma jovem honesta e nobre na vergonha e na miséria. Ela me disse então: 'O senhor lançou a desgraça sobre mim, mas eu não desejo estar no seu lugar’. A lembrança frequente disto dá-me noites de insônia, como se fosse ontem que tal fato aconteceu. É certo que algumas vezes minha consciência esteve adormecida, mas agora ela me atormenta como nunca dantes. Este fardo está mais pesado agora sobre o meu coração; sua lembrança não morre. Tenho que fazer uma confissão."
O fardo de um só pecado é muito grande. Mas, se alguém se perder, vai suportar apenas a culpa de seus próprios pecados, não o de muitos. Mas Jesus Cristo suportou a culpa e condenação de todos os seres humanos, de toda a raça. Todos os pecados do mundo, do passado, presente e futuro, de todos os homens, de todos os tempos, justos e ímpios, os que creram e os que não creram foram colocados sobre o Salvador. Enquanto os homens faziam o seu trabalho de atormentar o corpo de Jesus, a ira de Deus caía sobre a Sua mente, e o esmagava. Não havia misericórdia para Ele. É algo muito sério para ser desconsiderado.
Foi-Lhe negada a justiça da defesa. V. 7: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca.” Oprimido e humilhado, mas guardou silêncio. Ele podia Se defender, Ele podia Se salvar, mas não Se defendeu para que pudesse nos salvar. Então, esse direito de defesa foi-Lhe negado. Era algo muito admirável, a ponto de as autoridades se espantarem diante de tanta paciência e tolerância no sofrimento e na provocação. Ele foi provocado pelo povo, pelos soldados e pelas autoridades. “Mas não abriu a Sua boca.” Ou seja, Ele não Se queixou, Ele não reclamou, Ele não pediu vingança. Ele pediu o perdão para os Seus inimigos que Se alegravam às custas do Seu sofrimento: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
Pilatos ficou pasmado e se admirou grandemente diante do silêncio de Jesus [Mt 27:11-14]. Então,exigiu uma resposta: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?” Aí, Ele falou: “Nenhuma autoridade terias sobre Mim, se de cima não te fosse dada” (João 19:9-11).
Caifás ficou impressionado diante do silêncio de Jesus: “Nada respondes ao que estes depõem contra Ti? Jesus, porém guardou silêncio.” Então, o sumo sacerdote O conjurou a falar (Mateus 26:62-63). Ele foi tão dócil como um cordeiro. João Batista, baseado nesta profecia, disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Ele Se manteve em silêncio, mas a justiça seria poder falar e Se defender de todas as acusações. Mas foi-Lhe negada esta justiça, de tal modo que Ele não teve defesa.
Foi-Lhe negada a justiça no Seu julgamento. Leiam comigo o V. 8: “Por juízo opressor foi arrebatado.”Um Julgamento injusto, uma farsa de tribunal realizado à noite, sem a presença das pessoas que defenderiam a Jesus. O Messias foi julgado por um tribunal opressor e injusto. Homens que professavam a religião de Jeová, esperando o Messias, julgaram o Cristo de Deus de modo injusto e opressor. Eles impuseram as suas falsas acusações à força e não pela justiça. Era um tribunal que julgava pela falsidade, pela opressão e pela ameaça. Os líderes judaicos obrigaram os romanos a condenar o Messias à morte.
Foi-Lhe negada a justiça da sua origem.“E da Sua linhagem, quem dela cogitou?” Quem foi que cogitou a respeito da importância de Sua linhagem ou descendência? Quem foi que teve a coragem e audácia para falar que Ele que era o Filho de Davi, um dos mais importantes reis de Israel? Ou, melhor ainda, que Ele era o Filho de Deus? Ele havia dito: “Sou Filho de Deus, que é o Meu Pai, que está no Céu!” Por acaso alguém se atreveu a dizer: “Como vocês podem condenar o Messias de Deus? Se Ele é de descendência real, se é Filho de Davi, merece, pelo menos, um julgamento justo!” Para espanto dos próprios Céus, um ladrão na cruz foi o único que teve a coragem de defendê-lO, dizendo: “Nós somos criminosos, mas Este nenhum mal fez!”
