Digite uma palavra chave ou escolha um item em BUSCAR EM:
postado em: 22/5/2017
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8:29, 30).
LIVRE ARBÍTRIO: UM DOM ASSOMBROSO
Livre-arbítrio é um princípio bíblico que manifesta que o ser humano é livre para tomar decisões, para decidir a questão do seu destino. Chamado é a vocação, a orientação ou o apelo que direciona a pessoa para uma profissão específica, para desempenhar determinada função. Eleição é a escolha. A escolha de uma pessoa, não significa a rejeição de outras. A escolha de Israel não significou a rejeição dos gentios. Ao escolher Israel, Deus desejava que por seu intermédio outras nações pudessem ser participantes de Sua graça.
Assim, há um duplo propósito na eleição: Para a salvação dos eleitos (cf. Rm 11:7-11; 2Tes 2:13) e para a glória de Deus (Ef 1:6, 12, 14). Conta-se que um membro velho, de poucos conhecimentos teológicos, foi interrogado sobre a nossa parte no plano da salvação, disse ele: “Bem, há uma eleição onde Deus está votando a nosso favor, e o diabo votando para a nossa perdição. Do lado em que pusermos o nosso voto, esse ganhará a eleição.” Uma resposta simples, mas profunda, a qual mostra perfeitamente nossa parte no plano da salvação.
O DILEMA DA PREDESTINAÇÃO
O tema da predestinação tem uma história longa e variada na teologia cristã. Desde os dias de Agostinho e Pelágio, no início do século V até hoje, a predestinação tem sido consistentemente entendida como o decreto de Deus a respeito da salvação de indivíduos. Assim, a predestinação é definida como “escolha de Deus de determinados indivíduos para a vida eterna ou morte eterna.” O ponto-chave na predestinação como é geralmente ensinado é que a predestinação é a causa da salvação. A proposta doutrinária para a predestinação torna-se um problema devido à sua associação com a presciência de Deus e a liberdade humana no processo de salvação.
O teólogo Hans K. La Rondelle nos diz: “A doutrina da predestinação de uns para o bem e a felicidade e de outros para o mal e infelicidade, parece ter nascido da necessidade de alguns teólogos de conciliarem a misericórdia com a justiça Divina. Deus é justo com os que predestina ao mal e misericordioso com os que predestina à salvação. As passagens de Isaías 1:27 e Rm 3:25 negam que a misericórdia e a justiça sejam atributos divinos distintos [diferentes]; Deus não é metade misericórdia e metade justiça, mas inteiramente misericórdia e inteiramente justiça” (Has K. La Rondelle, Apostila “Predestinação Bíblica”).
“Se somente a eleição e a rejeição de Deus decidem a salvação e a perdição do homem, então carece totalmente de sentido qualquer pregação evangelística e apelo à fé. De fato, uma parte dos ouvintes seria salva, de qualquer maneira, enquanto a outra parte estaria de qualquer maneira perdida eternamente. A doutrina da dupla predestinação corre o perigo de destruir entre os cristãos a seriedade na busca da santificação e do zelo pelas boas obras; pois, se a graça de Deus opera irresistivelmente, não há motivo para que os cristãos se comportem de forma que não tenham recebido a graça em vão.
A doutrina da perdição incondicional, que necessariamente resulta da eleição incondicional, contradiz a imagem bíblica de Deus, e as afirmações claras da Escritura de que Deus quer que todos sejam salvos pela graça. Não somente o princípio ‘somente pela fé’ se torna sem sentido; também o ‘somente Cristo’ perde o seu valor e poder, pois a morte na cruz deixa de ser o ato reconciliador universal de Deus em favor de todos os homens, tornando-se um meio limitado para a execução do decreto decisório de Deus em favor dos eleitos. É justamente a cruz de Cristo que atesta para a verdade fundamental: A graça de Deus é livre em todos e livre para todos” (Texto extraído e adaptado do site Ministerio Sola Scriptura, Prof. Azenilto G. Brito, grifos acrescentados).
