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postado em: 7/23/2015
Sempre na Casa do Pai É um espetáculo impressionante observar o movimento do centro da cidade de Atlanta às 5h da tarde. As ruas estão sempre cheias de gente e de carros. Todos os ônibus se acham trafegando, e sempre lotados. O que torna isto emocionante é pensar que todas estas pessoas estão indo para casa. O escritor John Howard Payne já se encontrava fora de casa havia nove anos. Uma tarde, ele estava à janela, e contemplava as pessoas que passavam, alegres e apressadas, dirigindo-se para casa. De repente, ele se viu dominado por um sentimento de solidão, naquele quarto de pensão, em Paris. Com um movimento de impaciência, ele se afastou da janela. Tinha que trabalhar. Talvez ele estivesse escrevendo uma peça importante, não sei; mas não tinha tempo para sentimentalismos. Contudo, a atmosfera e a recordação de uma certa cidadezinha de Long Island não o abandonaram. Ele apanhou um lápis e escreveu uma canção que continha em essência esta mensagem: “Ainda que da vida e prazeres de um palácio possamos partilhar, ainda assim, mesmo que humilde e simples, nada como o nosso lar.” Já faz mais de cem anos que isto se deu, mas as palavras desta canção ainda traduzem o mesmo sentimento, tão real para todos nós: “nada como o nosso lar”. Todavia, quando vejo as pessoas indo para casa, sinto tristeza também. Sei que alguns não tem lar. Uns andam pelas ruas, procurando um quarto barato para passar a noite; outros vão para a mais cara suíte de um hotel — que, apesar de ser rica, não é o seu lar. Já trabalhei com inúmeros alcoólatras. Várias mulheres já me disseram como foi que se tornaram viciadas em álcool. Viviam sozinhas em um quarto ou apartamento triste e vazio. Não há prazer nenhum em se viver assim. Muitas pessoas começam a beber por causa de uma situação destas. Mais triste do que ver uma pessoa sem lar no fim do dia, é encontrar alguém que não está certo de seu relacionamento com Deus, e não tem esperanças de ir ao lar eterno; uma pessoa que, no fim da jornada da vida, só espera um túmulo escuro e o esquecimento total. Davi encerra o Salmo 23 com um poderoso “crescendo” de fé ao dizer: E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre. Uma das passagens mais emocionantes do livro “O Peregrino”, de João Bunyan, é o trecho em que o “Sr. Mente Fraca” fala de sua esperança de chegar ao lar celestial. Ele diz: Às vezes, recebemos maior alento para a vida, quando fixamos nosso pensamento “naquela terra que fica Além do rio que não tem pontes”. Se não fosse por esta certeza, muitas das experiências por que passamos nesta vida seriam insuportáveis. Davi não possuía muito do conhecimento bíblico que temos hoje. Ele nunca ouviu as palavras: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente” (João 11:25-26). Foi um conhecimento íntimo de um Deus como o que ele descreve no salmo 23 que lhe deu a certeza de que, através da contínua comunhão com Deus – onde quer que ele, Davi, estivesse, nos lugares mais remotos e áridos da Terra e sob as mais difíceis e probantes circunstâncias – ele jamais estaria sozinho: “... e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre” (Salmo 23:6). - Extraído e Adaptado de Max Lucado, “Simplesmente Como Jesus”.