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postado em: 5/7/2015
A Ardente Busca de Paulo O que desejamos é conhecer a Cristo com maior profundidade e intimidade. Estas não são palavras minhas, mas palavras encontradas na versão Amplificada da Bíblia no texto de Paulo aos Filipenses, capítulo 3, versículo 10. Leia as palavras seguintes bem devagar e meditativamente: [Pois o meu propósito, bem determinado,] é conhecê-lO — é conhecer progressivamente a Cristo com maior profundidade e intimidade, percebendo, reconhecendo e entendendo [as maravilhas da Sua Pessoa] de modo mais forte e com maior clareza. E, da mesma forma, chegar a conhecer o poder que flui da Sua ressurreição [o poder exercido sobre os crentes]; e assim compartilhar de Seus sofrimentos, sendo continuamente transformado [em espírito na Sua exata semelhança] na Sua morte (Filipenses 3:10, AMP). Neste único período, encontramos o grande alvo do apóstolo para a vida. Ele refere-se a este alvo como o seu "propósito bem determinado" como um seguidor do Senhor Jesus Cristo. Qual foi esse propósito? Volte atrás e leia o texto de novo, de preferência em voz alta. Pense e repense com todo o cuidado o sentido das palavras-chave. Medite nelas. Tome cada uma por vez e reflita: É conhecê-lo... progressivamente ... com maior profundidade é conhecer... com maior intimidade percebendo... reconhecendo... entendendo... sendo continuamente transformado... Haverá neste mundo algo mais importante para um filho de Deus? Acho que não. Contudo, estranhamente, bem poucos procuram alcançar esta tão importante prioridade. Mudando o Foco Uma mudança é necessária! Como o grande apóstolo, façamos deste o nosso "propósito bem determinado". Nos esforcemos para deliberadamente abraçar este alvo: "conhecer a Cristo com maior profundidade e intimidade". Não é conhecer teologia dessa forma, por mais importante que ela possa ser. Não é conhecer a igreja com profundidade e intimidade, por mais valorosa que ela seja. Não é o nosso compartilhar de Cristo aos outros, por mais estimulante e significativo que a evangelização possa ser. Não, não é nada disso que temos que conhecer com maior profundidade! Devemos conhecer... a Cristo. A Cristo e somente a Ele! De agora em diante, que o nosso alvo na vida seja conhecer a Cristo com maior profundidade e intimidade. Creio que era precisamente isto que Jesus tinha em mente quando ordenou: "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça..." (Mt 6:33, ACR-SBTB). O salmista compreendeu bem. Ele, também, almejava isso: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo...” (Salmo 42:1-2). Essas palavras só poderiam ter sido escritas por alguém cujo ser interior ardentemente desejava alcançar as profundezas. Como ele descreve de forma vivida esse seu desejo! "Por ti, ó Deus, suspira a minha alma." Essa figura de uma corça suspirando por água é intrigante. Os comentários, a este respeito, feitos por Charles Spurgeon aqui são belos: “Davi estava aflito. Tranqüilidade ele não procurou. Honra, ele não invejou, mas o prazer de estar em comunhão com Deus era uma urgente necessidade da sua alma... uma necessidade absoluta, tal como a água para uma corça.... A sua alma, o seu próprio eu, a sua vida mais profunda encontrava-se em uma situação de sede insaciável por sentir a presença de Deus. ... Que tenhamos o mais intenso anseio pelo que há de mais elevado!” O Grande Anseio de Paulo Não há nada — absolutamente nada — que tenha maior importância do que conhecer a Cristo intensamente e de forma íntima. Este foi todo o argumento de Paulo, em suas palavras aos filipenses, que antecederam à revelação do seu "propósito bem determinado". Com largas pinceladas na tela da sua autobiografia, ele identifica os feitos mais salientes de sua vida: “Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível” (Filipenses 3:5-6). Que impressionante! Mas, antes que o leitor tenha tempo de ponderar e começar a aplaudir, o escritor apressa-se a declarar: “Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;...e as considero como refugo, para conseguir Cristo” (Filipenses 3:7-8). Todas as demais coisas comparadas com o conhecer a Cristo de forma profunda e com intimidade, ele considerou "perda ... refugo". O que normalmente faria com que as pessoas ficassem orgulhosas desvaneceu em uma insignificância pessoal. Que notável contraste! Já que essa é a convicção firmada, ponderada, do apóstolo, eu sugiro que ela seja uma apreciação que deva ser colocada em prática por nós. Francamente, à luz do seu testemunho, eu me sinto encorajado a despender menos energia e tempo na busca de todas as realizações que aos olhos humanos sejam tidas como notáveis, e dar mais energia e tempo ao cultivo de um relacionamento íntimo com Cristo, cujo conhecimento íntimo resultará em vida eterna. Penso que você sente isso também. Sendo assim, vamos cavar mais fundo. Nada de contentar-nos com o superficial, com o ralo; vamos avançar em busca das gemas preciosas e do tesouro do conhecimento e da revelação de Deus encontrado em Cristo! - Extraído e adaptado de Charles Swindoll, “Intimidade Com o Todo Poderoso”.