Digite uma palavra chave ou escolha um item em BUSCAR EM:
postado em: 7/9/2016
Quando a Bíblia menciona “Mamom” em Mateus 6:24, algumas traduções usam a palavra dinheiro. Embora a tradução esteja correta, o sentido não é exatamente o mesmo. A palavra hebraica “mamom”, realmente pode ser traduzida por dinheiro. No entanto, o dinheiro – papel moeda e suas variações como temos hoje - é apenas um meio de trocas no sistema do mundo em que vivemos. Ele é amoral. Não é bom nem mau em si mesmo. O “amor ao dinheiro”, mencionado em 1 Timóteo 6:10, é que configura o problema.
No caso de Mamom, estudiosos o caracterizam como um “deus” dos filisteus, adorado como o “deus da prosperidade”. Então, cremos que nesse sentido Jesus menciona que não é possível “amar a Deus e a Mamom” ao mesmo tempo.
Assim, servir a Mamom é como prestar adoração a um “deus” pagão, que, em última análise, seria aceitar o comando de um demônio, representado por aquele deus.
Tomando por base alguns estudos que fizemos sobre o tema, listamos diversos sintomas mais evidentes da influência de Mamom na vida de alguém. Confira a lista a seguir e peça que o Senhor lhe mostre se há em sua vida alguma área em que o inimigo está tentando mantê-lo em servidão a Mamom:
Mamom não faz acepção de pessoas! O rico tem medo de perder sua riqueza; o pobre receia não ter o necessário para seu sustento.
O maior sintoma desse problema é não saber onde foi parar o dinheiro. Isso acontece por falta de planejamento financeiro. Muitos – para não dizer a maioria – não fazem a menor ideia de quanto dinheiro precisam, por mês, para suprir suas necessidades básicas.
Vamos fazer um pequeno exercício de imaginação: Você é o gerente de um fundo multimilionário, responsável pela subsistência de muitas famílias. Suponhamos que duas famílias venham ao seu escritório para serem atendidas. A primeira traz uma pasta, contendo o histórico de gastos do último mês e apresenta um orçamento para as despesas do próximo mês. A outra família apenas faz uma estimativa do que precisa receber para suprir suas necessidades, mas não mostra um histórico das despesas, muito menos um orçamento para as despesas futuras. Para quem você liberaria os fundos? A resposta é óbvia, naturalmente.
Se nós, como seres humanos, certamente daríamos preferência a alguém que planeja e administra bem as provisões, quanto mais o Senhor!
Ao não me ver como gerente dos bens que me foram confiados, não me sinto na obrigação de prestar contas a Deus. Por que, então, registraria os gastos ou faria um orçamento?
Quanto é o suficiente? Mamom não quer que respondamos a essa pergunta, pois está sempre gerando novas necessidades.
Há muito “mês sobrando no final do salário”. Já viu esse filme antes? Com honradas exceções, tanto ricos como pobres costumam gastar mais do que ganham. Quanto mais dinheiro recebemos, mais opções nos aparecem para gastá-lo. E como dinheiro não nasce como grama, o gasto maior do que o ganho vai sair de algum lugar. E não adianta orar com fé e pedir a Deus que faça com que seu saldo negativo no banco ou no cartão de crédito desapareça de sua conta por algum tipo de milagre. Se isso acontecer, é porque alguém pagou sua conta ou um funcionário do banco errou nos lançamentos.
Deus promete nos abençoar sim, e não é pecado ter recursos em abundância, assim como a pobreza não é sinal de maldição divina ou de infidelidade. O Senhor não faz troca com nossa fidelidade. O que Deus promete em Sua Palavra é nos dar o pão de cada dia. A chamada “teologia da prosperidade” não tem fundamento bíblico. Mas o objetivo aqui não é debater esse assunto.
Só Jesus pode nos ajudar a saber quanto é o suficiente para nossa manutenção digna. Queremos que o Senhor ande conosco na área financeira? Então precisamos estar em acordo com Ele. Amós 3:3 nos faz uma pergunta: “Andarão dois juntos, se não entre eles acordo?”
Há uma reclamação constante da falta de dinheiro até para as necessidades mais elementares. Há pessoas que são dominadas por uma mentalidade de miséria. Sua casa está caindo aos pedaços; seu carro, quase se desmanchando, e ainda ostenta um adesivo no para-brisa: “Propriedade exclusiva de Jesus.” Quase sempre isso é falta de cuidado com o pouco que têm.
Por causa dessa mentalidade de miséria, pessoas amaldiçoam seus ganhos, dizendo que o que recebem não passa de um salário de fome. Como Mamom fica feliz com essas palavras! E, logicamente, fará tudo para que elas sejam de fato uma realidade.
Seria bom que nos perguntássemos, antes de realizar qualquer compra: “Realmente preciso disto?” Vale lembrar que a maioria das lojas colabora diretamente com o desejo de Mamom, enchendo as vitrines com a mensagem: “Compre-me! Estou tão barato!”
O avarento, ao contrário do consumista compulsivo, tem pavor de gastar. Sua paranóia é juntar e guardar todo o dinheiro que possa conseguir. Disse alguém, com muita propriedade, que o avarento ajunta para outros gastarem depois de sua morte.
Esse é um ponto de honra para as hostes de Satanás. Logicamente, eles farão tudo o que puderem para que a pregação do evangelho não avance.
Trata-se do desejo compulsivo de adquirir o que ainda não temos. Ambição é desejar ansiosamente mais do que já temos. Isso é diferente de sonhar com algo melhor e fazer planos para alcançar esses sonhos, sempre de acordo com a vontade de Deus.
Mamom está por trás das dívidas. Seu intento é manter as pessoas em servidão, sempre sob o peso de juros e débitos.
Há casos em que compras a crédito são necessárias; o melhor, porém, é não dever nada a ninguém, “a não ser o amor”. Romanos 13:8.
A infidelidade nas coisas grandes ou pequenas para com Deus e para com os semelhantes é indício forte do senhorio de Mamom. Satanás é o pai da mentira, de qualquer mentira, por menor que seja, inclusive quando se trata de sonegação fiscal.
Pessoas costumam admirar quem tem muito dinheiro. A maioria das conversas gira em torno de como ganhar mais dinheiro. O dinheiro em si mesmo não tem poder.
Outros itens poderiam ser acrescentados a esta lista. Ela é genérica. Cada um pode fazer uma avaliação de si mesmo para descobrir em que áreas está sendo influenciado. Dificilmente não nos vamos encaixar em alguns pontos. Todos nós precisamos ser continuamente tratados por Deus na área financeira.
Quem sabe seja o momento, nesta crise econômica que atinge a todos, de revisarmos nossos conceitos e fazer a difícil pergunta: a quem estamos servindo: a Deus, ou a Mamom?