Foi-Lhe negada a justiça pela execução da morte. Ele foi “cortado da terra dos viventes”: foi excluído da sinagoga, foi expulso da cidade de Jerusalém, foi suspenso entre o céu e a terra.E, cortado da terra dos viventes, sofreu uma morte violenta, covarde e vergonhosa.
Mas, Por quem mesmo Ele estava sofrendo?V. 8, (úp).Por injustos pecadores. O profeta repete esse ponto, esta razão: “por causa da transgressão do Meu povo” – é Deus Quem está falando. Por isso, Ele foi ferido. Ele não foi ferido por Sua causa. Mas por nossa causa. Esta é a nossa esperança. O pecado, a iniquidade, a transgressão de todos nós – foi por isso que Ele teve que ser ferido. Todos nós o ferimos, e ninguém pode dizer: “Eu não sou culpado!” porque todos nós somos culpados da Sua morte na Cruz.
O que aconteceu na Sua morte?V. 9: “Designaram a sepultura com os perversos, e com o rico esteve na Sua morte.” Como foi a Sua sepultura? Ele não tinha sepultura. A Sua sepultura foi-Lhe designada por alguém mais. Note o paralelismo:
“Designaram a sepultura
com os perversos,
e com o rico
esteve na Sua morte.”
Você pode estar se perguntando: Como foi a sepultura com os perversos? E como foi a Sua morte com o rico? Não seria isto pelo contrário? Muitos teólogos não sabiam como explicar esta passagem, até que estudaram as regras da poesia hebraica, que contém vários tipos de paralelismos.
De fato, este é um paralelismo invertido. Por quê? Não foi um erro de colocação das palavras; este é um recurso da poesia hebraica, que só seria desvendado depois de acontecer. Na morte de Cristo Ele esteve com os perversos, e na sepultura esteve com o rico, que se refere José de Arimateia, que era rico e doou a sepultura para depositarem o corpo de Jesus.
Mas, qual era o verdadeiro caráter do Messias, o Servo de Deus? V.9, úp: “... posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em Sua boca.” Disse Tiago que se alguém não erra no falar é homem perfeito. Jesus Cristo nunca errou na palavra: Ele era um homem perfeito em Seu caráter. Os soldados que foram prender a Cristo, disseram: “Jamais homem algum falou como este homem.”
Ele jamais cometeu injustiça. Pelo contrário, Ele livrava os outros da injustiça praticada pelos opressores do povo, como quando defendeu a mulher adúltera. Ele Jamais cometeu pecado. Ele pôde dizer aos líderes judaicos: “Quem dentre vós Me convence de pecado?” [Jo 8: 46]. A respeito da Sua vida com Deus, Ele disse: “Eu faço sempre o que Lhe agrada!” O apóstolo João O chamou de “Advogado, o Justo”. [1Jo 2:1]. Paulo disse, escrevendo aos Hebreus, que Ele era imaculado, santo, separado dos pecadores [Hb 7:26]. Nunca cometeu pecado. É o Cordeiro de Deus, santo, justo, imaculado, sem mancha e sem defeito [1Pe 1:18-19]. Ou seja: Ele sofreu tudo isto, mas Ele era justo, e jamais cometeu pecado, porque era o santo.
Estas palavras são muito profundas. Além de possuir um paralelismo ímpar, porque é invertido, contém uma outra mensagem: O Messias, o Servo do Senhor morreu e foi sepultado. Mas Ele jamais cometeu injustiça. Ora, se Ele era justo, então, jamais deveria experimentar a morte, porque a morte é o castigo de pecadores, não de justos. A santidade é garantia de imortalidade. Esta é a razão por que Deus é imortal: Ele é santo, e por isso não morre, porque o salário do pecado, o salário da injustiça, é a morte. Mas Cristo, o Justo, Se deu a Si mesmo para morrer. Se Ele não quisesse passar pela morte, Ele jamais teria morrido. Porque Ele era justo e perfeito, e quem possui esse caráter não pode morrer, exceto se permitir e se entregar à morte.
