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postado em: 9/9/2011
Falando Francamente
BREVE JESUS VOLTARÁ. AINDA LEVANTAMOS ESSA BANDEIRA?
Em julho deste ano o Senhor me concedeu um privilégio especial. Pude reviver, por dois dias, os felizes tempos em que cantávamos “Breve Jesus Voltará”. Se quiser desfrutar um pouco desses momentos comigo, aqui vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=i9F69wrBmCo&feature=player_detailpage
Quantas vezes cantei sobre a bendita esperança da volta de Jesus! Foram centenas, milhares, durante os quatro anos em que participei dos Arautos do Rei...
Quantas vezes preguei sobre isso! Não sou organizado o suficiente para saber quantas mensagens apresentei sobre a breve volta de Jesus. Com certeza passou de uma centena.
Participei de muitos congressos de jovens cujo tema principal era o Segundo Advento de Jesus. Lembro-me especialmente de um congresso, em 1968 ou 1969, na cidade de Curitiba, dirigido pelo Pastor Leo Ranzolin. O tema era: Maranata, o Senhor Logo Vem. Diversos cânticos foram compostos por jovens compositores brasileiros especialmente para o evento. Eram composições lindas, a maioria já esquecida. Mas o toque especial veio das mãos de Wayne Hooper, antigo barítono dos Arautos do Rei nos Estados Unidos: “Oh! Que Esperança”.
Com que entusiasmo cantávamos! As paredes do grande auditório estremeciam quando milhares de jovens explodiam em louvor: “Aleluia, Cristo é Rei! Oh! Que esperança vibra em nosso ser, pois aguardamos o Senhor.”
Espere um pouco, não me venha dizer que estou tendo um ataque de saudosismo. Absolutamente. Não pretendo comparar gerações passadas com a geração de hoje. Tenho horror àquele chavão “no meu tempo...”. Não me alimento do passado. Vivo o dia de hoje.
Mas, falando francamente, desejo agora refletir um pouco sobre nosso entusiasmo pela volta de Jesus. Essa bandeira ainda tremula fortemente em nosso meio? Durante algumas décadas, esse era o tema principal de nossas pregações e de nossos cânticos. Sem meias palavras, tenho observado que a Segunda Vinda de Jesus é hoje pouco anunciada nos púlpitos e nas campanhas de evangelização. Damos grande ênfase falando sobre doutrinas consideradas diferenciais, em relação à maioria das crenças evangélicas. Que me perdoem os que assim pensam, eu os respeito, não creio que essa deveria ser nossa maior ênfase. O foco de toda evangelização deveria estar na pessoa de Jesus Cristo como Senhor e Salvador e no preparo para encontrá-lo brevemente.
Paulo disse à igreja de Corinto (e certamente às demais igrejas de seu tempo): “Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.” 1Coríntios 2:2.
A aparente demora do retorno de Jesus parece contribuir para arrefecer nosso entusiasmo. Noé pregou durante 120 anos a mensagem do fim do mundo. Durante 43.829 dias (contando os anos bissextos), cada dia era igual ao anterior. Nada indicava uma mudança brusca no curso da natureza. De repente, o 43.830º dia amanheceu escuro, cheio de nuvens e uma chuva forte começou a cair, como jamais havia acontecido. O dilúvio havia começado.
“Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem. O povo vivia comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e os destruiu a todos.” Lucas 17:26-27.
Você já pensou que Jesus pode voltar hoje mesmo?
O quê? Alguns sinais ainda não se cumpriram, como aquela famosa lei americana...
Pessoalmente nunca me preocupei com tal lei muito menos com a ideia de comprar um lote no lugar mais secreto da Amazônia para fugir da “perseguição”. Bem, ninguém mais fala nisso.
Sim, Jesus pode voltar hoje ou amanhã, independentemente daqueles sinais ainda não cumpridos. Basta que o meu ou o seu coração resolva não querer mais trabalhar. No segundo seguinte, Jesus voltará para mim ou para você. No tempo da morte não há contagem de segundos, minutos, horas, dias, anos. Simplesmente a energia foi interrompida e o relógio parou. Quando a energia for restabelecida, o relógio voltará a funcionar exatamente no segundo em que parou.
Entendeu o raciocínio? Outro dia, conversando a esse respeito com um irmão, ele me disse que jamais havia pensado nisso. E você, já refletiu acerca dessa real possibilidade?
Não temos que passar o dia todo cantando Oh! Que Esperança, nem Breve Jesus Voltará. Não basta cantar ou pregar. É preciso viver intensamente Maranata. A cada minuto do relógio é preciso esperar a volta de Jesus para o seguinte (ou deveríamos trocar minuto por segundo?).
Um lembrete oportuno: estar preparado não é igual a precisamos nos preparar. Pode não dar tempo. A tal lei americana ainda não foi promulgada e a perseguição não bateu à sua porta. Você vai continuar esperando por isso?
Então veio o dilúvio e os destruiu a todos!
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