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postado em: 11/21/2015
A Verdade à Qual Devemos nos Apegar As perdas que causam sofrimento, sejam elas comuns, sejam as terríveis experiências de um trauma, são de fato as coisas mais difíceis que enfrentaremos. Lembremo-nos, então, de algumas verdades que nos ajudarão a atravessar a jornada de sofrimento. Sofrimento é uma jornada que tem fim Deus nos fez com a capacidade interna de adaptar-nos às perdas mais chocantes da vida. Essa adaptação não acontece em questão de dias ou mesmo semanas, se a perda tiver sido muito grande. Na verdade, leva meses e anos para ocorrer. Isso não significa que se um ente querido morrer você não poderá superar essa perda por um tempo muito longo; ao contrário, você será atingido e continuará a ajustar sua vida interior e exterior por muito tempo. Por instinto, procuramos formas para superar essas situações desde o começo e, com a graça de Deus, encontramos maneiras para atravessar longos dias e, às vezes, noites mais longas. Mas, com o passar do tempo, a jornada finalizará. Às vezes damos passos como os de crianças; em outras, os passos são bem mais largos. O fim da jornada não significa que as lembranças são apagadas. Ainda que nos aproximemos desse fim, não significa que, nos anos futuros, não sejamos surpreendidos por um sentimento de dor quando nos lembrarmos do momento da separação em que houve a perda. Contudo, teremos aprendido a mudar a vida para que seja um modo novo e adaptado de viver. Você não precisa seguir a jornada sozinho A perda é sua e, neste sentido, você está sozinho, Ninguém pode de fato se colocar ao seu lado e dizer que sabe exatamente pelo que você está passando (embora não devamos ficar surpresos quando outras pessoas tentam dizer isso). No entanto, há quem passou pelo mesmo tipo de experiência que você. Se você perdeu o filho, ou o cônjuge, ou um de seus pais, ou o emprego, ou o casamento, há outros que já passaram pela mesma jornada. O mais importante é que existem pessoas que conseguiram chegar ao outro lado. Procure-as. Conte-lhes sua história. Não espere que alguém tenha toda a sabedoria, discernimento e compaixão de que você está precisando em sua perda, mas aceite todo apoio que puder nas convicções de pessoas que tiveram a oportunidade de levar adiante a vida, mesmo depois deterem sofrido um golpe que as deixou no chão. Ninguém pode arrancar-lhe as lembranças vivas, a realidade das coisas boas que você experimentou com aquela pessoa que você perdeu Sentiríamos menos dor se jamais tivéssemos algo ou alguém para perder, mas isso só serviria para nossa miséria. Se você está passando por uma experiência de dor, provavelmente isso esteja acontecendo porque houve alguém ou algo bom em sua vida de cuja ausência você está perfeitamente ciente agora. Ter sido capaz de apreciar o que tinha só lhe dá crédito, e você leva consigo para o futuro as mesmas capacidades para amar e valorizar. Se você se tornou uma pessoa melhor ou mais completa por causa de um relacionamento íntimo, então você realmente mudou para melhor, e isso enobrece a vida da pessoa que agora se foi. Deus ofereceu a Si mesmo em sua dor Deus prometeu que não nos deixaria sozinhos, que a vida de criaturas como nós, que experimentamos dor e sofrimento, será, no final, restaurada e curada, se nós nos apegarmos a Ele, e que é possível reunirmo-nos com aqueles cujo destino final é um relacionamento eterno com o Pai. Quando deixou os discípulos, Jesus pôde ver a dor nos olhos deles. Ele lhes disse que sofreriam por um tempo, mas o sofrimento se transformaria em alegria. Na vida de Jesus vemos o próprio Deus experimentando todos os tipos básicos de perda pelos quais passamos: foi traído por amigos e rejeitado por aqueles a quem veio ajudar; chorou junto ao túmulo de um amigo e tremeu de ansiedade na noite que antecedeu Sua prisão e morte; viu pessoas jogando fora a vida que tinham e escarnecendo de tudo o que realmente importa para Deus. Mas Ele também viu outras coisas. Viu o esplendor da ressurreição depois da escuridão do túmulo. Ele nos viu aptos para estar diante de Deus vestidos de justiça. Sabe que somos pavio fumegante e caniço rachado (v. Is 42:3). Mas em vez de nos apagar ou quebrar, dá-nos graça para prosseguir. Quando estamos diante de uma perda trágica, é possível que não nos sintamos firmes em nossa fé. Mas devemos nos lembrar que a fé, em sua essência, é para a pessoa fraca e transtornada que se lança à misericórdia de Deus. Se fizermos isso, nós nos veremos sustentados. “Será que você não sabe? Nunca ouviu falar? O SENHOR é o Deus eterno, o Criador de toda a terra. Ele não se cansa nem fica exausto; sua sabedoria é insondável. Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos, e os moços tropeçam e caem; mas aqueles que esperam no SENHOR renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam” (Isaías 40:28-31). - Extraído do livro de H. Norman Wright, Palavras de Consolo Para Momentos de Dor.