A ORIGEM, O SIGNIFICADO E OS RESULTADOS
Alguém a esta altura poderia perguntar:
Qual foi a ORIGEM dos sofrimentos de Jesus Cristo? Qual foi o SIGNIFICADO de tudo isto? Qual foi o RESULTADO de tanto sacrifício?
Responde Isaías, o profeta evangélico, no v. 10: “Todavia ao Senhor agradou moê-lO, fazendo-O enfermar; quando der Ele a Sua alma como oferta pelo pecado, verá a Sua posteridade e prolongará os Seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas Suas mãos.”
“Ao Senhor agradou moê-lO”. Mas a morte de Jesus Cristo não seria contra a vontade de Deus?Algumas pessoas dizem: “Deus nunca desamparou o Seu Filho. Ele não queria que isso acontecesse, e os homens perversos, intolerantes e maus O crucificaram numa horrenda Cruz.” Mas, o que disse o profeta? “Todavia, ao Senhor agradou moê-lO!” Quando Cristo pendia na Cruz, em Seus últimos instantes de dor e angústia, clamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me abandonaste?” A morte de Cristo na Cruz não teria sido contra a vontade de Deus? Não. Isso foi da vontade dEle, a fim de que nós pudéssemos ser salvos. Sem a Cruz, nós todos estaríamos perdidos.
Portanto, a origem dos sofrimentos de Cristo está na mente de Deus. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Isso tudo foi da vontade de Deus. Aliás, foi Ele mesmo que providenciou para que isso acontecesse. Ele demonstrou isso a Abraão, quando impediu que o seu filho Isaque fosse sacrificado. Abraão pôde compreender o Evangelho provido por Deus em Seu amor glorioso.
Isto era uma Oferta pelo pecado: Cristo nos foi dado como “Oferta pelo pecado”. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito” como oferta pelo pecado. João 3:16 afirma que Deus deu o Seu Filho. Mas o profeta Isaías afirma que foi o próprio Cristo quem Se doou: “Quando Ele der a Sua alma como oferta pelo pecado”. Cristo mesmo disse: “Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de Mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (João 10:17-18).
Este é o verdadeiro significado da morte de Cristo: uma oferta pelo nosso pecado. Foi isso que aconteceu na Cruz. Não adianta expressarmos um sentimentalismo inútil. Porque esta é a nossa maior esperança: Cristo Jesus morrendo na Cruz como oferta pelo nosso pecado.
Esta “Oferta pelo pecado” nos lembra dos sacrifícios pelo pecado que eram realizados no santuário terrestre. Mas ao morrer o Messias na Cruz, todos eles haveriam de cessar. Quando Cristo morreu, o cordeiro do santuário escapou e não foi morto, às 3:00 hs da tarde. O tipo encontrara o Seu Antítipo, Jesus o Cordeiro de Deus.
1. Salvação de almas. “Verá a Sua posteridade”: ou seja, a descendência dos salvos. A Cruz daria como resultado a salvação de milhões de pessoas. Aqui se pode lembrar da descendência de Abraão que seria como as estrelas dos céus.
2. A garantia da vida. Ele “prolongará os seus dias”.O Messias, embora houvesse de morrer no Seu sofrimento, entregando a Sua vida como Oferta pelo pecado, Ele viveria novamente, como Homem, através da Ressurreição, e viveria para sempre a fim de garantir a justificação dos cristãos.
Aqui está também a eternidade garantida para os salvos. Disse Jesus Cristo após a Ressurreição: “Eu vivo e vós vivereis!” É o mesmo profeta Isaías que nos fala de longevidade. Em outro lugar, ele fala que a longevidade do povo de Deus será comparada com a da árvore [Isaías 65:22], o que é uma figura de linguagem para muita idade. E hoje nós sabemos que será uma idade eterna. Todos os remidos terão a vida eterna.
