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postado em: 13/10/2013
Refutando a Igreja Cristã do Brasil
Heresias Sobre o Espírito Santo e a Bíblia
“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; de modo que nada há de novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1:9).
A heresia pregada pelos adeptos da ALGUMAS IGREJAS TRADICIONAIS de que o estudo da Bíblia é contrário ao Espírito Santo, não é novidade. Outras seitas e movimentos hereges do passado proclamaram a mesma mentira.
Ainda no primeiro século da era cristã os apóstolos enfrentaram as heresias dos chamados “gnósticos”, estes afirmavam que possuíam um conhecimento místico e não racional, ou seja, que não fora adquirido por meio de estudo ou investigação, que os tornara superior aos cristãos.
Essa heresia estava danificando de tal forma a vida da Igreja que o apóstolo João chegou a declarar enfaticamente na sua primeira carta: “Amados não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (I João 4:1).
Na Frigia em 155 d.C. surgiu um movimento criado por um homem chamado Montano, cujo objetivo era acabar com o formalismo na Igreja e fazer com que ela não fosse dirigida pela “liderança humana”, mas pelo Espírito Santo. Esta tentativa de combater o formalismo e a organização humana levou-o a distorcer a doutrina do Espírito Santo.
Montano afirmava que o Espírito Santo falava através dele à Igreja, do mesmo modo que falara através de Paulo e os demais apóstolos. Dessa forma os seus seguidores não precisavam pesquisar as Escrituras, mas apenas ouvir o que ele tinha a falar pelo “Espírito”.
O Concílio Cristão de Constantinopla em 381d.C., declarou que os montanistas deviam ser olhados como pagãos. Infelizmente, movimentos como o montanista e similares se afastavam da Bíblia, enquanto que sinceramente acreditavam estarem sendo guiados pelo Espírito.
O Catolicismo Romano e o ataque ao estudo da Bíblia
No período denominado na história da Igreja como Idade Média(590-1517d.C.), principalmente com a supremacia do papado (1054-1305 d.C.), o estudo da Bíblia foi desprezado, desaconselhado e até mesmo proibido, enquanto que os papas foram colocados como porta-vozes do Espírito. O anafalbetismo se alastrou, o que é uma das razões por que a Idade Média foi chamada também de “Idade das Trevas”.
Esse anafalbetismo era adequado para o Catolicismo visto que as determinações e ensinos papistas eram aceitos com mais facilidade. As heresias católicas eram aceitas como determinações divinas, muitos erros eram acolhidos, entre esses estava a substituição da salvação pela fé, sendo posta em seu lugar a idéia pagã da salvação pelas obras.
A leitura e estudo do verso 17 do capítulo 1 de Romanos convenceu Martinho Lutero de que a fé em Cristo era o único meio para alguém tornar-se justo diante de Deus. À medida em que ia se dedicando ao estudo das Escrituras, Lutero foi descobrindo verdades negligenciadas e deturpadas pelo Catolicismo. Foi através do estudo da Bíblia que ele passou a crer somente em Cristo para sua salvação.
Os reformadores e a defesa do estudo da Bíblia
Todos os reformadores tinham como um de seus lemas “Sola Scriptura” (Somente as Escrituras) o que dava o devido lugar à Palavra de Deus na vida cristã. No entanto na euforia da reforma havia aqueles que ao invés de proclamar as verdades bíblicas, advogavam em nome de uma suposta “reforma”, heresias que solapavam os alicerces da mesma.
Este foi o caso de João de Valdez e de Tomás Muntzer, que não foram considerados pelos demais reformadores como protestantes. A ênfase de Valdez era a “vida no Espírito” enquanto que fazia oposição aos ritos externos e ao estudo da Bíblia. Muntzer dizia que o que importava não era o texto das Escrituras, mas sim a revelação presente do Espírito Santo. Até mesmo admitia que ele e seu grupo eram a verdadeira igreja, inspirados por Deus, e todos quantos se lhe opusessem, opunham-se a Deus, e deviam ser exterminados.
Satanás procurava semear suas mentiras enquanto Deus abençoava a causa da verdadeira reforma. Os genuínos reformadores não demoraram a responder a essas heresias. Colocamos em seguida para consulta do leitor, a exposição de João Calvino frente as mesmas.
