Digite uma palavra chave ou escolha um item em BUSCAR EM:
postado em: 8/13/2015
A Grande Recompensa Esse versículo bem poderia ser o maior testemunho já escrito a respeito da glória do céu. Nada se diz de ruas de ouro nem de asas de anjos. Não se faz referência a festejos nem a música. Nem a palavra céu está presente nesse versículo. Mas ainda que falte a palavra, não falta o poder. Lembre-se, o Céu não era estranho para Jesus. Ele é a única pessoa que viveu na Terra depois de ter vivido no Céu. Como crentes, você e eu viveremos no Céu depois de nosso tempo na Terra, mas Jesus fez exatamente o oposto. Conhecia o Céu antes de vir à Terra. Sabia o que o esperava no seu retorno. Saber o que O esperava no Céu lhe permitiu suportar a vergonha na Terra. Aceitou a vergonha devido ao gozo que Deus colocou diante dEle (veja de novo Hebreus 12:2). Em Seus momentos finais, Jesus focou Sua visão no gozo que Deus pôs diante dEle. Focalizou o prêmio do Céu. Ao enfocar a vista no prêmio, pôde não só terminar a corrida, mas terminá-la com força. Estou fazendo todo o possível para fazer o mesmo. Numa odisséia muito menos significativa, eu também estou procurando terminar com força. [...] Escrever um livro é como correr uma corrida de longa distância. Há o arrancar inicial de entusiasmo. Depois a energia se reduz. Chega um ponto em que você pensa seriamente em abandonar tudo, mas então um capítulo o surpreende com uma queda. Ocasionalmente uma idéia o inspira. Freqüentemente um capítulo o fatiga; e isso por não mencionar as intermináveis revisões exigidas pelos implacáveis editores. Mas a maior parte do trabalho tem o ritmo de uma corrida de longa distância: longa, algumas vezes em trechos solitários em ritmo constante. Perto do final, com a linha de chegada e o contentamento dos editores à vista, chega um amortecimento dos sentidos. Você quer terminar com força. Busca a intensidade que tinha a uns meses atrás, mas a provisão é escassa. As palavras se obscurecem, as ilustrações se ajuntam, e a mente adormece. Você precisa de um pontapé, precisa de um impulso, precisa de inspiração. Posso lhe dizer onde a encontro? (Isto vai parecer estranho, mas tenha paciência). Através dos anos durante os quais tenho escrito pelo menos um livro por ano, desenvolvi um ritual. Ao terminar um projeto desfruto de um ritual de celebração. Não uso champanha nem reparto cigarros, mas achei algo muito mais doce. Tem duas fases. A primeira é um momento de quietude perante Deus. No momento em que o manuscrito já está no correio, procuro um lugar solitário e me detenho. Não digo muito e, pelo menos até aqui, tampouco Deus; o propósito não é falar tanto quanto desfrutar. Desfrutar da doce satisfação de uma tarefa concluída. Existe um sentimento melhor? O corredor sente a fita contra seu peito. Terminou. Que doce o vinho ao final da jornada. Assim, por uns poucos momentos Deus e eu o saboreamos juntos. Colocamos uma bandeja sobre o pico do Everest e desfrutamos da paisagem. Então (isto vai soar verdadeiramente comum) vou comer. Tenho a tendência a pular refeições durante a reta final, então tenho fome. Num ano fui a um restaurante mexicano próximo ao rio Santo Antônio. Em outro ano foi comida entregue em casa e um jogo de basquete. No ano passado fui comer peixe num restaurante. Algumas vezes Denalyn me acompanha; outras vezes vou comer sozinho. O alimento pode variar, e a companhia pode mudar, mas uma regra continua constante. Durante toda a refeição a não me permito pensar senão numa única coisa: Terminei. Não me permito fazer planos para o futuro. Não me permito pensar nas tarefas de amanhã. Submerjo num mundo de fantasia com a pretensão de que a melhor obra de minha vida foi completada. Durante essa refeição, de um modo diminuto, compreendo onde Jesus achou sua força. Ele alçou Seus olhos além do horizonte e viu a mesa. Focalizou o banquete. O que viu deu-lhe forças para terminar, e acabar com força. Tais momentos nos aguardam. Num mundo alheio aos músculos abdominais e à leitura dinâmica, tomaremos nosso lugar à mesa. Numa hora que não tem fim descansaremos. Rodeados de santos e do próprio Jesus, o trabalho, a dizer a verdade, estará concluído. A colheita final será ceifada, nos sentaremos, e Cristo abençoará a comida com estas palavras: "Bem está, bom e fiel servo" (Mateus 25:23, ACF). E, neste momento, a corrida bem terá valido a pena. "Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos" (Efésios 1:18, ACF). - Extraído e Adaptado de Max Lucado, “Simplesmente Como Jesus”.