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postado em: 19/7/2017
“Se eu tivesse o dom de falar em outras línguas sem tê-las aprendido, e se pudesse falar em qualquer idioma que há em toda a terra e no céu e, no entanto, não amasse os outros, eu estaria só fazendo barulho. Se eu tivesse o dom de profetizar, e conhecesse tudo sobre o que vai acontecer no futuro, soubesse tudo sobre todas as coisas, e contudo não amasse os outros, que bem faria isso? Mesmo que eu tivesse o dom da fé, a ponto de poder falar a uma montanha e fazê-la sair do lugar, ainda assim eu não valeria absolutamente nada sem amor. Se eu desse aos pobres tudo quanto tenho e fosse queimado vivo por pregar o Evangelho, e contudo não amasse os outros, isso não teria valor algum.
O amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso nem orgulhoso, nunca é arrogante, nem egoísta, nem tampouco rude. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço, nem melindroso. Não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Nunca está satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Se você amar alguém, será leal para com ele, custe o que custar. Sempre acreditará nele, sempre esperará o melhor dele, e sempre se manterá em sua defesa.
Todos os dons e poderes especiais que vêm de Deus terminarão um dia, porém, o amor continuará para sempre. Algum dia a profecia, o falar em línguas desconhecidas e a sabedoria especial – os dons desaparecerão. Porquanto agora sabemos muito pouco, mesmo com nossos dons especiais; e a pregação dos mais dotados é ainda muito imperfeita. Entretanto, quando tivermos sido feitos completos e aperfeiçoados, então cessará a necessidade desses dons especiais e insuficientes, e eles desaparecerão.
É como neste caso: quando eu era criança, falava, pensava e raciocinava como criança. Mas quando me tornei homem, meus pensamentos se desenvolveram muito além dos pensamentos da minha infância, e agora eu deixei as coisas de criança. De igual modo, agora só podemos ver e compreender um pouquinho a respeito de Deus, como se estivéssemos observando seu reflexo num espelho muito ruim; mas o dia chegará quando O veremos integralmente, face a face. Tudo quanto sei agora é obscuro e confuso, mas depois verei tudo com clareza, tão claramente como Deus está vendo agora mesmo o interior do meu coração. Há três coisas que perduram – a fé, a esperança e o amor – e a maior destas é o amor (1Cor 13:1-13; A Bíblia Viva).
O amor vem de Deus
Em 25 de junho de 1967, os Beatles lançaram “Tudo que você precisa é amor”. De acordo com seu gerente, Brian Epstein, “o melhor de tudo é que essa mensagem não pode ser mal-interpretada. É uma mensagem clara dizendo que o amor é tudo”. – “All you need is love”, http://en.wikipedia.org/wiki/All_Need_Is_Love. Mas pode ser e foi mal interpretada. Não se deve imaginar saber o que os Beatles queriam dizer – convenientemente, eles se esqueceram de definir o amor – mas o Novo Testamento é bastante claro que o amor não é principalmente uma emoção positiva, mas um modo de ser, o princípio central da fé cristã e não um conceito nebuloso.
O grego Koine em que Paulo escreveu tinha palavras diferentes para amor. Estas eram agape, philia, eros e storge. Dessas, só agape e philia são usadas com alguma freqüência no Novo Testamento. Storge, o amor necessitado de uma criança pequena por seu pai ou mãe, é usado só uma vez – na combinação das palavras philostorgos em Romanos 12:10 para descrever o amor mútuo de pais e filhos ou de marido e esposa. Eros, embora não se referia necessariamente ao amor sexual, inclui isso e aparece só duas vezes nas traduções gregas do Antigo Testamento (Pv 7:18; 30:16).
Philia é a palavra que chega mais perto do significado comumente entendido da palavra portuguesa amor. Ela se refere principalmente ao afeto sentido por alguém em relação à outra pessoa, ou possivelmente uma coisa ou idéia. A maioria sabe, por exemplo, que Filadélfia – o nome de uma cidade antiga – significa “amor fraternal” ou, mais literalmente, “afeição fraternal”. Muitos comentaristas dirão que philia é o amor condicional, e é verdade no sentido de que o afeto provém da apreciação das qualidades de seu objeto. Mas não é condicional no sentido em que são eros ou storge, os quais incluem o uso egoísta de seu objeto para satisfazer necessidades ou lascívia.
