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postado em: 1/1/2015
Liberdade para recomeçar "Mesmo que a afirmação pareça estranha, em cada segundo de nossa vida estamos livres para jogar tudo para o alto e começar uma vida nova; mesmo assim, muita gente, em raras ocasiões, lança mão dessa liberdade, pois nem tem consciência dela". - Dr. Reinhard K. Sprenger. Estamos ainda "engatinhando" em termos de 2008. A esta altura, quem sabe, muitos dos planos e metas que você traçou e os votos que tomou na passagem do ano já tenham ido para o espaço ou, caso prefira, caído por terra. Não entre em pânico! Não se desespere por isso! Não faça da sua vida um novo "muro das lamentações"! Aliás, já basta um - aquele lá em Jerusalém... A boa notícia é que hoje, agora, neste exato momento, nós podemos zerar aquele pequeno "marcador" da nossa vida e começar tudo de novo: Uma nova página e um novo capítulo em nossa vida, bem mais auspiciosos e encorajadores. É possível que ao lerem estas palavras alguns de vocês balancem a cabeça e digam em tom de dúvida: "É... bom demais para ser verdade!" Acontece que é bom demais e é a mais pura verdade!!! Abra a sua Bíblia, se não puder agora faço-o quando chegar em casa, no seguinte verso da Bíblia: Lamentações de Jeremias, capítulo 3, versos 22 e 23. Veja o que diz este texto fantástico: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a Tua fidelidade". O que são essas "misericórdias do Senhor"? Nas palavras de William Secker, "As misericórdias são dádivas divinas que pagam antecipadamente nossas dívidas". "O sentido bíblico da palavra misericórdia é fácil de ser captado. Em toda a história da humanidade, Deus manifesta sua candura e ternura para com a miséria humana", completa o pastor e escritor Naamã Mendes.(1) Esta bondade e candura divinas estão disponíveis a todos os seres humanos; no entanto, lembra-nos aquele gigante da fé chamado A. W. Tozer, "Para recebermos a misericórdia, temos de saber primeiro que Deus é misericordioso. Não basta acreditarmos que certa vez Ele mostrou misericórdia a Noé, ou a Abraão ou a Davi e que nalgum dia distante mostrará mais uma vez a Sua misericórdia. Temos de crer que a misericórdia de Deus é livre e infinita; e, através de Jesus Cristo nosso Senhor, acha-se agora à nossa disposição, acessível a nós em nossa condição atual".(2) Acima das definições, conceitos e comentários teológicos sobre a misericórdia - que são inúmeros e bonitos - o que nos importa saber é as misericórdias do Senhor "não têm fim; renovam-se cada manhã". Portanto, chega de lamentar o passado ou mesmo sofrer o presente! Lembre-se que o Senhor quer lhe dar hoje, agora, a oportunidade da renovação espiritual - um novo começo, um novo futuro, uma nova vida - em sua existência! Como disse logo no início desta reflexão, não ceda à incredulidade um só momento! Não fique parado(a) entregue à indefinição ou divagações filosóficas! Afinal, quem está lhe assegurando esta verdade maravilhosa é Aquele que é fiel, cujas promessas são infalíveis, cuja Palavra jamais falha. Não é à toa que o profeta Jeremias ao expor esta mensagem apresenta em seguida, logo abaixo, a assinatura de quem é o seu Autor: "Grande é a Tua fidelidade". Neste sentido, aqui vai uma advertência oportuna do escritor A. W. Tozer: "É possível implorar por misericórdia durante toda uma vida de incredulidade, e chegarmos ao fim de nossos dias não tendo mais do que uma triste esperança de que nalgum lugar, em algum dia, iremos recebê-la. Isto é como morrer de fome do lado de fora do salão de um banquete a que tenhamos sido cordialmente convidados. Ou poderemos, se assim o quisermos, nos apropriarmos das misericórdias de Deus, pela fé, entrar no salão, e sentar-nos com as almas corajosas que não permitem que a indiferença ou a incredulidade as impeçam de participar da ceia de manjares para elas preparada".(3) E aí, o que você está esperando para deliciar-se com o banquete da salvação que o nosso Pai já preparou? Gosto de um pensamento que li faz alguns anos e que me veio à mente, agora, enquanto escrevia este texto. É de J. N. Darby em que ele, comentando o retorno do filho pródigo, afirma o seguinte: "Quando o filho pródigo sentiu fome, foi alimentar-se da comida dos porcos; quando estava morrendo de fome, voltou para a casa paterna". O Pai nunca mudou e jamais mudará! Seu amor por nós continua o mesmo: Forte e constante. Nós é que precisamos mudar. Temos que sair da posição de quem sofre e lamenta para a atitude de quem vive e se regozija. É justamente aí que o senso da nossa necessidade estabelece a diferença. - Elizeu C. Lira. Referências 1. - Naamã Mendes, Igreja: Lugar de Vida, pg. 39. 2. - A. W. Tozer, Mais Perto de Deus, pg. 109. 3. - Idem, pg. 110.