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postado em: 5/28/2015
Crucificados Com Cristo Temos outro texto da Palavra de Deus que nos mostra que Cristo nos crucificou para a lei. É importante esta expressão, porque a lei tinha uma conta dura a acertar conosco: a lei havia ordenado uma porção de coisas, e nós não as tínhamos cumprido! E ela, com toda a sua justiça e com toda a razão, tinha o direito de nos condenar, porque estávamos de fato errados contra ela. Então Jesus nos crucificou também para a lei. E a boa lei, que faria bem em nos condenar, também ficou satisfeita naquela cruz onde Jesus nos crucificou para ela. Há a declaração da Palavra de Deus: "Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressusci¬tou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." (Rm 7.4.) Imaginemos uma pessoa que está devendo perante a justiça, por uma série de crimes, de transgressões contra a lei. A polícia vem com a precatória do juiz, ou um mandato de prisão. Chega à casa deste homem e determina a sua prisão. Sua mulher pergunta: — Que é que os senhores querem? — Queremos prender fulano de tal. — Podem entrar. — Onde ele está? — Ele está morto aqui em cima da mesa. — Ah, ele está morto? — Não vão levá-lo? — Se ele está morto, não. A justiça não quer mais nada com um morto. Se ele estivesse vivo iria para a cadeia, mas morto não tem mais nada que pagar. E a Bíblia fala disto. "Porque aquele que está morto está justificado do pecado" (Rm 6.7.) Se alguém, que tem crimes a pagar, morrer, a lei não tem mais o que fazer dele. Defunto na cadeia ninguém quer. Por isto então Jesus entrou por este processo, e fez-nos morrer nEle, perante a lei. E nesta bênção gloriosa da cruz, ganhamos uma vitória, não contra a lei, mas contra os crimes que nos condenavam mediante a lei. A lei é boa; não falamos mal da lei. Se a lei nos pusesse no inferno, estaria fazendo exatamente o que é certo. Mas Jesus “matou-nos”, e disse: — Defunto não tem responsabilidade por seus cri¬mes. E, assim, Ele nos justificou. Esta é a glória da cruz de Cristo para nós. Paulo comenta a justa exigência da lei e mostra que havia um choque entre nós e o Deus desta lei: "Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e. derribando a parede de separação que estava no meio, na Sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamen¬tos, que consistia em ordenanças, para criar em Si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz. e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades" (Ef 2.14-16). Porque todas as vezes que um juiz tem que impetrar uma pena sobre um réu, não há amizade entre o juiz e o réu. Isto é justo. O texto mostra a nossa irreconciliação com Deus, enquanto Ele estava com a justa lei exigindo punição dos nossos crimes. Mas Jesus veio e consertou tudo com a glória da cruz. A Bíblia fala de duas reconciliações: 1) a nossa reconciliação com Deus; 2) a nossa reconciliação com todos os povos, com todos os nossos semelhantes. Depois de falar da irreconciliação entre gentios e judeus, Paulo mostra que gentios e judeus foram reconciliados pela mesma cruz, e ganhando a amizade divina, ganharam a amizade entre si. Não somos mais gentios e judeus — somos irmãos. Não somos mais inimigos de Deus — somos amigos, porque, na cruz, Cristo nos fez morrer para esta inimizade. Falemos de uma outra glória da cruz. Ela realizou em nossa pessoa uma experiência de erradicação da nossa natureza perdida. Sem a cruz, ninguém pode entrar pela porta do novo nascimento, porque ela é a porta do novo nascimento. Por isto Jesus explicou para Nicodemos: "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado" (João 3:14.) Morrer, Para Viver Jesus fala da Sua crucificação, como porta do novo nascimento. O texto sagrado nos declara: "Porque já estais mortos, e a vosssa vida está escondida com Cristo em Deus" (Col 3:3). Morrestes! O texto destaca a nossa experiência de morte com Ele, e mostra-nos que esta experiência nos deu a segurança da vida com Cristo em Deus. Desse modo a Palavra de Deus aponta a nossa morte em Cristo Jesus. Primeiro foi a morte do mundo, depois foi a destruição do pecado. Agora, é a nossa morte. Gálatas 2.20 diz que fomos colocados naquela cruz para morrer: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim: e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a si mesmo por mim". Nós fomos colocados na cruz. Por quê? Porque precisávamos morrer para en¬trar nesta salvação. Desse modo o processo salvador de Jesus não foi outro, mas, sim, a aplicação de Sua morte para nós. Fomos crucificados com Cristo. A nossa pessoa está envolvida na cruz; para quê? Para a destruição dos elementos negativos que compõem a nossa natureza. E o caso é que um irmão nasce brasileiro, o outro nasce americano, o outro, alemão, mas a natureza é uma só: Pecaminosa. E o texto nos mostra que são: carne, velho homem e o eu. Ainda não achei mais do que isto na Bíblia. Mas, também, é impossível haver coisas piores do que a carne, o velho homem e o eu. O texto sagrado mostra que o nosso "velho homem" foi crucificado: "Sabendo isto, que o nosso velho homem foi com Ele crucificado" (Rm 6:6). Esta é a outra glória da cruz. Naquela cruz temos esta glória maravilhosa: "O nosso velho homem foi com ele crucificado." Há esta outra declaração: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gl 5:24). Naquela cruz se encontra mais esta glória da inteira crucificação de nossa carne com as paixões e cobiças. Depois, a Palavra de Deus nos fala que entramos nesta morte com Cristo para podermos viver a vida real. Quem entra nesta cruz com Cristo chega à vida real. "Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição." (Rm 6.5.) E mais: "Palavra fiel é esta: que, se morremos com Ele, também com Ele viveremos" (II Tm 2:11.) Isso significa que todo aquele que quiser viver, precisa, primeiro, morrer! Está aqui a última glória que queremos destacar. É que nesta cruz nós encontramos exatamente a porta da vida, porque se morrermos com Ele, com Ele viveremos. - Extraído e adaptado de Antônio Abuchaim, Barro Em Suas Mãos.