PRÉ-CONHECIMENTO DIVINO E O DECRETO DA PREDESTINAÇÃO
É bíblico dizer que Deus predestina o resultado final da salvação, o Céu. Mas é contrário à Escritura dizer que estes indivíduos irão satisfazer as condições para irem para o céu somente porque Deus os predestinou a isso. Deus “predestina o fim, mas não os meios”. Ele predestina todos os crentes ao céu, mas Ele não predestina alguém para tornar-se crente. A salvação é condicional (cf. Rm 1:16), e os indivíduos devem satisfazer estas condições por uma escolha de seu próprio livre-arbítrio. Portanto, a própria predestinação é condicional: Deus predestinou ao céu aqueles que Ele pré-conheceu que satisfariam as condições exigidas.
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho” (cf. Rm 8:29). Em vista do ensino bíblico sobre a salvação em geral, é de bom alvitre que Deus pré-conheceu que eles iriam cumprir as condições da justificação – pré-conheceu como Seus pela fé. Deus conheceu de antemão aqueles que O amariam em algum momento de suas vidas e continuariam a amá-lO até o fim. “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Ele” (cf. 1Co 8:3). Dessa forma, podemos estar certos de que as provações temporárias desta vida não são capazes de invalidar o que o Deus Todo-Poderoso já predestinou que irá ocorrer. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” (cf. Rm:28).
A Bíblia evidencia que “pré-conhecimento” não é equivalente a eleição ou escolha, e que em Rm 8:29 ele se refere a nada mais do que o ato cognitivo pelo qual Deus conheceu ou identificou os membros de Sua Família – como distinto de todas as outras – ainda antes da fundação do mundo. Ele os identificou pelo fato de que eles eram [seriam] aqueles que cumpriram [cumpririam] as condições exigidas para a salvação. Conhecendo através de Sua onisciência divina quem estes indivíduos seriam, nesse mesmo momento Ele os predestinou para serem participantes de Sua Família Celestial glorificada através da ressurreição dos mortos após o padrão estabelecido pelo Irmão Primogênito, Jesus Cristo.
PREDESTINAÇÃO
Este termo não aparece na Bíblia, mas sua forma verbal “predestinar” (do grego proorizo, significando “determinar de antemão”), ocorre em Rm 8:29, 30 e Ef 1:5, 11. Segundo Rm 8:28, 29 Deus predestinou todos que Ele sabia que aceitariam Sua salvação “para serem conformes à imagem de Seu Filho”. A tais Ele chama, justifica, e glorifica (v. 30). De acordo com Ef 1:4, Deus fez provisões para que os pecadores fossem “santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor” mediante fé em Cristo, antes da criação deste mundo e da entrada do pecado.
A esses Ele então “predestinou... para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de Sua vontade” (v. 5). A predestinação opera dentro da órbita do propósito de Deus para “convergir nEle, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as cousas, tanto as do céu como as da terra”, “na dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1:10, 11; cf. João 1:12).
Destas passagens alguns têm presumido equivocadamente que Deus predestinou arbitrariamente, ou “assinalou de antemão”, indivíduos particulares para serem salvos e outros para serem perdidos, independentemente de sua própria decisão na questão, assim de maneira arbitrária, impondo os benefícios da salvação sobre alguns, enquanto negando-os a outros. O contexto e a analogia da Escritura demonstra conclusivamente a falha de tal linha de raciocínio.
As Escrituras explicitamente ensinam que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4), e que Ele não quer “que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pd 3:9). Em parte alguma os autores inspirados declaram que Deus desejou que alguns homens se perdessem. A idéia de que Deus arbitrariamente designou alguns homens para a salvação e outros para a perdição é uma ficção da invenção humana. Que ninguém está excluído dos benefícios da salvação é evidente por Is 55:1 e Ap 22:17. Todos os que têm sede são convidados a tomarem “livremente da água da vida”. Deus “não tem prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva” (Ez 33:11).