4. Cumprimento da vontade de Deus:“A vontade do Senhor prosperará em Suas mãos.” As Suas mãos seriam pregadas numa Cruz. Esta era a vontade de Deus. Ele faria a vontade de Deus ao morrer na Cruz. A vontade de Deus era de que a justiça fosse feita, e, ainda assim, pudesse salvar a raça caída de Adão. Ele é Justo e Justificador daquele que tem fé em Jesus Cristo.
5. Visão do resultado final. Cristo verá o resultado final do Seu sacrifício. “Verá o fruto do penoso trabalho de Sua alma.” V. 11. E quão penoso foi este sacrifício nós só poderemos compreender um pouco mais pelos séculos da eternidade. Mas Cristo verá as multidões sendo introduzidas no Céu. O resultado só será visto no final, mas acontecerá. Isto ainda está no futuro, mas é tão certo como a morte de Cristo na Cruz, que já aconteceu, como uma parte central e soberana do plano da salvação.
6. A satisfação do Salvador:Ele “Ficará satisfeito” ao ver os milhões de salvos entrando pelas portas do Paraíso eterno. Não há satisfação maior do que ver almas sendo salvas. Isso é uma realidade quando nós fazemos este trabalho de pregar o Evangelho e ver pessoas sendo batizadas. Mas se isso é algo muito satisfatório para nós, imagina que satisfação será a de Cristo que deu a vida para que milhões de pessoas fossem transformadas e salvas por toda a eternidade.
Responde o próprio Deus: “O Meu Servo, o justo, com o Seu conhecimento justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre Si” [V. 11, 2ªp.]. “O Meu Servo, o Justo.” Já vimos que Jesus Cristo foi o Servo de Deus, um Homem que veio para servir, como Ele mesmo disse, que o Filho do homem veio para servir e não para ser servido, e dar a Sua vida em resgate por nós [Mateus 20:28]. Homem sempre pronto a servir.
E vimos também que Ele foi justo, inculpável, sem defeito em Seu caráter, sem pecado, e vimos que o apóstolo João o chamou de “o Justo”. E Jeremias ainda disse dEle que é “o Senhor, justiça nossa” [Jeremias 23:6]. É somente por ser justo que Ele pode nos justificar. Se Ele tivesse algum defeito, uma só mancha, ou mácula em seu caráter, Ele não poderia salvar a ninguém. Apenas salvaria a Sua própria vida, ao morrer e dar a vida pelo pecado, que porventura tivesse. Mas Ele foi justo, sem pecado. Assim, pode salvar a todos os pecadores, morrendo em seu lugar.
Mas, como Ele nos salva?Como Ele nos justifica? Justificação e Salvação significam a mesma coisa. De que modo Ele nos justifica e nos salva? “Com o Seu conhecimento”. Em que consiste o Seu conhecimento? Ele tem conhecimento de 3 coisas para isso.
1. Conhecimento de Sua justiça. Ele sabe que viveu uma vida sem pecado. Ele disse que o Diabo nada tinha em Sua vida para apontar como uma falha, ou pecado. Ele é consciente de Sua pureza e inocência. Assim como somos conscientes de nossa vida de pecado, Ele é consciente de Sua vida impecável.
2. Conhecimento de nossa necessidade. Ele sabe o de que precisamos. Conhece a nossa deficiência. Conhece a nossa vida de pecado e injustiça, e está pronto a atender a nossa necessidade. Conhece a nossa natureza pecaminosa.
3. Conhecimento do Seu poder de salvar. Ele sabe que tem poder através do Seu sacrifício. Sabe que se Ele levar os nossos pecados sobre Si, se Ele assumir os nossos pecados, nós seremos justificados, salvos. É uma troca perfeita: “As iniquidades deles levará sobre Si.” Ele assume os nossos pecados e nos dá a Sua justiça. E enquanto Ele é castigado por nossos pecados, nós saímos livres: justificados e salvos. Completamente libertos do pecado.
