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postado em: 27/7/2011
Saudade do Futuro – Parte V
Jerusalém dos Meus Sonhos
Jerusalém, que significa Lugar de Paz, “antiga cidade da Judéia, banhada pelo rio Jordão, onde vivia um povo bom”, porém, perseguido e martirizado pelos opressores, povoa o imaginário coletivo cristão, desde os tempos da igreja primitiva, como um sonho duradouro de viver em paz na Terra e quando do cumprimento da visão de João, nos dias do futuro. O sacrifício a que foi submetido Jesus Cristo, marca a página negra da história daquela gente boa e cruel ao mesmo tempo, como confirmam os registros da História secular e a Bíblia Sagrada.
Jesus acusou Jerusalém de matar os profetas. Vencido em Sua própria angústia, dirigiu-Se à cidade, no ano de Sua morte e, com dor no coração e piedade na alma, desabafou, com as seguintes e melancólicas palavras de tristeza: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas,...” (S. Mateus 23:37). Por outro lado, disse que um profeta não deveria morrer fora de Jerusalém (S. Lucas 13:33). E em Jerusalém, cumprindo as profecias, Jesus foi morto. Da mesma maneira que ofereceu a salvação à Peréia, Jesus oferece, também, e pela última vez, a salvação à nação de Israel. Mas, Israel despreza-a. “Israel rejeita o príncipe da Paz, e a própria paz; escolhe a guerra e pela guerra sucumbirá poucos anos depois, porque desconheceu o ‘seu Deus’” – Manuel Molina, em Jesus na Bíblia, p. 267.
A cidade de Jerusalém fica a 75 quilômetros do mar Mediterrâneo. Foi capital do reino de Judá, após a separação das dez tribos israelitas, com a morte do rei Salomão. Atualmente é a capital do Estado de Israel.
Chamada de Sião (Sal. 76:2) no Judaísmo e no Cristianismo é a cidade santa de algumas vertentes religiosas, dentre elas, a judaica, a cristã e a islamita, cuja grande mesquita de Omar, a ‘Cúpula da Rocha’, construída pelo califa Abd al-Malik se ergue sobre o monte Moriah, no local do antigo Templo de Salomão.
Quando pertencia aos jebuseus, tinha o nome de Jebus (Juízes 19:10). No tempo de Abraão se chamava Salém e era seu rei Melquizedeque (Gên 14:13; Heb. 7:1, 8), perto do antigo vale de Save. Este nome é o mais antigo que encontramos na Bíblia (Gên. 14:18). Crê-se que a designação do nome de Jerusalém tenha dado origem à abreviação de Salém, a quem a cidade foi devotada. Já nas cartas de Tel-el-Amarna, escritas por volta de 1400 a.C. se acha registrada com o nome de Urusalim (talvez mais tarde uma variante para Jerusalém), das inscrições cuneiformes (com caracteres em forma de cunha).
Além desses nomes, encontramos ainda o nome de Sião. O profeta Isaías, na sua profecia contra Judá infiel, chama-a de Ariel. Outras vezes aparecem na Bíblia com o nome de Cidade de Davi, de Judá, do Grande Rei, Santa, de Justiça e o Santuário, além de Cidade de Deus.
Aelia Capitolina foi o nome dado pelo imperador Adriano (76-138 d.C), sucessor de Trajano, que a reedificou no século II AD. Aelia – em honra a Adriano (seu primeiro nome era Aelius) e Capitolina, era a divindade suprema dos romanos, Júpiter Capitólio. Os árabes chamam-na de Al-Kuds al Sharif (O Santuário Nobre) ou, de forma abreviada, Al-Kuds (a Santa), mas Jerusalém é o nome mais conhecido e que até hoje permanece. Teoricamente, Eusébio Pânfilo de Cesaréia afirma, porém, sem muita certeza, que o nome da cidade era Elia e não Jerusalém.
Mas, a Jerusalém dos meus sonhos é aquela que João viu descer; que “o Senhor preparou” e “espera por nós, seus fiéis”. Aquela Jerusalém que “João em visão contemplou”, quando esteve exilado em Patmos.
A Jerusalém dos meus sonhos é aquela com “seu grande muro de jaspe”, “toda de ouro maciço”, que “no final desta vida, meus olhos verão”. E eu sei que “lá na Cidade, Santa Cidade, harpas teremos, coroas e um lar”. É por isso que “espero, velando e orando, pela cidade que João viu descer”. E lá, “não teremos mais dor nem tristeza, nem choro jamais haverá. Não há mais desapontamento... Que doce harmonia produz. E, agora, meu agradecimento...”. E um dia, as bênçãos eternas de Deus eu terei. Conforme o hino de F. Ingler diz e que citamos no início deste texto: Cidade de Pérolas.