Novas Revelações do Espírito Autor: João Calvino As Institutas da Religião Cristã – Livro I, Capítulo 9 * * *
Os fanáticos, pondo de lado a Santa Escritura, passam por cima da revelação e subvertem todos os princípios da piedade.
APELO DOS FANÁTICOS AO ESPÍRITO, EM PREJUÍZO DAS ESCRITURAS
Além disso, aqueles que repudiam as Escrituras, imaginando que podem ter outro caminho que os leve a Deus, devem ser considerados não tanto como dominados pelo erro, mas como tomados por violenta forma de loucura. Recentemente, apareceram certos tipos de mau caráter que atribuindo a si mesmos, com grande presunção, o magistério do Espírito, faziam pouco caso de toda leitura da Bíblia, e riam-se da simplicidade dos que ainda seguem o que esses, de mau caráter, chamam de letra morta e que mata.
Eu gostaria de saber deles, porém, que Espírito é esse por cuja inspiração eles são levados a alturas sublimadas, a ponto de terem a ousadia de desprezar, como infantil e rasteiro, o ensino da Escritura. Se eles responderem que é o Espírito de Cristo quem os inspira, consideramos absurdamente ridículo esse tipo de certeza uma vez que eles, se concordam, como penso que o fazem, que os Apóstolos de Cristo e todos os fiéis, na Igreja Primitiva, foram iluminados por esse mesmo Espírito.
O fato é que nenhum dos Apóstolos ou fiéis aprenderam desse Espírito a desprezar a Palavra de Deus. Ao contrário, cada um deles foi antes tomado de profunda reverência (para com a Escritura), como seus escritos o comprovam muito luminosamente. Na verdade, assim foi predito pela boca do Isaías, pois o Profeta não cerca o povo antigo com um ensino meramente externo, como se fosse para o povo como as primeiras letras, mas diz: “O meu Espírito que está sobre ti, e as minhas palavras que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca tua descendência…” (Is 59.21).
Considerando antes que a nova Igreja terá, sob o reino de Cristo, a verdadeira e plena felicidade, que consiste em ser regida pela voz de Deus, não menos que pelo seu Espírito. Concluímos daqui que esses fanáticos cometem abominável sacrilégio quando separam estes dois elementos que o Profeta uniu por meio de um vínculo inviolável.
A isto, acrescente-se que Paulo, não obstante ter sido arrebatado até o terceiro céu (II Co 12.2) – não deixou, entretanto, de aproveitar o ensino da Lei e dos Profetas, exortando também a Timóteo – mestre de projeção singular – a que se dedicasse à sua leitura (1 Tm 4.13). É também digno de ser lembrado aqui o que Paulo diz da Escritura: “Que ela é útil para ensinar, admoestar, redargüir, para que os servos de Deus se tornem perfeitos” (II Tm 3.16). Não será, portanto, diabólica loucura imaginar como transitório ou temporário o valor da Escritura, destinada a conduzir os filhos de Deus até a perfeição final?
Quero que esses fanáticos me respondam também o seguinte: Terão eles bebido de outro Espírito e não daquele que o Senhor prometeu aos seus discípulos? Ainda que estejam possuídos de loucura tão extrema, não os considero, contudo, arrebatados de tão furiosa demência a ponto de terem a ousadia de gabar-se disso. Mas, ao prometer o Espírito, de que natureza declarou ele haver de ser esse Espírito? Na verdade, era um Espírito que não falaria por si mesmo, mas, ao contrario, sugeriria a mente deles e nela instilaria aquilo que ele mesmo, Jesus, havia transmitido por meio da Palavra (Jo 16.13).
Portanto, não é função do Espírito que Cristo nos prometeu desvendar novas e indizíveis revelações, ou forjar novos tipos de doutrina, pelos quais sejamos desviados do ensino do Evangelho já recebido. Ao contrario, a função do Espírito é a de selar, na nossa mente, a mesma doutrina que o Evangelho nos recomenda.
