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postado em: 22/12/2013
A PAZ QUE EXCEDE...
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4:7).
Quando o ano de 1968 começou, o mundo vivia uma efervescência alucinante de acontecimentos na política, na economia, nos costumes, nas liberdades, e nas artes. Neste último contexto onde estavam inseridos os Beatles, eles, sem dúvida, eram os expoentes máximos numa espécie de ‘olimpo’ onde não se podia desprezar de modo algum os que estavam gravitando e porque não dizer, concorrendo com eles pela supremacia. Bob Dylan, The Rolling Stones, The Who, Jimmy Hendrix, The Doors, Janis Joplin e outros tantos faziam do rock and roll o seguimento musical por excelência – consolidado como a nova ordem em termos de música da juventude, ou para os jovens (Cf. site Letras & Livros.com.br).
No apogeu da sua popularidade, criatividade e riqueza, os Beatles produziram um projeto denominado “O Álbum Branco”, ocasionando uma verdadeira “guerra fria” de egos entre os quatro, na qual não houve vencedores, apenas vencidos. The Beatles é o nono disco oficial dos Beatles, lançado como álbum duplo em 22 de novembro de 1968. É popularmente conhecido como “The White Álbum” (Álbum Branco), por não haver nome, e ser apenas um fundo branco com o nome da banda em relevo, e é o único do catálogo original a não trazer foto dos Beatles na capa. Eles estão na face interna e em quatro fotos individuais em cores encartadas como bônus.
Composto basicamente durante o retiro dos Beatles na Índia, o Álbum Branco levou quase oito meses de trabalho de estúdio. O disco mais diversificado da banda foi também o primeiro indício que o grupo estava se separando, nas palavras de John Lennon: “Era John e a banda, Paul e a banda, George e a banda...” São 30 músicas dispostas em dois LPs, numa coletânea de vários estilos musicais como Rock’n’Roll, Blues, Reggae, Soul, Country e Pop.
O projeto também revelou uma desilusão crescente com os resultados advindos da fama. John Lennon expressou em sua canção “I’m So Tired” (Estou Tão Cansado, Aborrecido) o vazio causado pela sua vida “bem-sucedida” e afluente com estas palavras de cunho profundo: “Eu lhe daria tudo que tenho por um pouco de paz de espírito.” Tudo o que tinha, tudo que havia realizado, tudo o que se tornara não satisfazia esta simples, todavia profunda, necessidade pessoal. Prazer, poder e fama não substituem a paz do coração, a paz mental.
Afinal, o que é paz? &
Paz é geralmente definida como um estado de calma /b>oou tranqüilidade, uma ausência de perturbações e agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações, designadamente a ONU. No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de um modo geral, de todos os sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada pessoa para si própria e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma freqüente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida.
A palavra hebraica shalom, traduzida por paz, tem correspondente em todas as línguas semíticas (grupo de raças que inclui os hebreus, os árabes, entre outros). Nessas línguas, o significado de shalom é amplo e rico: ter suficiente, ser amável, pacífico, paz, amizade, pagar. Na Bíblia, shalom é muito mais do que ausência de guerra: é uma relação íntegra e perfeita de comunhão que traz para a comunidade uma experiência concreta de equilíbrio e harmonia, porque shalom é a resposta a todas às reivindicações e necessidades de um povo ou de uma comunidade. Portanto, shalom tem tudo a ver com a vida feliz, prazerosa, ordeira e íntegra de uma comunidade. o:p>
AA Paz Que Excede
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fl 4:7). A paz “que excede todo o entendimento” é, sem dúvida alguma, a que provém de Deus, ou seja, a paz que Ele confere. Não é o mesmo que ter paz com Deus, ou para com Deus (Cf. Rm 5:1), senão que resulta em desfrutar essa experiência (Cf. Rm 4:6), é um modelo claramente relacional. “Nosso coração inquieto só achará repouso em Ti” (Agostinho). “Vinde a Mim... e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11:28).
O crente, nascido de novo (Jo 3:3), ainda retém a propensão de se preocupar com o futuro: como viver daqui para frente, o que comer, o que vestir, o que fazer para ganhar dinheiro, enfim, como viver a vida. O que nos faz sair do “fruto do Espírito” e entrar nas “obras da carne” é o veículo chamada ansiedade (Fl 4:6). Esta tendência necessita ser, com muita oração e exame próprio, ponderada, a fim de que não a escusemos como uma inocente debilidade.
