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postado em: 7/22/2015
Nada Mais Que a Verdade A mulher se coloca de pé em frente ao juiz e ao júri, coloca uma mão sobre a Bíblia e levanta a outra, prestando juramento. Nos próximos minutos, com a ajuda de Deus, "dirá a verdade, somente a verdade, e nada mais que a verdade". É uma testemunha. Seu trabalho não é ampliar nem diluir a verdade. Sua tarefa é dizer a verdade. Deixe aos legisladores a interpretação. Deixe aos jurados resolver o caso. Deixe ao juiz aplicar a sentença. Mas, e a testemunha? A testemunha fala a verdade. Se lhe for permitido fazer mais que isso, contamina o resultado. Mas se lhe for permitido fazer isso, dizer a verdade, a justiça terá uma oportunidade. O cristão também é uma testemunha. Nós também prestamos juramento. Como a testemunha da corte, somos chamados a dizer a verdade. O júri pode estar ausente e o juiz ser invisível, mas a Bíblia está presente, o mundo que nos olha é o júri, e nós somos as testemunhas primordiais. Como nos citou o próprio Senhor Jesus: "ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1:8, ACF, ênfase do autor). Somos testemunhas. Como as testemunhas no tribunal, somos chamados a testemunhar, a dizer o que vimos e ouvimos, devemos dizer a verdade. Nossa tarefa não é diluir nem inchar a verdade. Nossa tarefa é dizer a verdade. Ponto. Existe, porém, uma diferença entre a testemunha do tribunal e a testemunha de Cristo. A testemunha do tribunal cedo ou tarde deixa a cadeira da testemunha, mas a testemunha de Cristo nunca deixa de sê-lo. Já que as afirmações de Cristo estão sempre sendo submetidas à prova, o tribunal está perpetuamente em sessão e nós continuamos sob juramento. Para o cristão, o engano nunca é uma opção. Não foi opção para Jesus. O que Deus não pode jamais fazer Uma das declarações mais assombrosas sobre Jesus é o resumo: "nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca" (Isaias 53:9, ACF). Jesus foi obstinadamente verdadeiro. Cada palavra sua foi precisa e certeira, cada frase sua foi verdadeira. Não trapaceava nos exames. Não alterava os livros. Nem uma única vez esticou a verdade. Jamais obscureceu a verdade. Nunca evadiu a verdade. Ele simplesmente disse a verdade. Não se achou engano em sua boca. E se Deus pudesse agir à sua maneira em nós, nenhum engano seria achado em nossas bocas. Deus anela que sejamos como Jesus.Seu plano, se você lembrar, é moldar-nos segundo as linhas de seu Filho (Romanos 8:28). O que tenta não é diminuir ou minimizar nosso engano, mas sim eliminá-lo. Deus é taxativo quanto à falta de verdade: "O que usa de engano não ficará dentro da minha casa" (Salmo 101:7, ACF). Nosso Mestre tem um código de honra estrito. Do Gênesis até Apocalipse, o tema é o mesmo: Deus ama a verdade e aborrece o engano. Em I Coríntios 6:9-10 Paulo faz uma lista das pessoas que não herdarão o Reino de Deus. As pessoas que descreve é uma espinhosa variedade dos que pecam sexualmente, dos idólatras, dos adúlteros, dos que vendem seus corpos, dos bêbados, dos que roubam e, aqui está: dos que mentem. Tal rigor talvez surpreenda. Você quer dizer que minhas mentirinhas e lisonjas despertam a mesma ira celestial que o adultério e o assalto? Evidentemente que sim. Deus vê o trapacear na declaração do imposto de rendas do mesmo modo como vê o prostrar-se diante de ídolos. "Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente são o seu deleite" (Provérbios 12:22, ACF). "Estas seis coisas o SENHOR odeia (...) língua mentirosa" (Provérbios 6:16-17, ACF). "Destruirás aqueles que falam a mentira; o SENHOR aborrecerá o homem sanguinário e fraudulento" (Salmo 5:6, ACF). Por quê? Por que tanta severidade? Por que uma posição tão rigorosa? Por uma razão: a falta de veracidade é absolutamente contrária ao caráter de Deus. Segundo Hebreus 6:18, é impossível que Deus minta. Não é que Deus não mentiria ou que tenha escolhido não mentir; não pode mentir. A possibilidade de Deus mentir seria a mesma de que um cachorro voasse ou que uma ave latisse. O livro de Tito ecoa das mesmas palavras que o livro de Hebreus: "Deus, que não pode mentir..." (Tt 1:2, ACF). Deus sempre diz a verdade. Quando faz uma aliança, a guarda. Quando afirma algo, quer dizer isso. Quando proclama a verdade, podemos acreditar. O que Ele diz é verdade. Até "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo" (II Timóteo 2:13, ACF). - Extraído e Adaptado de Max Lucado, “Simplesmente Como Jesus”.