Mas a quantos Ele justifica?Ele “justificará a muitos” [v. 11]. E no verso 12, lemos as palavras de Deus, dizendo: “Por isso, Eu lhe darei muitos como a Sua parte.” “Por isso”, pelo quê? Pelo Seu imenso sacrifício na Cruz do Calvário. Qual é a promessa?Disse Deus: “Eu Lhe darei muitos como a Sua parte.” Alguns pensam que são poucos os que serão salvos. Mas Deus aqui promete que serão muitos. A Abraão, Ele prometeu que os seus descendentes seriam como a areia do mar.
“Com os poderosos repartirá o despojo” [V. 12] Com quem Cristo repartirá o despojo, ou o número de pessoas salvas? Os Poderosos são o Pai e o Espírito Santo, primeiramente. O grande propósito da Trindade é para que sejamos salvos, cada um dEles Se sacrificando juntamente com Cristo. Os anjos celestes, as potestades da luz, os grandes líderes do universo verão o resultado e fruto da obra de Cristo e se alegrarão de ter-nos consigo. Certamente, eles terão muitas perguntas para nos fazer e muitas dúvidas serão esclarecidas.
Por que Cristo pode salvá-los? Isaías repete esta grande verdade: Ele “derramou a Sua alma na morte.” Quando Cristo estava Se dirigindo ao Getsêmani, naquela noite de angústia e dor, disse aos discípulos: “A Minha alma está profundamente triste até à morte” (Mateus 26:38). O Autor da vida Se ofereceu para morrer em nosso lugar. Em duas declarações paralelas, fica provado que nem a alma de Jesus Cristo era alma imortal, mas sujeita à morte. Foi por isso que Ele precisava vir e morrer para nos salvar. Somente através de uma alma humana morrendo pelos nossos pecados é que Ele poderia nos salvar. Somente assim o Deus imortal poderia morrer.
“Foi contado com os transgressores” Aquele que era justo e santo. Desse modo pode salvá-los. Ele foi acusado pelos fariseus de que era amigo dos pecadores, e que comia com eles. No entanto, este foi o maior elogio que os Seus inimigos Lhe faziam sem saber.
A inspiração termina este capítulo com chave de ouro: o profeta resume toda a obra de Cristo em Sua vida terrestre e Sua vida hoje no Céu: “Levou sobre Si o pecado de muitos e pelos transgressores intercede” [RC]. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Ele intercedeu na Cruz, orando pelos Seus inimigos, e ainda continua e fará isso por Seu povo até o fim do tempo da graça.
Vamos olhar para Jesus Cristo, que morreu e intercede por nós. Vamos glorificá-lO pelo Seu grande sacrifício por nós. Vamos revelar um espírito de gratidão eterna pela Cruz. Vamos depender continuamente desse recurso salvador. Vamos entregar a nossa vida inteiramente nas mãos desse maravilhoso Jesus, o Servo Sofredor, que está sempre disposto a nos servir, ajudar e salvar. Clama a Ele e você será salvo por toda a eternidade.
Roberto Biagini
Mestrado em Teologia
[email protected]
04/02/2014
Nota do Editor
Deus seja louvado!!! Não me contive e, além das muitas lágrimas de gratidão ao Senhor Jesus ao editar esta mensagem maravilhosa, eu me senti compelido a escrever esta palavra de apreciação ao meu querido amigo Pastor Roberto Biagini – de quem sou eterno admirador (para mim, diante de todos os bons pregadores que temos no Brasil na IASD*: Na mensagem escrita**: INCOMPARÁVEL!!!). Jubilado com méritos há alguns anos, este servo de Deus é incansável no preparo de grandiosas Mensagens como esta: Puro Trigo Integral. Amigo, que Deus continue motivando-o, fortalecendo-o, iluminando-o e usando-o poderosamente no preparo e entrega destas mensagens poderosas!!!
* Conheço pouco os pregadores de outras denominações...
** Não tive ainda o privilégio de ouvi-lo...