A ansiedade é uma sensação de receio, preocupação e de apreensão/b>, decorrente da excessiva excitação do Sistema Nervoso Central, sem causa evidente. Por isso, ela é tão detestada como a “erva daninha.” ““Não andeis ansiosos de coisa alguma” (Fl 4:6). “Dois sentimentos geralmente nos acompanham quando desejamos ou queremos obter algumas coisas. O pprimeiro é o de ansiedade e o segundo é o de insatisfação...
“Quando estamos querendo algo e isto demora, geralmente, ficamos ansiosos, mas quando deixamos de ter as coisas o sentimento que, geralmente, ficamos é o de insatisfação. A ansiedade é por querer ter, a insatisfação é por não ter. Portanto, esses dois sentimentos nos acompanham constantemente, pois sempre estamos querendo ter algo, ou algo está nos faltando” (Daniel Souza, Ministérios Amigos, 26/07/2006 – www.DANIEL SOUZA.com.br- Grifos Acrescentados).
Abandonar a Ansiedade &
O Criador e Mantenedor da nossa vida, é tão poderoso e tão preocupado conosco que efetivamente não precisamos estar ansiosos por nada. É confortador saber que é uma honra para Ele assumir todas as nossas reais preocupações e necessidades. As Escrituras Sagradas nos asseguram: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, /b>pporque Ele tem cuidado de vós” (1Pd 5:7).
Certamente, uma coisa é pré-requisito para a outra. A lei de causa /b>e efeito, afirmada como sendo uma “lei” em Filosofia, argumenta que todo efeito deve ter uma causa. Ou seja: a relação entre dois eventos consecutivos, ssendo o segundo evento uma conseqüência do primeiro. Somente quando lançamos todas as nossas ansiedades sobre o nosso Pai Eterno, Ele também cuida de nós, dando-nos aquela “paz que excede todo o entendimento” porque o cuidado de Deus está acima do b style="mso-bidi-font-weight:normal">nnosso entendimento.
“Quando tomamos em nossas mãos o manejo das coisas com que temos de lidar, e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, chamamos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e estamos a levá-lo sem Sua ajuda. Estamos tomando sobre nós mesmos a responsabilidade que pertence a Deus, pondo-nos, na verdade, assim, em Seu lugar. Podemos bem ter ansiedade e antecipar perigos e perdas; pois isto é certo sobrevir-nos...
“Mas quando deveras acreditamos que Deus nos ama, e nos quer fazer bem, cessamos de afligir-nos a respeito do futuro. Confiaremos em Deus assim como uma criança confia em um amoroso pai. Então desaparecerão nossas turbações e tormentos; pois nossa vontade fundir-se-á com a vontade de Deus” (Ellen G. White, MDC, págs. 100, 101).
Calvário: Demonstração Máxima do Cuidado de Deusspan style="mso-spacerun:yes">&
“Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:5). Aos pés da cruz podemos descarregar todas as nossas ansiedades, todas as nossas preocupações, todos os pecados e todas as aflições, porque ela nos mostra “qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do cuidado de Deus pelos Seus filhos.span style="mso-spacerun:yes">&
Nunca deveríamos administrar algumas coisas por nossa próprias forças, deixando outras por conta de Deus. Podemos alcançar esta experiência bem cedo em nossa carreira cristã, ou podemos levar muito tempo para entender que Deus não está cometendo erros em nossas vidas. “b style="mso-bidi-font-weight:normal">Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça” (Fl 4:6).
PPaz Perfeita
Um navio encaminhava-se ao porto, mas o canal era extremamente traiçoeiro. O capitão espiava ansiosamente de lado a lado. Era evidente, por seus gestos, que ele não queria nenhuma interrupção, pois a responsabilidade era pesada. Alguns minutos mais tarde, entretanto, o capitão estava rindo e conversando com os passageiros no convés e parecia não ter preocupação alguma na vida. Toda ansiedade havia desaparecido, embora o navio ainda estivesse passando pelo perigoso canal. O que havia produzido aquela repentina mudança?
O navio tinha parado e um pequeno barco se lhe havia colocado ao lado. Vários homens tinham subido pela escada de cordas e entrado a bordo. Um deles era o piloto, que assumiu imediatamente a ponte de comando. O navio, agora, era responsabilidade dele. O piloto conhecia cada rocha e ponto perigoso daquele canal. Havia lidado com aquela passagem traiçoeira muitas vezes antes. Quando Cristo, nosso Piloto, tem o controle de nossa vida, podemos lançar fora todo temor, pois experimentamos paz perfeita (H. M. S. Richards, Meditações Diárias, Boas-Novas Para Você, 2004, p. 65).
PASTOR VAGNER ALVES FERREIRA
JUBILADO – ASSOCIAÇÃO NORTE PARANAENSE/IASDo:p>
E-MAIL: [email protected]