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postado em: 12/7/2013
O Advogado da Fé
Ele pesquisou do ateísmo ao budismo, mas decidiu defender a fé cristã
Carlos Seribelli
Criado em um lar batista, por mais de dez anos Gary Habermas teve sérias dúvidas sobre o cristianismo. Na sua busca por respostas, pesquisou do ateísmo ao budismo, até concluir que: se a ressurreição de Jesus foi real, o cristianismo seria a única religião verdadeira. Sua tese doutoral na Michigan State University mostrou que há bons argumentos racionais para crer que a tumba de Cristo ficou vazia no domingo de Páscoa. Habermas deu uma palhinha para a Conexão 2.0 sobre o tema que já lhe rendeu mais de 30 livros e 1.800 palestras: a defesa da fé cristã.
Qual é a importância da apologética?
A apologética é crucial na pregação. Atualmente, muitos cristãos têm sido confrontados com uma variedade de ideias, tais como o misticismo da Nova Era, pós-modernismo e o neo-ateísmo. Vendo o evangelho ser desafiado dessa forma, os cristãos precisam ser informados sobre os fundamentos que sustentam os ensinamentos mais importantes de sua crença. No mínimo, a mensagem do evangelho inclui a divindade, morte e ressurreição de Jesus. É claro que nós precisamos mais do que simples fatos. Além de convencido, é preciso estar comprometido pessoalmente com Cristo. Para esse propósito, a apologética é crucial.
Como um jovem cristão deve responder às críticas de professores e universitários céticos?
Eu daria dois conselhos: (1) estudar as evidências disponíveis para que sejam capazes de responder a esses questionamentos, conforme o texto de 1 Pedro 3:15; (2) além disso, o fim desse verso declara que os cristãos não deveriam apenas ser bem preparados, mas responder de maneira respeitosa, sem raiva ou orgulho. Isso não é apenas correto, mas a oportunidade de serem ouvidos.
Quais são os questionamentos mais comuns contra a ressurreição de Jesus?
Os fatos históricos que levam às evidências para a ressurreição são tão fortes que os críticos profissionais geralmente admitem que Jesus realmente apareceu de alguma forma após Sua morte. Praticamente todos os estudiosos reconhecem que pelo menos os discípulos de Jesus tiveram experiências reais de algum tipo. Porém, alguns críticos dizem que não podemos ter certeza do que os discípulos viram.
Como você tem defendido a ressurreição?
A melhor maneira de abordar esse assunto, na minha opinião, é demonstrar que esse evento é histórico, usando apenas fatos que os acadêmicos céticos reconhecem e aceitam. Em outras palavras, ao usar uma lista de fatos históricos que os críticos acreditam, é possível argumentar, com uma base sólida, que a ressurreição é a melhor explicação para aqueles dados. Essa é a abordagem que tenho seguido em todas as minhas publicações sobre a ressurreição.
O que é o argumento da “tumba vazia”?
A maioria dos acadêmicos críticos reconhece que a tumba que Jesus foi sepultado foi depois descoberta estando vazia. Isso é frequentemente assumido devido a muitos fatores. Por exemplo, as pessoas da época não gostavam de testemunhas femininas, e apesar disso os quatro evangelhos listam mulheres como as primeiras a testemunhar a tumba vazia. Já que os relatos, muito provavelmente, não foram inventados pelo testemunho das mulheres, estudiosos admitem que eles só podem ser factuais. Outras evidências para a tumba vazia incluem as fontes múltiplas que relatam o evento; as implicações do antiquíssimo texto de 1 Coríntios 15:3, 4 [possivelmente, Paulo citou aqui um credo cristão elaborado apenas cinco anos após a morte de Jesus]; e que os líderes judeus tentaram desmentir a ressurreição. Outro ponto é que Jesus foi enterrado em Jerusalém, onde os oponentes dos cristãos também moravam e, caso pudessem desmentir a ressurreição, teriam feito isso facilmente. Por isso, é comumente admitido que a tumba de Jesus estava vazia.
Fonte: http://www.conexao20.com.br