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postado em: 4/20/2015
O Desafio da Integridade Li, na semana passada, a respeito de uma mulher que parecia grávida; ele saía de uma mercearia. O sub-chefe suspeitou dela e a deteve. Dali a pouco ela "deu à luz" meio quilo de manteiga, uma torradeira, um frasco de mel para panquecas, dois tubos de creme dental, um frasco de tônico capilar e várias barras de doce. Uma dona-de-casa da Califórnia foi flagrada apanhando vários artigos, à medida que caminhava pelas várias seções de um supermercado, seguida pelos filhos que, com toda rapidez, iam embolsando os objetos roubados. Sistemas de alarme sofisticados, espelhos especiais que na verdade são como janelas, engenhocas que trancam, câmeras que se movimentam e fitas eletrônicas sinalizadoras têm muito trabalho no controle e na elucidação do problema... que cresce cada vez mais. Segundo uma estimativa, um em cada 52 fregueses sai da loja, todos os dias, carregando pelo menos um artigo não pago. As perdas, no momento em que estou escrevendo, atingem a cifra astronômica de 3 bilhões de dólares por ano [isso, só nos EUA] ... e aumentam sempre. Lembremo-nos, todavia, que o roubo em lojas é apenas uma fatiazinha do grande bolo da desonestidade humana. Não nos esqueçamos de nossos registros depravados: a cola nos exames, o roubo de toalhas nos hotéis, não trabalhar oito horas completas, mentiras atrevidas e meias-verdades. Há, também, as afirmações exageradas, a manipulação de relatórios sobre perdas cobertas pelo seguro, quebra de promessas de caráter financeiro, fraudes domésticas, etc. [A lista é imensa e inclui desde aquela “mentirinha” que onde a criança diz, ao telefone, que o pai não está, a pedido deste, até ao roubo direto de Deus: Malaquias 3:8-10). Você sabia que desde 1811 (quando alguém que havia fraudado o governo dos EUA e enviou a Washington, anonimamente, 5 dólares) o Tesouro Americano abriu uma Conta de Consciência? A partir daquele ano, o governo já recebeu quase três milhões e meio de dólares de cidadãos aguilhoados pela consciência. A resposta, embora possa parecer simplista, é o retorno à honestidade. Uma palavra melhor ainda seria integridade. Para algumas pessoas, isso seria uma reversão difícil... mas, como é necessária! É Uma Questão de Coração Resume-se tudo numa decisão íntima. Nada menos do que isso poderá contra-atacar a desonestidade! Punição externa pode magoar, mas nada resolve. Sei que em alguns países árabes, quando um homem é apanhado roubando, cortam-lhe a mão. Você poderia pensar que tal procedimento conseguiria diminuir a desonestidade nacional. Entretanto, pelo que eu leio, dificilmente se poderia provar que os árabes têm mais integridade do que em outros países. Cortar a mão a fim de eliminar o roubo erra o coração do problema em cerca de 70 cm. A desonestidade não se inicia na mão, da mesma forma que a cobiça não se inicia no olho. Trata-se de doença interna. Revela uma fissura séria de caráter. Idealmente, plantamos as sementes da honestidade e cultivamos a planta e suas raízes em casa. Sob os olhos vigilantes de pais diligentes, persistentes e coerentes! No melhor laboratório da vida que Deus jamais projetou: a unidade familiar. É ali que se absorve um padrão apropriado de valores, enquanto se aprende o valor de um real. É nessa bigorna que se martela e se forja a apreciação do trabalho duro, a estima da verdade, a recompensa da realização, e o custo da desonestidade, de tal maneira que se forma uma vida de modo correto, internamente. É lá que se forja o caráter. Mas, suponhamos que você não obteve esse treinamento. Será que ainda há esperança? Claro! Uma das razões porque o Cristianismo tem tanto apelo é a esperança que provê. Cristo não oferece uma técnica sobre como reconstruir sua vida. Ele lhe oferece a vida dele — a honestidade dele, a integridade dele. Nada de leis, nada de proibições, de ameaças. Mas, poder suficiente para contra-atacar sua tendência para desonestidade. Ele a chama de "co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção..." Absolutamente honesto. Algumas pessoas poderiam dizer-lhe que crer em Jesus Cristo — confiar nEle a fim de quebrar os velhos hábitos e fazê-lo pessoa honesta — significa cortar sua cabeça. Que isso é cometer suicídio intelectual. Será que fazer funcionar sua vida interior segundo o princípio da fé (em vez do princípio do fracasso) é mero pensamento positivo? De modo nenhum! Não se trata apenas do melhor modo de parar de ser desonesto — é o único modo. Você não precisa cortar a mão, e tampouco a cabeça, a fim de tornar-se uma pessoa honesta. Você precisa é cortar seus hábitos — ao permitir que Cristo seja a Presença honrosa em seu coração. Não demorará muito para que você descubra que a honestidade é Cristo dentro de você. - Texto extraído e adaptado de “A Busca do Caráter”, de Charles Swindoll.