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postado em: 9/20/2015
Cuidado Com a Beirada! Me agrada a história do menino que caiu da cama. Quando sua mãe lhe perguntou o que tinha acontecido, ele respondeu: "Não sei. Acho que fiquei muito perto do lugar por onde entrei". É fácil fazer o mesmo com nossa fé. É tentador permanecermos no exato lugar por onde entramos e nunca mexer-nos. Escolha um momento do passado não muito remoto. Um ano ou dois atrás. Agora formule-se umas poucas perguntas. Como se compara sua vida de oração atual com a daquele tempo? E o que dá? Incrementou tanto a quantidade como o gozo? E a sua lealdade para a igreja? Pode notar que cresceu? E seu estudo bíblico? Estás aprendendo a aprender? A Bíblia nos recomenda: "Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Efésios 4:15, ACF, ênfase do autor). "Deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição" (Hebreus 6:1, ACF, ênfase do autor). "Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo" (1 Pedro 2:2, ênfase do autor). "Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18, ACF, ênfase do autor). O crescimento é um objetivo do cristão. A maturidade é um requisito. Se uma criança deixasse de desenvolver-se, o pai se preocuparia, não é verdade? Consultaria os médicos. Seriam feitos exames de laboratório. Quando o crescimento de uma criança se detém, alguma coisa anda mal. Quando um cristão para de crescer, precisa de ajuda. Se você é o mesmo cristão de alguns meses atrás, cuidado. Seria sábio de sua parte fazer uma checagem. Não do seu corpo, mas sim do seu coração. Não física, mas espiritual. Posso sugerir uma? Arriscando parecer um pregador, o qual sou, posso fazer uma sugestão? Por que não revisa os seus hábitos? Embora existam muitos hábitos negativos, também existem muitos positivos. Aliás, posso achar quatro na Bíblia. Adote-os como atividades regulares e observe o que acontece. Primeiro: o hábito da oração: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" (Romanos 12:12, ACF, ênfase do autor). Quer saber como aprofundar sua vida de oração? Ora. Não se prepare para orar. Simplesmente ore. Não apenas leia sobre a oração. Simplesmente ore. Não assista a discursos a respeito da oração nem participe de palestras referentes à oração. Simplesmente ore. A postura, o tom e o lugar são assuntos pessoais. Escolha a forma que dê resultado para você. Mas não pense demais. Não se preocupe tanto com a embalagem do presente, a ponto de nunca chegar a entregá-lo. É melhor orar com lerdeza do que nunca fazê-lo. E se você sente que só deve orar quando estiver inspirado, está bem. Somente assegure-se de estar inspirado todos os dias. Em segundo lugar, o hábito do estudo: "Aquele que atenta para a lei perfeita (...) e adota o hábito de assim fazê-lo, não é um que ouve e esquece. Põe em prática essa lei e obtém a verdadeira felicidade" (Tg 1:25, Phillips [tradução livre do inglês], ênfase do autor). Imagine que está decidindo o que comerá num restaurante de self-service. Escolhe sua salada, escolhe seu prato principal, porém quando chega aos vegetais, vê uma travessa de algo que te revira o estômago. — Eca! O que é isso? — pergunta, apontando-o. — Veja, nem queira saber — responde com um pouco de vergonha um dos que servem. — Não, eu quero saber. — Bem, já que insiste. Alguns preferem engolir o que outros já mastigaram. Repulsivo? É mesmo. Mas difundido. Mais do que você pode imaginar. Não com a comida do restaurante, mas sim com a Palavra de Deus. Tais cristãos têm boas intenções. Escutam com atenção. Porém discernem pouco. Conformam-se em engolir o que lhes dizem para engolir. Com razão deixaram de crescer. Em terceiro lugar, o hábito de dar: "No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade" (1 Coríntios 16:2, ACF, ênfase do autor). O dar não é para o bem de Deus. Você dá para seu próprio bem. "O propósito de dizimar é para ensinar-nos a colocar sempre a Deus em primeiro lugar em nossas vidas" (Deuteronômio 14:23, The Living Bible [tradução livre do inglês]). De que modo o dízimo lhe ensina? Considere o simples ato de preencher um cheque para a