A BÍBLIA É O ÁRBITRO DO ESPÍRITO
Se ansiamos obter algum uso e fruto da parte do Espírito de Deus, podemos entender facilmente como é imperioso para nós aplicar-nos, com grande diligência, tanto a ler quanto a ouvir a Escritura. É por isso que Pedro até louva (II Pe I.19) o zelo dos que estão atentos ao ensino profético, ensino que, todavia, depois de começar a brilhar a luz do Evangelho poderia parecer ter perdido a validade. Muito ao contrário, se algum espírito, desprezando a sabedoria da Palavra de Deus, nos impõe outra doutrina, devemos suspeitar com justa razão, de que seu ensino é vaidade e mentira (Gl. 1:6-9).
Sim, porque se Satanás se transforma em anjo de luz (II Co 11.14), que autoridade poderá ter o Espírito entre nós, se não soubermos discerni-lo por meio de sinal de absoluta certeza? E muito claramente a voz do Senhor no-lo tem apontado, mas esses infelizes (embusteiros) tudo fazem por extraviar-se, buscando a própria ruína, quando buscam o Espírito por si mesmos, ao invés de buscá-lo por ele próprio.
Alegam que é ofensivo ao Espírito de Deus – a quem tudo deve estar sujeito -, ficar subordinado à Escritura. Como se fosse, na verdade, repulsivo ao Espírito Santo ser igual a si mesmo, por toda parte, ou permanecer de acordo consigo mesmo em todas as coisas, e em não variar em coisa alguma! De fato, se fôssemos obrigados a julgar de acordo com a norma humana, angélica ou estranha, então poder-se-ia considerar o Espírito como reduzido à subordinação, e até a servidão, se se preferir. Quando, porém comparamos o Espírito consigo mesmo, e em si mesmo o consideramos, quem poderá dizer que, com isso, o estejamos ofendendo?
Confesso que o Espírito, desse modo, é submetido a um exame através do qual Ele quis fosse estabelecida a sua majestade entre nós. Ele deve ficar plenamente manifestado a nós tão logo entre no nosso coração.
No entanto, para que o Espírito de Satanás não nos persuada em nome do Espírito Santo, este quer ser reconhecido por nós na imagem que imprimiu de si mesmo nas Escrituras, pois sendo ele mesmo o autor da Escritura, não pode variar nem ser inconstante consigo mesmo. Portanto, do modo como nelas se manifestou, tem de permanecer para sempre. Isto não pode ser modificado, a menos que julguemos – como dignificante -, o Espírito abdicar e degenerar de si mesmo!
A BÍBLIA E O ESPÍRITO SANTO NÃO SE SEPARAM
Quando a acusação que fazem contra nós, de que nos apegamos demasiadamente à letra que mata, acabam eles incorrendo na pena de desprezarem a Escritura. Ora, salta aos olhos o fato de Paulo (II Co 3.6), estar contendendo com os falsos apóstolos os quais, insistindo na Lei separada de Cristo, estavam, na realidade, alienando o povo da Nova Aliança, na qual o Senhor prometeu que haveria de gravar a sua Lei nas entranhas dos fiéis, e imprimi-la no coração deles (Jr. 31:33).
Portanto, a letra está morta e a Lei do Senhor mata a seus leitores, quando não apenas se divorcia da graça de Cristo, mas, também, não tocando o coração, atinge só os ouvidos. Se ela, porém, por meio do Espírito, se imprime de modo eficaz nos corações e manifesta a Cristo, ela é a Palavra da vida (Fl. 2:16), que converte as almas e da sabedoria aos símplices (Sl. 19:7).
Além disso, nessa mesma passagem (II Co 3.8), Paulo chama a sua pregação de ministério do Espírito, querendo dizer com isso, sem dúvida, que o Espírito Santo de tal modo se prende à sua verdade expressa na Escritura, nela manifestando e patenteando o seu poder, que nos leva a reconhecer na Palavra a devida reverência e dignidade.
