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postado em: 14/2/2013
Fernando de Almeida Silva Editor Associado www.iasdemfoco.net [email protected]
Benito Mussolini e Adolf Hitler
A burrice e a falsidade ideológica, sejam individuais, sejam coletivas me irritam. Irrita-me a falsidade nas pessoas, nas artes, na literatura, na música, na ciência. Irrita-me pensar em tudo que é falso, desde o pensamento abstrato e sem noção dos anarquistas sociais, ao desejo revolucionário dos cubistas de impor sua “arte de concepção”, como a definiu o teórico do movimento, Guillaume Apollinaire.
O cubismo é derivado do pós-impressionismo, cuja referência era a forma geométrica, com expressivo uso da linha reta, e buscava alcançar a criação por meio da análise intelectual dos motivos. Picasso e George Braque, seus fundadores, podem ser famosos, mas não gosto de sua arte, que considero bizarra e sem beleza, principalmente as telas monocromáticas; a exceção fica por conta das telas em cores, em que a policromia forma um conjunto que agrada à razão.
Foi o fauvista Henri Matisse que, em 1908, ao criticar, de forma negativa, uma tela de George Braque, morto em 1910, inventou, sem querer, o termo CUBISMO. Prefiro o Impressionismo de Raul Cézanne e Georges Seurat, assim como o leve e intimista Rococó, de Antoine Watteau, e o artístico Barroco, de Bernini e Caravaggio. A irritação que sinto ao ser defrontado com a burrice e a falsidade ideológica se assemelha à raiva que se apodera do insensato, ao ser provocado por uma mosca, durante o café da manhã. Na ânsia de devorar um fragmento de pão com geleia que ficou sobre a toalha da mesa, a mosca voa e pousa satisfeita, e sem permissão, na ponta do nariz do nosso insensato, para delírio da provocação. Dominado pela raiva e pela estupidez da revanche, o insensato parte para a briga e tenta matar a mosca, numa luta desigual de reação, força e destreza, entre ele e a mosca, destituída de razão e força. O insensato, sem domínio de suas reações, já no café da manhã, descarrega sua ira sobre a inconcebível estupidez da mosca. E, no final da luta, sem a vitória sobre a mosca e com os nervos à flor da pele, o insensato se revolta contra Deus (que fez a mosca), o mundo (que tem o pão como alimento) e o fabricante da geleia (que pôs nela o doce que atraiu a mosca).
É a glória da estupidez humana. A insensatez da mosca, que não tem raciocínio nem força, na verdade não existe, mas, se existisse, seria semelhante à podridão do poder, que corrói o cerne da decência intelectual e da consciência moral do homem simplório, que se deixa perverter pelo modismo da retórica. Por isso, a ideologia do nazismo era bancada pela servidão ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (“Nazi”). Já a ideologia do fascismo italiano era sustentada pelo Partido Nacional Fascista e pela arrogância e rebeldia de Benito Mussolini, que ignorou os registros da História.
Basta ouvir os discursos inflamados que ele e Adolf Hitler faziam. Os discursos de Hitler eram mais truculentos, talvez, por ódio aos judeus. Os discursos de Mussolini, mais avassaladores, talvez por ser ele contra o militarismo dos “Impérios Centrais”, bloco de nações formado por Alemanha, Áustria-Hungria, Turquia e Bulgária e, mais tarde, o Império Otomano, na Primeira Guerra Mundial, e, depois, devido à posição central ocupada pela Alemanha e a Áustria-Hungria, no continente europeu. Mas era pura demagogia ufanista. Quando governava a Itália, Mussolini privilegiou os discursos inflamados e a dramaticidade, inchada de arrogância. Il Duce (líder, chefe), como ele gostava de ser chamado, ditador da Itália, pensava que era semelhante a Hitler, o Führer (líder, guia) da Alemanha nazista, mas à moda italiana. Todavia, ele era, na verdade, um degrau a mais na escada do sonho de consolidação do poder de Hitler sobre a Europa.