oferta. Primeiro escreve a data. Isso já lhe lembra que você é uma criatura limitada pelo tempo e que cada posse que tem enferrujará ou queimará. O melhor é dá-lo enquanto pode. Depois, escreve o nome daquele a quem entregará o dinheiro. Se o banco pagasse, escreveria: Deus. Porém, eles não pagariam, então escreve o nome da igreja ou grupo que ganhou a sua confiança. Continuando, você escreve o valor. Aaahhh, o momento da verdade. Você é mais que uma pessoa com talão de cheques. Você é Davi, que coloca uma pedra no estilingue. É Pedro, com um pé sobre o barco, o outro sobre a água. É uma pequena criança numa grande multidão. Um almoço de piquenique é só o que precisa o Mestre, mas é tudo quanto você tem. O que fará? Lançará a pedra? Dará o passo? Entregará a comida? Com cuidado, não se mexa com muita rapidez. Não está escrevendo uma simples quantia... está fazendo uma declaração. Uma declaração que diz que, enfim, tudo pertence a Deus. E depois, a linha situada no setor inferior esquerdo onde se especifica para o que é o cheque. Difícil saber o que escrever. É para conta de eletricidade e literatura. Um pouco para extensão do Evangelho. Um pouco para salário do obreiro. Melhor ainda, é um pagamento parcial pelo que a igreja tem feito para ajudá-lo na educação de sua família... a manter em ordem suas prioridades... a sintonizar-se a sua presença. Ou, talvez, o melhor de tudo, é para você. Pois ainda que seja um presente de Deus, o benefício é para você. É o momento indicado para que corte um outro filamento da corda que o sujeita à Terra, para que, quando Ele volte, você não esteja amarrado a este mundo – e fique por aqui, como a mulher de Ló ficou em Sodoma. E, por último, o hábito da comunhão com os outros: "Não abandonemos o hábito de reunir-nos, como fazem alguns. Em vez disso, animemo-nos uns aos outros" (Hebreus 10:25, TEV [tradução livre do inglês], ênfase do autor). Escrevo este capítulo em um sábado pela manhã em Boston. Vim para cá convidado como orador para uma conferência. Depois de cumprir com meu compromisso ontem à noite, fiz algo muito espiritual: assisti a um jogo de basquete dos Boston Celtics. Não pude resistir. Boston Gardens é um estádio que tinha desejado conhecer desde a minha infância. Além disso, Boston jogava contra meu time preferido: os Santo Antônio Spurs. Ao ocupar meu assento, pensei que talvez era o único simpatizante dos Spurs presente nessa multidão. Seria sábio manter-me em silêncio. Mas isso era difícil de fazer. Eu me contive por alguns minutos, mas nada mais. Ao finalizar o primeiro quarto estava deixando escapar solitários gritos de júbilo cada vez que os Spurs marcavam um ponto. As pessoas estavam começando a virar-se e olhar para mim. É um assunto arriscado, esta rotina da voz no deserto. Foi nesse momento que percebi que tinha um amigo do outro lado do corredor. Ele, também, aplaudia os Spurs. Quando eu aplaudia, ele também. Tinha um companheiro. Nos alentamos um ao outro e, com isso, eu me senti bem melhor. Ao finalizar o primeiro quarto lhe fiz um sinal com o dedo polegar levantado. Respondeu-me da mesma forma. Era só um adolescente. Não tinha importância. Estávamos unidos pelo laço mais elevado da camaradagem. Esse é um dos propósitos da igreja. Toda a semana você anima o time visitante. Aplaude o êxito dAquele a quem o mundo se opõe. Fica em pé quando todos os outros permanecem sentados e se senta quando todos os outros se levantam. Em algum momento você necessita de apoio. Precisa estar com pessoas que demonstrem seu júbilo quando você também o faz. Precisa daquilo que a Bíblia chama de comunhão. E o necessita a cada semana. Depois de tudo, só pode agüentar um pouco de tempo antes de considerar unir-se à multidão. Aí estão quatro hábitos que vale a pena adotar. Não é agradável que alguns hábitos sejam bons para você? Faça deles parte da sua vida e crescimento. Não cometa o erro do pequeno menino. Não permaneça perto demais do lugar por onde entrou. É arriscado descansar na beirada. - Texto Extraído e Adaptado de Max Lucado, “Quando Deus Sussurra o Seu Nome”. Frase-Chave: É arriscado descansar na beirada.