Os escritores do Novo Testamento consideravam philia uma palavra útil e um tanto neutra moralmente, e a usaram muitas vezes para descrever tudo, desde o “amor do dinheiro” (philarguria; 1Tm 6:10) ao amor a Deus (philotheos; 2Tm 3:4). No entanto, primeiramente, philia era uma palavra que se referia ao sentimento. A fim de descrever o amor de Deus, mostrado no sacrifício de Jesus Cristo, o Novo Testamento precisou de uma palavra diferente, que existia, mas raramente era usada. Essa palavra foi agape.
A palavra amor, usada por Paulo em 1 Coríntios 13 é agape. Embora essa palavra grega já fosse usada, seu uso era raro. Ela se referia ao amor emoção geral, sem a particularidade e parcialidade de philia. Na tradução grega Septuaginta do Antigo Testamento, agape foi mui frequentemente usada para traduzir o hebraico ahaba, possivelmente por causa do som semelhante das palavras. Provavelmente, agape tenha sido usada tão extensivamente no Novo Testamento por dois motivos. Primeiro: os primeiros cristãos, a quem Paulo e outros autores do Novo Testamento escreveram, ou eram judeus que falavam o grego ou gentios gregos que tiraram da Septuaginta a maior parte de seu conhecimento sobre o Antigo Testamento. Segundo: a palavra agape expressa melhor a generalidade e imparcialidade do amor de Deus como se vê em Cristo.
Talvez a melhor ilustração da diferença entre philia e agape seja a conversa entre Jesus e Pedro em João 21:15-17. Em português, essa sequência é quase incompreensível. Pode parecer que Jesus estivesse Se repetindo para enfatizar ou estava duvidando da sinceridade de Pedro. Ou, possivelmente, Jesus estivesse dando a Pedro a oportunidade de afirmar por três vezes o que antes ele havia negado três vezes. Embora possa haver alguma validade nessas interpretações, é importante saber que, nas primeiras duas vezes em que Jesus perguntou a Pedro se O amava, Ele usou a palavra agapeo, e Pedro respondeu com a palavra phileo, indicando que sua devoção não era tudo o que devia ser. Imagine dizer a Deus que você gosta muito dEle. Por que Pedro se entristeceu quando Jesus lhe perguntou pela terceira vez se O amava? Porque Jesus usou intencionalmente a mesma palavra que Pedro usou: phileo, indicando que havia notado a dedicação incompleta de Pedro (cf. Comentário Bíblico da Lição da Escola Sabatina, I Trimestre de 2010, Auxiliar do Professor, págs. 24, 25).
Agape é a palavra grega usada repetidamente pelos escritores do Novo Testamento para descrever o transcendente, o abnegado amor revelado por Deus à humanidade. Mas esse era um conceito estranho no mundo pagão que circundava a igreja cristã primitiva. Na filosofia pagã, “misericórdia” e “piedade” eram consideradas “defeitos de caráter”. Havia uma prática amplamente aceita de “descartar” meninas recém-nascidas. Existia a crença de que as divindades pagãs eram tão propensas a atormentar os seres humanos quanto a ajudá-los.
Nesse contexto, o conceito cristão do amor agape era nada menos do que uma bomba cultural. No lugar dos deuses pagãos, egoístas e caprichosos, o cristianismo reconhecia que havia um ser divino que buscava ativamente um relacionamento de amor com a humanidade. E ainda mais radical era a idéia de que esse Deus esperava que os homens tratassem uns aos outros com o mesmo tipo de amor!
Dar e receber amor: Fundamento das Necessidades Humanas
Este foi considerado um dos mais bárbaros “experimentos científicos” realizados. No século 13, Frederico II, imperador do Sacro Império Romano, tentou descobrir o idioma que Deus deu a Adão e Eva no Jardim do Éden. Em sua teoria, ele sugeriu que, se os bebês recém-nascidos fossem isolados de todas as línguas faladas, eles acabariam aprendendo a falar a “linguagem natural” da humanidade. E assim o imperador preparou seu experimento. Ele tomou uma série de recém-nascidos de seus pais e os entregou aos cuidadores, que foram proibidos de falar, abraçar ou brincar com as crianças. Os bebês foram até manipulados com instrumentos especiais, para garantir que eles nunca experimentassem o toque humano.