Nos últimos anos da guerra, Hitler viveu entrincheirado na Chancelaria em Berlim e, depois, escondido, à sombra do nazismo, no Bunker, onde se casou com Eva Braun, pouco antes de se suicidar. Cercado de bajuladores, delirava na volúpia do poder de seu estoicismo (floresceu do período helenístico até a era romana) antigo, que nele era burro e ilusório, sem o brilho dos tempos do fundador da Filosofia Estoica, o grego Zenão de Cítio, mas exaltando o sadismo, o cinismo e a intolerância de sua vontade, como o imperador romano Tibério César.
Cruel e desumano como o imperador Calígula, que privilegiava a maldade, Hitler parecia viver na Renascença italiana, que teve o estoicismo como sua fonte de inspiração, mas ele agia como se fosse um ícone do racionalismo do prussiano Immanuel Kant, um de seus maiores expoentes. Era um desgraçado. Megalomaníaco como o imperador Nero, que sonhou uma nova Roma, incendiando a velha cidade e pondo a culpa nos cristãos, Hitler, culpando os judeus pela desgraça da Europa, imaginou uma nova Alemanha, com estádios, praças e edifícios suntuosos, a fim de exaltar a supremacia do partido nazista e fazer do povo alemão uma “raça superior” (Herrevolk).
Dominado por esses insanos pensamentos, ao longo da guerra destruiu milhões de judeus, ciganos, maçons e efeminados, mas subestimou a reação dos países da Europa dominada e, posteriormente, dos outros continentes, que o derrotaram, em 1945, pondo fim à Segunda Guerra Mundial. E Mussolini, que era “deus” para seus bajuladores, não era deus para o povo subjugado e nem para ninguém. Era, apenas, um Hitler em escala menor. Mas ele pensava que era grande. Só mesmo sua amante, Clara Petacci, para suportar sua retórica claudicante. Pena que, depois de serem capturados e metralhados pelos partigiani (guerrilheiros) italianos em Dongo, perto do Lago de Como, em 28 de abril de 1945, ela não pode vê-lo, nem ele a ela, por estarem mortos e pendurados de cabeça para baixo na Piazza Loreto, na cidade de Milão.
Mussolini foi influenciado pelo que leu de Friedrich Nietzsche e pela corrente do "sindicalismo revolucionário", sustentada pelo escritor francês Georges Sorel (1847-1922) e outros. Isso fazia a burguesia soltar labaredas de fogo pelo nariz, com a mesma determinação de um russo, com a chegada de Napoleão Bonaparte em Moscou, em 1812, ou de um bolchevique, em 1917, idolatrando Lênin e exigindo a morte do antissemita Czar Nicolau II, último imperador da Rússia, fuzilado em 17 de julho de 1918, em Ekaterinburgo, na Sibéria.
Por falar em Rússia, a canção russa mais famosa do mundo a partir do final da década de 1950, Noites de Moscou, de Vassily Solovev e Mikhail Matusovski e eternizada na voz do alemão Ivan Rebroff (nascido Hans-Rolf Rippert), um solteirão que vivia na ilha Skopelos, na Grécia, foi composta para homenagear a cidade de São Petersburg (Leningrado, até 1991, e Petersburgo, atualmente), antiga capital do Império Russo até 1917, fundada pelo Czar Pedro, o Grande, em 1703. O nome original da canção era Noites de Leningrado, mas a insanidade do Ministério da Cultura da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) mandou alterar a letra e a música, mudando o nome para Noites de Moscou, sendo Moscou, a essa altura, a capital da URSS.
Não creio no idealismo de vanguarda que os intelectuais pregam, diante da concepção divagante da arte abstrata ou do romantismo e da beleza da arte clássica, para ludibriar a inocência caída do povo. O mundo dos maus políticos seria melhor sem eles, ou se eles não existissem. E que fossem substituídos por assalariados sem desejo de salários para viver à custa dos que os sustentam, com o sustento tirado dos outros. Mas, infelizmente, o povo não sabe votar. Quando acha que sabe, mesmo assim erra como a Patrística e os concílios erraram, ao conceituarem os dogmas da fé e ao defenderem somente a fé (católica) e os chamados “pais” da Igreja, debatidos nos concílios, a começar pelo Primeiro Concílio de Niceia, em 325 d.C., que estudou a questão entre Jesus Cristo e Deus, a data da Páscoa e promulgou a chamada Lei Canônica, como se Cristo tivesse dito a eles o que eles diziam que Cristo disse ou pensou, antes, durante e depois do concílio. Mas Jesus Cristo tinha morrido havia 292 anos e não escrevera uma única palavra sequer, durante toda Sua vida.
