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postado em: 4/27/2015
O Mito da Obrigação “Tudo o que acontece em sua vida é o resultado de decisões que você tomou”. Quem está ao volante do carro de sua vida? Você mesmo ou seu chefe, seu cônjuge ou o dinheiro, o destino ou as circunstâncias? Você deixa os acontecimentos dirigirem sua vida? Ou você até é vítima de uma poderosa organização internacional de nome “os outros”? A obrigação por causa do objetivo parece muito oportuna para afastar a liberdade, pois aquele que se dobra à obrigação faz o que tem de ser feito, vive como todos vivem. Afinal, não queremos ser uns excluídos. É, assim, o caminho da necessidade é mais bem conservado do que aquele da liberdade. Mas a obrigação de objetivos realmente existe? A cobrança para tal não é mais uma preguiça mental, um descompromisso, um argumento produzido? Você Decide! “Naquela oportunidade, não tive escolha!” Muitos simplesmente não se dão conta de que escolheram. Durante anos e anos, constroem as circunstâncias de sua vida para que depois sejam as vítimas. Uma coisa, porém, é certa: Tudo o que acontece e está presente no momento é o resultado de decisões que você tomou em sua vida, quer isso lhe agrade ou não. Você pode não ter visado exatamente a esse resultado, mas, mesmo assim, é conseqüência de uma decisão tomada. Um conhecido meu, certa vez, me contou que, na infância, era fascinado por viagens marítimas: o mar, os navios tão grandes e a imensidão do mundo exerciam enorme atração sobre ele. Seus pais, no entanto, falavam a todos que conheciam, desde sua idade de 3 anos, que ele certamente seria médico e assumiria a clínica deles. Após a conclusão do ensino médio, ele realmente namorou a idéia de viajar pelos mares; a consciência da ameaça que é o sorvedouro da medicina o fez, em lugar disso, desistir temporariamente dos estudos. Em férias no mar, auto-impostas prazerosamente após a interrupção dos estudos, a vontade o dominou e, ao voltar, retomou os estudos universitários, enterrando definitivamente seu sonho irreal. Hoje, estabelecido com uma clínica bem-sucedida, o caminho lhe parece mais natural e ajuizado, apesar de lamentar secretamente não ter experimentado a vida no mar. Mas o que não se deu conta é que ele fez uma escolha: já tomara cedo a decisão de não entrar em conflito com os pais e decidiu-se pela continuidade das tradições familiares, bem como pelo conforto, posição social e segurança. Ao mesmo tempo, recusou a oportunidade de uma vida agitada, cheia de experiências imponderáveis e aventuras. Não cabe a ninguém emitir um juízo a respeito; todavia, por não ter testado seriamente a alternativa, ele não se lembra mais de que foi uma escolha que fizera. Para muitos, correntes de ouro amarram tanto quanto correntes de ferro; do ponto de vista individual, de fato, o preço pode ser demasiadamente alto. Também não e disso que quero tratar aqui, pois de maneira nenhuma quero sugerir levianamente que alguém se desfaça do bem-estar e segurança proporcionados pelos bens materiais e estáveis. O problema é que muitos não estão preparados para assumir as conseqüências de sua imobilidade e vê-la como resultado de uma decisão própria. Quanto mais bens materiais você tiver, mais eles possuem você. Todo conforto precisa ser pago; o que quero dizer é que conheço inúmeras pessoas que aceitam ser atingidas constantemente em sua dignidade, sacrificando sua conduta íntegra, mas não aceitam abrir mão de um carro de luxo. Assim, se você afirmar: “Não posso!” é porque não quer; outras coisas são mais importantes e você não está disposto a pagar o preço da troca. Cada um pode testar a si mesmo: [...] Quem o impede de retomar a formação escolar que lhe falta? Ou solicitar licença do trabalho e buscar permissão para emigrar? Você tão somente; ninguém mais, porque você não está disposto a renunciar ao conforto de sua segurança. E não há nada a objetar; no entanto, não culpe sua família, as circunstâncias... tudo isso você pode rejeitar, se quiser. Caso você queira continuar vivendo como até agora, então esteja consciente de que assim o escolheu e foi-se toda a base do “Não posso porque...” - Texto extraído e adaptado do livro “Toda Mudança Começa Em Você”, do Dr. Reinhard K. Sprenger.