A natureza da predestinação da Bíblia é claramente estabelecida em João 3:16-21, onde é declarado que Deus “amou o mundo” e deu o Seu filho para ser o seu Salvador – não que Ele amou certas pessoas e aborreceu outras. O verso 17 afirma especificamente que “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo; mas para que o mundo fosse salvo por Ele”. Segundo João 1:12; 3:16 o fator decisivo em cada caso individual é ter disposição para receber o Filho unigênito de Deus como o seu Salvador pessoal, e nEle crer. “Quem crer”, está qualificado para a vida (João 3:16). Deus não recusa os benefícios da salvação a qualquer que sinceramente se decida pelo caminho de vida e está disposto a acatar os seus requisitos.
A forma em que a condenação advém a uma pessoa é claramente expressa nos versos 18-21, onde o fator determinante é indicado como a reação individual à “luz”, ou seja, a Jesus Cristo como “luz dos homens” (João 1:4-9). Enquanto os homens permanecerem numa condição sem iluminação não há condenação (ver Sl 87:4, 6; Ez 3:18-21; 18:2-32; 33:12-20; Lc 23:34; João 15:22; Rm 7:7, 9; 1Tm 1:13). Somente quando os homens deliberadamente rejeitam a verdade, claramente a eles revelada, “não têm desculpa do seu pecado” (João 15:22).
Segundo João 3:18, uma pessoa que recusa a salvação em Cristo automaticamente incorre em condenação, não por um imaginado ato arbitrário de Deus, mas simplesmente porque “não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Esse pensamento é adicionalmente reforçado no v. 19, onde é dito que “os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”. Todos quantos escolhem apegar-se a seus maus caminhos o fazem por causa de seu desprezo pela luz, e a evitarem “a fim de não serem argüidas as suas obras” (João 3:20). De modo oposto, aqueles que buscam um melhor caminho de vida beneficiam-se pela iluminação do divino amor, que derrete corações endurecidos.
O ensino que distorce a predestinação bíblica para dar a entender que Deus arbitrariamente pré-ordenou certas pessoas para serem salvas e outras para serem perdidas resulta da negligência da verdade bíblica cardeal de que Deus concedeu a todo homem os meios de estabelecer o seu próprio destino. Deus nunca interfere decisivamente com o livre exercício do poder de escolha de alguém (ver Ez 18:31; 33:11; 2Pd 3:9). Antes da fundação do mundo (1Pd 1:20) Ele fez provisão para que os pecadores fossem restaurados ao divino favor, e predeterminou, pré-ordenou ou predestinou (Ef 1:4) que aqueles que aceitassem essa provisão encontrassem salvação em Jesus Cristo e fossem restaurados à filiação. A salvação é oferecida livremente a todos, mas nem todos aceitam o convite.
A salvação não é forçada sobre o homem contra a sua vontade, nem lhe é negada contrariamente à presciência divina, e a predestinação de modo algum exclui a liberdade de escolha ou a torna ineficaz, mas concede aos homens o privilégio de escolher o caminho da vida eterna. Os que crêem em Jesus são justificados por sua fé nEle, enquanto os que recusam crer automaticamente se excluem. Deus predeterminou que os que crerem sejam salvos, e os que não crerem, se percam, mas deixa ao encargo de cada homem escolher se crê ou não crê.
Uma leitura superficial de Rm 9:9 e 1Co 3:12-15 tem levado alguns à errônea conclusão de que Paulo aqui ensina a predestinação individual, independentemente da escolha pessoal. Que não é esse o caso em qualquer dos textos torna-se evidente por uma cuidadosa leitura do contexto. Em Rm 9:9-16 Paulo trata da rejeição divina de Esaú como herdeiro do direito de primogenitura e de Sua eleição de Jacó para esse sagrado ofício. O contexto torna evidente que o apóstolo não está tratando da questão de salvação pessoal, mas exclusivamente da escolha de instrumentalidades humanas para serem agentes de Sua vontade sobre a Terra.