E nós engolimos tudo, para não dizer que também erramos, tendo o nonsense como testemunha da aridez interpretativa da fé. A fé e a confiança são inúteis no coração destituído de piedade, mansidão e amor. Friedrich Nietzsche desprezou a dualidade da concepção filosófica e enfraqueceu a confiança da estética intelectual, ao exaltar a essência da tragédia grega, contrastando Dionísio e Apolo, como fez Albert Einstein com sua Teoria da Relatividade, segundo a qual o tempo é relativo. Para a Teologia, o tempo também é relativo, em termos de Eternidade (no conceito material, de vida humana somente), pois a eternidade é, para o homem, somente o tempo de sua vida na Terra. Mas a Eternidade, no sentido de vida após a morte e da ressurreição do crente, é imaterial e não tem fim. E aí reside a diferença entre o tempo e a fé, pois o tempo não limita a fé. No entanto, a tradição da igreja, as explicações da Ciência, os postulados da Filosofia e os dogmas da Teologia analisados nos concílios e fora deles não podem mudar a fé nem a religião no coração do homem e, tampouco, desnudar o pragmatismo da concepção literária, pelo bel prazer dos libertários de plantão, que primam por conjugar ação e vontade próprias, para dominar o povo pelo medo da perdição.
Acham eles que, agindo como agem, esquecem a guerra. Mas a guerra, que fingimos não existir, existe e está dentro de nós (o bem contra o mal) e diante de nossos olhos (nação contra nação), em pleno tempo de paz. E fingimos que não a vemos. E fingimos que não há guerra. Mas logo descobrimos que sempre estamos em guerra, não no campo de batalha bélico, mas no campo da fé e da retórica do pensamento filosófico de esquerda, falso e vazio, sem sentido e sem razão, por suas equivocadas interpretações da capacidade humana de pensar.
Descobrimos, então, que guerra é guerra e paz nunca é paz, pois estamos engajados no exército da sobrevivência e entrincheirados na desilusão da própria guerra, que nunca deveria existir. Quando estamos em guerra, não há como dizer que, matando o inimigo, buscamos a paz ou chegaremos a ela. Guerra é guerra. Mata-se mais em tempos de paz do que em tempos de guerra. É o contrassenso metodológico da inversão do discurso da guerra, fingindo que vivemos em paz, mesmo diante do conflito bélico. Se eu trocar a sensibilidade da alma pela confiança do tato somente, destruirei a sensação de sentir a dor, a alegria e o prazer, para alcançar a felicidade, como defende a filosofia estóica, pois, em certos momentos da vida, a dor é um remédio que faz bem à alma.
O encanto da retórica é pura frustração do concretismo literário. Os intelectuais não sabem como negá-la. Aprender a negação do discurso sem o subjetivismo da compreensão literária é um esforço inútil para acalmar a ignorância e amenizar a falsidade ideológica. É, acima de tudo, glorificar a burrice. Em outras palavras, é pura ilusão. Mas os intelectuais fingem que sabem de tudo, a fim de defender ideias vazias, pensamentos abstratos e conceitos inócuos, que até eles mesmos têm dificuldade em definir, pela lógica material, quanto mais pela lógica espiritual. Ser espiritual é unir a mente, o corpo e a alma, para compreender a intuição divina que se apodera do homem pecador, num momento de meditação e fraqueza de fé, mesmo diante de Deus.
Ser intelectual é, em determinados momentos, o mesmo que ser vazio de olhar, quando se procura compreender o sentido da vida, apenas pela razão. Num subjetivismo bem desumano, ser intelectual é olhar para trás, à procura da origem do pensamento de seus ancestrais que, pensa, encontrará. A cada dia, os intelectuais procuram explicar a importância da Filosofia, por meio do olhar nostálgico da crítica analítica para o passado, à procura de sua história e de sua arte, para compreender a síntese da arte, a história e o pensamento do homem do mundo antigo, sem nada encontrar. E não conseguem ir além. Por isso, jamais compreenderemos essa dualidade interpretativa da filosofia e da arte, seja pela intuição do saber acadêmico, que tanto os intelectuais prezam, seja pela prática da fé, a que os religiosos se apegam, pois sabemos que, desde há muito, e pela revelação que temos das Escrituras Sagradas, a burrice do homem o ama mais do que o amor ama à sua burrice. Daí sua aflição de caráter, destituído de pragmatismo, ante o triunfo da beleza e o encanto da arte, que a arte da beleza eternizou.
