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postado em: 9/4/2008
Voando Como Águia “Não consigo mais.” Esse foi o desabafo que o tenista brasileiro Gustavo Kuerten (Guga) fez, entre lágrimas, ao se despedir do Torneio Aberto de Tênis, realizado em Salvador, BA, no dia 12 de fevereiro, após ter sido derrotado pelo argentino Carlos Berlocq. Já faz algum tempo que, fora das quadras, o famoso tenista se esforça para vencer incômodas lesões. No mesmo dia, jornais noticiaram a morte de Natasha Fabrini, com apenas 35 anos de idade, abatida por uma parada cardíaca enquanto malhava numa academia do Rio de Janeiro. Descrita como tendo “excelente condicionamento físico”, Natasha marcava presença na academia, todos os dias, por aproximadamente duas horas. Todo mundo tem seus limites – famosos, anônimos, homens, mulheres, jovens – seja quem for. Como dizem as Escrituras Sagradas, “até os jovens se cansam, e os moços tropeçam e caem” (Isaías 40:30, Bíblia na Linguagem de Hoje), mesmo estando na plenitude de seu vigor. No âmbito material da vida, muitas batalhas são perdidas simplesmente por causa das limitações ou debilidades físicas, evidentes ou não, de combatentes considerados mais fortes. No aspecto espiritual, não é diferente. Às vezes, os mais fortes e sábios entre nós são, na melhor das hipóteses, a encarnação da fraqueza, carência, e necessidade. Felizmente, existe uma fonte inesgotável de ajuda para superação: o próprio Deus, que “não Se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a Sua sabedoria. Aos cansados Ele dá novas forças e enche de energia os fracos” (Isaías 40:28, 29). Deus, o criador dos mundos, é incansável e Seus recursos são ilimitados. Tudo o que Ele é e tem está à disposição de Seus filhos. Ninguém pode sondar a profundidade de Sua providência e sabedoria. Ele, que sabe o número das estrelas e cuja sabedoria é imensurável, é suficientemente bondoso e misericordioso para suprir todas as nossas carências emocionais e espirituais. Deus sempre ouve o clamor angustiado das pessoas que se julgam incapazes de realizar tarefas que têm diante de si, ou demasiadamente limitadas para suportar os rigores da jornada existencial. De fato, há trechos íngremes, cheios de pedras e espinhos, nessa jornada. Existem vales profundos e despenhadeiros fatais. Há momentos de escuridão e tempestades, mas ninguém é deixado ao léu da própria sorte. “Os que confiam no Deus Eterno recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam” (Isaías 40:31). Considerada a rainha das aves, a águia voa com velocidade, tem visão aguçada e porte imponente. É capaz de voar a grandes alturas e permanecer no ar durante várias horas, mostrando-se como símbolo de força incansável. Justamente por ser assim tão vigorosa, a águia pode construir seu ninho nos mais elevados penhascos, longe dos predadores. Foge rapidamente dos inimigos. Quando surpreendida por uma tempestade, pode voar acima das nuvens, longe da turbulência e ao alcance do brilho do Sol. São assim os que esperam em Deus: voam acima dos temores, preocupações e angústias da vida; não se deixam intimidar por adversidades. Fixam o olhar e a atenção no horizonte que se descortina quando são atingidas as alturas da confiança e da serenidade. Enfrentam o perigo, sabendo que podem superá-lo pela restauradora força que recebem de Deus. Zinaldo A. Santos é editor da revista Ministério e editor associado de Vida e Saúde