Digite uma palavra chave ou escolha um item em BUSCAR EM:
postado em: 1/31/2015
Fome e Sede de Deus “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmo 42:1-2). Talvez nossa vontade de chegar até Deus não seja tão intensa quanto era a de Davi, mas também é real. A fome dói, então tentamos acabar com ela de qualquer forma. Um dos meios que usamos é a atividade religiosa. E isso inclui ler livros, ouvir música ou participar de congressos. Essas atividades são boas e até nos alimentam, mas o que estamos recebendo como alimento é a experiência de outras pessoas. Posso, e devo, ler um salmo de Davi clamando em uma caverna no deserto, mas esse não será o meu salmo. Não é o meu salmo porque a caverna não é a minha caverna, o deserto não é o meu deserto e as lágrimas também não são as minhas. Durante muito tempo, supus que minha experiência com Deus seria semelhante a um dos salmos: estruturada em ritmos agradáveis, repleta de imagens poéticas, uma obra de beleza e graça. O que aprendi é que os salmos nasceram em decorrência de uma grande fome, para a qual não há, neste planeta, alimento suficiente. Abraham FIeschel disse que a pessoa satisfeita, na verdade, nunca teve grandes ansiedades. Acredito que ele tenha dito isso porque sabia que os alimentos mais ricos que há no céu não satisfazem à nossa fome. Pelo contrário: eles têm como efeito torná-la ainda mais intensa. - Ken Gire.