Mas Frederico não teve a oportunidade sequer de provar ou refutar sua teoria sobre a “linguagem natural”. Embora fossem regularmente alimentados, banhados e vestidos, cada um dos bebês morreu antes de atingir a idade da fala. Por quê? Estudiosos modernos têm atribuído a deficiência no desenvolvimento dos bebês principalmente à ausência de amor, expresso por meio do toque e voz humanos. (Daniel G. Amen, Change Your Brain, Change Your Life [Mude Seu Cérebro, Mude Sua Vida]; Nova York, Three Rivers Press, 1998, p. 73).
Deus é amor
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 João 4:8). Satanás tem-se empenhado em obscurecer a verdade sobre Deus. Ao longo dos séculos e em todas as partes do mundo ele tem retratado a Deus como um Deus de ira, um Deus que deseja prejudicar Seus filhos na Terra, um Deus que observa cada movimento a fim de apanhar as pessoas em algum erro para puni-las. Ele tem criado a imagem de Deus como estando mais interessado na justiça do que na misericórdia. Nos versos do compositor Frederick Martin Lehman (1868-1953) encontramos a verdade sobre Deus: “Se em tinta o mar se transformasse, e em papel o céu também, e a pedra ágil deslizasse, dizendo o que esse amor contém, daria fim ao grande mar, ao esse amor descrever, e o céu seria muito pequeno prá tal relato conter.”
Diz-se que, quando o pregador e teólogo Isaac Watts era menino estava visitando a casa de uma cristã idosa que lhe pediu para ler um verso bíblico que estava preso à parede. O texto era de Gênesis 16:13 que dizia: “Tu és o Deus que vê”. Depois que Watts leu o verso, a piedosa mulher disse: “Quando você for mais velho as pessoas lhe dirão que Deus está sempre vigiando você para ver quando faz algo errado a fim de puni-lo. Não quero que você creia dessa forma. Quero que leve esse verso para sua casa e lembre-se, durante toda a sua vida, de que Deus o ama tanto que não consegue tirar os olhos de você”.
Deus ama dar
Porque Ele é um Deus de amor, ama dar. No Sermão do Monte Jesus disse: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que Lhe pedirem” (Mt 7:11). Que ilustração didática usa o Mestre dos mestres para identificar Deus como um pródigo doador! E disse mais: “Ele [o Pai Celeste] faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45). “O Sol que brilha na Terra, e embeleza toda a Natureza, a encantadora e solene radiação da Lua, os esplendores do firmamento, salpicado de brilhantes estrelas, as chuvas que refrescam a terra, e fazem florescer a vegetação, as preciosas coisas da Natureza em toda a sua variada riqueza, as árvores altaneiras, os arbustos e as plantas, o grão tremulante, o céu azul, a terra verde, a mudança do dia e da noite, a renovação das estações, tudo fala ao homem do amor de seu Criador” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 17).
“Os sinais da Divindade são vistos em todas as coisas criadas. A natureza testifica de Deus. A mente sensível, levada em contato com o milagre e mistério do universo, não poderá deixar de reconhecer a atuação do poder infinito. Não é pela sua energia inerente que a Terra produz suas dádivas e, ano após ano, continua seu movimento em redor do Sol. Uma invisível mão guia os planetas em sua órbita pelos céus. Uma vida misteriosa invade toda a natureza – vida que sustenta os inumeráveis mundos através de toda a imensidão. Ela está no ser microscópico que flutua na brisa de verão; é ela que dirige o voo das andorinhas e alimenta os filhotes de corvo; é ela que faz com que os botões floresçam e as flores frutifiquem” (Educação, p. 99).
Com certeza, o dom que mais as pessoas valorizam, acima de todos os demais, é o da vida em si. “Eu vim para tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). O amor, base da criação, é o fundamento dAquele que faz com que pulse o nosso coração e dá-nos força para cada faculdade. Quando o Criador soprou o fôlego de vida nas narinas dos primeiros pais na Terra, o ato de dar a vida humana foi o auge de um plano maior. Ele criou um ambiente nunca antes visto que iria estimular todos os sentidos humanos. Todos os dias nos deparamos com imagens, sons, sabores, cheiros, expressões de amor, de carinho e de amizade e, descobrimos que mesmo que eles se repitam, nunca deixarão de ser maravilhosos.