E isto não contradiz o que foi dito pouco atrás quando afirmamos que a Palavra não é absolutamente certa para nós, se não for confirmada pelo testemunho do Espírito, visto que o Senhor uniu entre si – como se fosse por mútua ligação -, a certeza de sua Palavra e a certeza do seu Espírito, de maneira que a firme religião da Palavra seja implantada em nossa alma, quando brilha o Espírito, fazendo-nos contemplar a face de Deus. Do mesmo modo, reciprocamente, abraçamos ao Espírito sem nenhum temor ou engano, quando o reconhecemos na sua imagem ou, seja, na Palavra!
E, de fato, é assim! Deus não deu a Palavra aos homens tendo em vista uma apresentação passageira, que fosse abolida assim que viesse o seu Espírito. Ao contrário enviou-nos o mesmo Espírito por meio de cujo poder nos deu a Palavra, com o fim de realizar a sua obra, confirmando eficazmente a mesma Palavra. Por isso, Cristo abriu o entendimento dos dois discípulos de Emaús (Lc 24.27, 45), não para que, pondo de lado as Escrituras, esses discípulos se fizessem sábios a si mesmos, mas para que fossem capazes de entender essas Escrituras.
Igualmente Paulo, quando exorta os cristãos de Tessalônica (I Ts 5.19-20) a não extinguirem o Espírito, não os eleva as altura com vãs especulações fora da Palavra, mas acrescenta imediatamente que não se deveriam desprezar a profecias. Com isso, o Apóstolo diz, de maneira não duvidosa, que quando se desprezam as profecias, a luz do Espírito fica obscurecida.
Que dirão a respeito destas coisas esses fanáticos que consideram como validas apenas esta iluminação, desprezando e dizendo adeus a Divina Palavra, sem qualquer preocupação? Não menos confiantes e temerários são eles quando se agarram ambiciosamente a qualquer coisa que conceberam enquanto dormiam!
Aos filhos de Deus, certamente, convém sobriedade bem diferente, pois eles, ao mesmo tempo que, sem o Espírito, se sentem privados de toda verdadeira luz, não ignoram, todavia, que a Palavra é o instrumento pelo qual o Senhor concede aos fiéis a iluminação do seu Espírito. Os fiéis não conhecem outro Espírito senão aquele mesmo Espírito que habitou nos Apóstolos e falou através deles, e desses oráculos os fiéis são continuamente convocados a ouvir a Palavra.
SATANÁS E A OPOSIÇÃO AO ESTUDO DA BÍBLIA
Aqueles que negligenciam o estudo e a observação cuidadosa das Escrituras que Deus proveu e preservou através dos séculos, não precisam esperar alguma palavra nova de profecia ou algum sinal miraculoso. Os que fazem tais exigências caem nas mãos de Satanás, que está muito contente em providenciar os “sinais e prodígios” que eles procuram, e assim são desviados.
No século XIX e início do XX onde os períodos de avivamento e inicio do pentecostalismo se deram, a Bíblia continuou a ser considerada de maneira adequada. Mesmo o movimento pentecostal começou graças ao mover de Deus por meio do estudo da Bíblia.
Charles Parham O precursor do pentecostalismo, Charles Parham, era um jovem ministro metodista que buscava uma nova experiência com Deus. Tinha o hábito saudável de comparar o que dizia a Bíblia com a sua experiência diária. Por estar descontente com sua situação espiritual e de seu ministério, começou a fazer um estudo acentuado no livro de Atos, viu que lhe faltava o poder lá descrito, poder esse que nem ele e muito menos sua igreja experimentavam.
Era necessário então descobrir o segredo que os cristãos do primeiro século possuíam. Para tão importante missão viu que era necessário reunir um grupo de pessoas com o mesmo objetivo, e que estivessem dispostas a se dedicarem com afinco e perseverança ao estudo sistemático da Bíblia, até acharem uma resposta. Então após alugarem uma mansão, em Topeka, Kansas(E.U.A), a um preço baixo, que fora resposta de suas orações, fundaram a chamada “Escola Bíblica Betel”.
Neste seminário eles utilizavam um método de estudo que consistia em escolher um assunto, pesquisar e estudar todas as citações bíblicas sobre ele e apresentá-lo para a classe em forma de sabatina oral, isso regado a muita oração. Parham também ensinava através de palestras. Até dezembro de 1.900 eles já tinham estudado sobre arrependimento, conversão, santificação, cura e a iminente vinda do Senhor.
