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postado em: 4/7/2015
Onde Todos São, Realmente, Importantes “Não podemos viver exclusivamente para nós mesmos. A vida de de cada um de nós está ligada à vida dos outros por milhares de fios invisíveis, e, ao longo dessas fibras sintonizadas, nossas ações acontecem como causas e retornam para nós como resultados”. – HERMAN MELVILLE. Em nossa sociedade classificatória que a tudo categoriza, desde times de futebol até "o melhor cachorro quente da cidade", uma atitude de valor comparativo pode facilmente infiltrar-se na igreja de Cristo. Mas o perfil do grupo de seguidores de Jesus não deveria parecer-se com uma estrutura mecânica militar ou corporativa. A Igreja que Jesus fundou mais se parece com uma família na qual o filho portador de uma deficiência congênita tem o mesmo valor de seu irmão que é bolsista da Fundação Cecil Rhodes. Como o corpo, a Igreja é composta de células muito surpreendentes em sua diversidade, mas muito eficientes em sua reciprocidade. Deus só exige uma coisa de suas "células": que cada uma seja leal à Cabeça. Se cada célula aceitar as necessidades de todo o Corpo como o propósito de sua vida, então o corpo viverá sadio. É uma jogada brilhante, o único igualitarismo puro que vejo em toda a sociedade. Nosso Valor No Corpo de Cristo Ele dotou cada pessoa no Corpo com a mesma capacidade de responder a ele. No Corpo de Cristo uma professora de jardim-de-infância tem o mesmo valor de um bispo, e o trabalho dessa professora pode ter exatamente a mesma importância. O dólar de uma viúva pode equivaler à renda anual do milionário. Timidez, beleza, eloquência, raça, sofisticação — nada disso tem importância, interessa apenas a lealdade das células à Cabeça (e, por meio dela, de uns para com os outros). Nossa igrejinha de Carville inclui um cristão dedicado de nome Lou, nascido no Havaí, que exibe marcas causadas pela lepra. Sem cílios ou sobrancelhas, seu rosto tem uma aparência nua, nada harmoniosa, e as pálpebras paralisadas deixam-lhe os olhos cheios de lágrimas, como se ele estivesse chorando. Ele está quase totalmente cego devido à falha de algumas células nervosas na superfície dos olhos. Lou se debate constantemente com a crescente sensação de isolamento do mundo. Seu tato quase desapareceu, e isso, somado à cegueira quase completa, faz dele um sujeito amedrontado e retraído. Seu maior temor é a possibilidade de também vir a perder a audição. Ele só pode oferecer um único "dom" à nossa igreja, além de sua presença física: cantar hinos a Deus acompanhando-se ao som de uma harpa. Nossos terapeutas fizeram uma luva que lhe permite continuar tocando o instrumento sem machucar as mãos insensíveis. Mas aqui está a verdade do Corpo de Cristo: Ninguém em Carville contribui mais para a vida espiritual de nossa igreja do que Lou tocando sua harpa. Ele exerce um impacto tão forte sobre nós como qualquer outro membro da comunidade ao oferecer como louvor a Deus o limitado e frágil tributo de sua música. Quando Lou nos deixar, ficará em nossa igreja um vazio que ninguém poderá preencher — nem mesmo um harpista profissional com seus dedos ágeis e um diploma da renomada Escola de Música Jilliard. Todos na igreja sabem que Lou é um membro vital, tendo a mesma importância de qualquer outro — e esse é o segredo do Corpo de Cristo. Se cada um de nós aprender a orgulhar-se do fato de que valemos pouco, a não ser em relação ao Corpo de Cristo; e se cada um reconhecer o valor de todos os outros membros, então talvez as células do Corpo de Cristo comecem a agir como Ele planejou. - Extraído e adaptado do livro “Feito de Modo Especial e Admirável”, dos autores Philip Yancey & Paul Brand.