Portanto, não existe diálogo entre a razão e o querer, porque o sofrimento é compatível com a dor e a ignorância, com a desilusão. No século XVII, o cientista e inventor Galileu, que fundou a Ciência Experimental na Itália, não convenceu os seus acusadores da Inquisição da certeza de sua teoria do Heliocentrismo (os planetas gerando em torno do Sol). Obrigaram-no a retratar-se, em 1633. Condenado, evidenciando o confronto entre a ciência e a fé, foi confinado na vila de Arcetri e ali morreu, em 1642. Por isso é que, dependendo do motivo, debocho do desejo das massas. Ele não existe, para o poder, e a massa é um fantoche, para o governante. O que muitos chamam de desejo das massas nada mais é senão a ânsia de fazer parte do sistema para, também, mandar, pela força do poder que domina.
A recente Primavera Árabe, no Oriente Médio, que o diga. O que há por trás de tudo isso é a vontade de cada um de satisfazer os instintos selvagens de sua paixão corrompida, e sem compaixão, para ser notado pela maioria. Os outros que se danem. Em Roma, César não era os romanos, nem os romanos eram César, mesmo com o Senado tentando ser o César que não era. No entanto, César era o líder máximo dos romanos, e, sendo assim, na pessoa de César, se concentrava a existência dos romanos, do povo romano e do Império Romano, por sua vontade e querer. César era “divino” para os romanos, na sua adoração de deuses gregos, cultuados livremente em toda a cidade de Roma. Mas o povo tinha medo e temor de César. O deus-César era o deus-rei, o deus-imperador e, como tal, todos os deuses romanos estavam representados nele. Ele era Roma e Roma era ele. Ele era o Senado. Ele era o povo, escravo ou liberto, dentro dos limites do império.
César era o Império Romano. Mas, contrariando essa lógica insatisfeita, de baixos instintos da paixão humana, César foi apunhalado (e morto) nas escadarias do Senado Romano, antes mesmo de nele entrar. E é por isso que há um abismo entre a ideologia do poder e o poder da ideologia, exercido por líderes sem ideologias, que matam o povo, em nome do poder, cujo poder advém do próprio povo. A massa não se movimenta contra o povo, porque a massa é o povo e o povo é a massa, que se movimenta como povo. Sem povo, não há massa. Sem massa, não há povo. E, sem ambos, não há governo, por falta de quem governar. Sem povo, não há poder. Sem poder, não há povo. E nisso consiste a razão de governar. Afora isso, o que se conhece por governar são a burrice e a falsidade ideológica do poder, que esmaga quem se opõe a ele e cujo líder diz que ama a nação, mas faz sangrar e matar seus cidadãos.
São poucos os que sobrevivem ao tirano. Por tudo isso, não desejo morrer pela vontade do tirano. Não desejo ser livre, pela burrice e pela falsidade ideológica do ditador, que sorri de compaixão pelo povo, mas o escraviza, pela opressão. Isso não é governar. Não é amor. Não é poder. Não é governo. É martírio. É dor. É falsidade e profanação da ideologia de governo. Por tudo isso é que, penso, não existe ditadura do proletariado ou poder vindo do povo, se o governante despreza o povo e o tiraniza. O que existe é um líder, apoiado pela massa, embriagada pela retórica da renovação e entorpecida pela ilusão de governo, achando que dele faz parte. Mas a massa se engana. E os ditadores se aproveitam disso. A massa torna o tirano extremamente cruel, “legitimado” no poder, até outras massas se levantarem e marcharem contra ele e tomar-lhe o poder, para dá-lo a outro. E, mais tarde, suprimida a liberdade que antes defendia, o novo governante torna-se um tirano pior do que aquele que o precedeu.