“O mesmo poder que mantém a natureza atua também no ser humano. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o átomo dirigem a vida humana. As leis que regem a atividade do coração, regulando o fluxo da corrente da vida no corpo, são as leis da inteligência todo-poderosa, as quais governam o ser: DEle procede toda a vida. Sua verdadeira esfera de ação poderá ser achada unicamente em harmonia com Ele. Para todas as obras de Sua criação, a condição é a mesma: uma vida que se mantém pela recepção da vida de Deus, uma vida exercida de acordo com a vontade do Criador” (Educação, p. 99).
A maior dádiva
Nestas considerações sobre as doações de Deus, é necessário que coloquemos agora a dádiva de Jesus no seu devido lugar – no topo. Esta é a doação que revela a dimensão infinita do amor de Deus. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). “O dom de Cristo revela o coração do Pai. Testifica que, havendo empreendido nossa redenção, Ele não poupará coisa alguma, por cara que Lhe seja, a qual se necessite para completar Sua obra” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 14). “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas”? (Romanos 8:32).
As Escrituras Sagradas não desconsideram a imensidão do pecado humano e o calvário que comprova essa tragédia, não deixa margem a qualquer falso otimismo a respeito. Essa sombria realidade, que levou à formação de todo um sistema sacerdotal e sacrificatório, é confrontada pela gratuidade da ação de Deus. Nas palavras do apóstolo Paulo: “...Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (cf. Rm 5:20).
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor” (cf. Lc 4:18, 19). Perdão, vida abundante, novo começo da história humana, tudo isso esteve sempre presente na vida e ministério de Jesus. Seu amor pelos pobres, enfermos, crianças, pecadores, prostitutas e abandonados era parte integrante da proclamação que Ele fez em Nazaré.
A gratuita graça divina de uma nova vida em Cristo é a resposta à história de rebeldia humana contra Deus. Jesus não exige mérito nas pessoas que Ele chama, pelo contrário, é aos “cansados e sobrecarregados” que promete repouso e bem-estar. Sua própria morte na cruz, manifestação máxima do pecado – humano, individual e estrutural -, é transformada pela graça de Deus em confirmação da Sua missão salvífica, mediante o sacrifício supremo.
“Com dor e espanto contemplou o Céu a Cristo pendente da cruz, o sangue a correr-Lhe das feridas fontes, tendo na testa o sanguinolento suor. O sangue caia-Lhe, gota a gota, das mãos e dos pés, sobre a rocha perfurada para encaixar a cruz. As feridas abertas pelos cravos aumentavam ao peso que o corpo fazia sobre as mãos. Sua difícil respiração tornava-se mais rápida e profunda, à medida que Sua alma arquejava sob o fardo dos pecados do mundo. Que cena para o Universo celeste!” (DTN, p. 760). E, surpreendente quanto possa parecer, Deus ama a Seus filhos redimidos da Terra com a mesma intensidade que ama a Seu próprio Filho. Jesus deixou isso claro na Sua última oração a Seu Pai no Getsêmani ao dizer: “E os amaste como também amaste a mim” (João 17:23).
O apóstolo Paulo descobriu o significado da graça gratuita de Deus durante a experiência que teve no caminho de Damasco. Ele sentiu-se aceito, apesar de não ter mérito algum. Na epístola a Filemon, em que se trata de um escravo fugitivo que é reenviado ao seu dono, este é exortado a acolher o escravo como um irmão. O relacionamento proprietário propriedade não existe mais, tampouco, obrigação legal ou forçada. Prevalece agora a aceitação da irmandade, da comunidade, da nova realidade inaugurada por Deus em Jesus Cristo.
A graça e o amor de Deus, gratuitamente oferecidos, são os meios que conduzem à vida cristã. A compreensão da disponibilidade incondicional de Deus, que nos aceita tais como somos, afeta nossa relação com a cultura em que nos encontramos e com o ecossistema inteiro: nada está fora dos desígnios do amor de Deus. E nada pode estar fora do interesse daquelas pessoas que se sentem integradas nesse desígnio. Porque somos libertados, libertaremos outras pessoas. Porque somos amados, amaremos outras pessoas. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1Co 13:13).
Uma das promessas mais sensacionais do Senhor é que, se estivermos nEle e Lhe permitirmos produzir fruto em nós por intermédio de Seu Espírito, seremos realmente diferentes. Nossa vida será radicalmente transformada. “Assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” 2Co 5:17). O plano maravilhoso da salvação nos assegura que “todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2Co 3:18). Amém!
PASTOR VAGNER ALVES FERREIRA
JUBILADO – ASSOCIAÇÃO NORTE PARANAENSE/IASD
E-MAIL: [email protected]