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postado em: 7/9/2015
Quadros de Intimidade Com Deus Deus traça vários quadros para descrever a relação que Ele tem em mente. Uma é a videira e os ramos. "Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em Mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 15:5-7, ACF). Deus quer estar tão unido a nós como as varas a uma videira. Uma é a extensão da outra. É impossível dizer onde começa uma e onde acaba a outra. O ramo não está unido somente no momento de carregar o fruto. O horticultor não tem as varas guardadas numa caixa e então, no dia em que deseja uvas, as cola na videira. Não, a vara constantemente extrai nutrição da videira. A separação significaria uma morte certa. Deus usa também o templo para descrever a intimidade que Ele deseja. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (I Coríntios 6:19, ACF). Pense comigo por um momento no templo. Deus foi um visitante ou um residente no templo de Salomão? Você descreveria Sua presença como ocasional, ou permanente? Você conhece a resposta. Deus não vinha e ia embora, aparecia e desaparecia. Era uma presença permanente, sempre disponível. Que incríveis boas notícias para nós! NUNCA estamos longe de Deus! Ele nunca Se separa de nós, nem mesmo por um momento! Deus não vem a nós aos domingos pela manhã [ou aos sábados] e depois vai embora aos domingos [sábados] pela tarde. Ele sempre permanece em nós, continuamente está presente em nossas vidas. A analogia bíblica do matrimônio é o terceiro quadro desta estimulante verdade. Não somos a esposa de Cristo? (Apocalipse 21:2). Não estamos unidos a Ele? (Romanos 6:5). Não fizemos votos e Ele os fez a nós? Qual a implicação de nosso matrimônio com Jesus a respeito de seus desejos de ter comunhão conosco? Por um lado, a comunicação nunca cessa. Num lar feliz, o esposo não fala com a esposa somente quando deseja algo dela. Não aparece em sua casa somente quando quer uma boa comida, uma camisa limpa ou um pouco de romance. Se age assim, sua casa não é um lar; é um prostíbulo que serve comida e lava roupa. Os casamentos saudáveis têm um sentido de "permanência". O marido permanece com a mulher, e ela com ele. Há ternura, franqueza e comunicação contínua. O mesmo acontece em nossa relação com Deus. Algumas vezes nos aproximamos dEle com nossas alegrias, outras vezes com nossas feridas, mas sempre vamos. Quanto mais vamos, mais chegamos a ser como Ele. Paulo diz que estamos sendo transformados "de glória em glória" (II Coríntios 3:18). As pessoas que vivem longo tempo juntas, no final começam a ficar parecidas, a falar de maneira similar, e até a pensar igual. Conforme andamos com Deus, captamos Seus pensamentos, Seus princípios, Suas atitudes. Nos apropriamos de Seu coração. Assim como no matrimônio, a comunhão com Deus não é uma carga. Para dizer a verdade, é um deleite. "Quão amáveis são os Teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo" (Salmo 84:1-2, ACF). O nível de comunicação é tão doce que nada se compara. Laubach escreveu: “É minha responsabilidade olhar a própria face de Deus até que Suas bênçãos doam em mim... Agora gosto tanto da presença do Senhor que quando sai de minha mente por meia hora ou algo assim, e o faz muitas vezes no dia, sinto-me como se eu o tivesse abandonado, e como se tivesse perdido algo muito precioso em minha vida” (3 de março de 1931; 14 de maio de 1930). Podemos considerar uma última analogia da Bíblia? Que tal a das ovelhas e o pastor? Muitas vezes as Escrituras nos chamam de o rebanho de Deus. "Somos povo seu e ovelhas do seu pasto" (Salmo 100:3, ACF). Não necessitamos saber muito de ovelhas para saber que o pastor nunca abandona seu rebanho. Se virmos um rebanho vindo pela trilha, sabemos que há um pastor perto. Se virmos um cristão na frente, saberemos o mesmo. O Bom Pastor nunca deixa suas ovelhas. "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo" (Salmo 23:4, ACF). Deus está perto de você como a videira do ramo, tão presente em você como Deus estava em seu templo, tão intimamente como o esposo com a esposa, e tão devotado a você como o pastor para com suas ovelhas. Deus deseja estar tão perto de você como estava de Cristo; tão perto que literalmente possa falar por meio de você, e tudo que você tem a fazer é traduzir; tão perto que sintonizá-lo é como colocar fones de ouvido; tão perto que quando os outros percebem a tormenta e se atemorizam, você ouve sua voz e sorri. Assim é como o rei Davi descreveu a mais íntima das relações: “SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces. Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir” (Salmo 139:1-6, ACF). Davi não foi o único escritor bíblico que testemunhou da possibilidade de uma noção constante da presença de Deus. Considere o repicar destas declarações da caneta de Paulo que nos estimulam a nunca sair do lado de nosso Deus. "Orai sem cessar" (I Tessalonicenses 5:17, ACF). "Perseverai na oração" (Romanos 12:12, ACF). "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito" (Efésios 6:18, ACF). "Perseverai em oração" (Colossenses 4:2, ACF). "As vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica" (Filipenses 4:6, ACF). Você acha opressora e complicada a comunhão constante? Está pensando: A vida já é bastante difícil. Para que agregar tudo isso? Se pensa assim, lembre-se que é Deus quem tira as cargas, não quem as impõe. Deus quer que a oração incessante alivie nossa carga, não que a aumente. Quanto mais estudamos a Bíblia, mais percebemos que a comunhão ininterrupta com Deus é o propósito e não a exceção. Ao alcance de todo crente está a interminável presença de Deus. - Texto extraído e adaptado de Max Lucado, “Simplesmente Como Jesus”.