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postado em: 5/17/2015
De Volta Para a Vida Vamos agora para uma parte do Salmo 46 que fala sobre a cidade em que você mora. Nações e reinos estão atacando a cidade. Mas o verso 5 diz: "Deus está no meio dela; jamais será abalada." A palavra abalada vem do termo hebraico que significa "vacilar ou sacudir". A frase "sacudindo o corpo inteiro" tornou-se popular com o falecido Elvis Presley. Nascido muito pobre numa pequena cidade do Mississippi, Estados Unidos, ele era filho único. Tinha pouco encorajamento e nenhuma especialidade. Aos 18 anos, ganhando 14 dólares por semana como caminhoneiro, ele decidiu gravar um disco, só para se divertir. Você conhece o resto da história. Tornou-se o artista mais bem pago no mundo do entretenimento da história da América. Elvis Presley disse, porém, pouco antes de morrer, que pagaria um milhão de dólares por uma semana de uma vida normal e pacífica, podendo andar pelas ruas da sua cidade sem ser perturbado. Ouvi a entrevista dada por Pat Boone pouco depois da morte precoce de Elvis. Ele disse: "Eu gostava muito de Elvis, mas ele seguiu pelo caminho errado. Ironicamente, quando nos encontramos pela última vez, numa ocasião em que eu ia fazer um show no leste e ele ia para Las Vegas, ele me perguntou: "Ei, Pat, para onde você vai?" Contei-lhe para onde ia e como esperava envolver-me em algum tipo de ministério cristão. Ele me disse: "Olhe, eu vou para Las Vegas. Pat, desde que o conheço, você tem seguido na direção errada." Respondi: "Elvis, isso depende de onde você está vindo." O artista mais bem pago da América era a personificação do estresse. Elvis descobriu que o dinheiro não pode aliviar o estresse. Esse homem de 42 anos – em cujo funeral havia mais de cinco toneladas de flores enviadas por pessoas que dirigiram noite após noite ou tomaram aviões internacionais para chegar a Memphis – que teria dado um milhão de dólares por uma semana de paz, viveu sempre sacudido. Realmente, essa palavra tornou-se a sua marca registrada pessoal. O salmista disse: "Quando a cidade está cercada e ameaçada, não serei abalado. Não estremecerei, porque o Deus da esperança está conosco". Ele está também em nós. Veja a terceira parte do Salmo 46 (verso 10), descrevendo a depressão profunda que quase sempre acompanha uma morte. Deus diz: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus." A palavra aquietai-vos foi acrescentada pelos tradutores; creio que é aceitável porque dá coerência ao texto. No entanto, ela talvez tire um pouco do impacto do termo singular "Pare". O hebraico usado aqui, ‘raphah’, significa "relaxe"! O ponto é que, se continuar correndo, você nunca vai descobrir a tenda de poder que Deus pode construir à sua volta. O estresse acabará vencendo. “Ajuda-me a andar mais lentamente, Senhor. Alivia o bater do meu coração, aquietando minha mente. Firma meu passo apressado com uma visão do alcance eterno do tempo. Dá-me, em meio à confusão do dia, a serenidade dos montes eternos. Quebra as tensões de meus nervos e músculos com a música suave dos riachos murmurantes que vivem em minha memória. Ensina-me a arte de tirar férias diminutas — de demorar-me observando uma flor, conversando com um amigo, acariciando um cão, sorrindo para uma criança, lendo algumas linhas de um bom livro. Ajuda-me a andar mais lentamente, Senhor, e inspira-me a lançar minhas raízes na profundeza dos valores permanentes do solo da vida, para que eu possa crescer em direção ao meu destino maior. Lembra-me, a cada dia, que a corrida nem sempre é ganha pelos mais rápidos; há mais na vida do que aumentar a sua velocidade. Permite que eu levante os olhos para o carvalho majestoso e saiba que ele cresceu grande e forte por ter se desenvolvido devagar e bem”. Para que o Senhor Deus contrabalance o grande tributo que temos de pagar ao estresse, devemos andar mais lentamente. Pare e pense. Quando foi a última vez que você ficou sentado depois do jantar, apenas para relaxar e divertir-se um pouco? Quando foi a última vez que empinou uma pipa, deu um passeio pelo bosque, andou de bicicleta no parque local, dirigiu abaixo do limite de velocidade, fez algo com as próprias mãos, ouviu uma hora de boa música, deu uma volta pela praia ao pôr-do-sol? Quando foi a última vez em que não usou relógio durante um sábado inteiro, carregou uma criança nos ombros, leu um capítulo numa banheira de água morna ou apreciou tanto a vida que não pôde deixar de sorrir? Não é de admirar que esteja estressado! Nunca me esquecerei do testemunho de um frade anônimo num monastério em Nebraska. Ele o incluiu numa carta em seus últimos anos de vida. Não é o que esperamos de um "testemunho religioso"... talvez seja por isso que eu o apreciei tanto! “Se pudesse viver novamente, tentaria cometer mais erros da próxima vez. Iria relaxar, seria mais flexível, mais tolo do que fui nesta caminhada. São poucas as coisas que levaria a sério. Faria mais viagens. Seria mais maluco. Escalaria mais montanhas, nadaria em mais rios, e contemplaria mais vezes o pôr-do-sol. Andaria e observaria mais. Tomaria mais sorvete e comeria menos feijão. Teria mais problemas verdadeiros e menos imaginários. Sou uma dessas pessoas que vive profilática e sensatamente hora após hora, dia após dia. Oh, tive meus momentos e se pudesse fazer tudo de novo, teria mais deles. De fato, tentaria não ter mais nada, apenas momentos, um depois do outro, em vez de viver tantos anos antecipadamente a cada dia. Tenho sido uma dessas pessoas que não vai a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um colutório, uma capa de chuva, uma aspirina e um pára-quedas. Se tivesse de viver outra vez, começaria a caminhar descalço mais cedo na primavera e permaneceria assim até mais tarde no outono. Enforcaria mais aulas. Não teria notas tão altas, exceto por acidente. Andaria mais de carrossel. Colheria mais margaridas”. É praticamente seguro dizer que esse idoso senhor teve a sua parte de estresse. Ele compreendeu que para reduzir o seu impacto seria necessário quebrar o molde de um estilo de vida de competição insana, uma verdadeira corrida de ratos. Era preciso voltar a viver! - Extraído e adaptado de Charles Swindoll, Perseverança.