A rejeição de Esaú por Deus como herdeiro da primogenitura não lhe negava as bênçãos da salvação, mais do que a posterior negação da primogenitura por Rúben, o filho mais velho de Jacó, o excluiu da herança tanto na Canaã terrestre quanto na celestial (cf. Gn 49:3, 4). Em seu contexto da passagem, “não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a Sua misericórdia” (Rm 9:16), não se refere às misericórdias da salvação, mas da herança do direito de primogenitura. “Logo, tem Ele misericórdia de quem quer, e também endurece a quem Lhe apraz” (v. 18), fala de Faraó como um instrumento da divina vontade, e não trata com sua salvação ou perdição.
A sequência baseada na ilustração do oleiro que tem “poder sobre o barro”, para fazer alguns vasos para honra, e outros para desonra (Rm 9:21-23), não tem por enfoque o caráter intrínseco dos respectivos vasos, mas os respectivos usos a que são postos, algumas funções sendo mais honrosas do que outras. Nenhum oleiro faz um vaso com a intenção específica de destruí-lo, mas manufatura diferentes vasos para servirem a propósitos diferentes. Um vaso que serve a um propósito humilde pode ser tão útil e bom quanto o que serve a um propósito mais nobre.
Em Rm 9 Paulo discute sobre a nação judaica como representante escolhida de Deus e sua rejeição final em preferência dos gentios (versos 24-26). Semelhantemente, em 1Co 3:12-15 a recompensa referida é para o serviço no ministério evangélico, não para a vida pessoal de alguém como um cristão” (Seventh-day Adventist Bible Dictionary, Vol. 8 da série Seventh-Adventist Bible Commentary, verb. ‘Predestination’ – Trad.: Prof. Azenilto G. Brito, Ministério Sola Scriptura, grifos acrescentados).
PREVISÃO E PREDESTINAÇÃO
Augustus Strong define onisciência como “conhecimento perfeito e eterno de Deus de todas as coisas que são objetos de conhecimento, se podem ser reais ou possíveis, passado, presente ou futuro.” Portanto, pode-se afirmar que a predestinação é a meta de Deus que objetiva a restauração da Humanidade (Ef 1:4). A eleição não é alcançada de maneira absoluta, automática: ela é relacional na natureza porque é feita “nEle”. É o plano (mistério) que Deus propusera em Cristo desde a fundação do mundo e revelado, na plenitude dos tempos, aos homens. O projeto divino previa a redenção somente em Cristo: Sua vida, morte, ressurreição e intercessão.
A natureza do conhecimento do futuro de Deus não tem de ser entendido em termos estritamente semelhantes aos do conhecimento humano. A capacidade de Deus para saber que eventos que ainda não ocorreram de maneira que não condicionam resultados, talvez, seja a pedra de tropeço no estudo da predestinação. Mas não é justamente essa capacidade que O distingue como Deus?
CONHECE TODAS AS COISAS
Deus sabe realmente quem vai ser salvo e quem se perderá, porque Ele é “perfeito em conhecimento” (Jó 37:16) e “conhece todas as coisas” (1Jo 3:20), inclusive “o que há de acontecer” (Is 46:10). Mas esse conhecimento divino, que é absoluto mas não-causativo, não restringe de qualquer forma a liberdade humana de escolher o caminho da salvação ou da perdição.
A Bíblia deixa claro que o mesmo Deus que “faz nascer o sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45) também oferece a salvação a todos igualmente. Ele não apenas ordena que o evangelho seja pregado “a toda a criatura” (Mc 16:75), mas também convida: “Ah! Todos vós os que tendes sede, vinde às águas...” (Is 55:1) e “Vinde a Mim, todos...” (Mt 11:28). O mesmo conceito da imparcialidade divina é apresentado pelo apóstolo Pedro em sua declaração: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que O teme e faz o que é justo Lhe é aceitável” (At 10:34 e 35).
