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postado em: 8/15/2015
Ponha Seu Olhar em Jesus -2 Isso foi o que Mateus fez. Mateus, se você lembra, converteu-se em seu trabalho. De acordo com sua história, era um cobrador de impostos do governo. Segundo seus vizinhos, era um bandido. Mateus tinha, numa esquina, um escritório de coleta de impostos e uma mão sempre estendida. Estava ali no dia em que viu a Jesus. "Segue-me", disse-lhe o Mestre, e Mateus assim o fez. No versículo que se segue encontramos Jesus sentado à mesa de Mateus, jantando (veja Mateus 9:9-10). Uma conversa na calçada não teria satisfeito seu coração, e assim Mateus levou Jesus até sua casa. Algo acontece na mesa do jantar que não acontece na mesa do escritório. Tire a gravata, acenda o fogo da churrasqueira, abra os refrigerantes, e passe a noite com Aquele que pendurou as estrelas no Céu. "Jesus, sabe de uma coisa? Desculpa por perguntar isto, mas sempre quis saber..." De novo, ainda que o fato de convidar seja impressionante, a aceitação é mais ainda. Jesus não se importou de que Mateus fosse ladrão. Jesus não se importou de que Mateus morasse numa casa de dois andares com os ganhos de sua extorsão. O que importou foi que Mateus queria conhecer a Jesus, e já que Deus "é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6, ACF), Mateus foi recompensado com a presença de Cristo em sua casa. Alguns diriam: “Certamente faz sentido que Jesus gastasse tempo com Mateus. Afinal, Mateus foi uma seleção de primeira classe, perfeito para escrever o primeiro livro do Novo Testamento. Jesus passa o tempo somente com caras grandes como Mateus e André e João, verdade?” Posso contrariar esta opinião com um exemplo? Zaqueu estava muito longe de ser um cara grande. Era pequeno, tão pequeno que não podia enxergar por cima da multidão que enchia a rua no dia em que Jesus chegou a Jericó. Certamente a multidão talvez tivesse aberto passagem, forçada por suas cotoveladas, para permitir-lhe passar na frente, só que ele, como Mateus, era um publicano, um cobrador de impostos. Mas ele, como Mateus, tinha em seu coração fome por ver a Jesus. Não foi suficiente ficar atrás da multidão. Não foi suficiente vislumbrar com uma luneta de papelão. Não foi suficiente ouvir alguma outra pessoa descrever o desfile do Messias. Zaqueu queria ver Jesus com seus próprios olhos. Então subiu numa árvore. Vestido com um luxuoso traje de três peças e sapatos italianos de qualidade, trepou na árvore esperando ver Jesus. Eu me pergunto se você estaria disposto a fazer a mesma coisa. Subiria num galho para ver Jesus? Nem todo mundo o faria. Na mesma Bíblia em que lemos sobre Zaqueu subindo num galho de sicômoro, lemos de outro rico funcionário. Diferente de Zaqueu, para ele a multidão abriu passagem. Era o... bem, o rico, o jovem rico. Ao saber que Jesus estava por perto, pediu sua limusine e atravessou a cidade e se aproximou do carpinteiro. Por favor, perceba a pergunta que tinha para Jesus: "Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?" (Mateus 19:16, ACF). Como se diz, esse funcionário era um homem com os pés no chão. Não tinha tempo para formalismo e conversações. "Vamos direto ao ponto. Seu horário está cheio, sua agenda lotada de compromissos sociais e profissionais importantes; assim como a e a minha. Diga-me como posso ser salvo, e O deixarei em paz". Não há nada de errado na pergunta, mas havia um problema em seu coração. Compare seu desejo com o de Zaqueu: "Posso subirr nessa árvore?" Ou João e André: "Onde moras?" Ou Mateus: "Podes ficar esta noite?" Ou Simeão: "Posso estar vivo até eu vê-lo?" Ou os magos: "Preparem os camelos. Não vamos deter-nos até vê-lO; o Messias nasceu e nós não descansaremos enquanto não O encontrarmos". Ou os pastores: "Vamos... e vejamos". Percebe a diferença? O jovem rico queria a medicina. Os outros queriam o Médico. O jovem queria uma resposta para sua charada. Eles queriam o Mestre. O jovem estava com pressa. Os outros tinham todo o tempo do mundo. Ele se conformou com uma xícara de café pela janela de serviço dos carros. Eles não se conformariam com nada menos do que um jantar completo numa mesa de banquete. Eles queriam mais que salvação. Queriam o Salvador. Queriam ver Jesus. Eram fervorosos em sua busca. Uma tradução de Hebreus 11:6 diz: "Deus recompensa os que buscam fervorosamente". Outra diz: "Deus... recompensa os que buscam sinceramente" (traduções diretas do inglês, ênfase do autor). A Nova Versão Internacional diz: "Ele... recompensa aqueles que o buscam". Diligentemente é uma grande expressão. Seja diligente em sua busca. Busque com fome, incansavelmente em sua peregrinação. Que este texto devocional seja só um dentre as dúzias que você lerá sobre Jesus e que esta hora seja uma das centenas nas quais você estará procurando-O. Afaste-se da busca insossa de posses e posições, e busque seu Rei. Não se dê por satisfeito com os anjos. Não se contente com as estrelas do céu. Busque por Ele assim como fizeram os pastores. Busque-o com anelo, como Simeão. Adore-o como os magos o adoraram. Faça como João e André fizeram: peça-lhe Seu endereço. Faça como Mateus: convide Jesus para ir à sua casa. Imite a Zaqueu: arrisque tudo para ver a Cristo. Deus recompensa os que buscam. Não os que buscam doutrina ou religião, sistema ou credos. Muitos se conformam com estas paixões menores, mas a recompensa é para os que não se conformam com nada menos que o próprio Jesus. Qual é a recompensa? O que aguarda aos que buscam a Jesus? nada menos que o coração de Jesus. "Somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (II Coríntios 3:18, PJFA) - Extraído e Adaptado de Max Lucado, “Simplesmente Como Jesus”.