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postado em: 1/12/2015
Você tem motivos para abrir mão do que é bom "Por isso não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" (II Coríntios 4:16-18, grifos acrescentados). Para aqueles que já tiveram - acredito eu, assim - o privilégio de acompanhar o testemunho vívido de fé de um fiel cristão em estado terminal, é bem mais fácil o entendimento das palavras de Paulo da nossa reflexão de hoje. A implicação maior do texto é que ainda que estejamos tristes por ver que a morte se aproxima daquele nosso ente querido, o homem exterior está definhando e rapidamente se corrompendo ante os nossos olhos, vemos a sua confiança em Deus crescer, avolumar-se, e a fé se robustecendo a cada dia. Qual uma vela que se extingue iluminando o ambiente no qual está colocada, aquela vida se esvai iluminando vidas ao seu redor. A questão central que faz e mantém estas pessoas agirem desta forma - extraindo força da fraqueza, alegria da tristeza, esperança do desespero - é, no dizer de Paulo, a maturidade espiritual que elas galgaram, às vezes em meio à própria escalada íngreme do sofrimento, que faz com que elas consigam enxergar as coisas em suas devidas dimensões. Em outras palavras, aquilo que é vedado ao homem comum (materialista, egoísta, egocêntrico, avarento, etc.) entender, torna-se facilmente perceptível para estas pessoas. Elas conseguem raciocinar e avaliar as coisas da seguinte forma: O que é o ouro diante do bronze? O que é o espiritual diante do material? O que é um corpo transformado, glorioso e incorruptível, diante deste corpo doente e sofredor? O que é o eterno diante daquilo que é meramente momentâneo? Esta é a grande escolha da vida! Como dizia Camões nas Luzíadas, "um mais alto valor se alevanta". Nas palavras da escritora e conferencista Laurie Beth Jones, "A renúncia deliberada não significa distanciar-se de algo difícil ou que não funciona mais, mas escolher entre o que é bom e o que é ótimo, entre o bom e o melhor. A renúncia deliberada significa ser capaz de dizer "não" para tudo que reluz e discernir o que brilha de verdade. Ao compreender a diferença, você estará no caminho da realização". - Elizeu C. Lira. Referência 1. - Jesus Coach, pg. 28.