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postado em: 8/6/2015
Quando o Céu Festeja Minha família fez ontem à noite algo muito especial para mim. Deram uma festa em minha honra, uma festa de aniversário, e de surpresa. No começo da semana passada, tinha dito a Denalyn que não fizesse nenhum plano especial além de um tranqüilo jantar familiar em algum restaurante. Ela ouviu somente a parte do restaurante. Eu não tinha nem idéia da dúzia de famílias que iam vir. Ainda tem mais: tentei convencê-la a ficarmos em casa. "Vamos jantar fora outro dia", eu disse. Andréa tinha estado doente. Jenna tinha lição de casa para fazer, e eu passei a tarde toda assistindo jogos de futebol na TV, e me sentia bastante preguiçoso. Não estava com vontade de me levantar, vestir e sair. Achei que não teria problema para convencer minhas filhas de adiar a saída. Mas me surpreenderam! Não quiseram nem ouvir. Para cada objeção que apresentei, responderam com uma defesa unida e unânime. Minha família deixou bem em claro: jantaríamos fora. Não apenas isso, mas que sairíamos na hora marcada. Elas estavam prontas para saírem em disparada. Eu estava feliz em ficar em casa. Elas mal se contendo para sair logo. Para ser franco, fiquei perplexo com suas ações. Elas estavam prontas de forma bem incomum. Curiosamente entusiastas. Para que tanto barulho?, pensei. Adoro sair tanto quanto qualquer pessoa, mas Sara não parou de rir em todo o trajeto até o restaurante. Só quando chegamos, suas ações fizeram sentido. Um passo para dentro do umbral e compreendi seu entusiasmo: SURPRESA! Com razão agiam diferente. Sabiam algo que eu não sabia. Tinham visto algo que eu não tinha visto. Já tinham visto as mesas, e empilhado os presentes, e cheirado o bolo. Já que sabiam da festa, fizeram tudo o que foi necessário para certificar-se que eu não ficasse de fora. A festa do Céu Jesus faz a mesma coisa por nós. Ele sabe da FESTA. Num dos mais grandiosos capítulos da Bíblia, Lucas 15, conta-nos três histórias. Cada uma fala de algo que se perdeu e foi achado. Uma ovelha perdida. Uma moeda perdida. Um filho perdido. No fim de cada história Jesus descreve uma festa, uma celebração. O pastor deu uma festa por ter achado sua ovelha perdida. A mulher deu uma festa porque achou sua moeda perdida. O pai deu uma festa em honra do filho perdido que tinha recobrado. Três parábolas, cada uma com uma festa. Três histórias, e em cada uma aparece a mesma palavra: gozo. A respeito do pastor que encontrou sua ovelha, Jesus diz: "E achando-a, a põe sobre os seus ombros, cheio de júbilo" e vai para sua casa (versículos 5-6, ACF, ênfase do autor). Quando a mulher encontrou sua moeda perdida, anunciou: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida" (versículo 9, ACF, ênfase do autor). Quando o pai do filho pródigo explica ao irmão mais velho, lhe diz: "Mas era justo regozijarmo-nos e alegrarmo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se" (versículo 32, ACF, ênfase do autor).* O ponto principal é claro. Jesus se alegra muito quando encontra o que estava perdido. Para Ele nenhum momento se compara ao momento da salvação. Para minha filha a alegria começou quando me vesti e nos acomodamos no carro e saímos à rua para dirigir-nos à festa. O mesmo acontece no céu. Basta que um filho consinta em vestir-se de justiça, comece a viagem de volta e o Céu prepara o refrigerante, pendura os enfeites e lança confetes. "Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (versículo 10, ACF). Há um século atrás, esse versículo fez Charles Spurgeon escrever: “Há dias de Natal no Céu, nos quais é observado o mais elevado culto a Cristo, e Ele é glorificado, não por ter nascido numa manjedoura mas por ter nascido no coração quebrantado de alguém. São dias em que o pastor traz de volta para casa, sobre os ombros, a ovelha perdida; quando a igreja varreu sua casa e achou a moeda perdida, porque então se reúne aos amigos e vizinhos, e se regozijam com alegria indizível e plena de glória por um pecador que se arrepende”. Como explicamos tal gozo? Por que tanto barulho? Você tem de admitir que o entusiasmo desperta curiosidade. Não estamos falando das pessoas de uma nação ou dos habitantes de uma cidade; estamos falando do gozo "quando um pecador muda seu coração e sua vida". Como pode uma única pessoa gerar tanto entusiasmo? Quem imaginaria que nossas ações tivessem semelhante impacto nos céus? Podemos viver e não deixar nada além de um obituário. Nossas maiores ações na Terra passarão, em sua maioria, em branco e sem registro. Nos atrevemos a pensar que Deus esteja prestando atenção? Segundo este versículo, está sim. De acordo com Jesus, nossas decisões têm o impacto de um choque térmico no mundo invisível. Nossas ações no teclado da terra disparam martelos sobre as cordas do piano nos céus. Nossa obediência puxa as cordas que fazem repicar os sinos dos céus. Quando um filho chama, o Pai inclina seu ouvido. Uma irmã chora e as lágrimas começam a correr do alto. Se morrer um santo, a porta se abre. Mas, o mais importante, se um pecador se arrepender, todas as outras atividades cessam e todo ser celestial celebra. Impressionante esta resposta à nossa conversão. O Céu não faz festa alguma por nossas outras conquistas. Quando nos formamos no colégio ou abrimos um negócio, ou quando temos um filho, até onde sabemos, o burburinho do Céu fica no refrigerador. Por que tanto barulho por nossa conversão? Nós nem sempre compartilhamos esse entusiasmo, não é mesmo? Quando você ouve que sua alma é salva, deixa tudo de lado e corre para celebrá-lo? Isso faz com que seu dia seja bom ou faz com que seu dia ruim seja melhor? Talvez nos sintamos comprazidos, mas, exuberantes? Nosso peito explode em gozo? Sentimos a urgência de chamar a orquestra, cortar o bolo e fazer uma festa? Quando uma alma se salva, o coração de Jesus se torna como o firmamento noturno no dia da independência, radiante com explosões de alegria. Poderia ser dito o mesmo de nós? Talvez este seja um aspecto ao qual nossos corações deveriam prestar alguma atenção. Ao contrário do espírito egoísta do irmão do filho pródigo – mesquinho, insensível e indiferente ao renascer espiritual de um perdido – nós devemos expressar toda a nossa alegria, junto com o Céu, por mais um pecador que se arrepende. - Extraído e Adaptado de Max Lucado, “Simplesmente Como Jesus”.