Foi por isso que a Patrística e os concílios erraram, volto a dizer, ao conceituarem os dogmas da fé, no fim dos primeiros sete séculos de história da Igreja, ao exaltarem a filosofia cristã do ponto de vista único do poder da Igreja Católica, passando essa filosofia, a partir dos concílios, a ser conhecida como a Tradição da Igreja. Tanto erraram que, hoje, temos duas bíblias: a chamada Bíblia Católica, com 73 livros, e a Bíblia Protestante, com 66. Mas os sete livros adicionais da Bíblia Católica, bem como trechos dos livros de Ester e de Daniel, incluídos no Velho Testamento, na tradução da Bíblia Católica chamada dos Setenta (LXX), a Septuaginta, foram escritos em grego, e não em hebraico, como foram escritos todos os livros do Antigo Testamento da chamada “Bíblia Protestante”. Os livros do Novo Testamento foram escritos na língua grega simplificada, o grego “Coinê” - simples. Se a fé é a mesma, Deus é o mesmo e o caminho da salvação é, também, o mesmo, por que, então, duas fontes de ordenamento moral para conhecimento da salvação, em nome do mesmo Deus, para iluminação divina do homem pecador?
A fé não é compatível com heresias, e, portanto, não há necessidade de elaboração de verdades da fé, para a pureza da fé, em defesa da fé. A fé de nossos pais e dos pais da fé da Igreja jamais se deixou envenenar por teorias pagãs contra a prática da fé genuína. A Patrística tomou sobre si o direito de elaboração doutrinal das verdades da fé do cristianismo, e na sua defesa contra os ataques das heresias, deu “novo” corpo à Filosofia Cristã de vida, somente para defender a Igreja dos ataques dos “pagãos” e do risco de perder o poder e a riqueza que a Igreja possuía. Foi um artifício para manutenção do poder temporal, sob a tutela do poder eclesiástico. Mas a fé que salva, que vem de Deus e reside no coração do homem para adoração e louvou ao Criador, ali está para confirmar sua crença no Deus Salvador: “Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado – São Marcos 16:16 (BJ).
A fé já existe, latente, no coração do homem. Nenhum homem, nenhum concílio e nenhuma Igreja tem poder para administrá-la. Cabe ao Espírito Santo o toque do despertamento da fé no coração do homem pecador: “Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é o dom de Deus: não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho” – Efésios 2:8 e 9 (idem). Portanto, a fé independe de concílios, igrejas, líderes religiosos, corpos doutrinários ou “exércitos da fé” para defendê-la. A fé não é uma invenção nem um patrimônio da Igreja, para outorgá-la a quem quer que seja ou retirá-la a sem bel prazer. A fé vem de Deus e está no coração de cada ser humano. Daí a inutilidade dos concílios católicos para as demais religiões, com a finalidade de controlar o domínio da fé. Só um ponto de vista foi aceito nesses concílios: o da Igreja Católica, que destruiu (e tenta destruir) quem se opunha a ela, ou à fé que ela achava (e acha) que era dela somente, recebida “diretamente” de Deus.
Mas ainda resta um alento: a visão teocêntrica da vida e da religião, no amparo e proteção das crianças e do homem que se deixa guiar pela fé genuína no Deus único e verdadeiro. Crianças, vossa vida vivei. Crianças, vossos sonhos sonhai. O mundo não vai acabar pelo desejo de um tirano e sem que Deus, em Sua infinita sabedoria, decida. Jesus vai voltar, como Ele prometeu e a Bíblia confirma (“Não se turbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou preparar-vos um lugar, e quando eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho” - São João 14:1-4). Antes, porém, seremos avisados por sinais como guerras, rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos, reino contra reino e nação contra nação (São Mateus 24:6; São Marcos 13:7 e São Lucas 21:9), em vários lugares e épocas diferentes na Terra, para que todos possam ver esses sinais, sem necessidade de concílios, bulas papais, líderes religiosos e da tradição da Igreja.
Diante de tudo isso, só nos resta ficar longe da burrice e da falsidade ideológica dos homens (desde o homem insensato, no café da manhã) e das instituições que defendem causas em benefício próprio, praticar a fé, buscar a meditação, a pureza e a nobreza da alma e manter a esperança e a confiança no Deus de Abraão, Isaque e Jacó, no Deus de todos nós, que, na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, nos conforta com estas palavras de esperança: “... VIREI OUTRA VEZ...” - São João 14:3 (ERC).