Alegar que todos os seres humanos já nasceram individualmente predestinados para a salvação ou para a perdição implica na rejeição das declarações apostólicas de que Deus “deseja que todos os homens sejam salvos” (1Tm 2:4) e “que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pd 3:9). Como poderia o apóstolo Paulo haver instado a “que todos, em toda parte, se arrependam” (At 17:30), se nem todos pudessem se arrepender?
Embora a salvação seja oferecida gratuitamente a todos indistintamente, somente aqueles que a aceitam pela fé serão salvos (ver Ef 2:8-10). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16;). A perdição dos ímpios não é, portanto, o resultado de um decreto divino arbitrário, mas sim a consequência natural de haverem rejeitado individualmente a oferta de salvação.
A. W. Tozer comenta: “Certas coisas foram decretadas pelo livre-arbítrio de Deus, e uma delas é a lei da escolha e suas conseqüências. Deus declarou que todo aquele que voluntariamente se entrega a Seu Filho Jesus Cristo na obediência da fé, receberá a vida eterna e se tornará filho de Deus. Decretou também que aqueles que amam as trevas s continuam em sua rebeldia contra a suprema autoridade do Céu, permanecerão em estado de alienação espiritual e sofrerão afinal a morte eterna.” – Mais Perto de Deus (São Paulo: Mundo Cristão, 1980), pág. 132.
“Embora Deus haja predestinado à salvação todos os que voluntariamente aceitam a Cristo (ver Ef 1:3, 4), Ele não predestinou ninguém para a perdição. Que compete ao próprio homem (e não a Deus) escolher o seu destino é óbvio nas seguintes palavras de Josué 24:15: “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”
O Novo Testamento esclarece que mesmo os eleitos do Senhor podem cair da salvação, ao se afastarem de Cristo (Hb 6:4-6). Por essa razão, o apóstolo Paulo declarou: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co 9:27). E é pelo mesmo motivo que Cristo disse que somente os que perseverarem até o fim serão salvos (MT !0:22; 24:13; Mc 13:13)”. – Pr. Alberto Timm, revista Sinais dos Tempos, dezembro de 1997, grifos acrescentados. “Muitas vezes, nada parece ser mais complexo do que tomar uma decisão clara e consciente, e dificilmente podemos avaliar por antecipação todas as conseqüências de nossas decisões. “Escolhei, hoje, a quem sirvais!”
ELEITOS, SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DE DEUS
“Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas” (1Pe 1:2). As Escrituras deixam claro que o plano de Deus é que todos sejam salvos, um plano instituído em favor de todos antes da criação da Terra. “Assim como nos escolheu, nEle, antes da fundação do mundo” (Ef 1:4). “Todos” são “eleitos” no sentido de que o propósito original de Deus era que todos fossem salvos e ninguém perecesse. Ele predestinou toda a humanidade para a vida eterna. Isso significa que o plano da salvação foi suficiente para que todos fossem incluídos na expiação dos pecados, mesmo que nem todos aceitem o que essa expiação lhes oferece.
A presciência de Deus a respeito dos eleitos é simplesmente Seu reconhecimento antecipado de qual será a livre escolha deles em relação à salvação. Sua presciência de maneira alguma força a decisão das pessoas. Se existe alguma predestinação bíblica, sem dúvida é esta: Em Adão todos são predestinados para a perdição, “pois, como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos são vivificados” (1Co 15:22). Em Cristo todos são predestinados para a salvação: “Mas, a todos quantos O receberam, aos que creem no Seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (1Co 15:22). Assim seja!
PASTOR VAGNER ALVES FERREIRA
E-MAIL: [email protected]
JUBILADO – ASSOCIAÇÃO NORTE PARANAENSE/IASD