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postado em: 4/30/2015
Enxergando a Mão de Deus Em Nossa Vida “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o Universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11:1-3). O teólogo John S. Dunne conta de um antigo grupo de marinheiros espanhóis que alcançou o continente sul-americano depois de uma viagem árdua. As caravelas navegavam pelas águas do rio Amazonas, uma extensão de água tão imensa que os marinheiros pensaram ser a continuação do Oceano Atlântico. Nunca lhes ocorreu beber daquela água, uma vez que imaginavam ser salgada e, em decorrência disso, alguns desses marinheiros morreram de sede. Essa cena — homens morrendo de sede, enquanto os barcos flutuavam sobre a maior reserva de água potável do mundo — tornou-se para mim uma metáfora de nossa época. Algumas pessoas morrem de fome espiritual enquanto o maná que as cerca apodrece. As pessoas meneiam a cabeça em desespero por causa do estado em que o mundo se encontra, a despeito do fato de que em muitos quesitos — alfabetização, nutrição, saneamento básico, moradia — as coisas realmente melhoraram nos últimos cinqüenta anos. Perto do fim do século passado, um terço de todas as pessoas da Terra foi liberto daquela que talvez, tenha sido a maior tirania da história sem que um único tiro fosse disparado. No Leste Europeu, um deus caiu por terra, arrancado de seu pedestal, e em sua base estavam cristãos, armados com velas e com o poder da oração. Na África do Sul, o líder do último partido na Terra com bases teológicas racistas abriu o caminho da reconciliação. O próprio F. W. de Klerk informou o motivo: depois de tomar posse, em lágrimas, ele disse à Igreja que sentira o chamado de Deus para salvar todo o povo sul-africano, mesmo sabendo que seria rejeitado por seu próprio povo. Na China, o maior despertamento de fé da história irrompeu num Estado ateu que tentava desesperadamente sufocá-lo. Temos a tendência de enxergar o que procuramos. Na época em que o microscópio foi inventado, os cientistas acreditavam que o esperma tinha a forma de pequenos embriões e a mulher servia de incubadora. Investigando com os primeiros microscópios, eles viram e desenharam esses embriões, homúnculos ou “homenzinhos”. Eles viram o que esperavam ver. De forma semelhante, quando o grande astrônomo Percival Lowell recebeu seu novo telescópio de 24 polegadas, numa montanha em Flagstaff, Arizona (EUA), ele “viu” uma rede de canais em Marte que confirmou as teorias dos astrônomos italianos. Ele fez mapas desses canais num globo e, em seu livro, de 1908, Mars as the Abode of Life [A vida habita cm Marte] exibiu as provas de que tais canais foram construídos por seres inteligentes. Às vezes, como Lowell, vemos coisas que na realidade não estão lá e, às vezes, como os marinheiros espanhóis, deixamos de notar o próprio elemento sobre o qual estamos flutuando. No mundo da fé, particularmente, é preciso acreditar em algumas coisas antes de vê-las. - Extraído e adaptado do livro “Descobrindo Deus Nos Lugares Mais Inesperados”, de Philip Yancey.