No dia 25 de dezembro, Parham precisou ausentar-se da escola para fazer uma viagem de três dias, e deixou como tarefa para os estudantes, que descobrissem nos relatos de Atos sobre o batismo com o Espírito Santo, os sinais ou o sinal que evidenciasse tal experiência. Dali em diante, Deus os agraciou tremendamente com um mover do Espírito Santo, e novas unidades da “Escola Bíblica Betel” foram abertas, em uma delas, em Houston no estado do Texas, um dos estudantes era William J. Seymour, que é considerado uma figura chave na história do movimento pentecostal mundial.
OS PENTECOSTAIS E O ESTUDO DA BÍBLIA
Os verdadeiros pentecostais apreciam o estudo e mensagem da Bíblia, e acreditam que, à medida que a estudamos, o Espírito Santo vai nos outorgando entendimento espiritual, que inclui tanto a crença como a persuasão. É no coração do próprio interprete que o Espírito Santo opera criando aquela receptividade interior pela qual a Palavra de Deus é realmente “ouvida”.
O Espírito, fazendo como que a Palavra seja ouvida pelo coração, e não apenas pela cabeça, produz uma convicção e respeito da verdade que resulta numa apropriação zelosa desta mesma Palavra. (Romanos 10:17; Efésios 3:4,19, 6:17; I Tessalonicenses 1:5, 2:13; I Timóteo 4:13-15) Movimentos que se diziam pentecostais, mas atacavam a meditação ou estudo da Bíblia foram considerados hereges e anticristãos pelos genuínos avivalistas e pentecostais.
Watchman Nee
Watchman Nee, um dos instrumentos usados por Deus para o avivamento do cristianismo na China, que ministrava muito estudos sobre a vida dirigida pelo Espírito, em um de seus livros, “O Homem Espiritual” escreve: “Se o homem não utiliza a inteligência, Deus também não a usa, pois isso seria contrário à maneira como o Senhor opera. Os espíritos malignos, entretanto, o fazem. Eles nunca hesitam em aproveitar uma oportunidade para usar a mente do homem. Portanto é insensatez deixarmos nossa mente afundar num estado de passividade, pois os espíritos inimigos estão à espreita, buscando a quem possam devorar.
“Avancemos mais um passo nesse assunto da passividade como base para a atuação dos espíritos malignos. Estamos cientes de uma classe de indivíduos que gosta de se comunicarem com os espíritos. As pessoas, em geral, não desejam se possuídas por demônios, mas essa classe especial anseia por isso. São os adivinhos, os agoureiros, os médiuns, os necromantes. Observando atentamente a forma como eles ficam possessos, podemos compreender o princípio da possessão demoníaca.
“Essas pessoas dizem que, a fim de ficarem possessas por aquilo que elas chamam de “deuses” (que na realidade são demônios), não podem lhe oferecer nenhuma resistência. Têm de estar dispostos a aceitar aquilo que vier sobre o seu corpo, seja o que for. Para tornarem sua vontade totalmente passiva, primeiro, têm de reduzir a mente a um branco total. O cérebro vazio produz uma vontade passiva. Esses dois elementos são os requisitos básicos para a possessão demoníaca.
“Por isso, um necromante que está esperando que seu “deus” venha sobre ele, põe-se a abanar a cabeça por algum tempo, até ficar tonto. Assim sua mente fica completamente desligada. Como a mente está vazia, sua vontade naturalmente se torna imóvel. Nesse ponto, sua boca começa a se mover de forma involuntária, o corpo treme gradativamente e, daí a pouco, seu “deus” desce sobre ele. Essa é uma maneira de ficar possesso.
“Embora haja outras, o princípio para todo o espírita é o mesmo: buscar a passividade da vontade esvaziando totalmente a mente. Todos os espíritas concordam que,quando os espíritos ou demônios descem sobre eles, sua cabeça não pode mais pensar e sua vontade não mais atua.” (páginas 30-31)
Quando distingue as operações do Espírito Santo e dos espíritos malignos, ele declara nas páginas 32-33:
“1.Todas as revelações e visões sobrenaturais ou outras ocorrências estranhas que exigem a suspensão total da função da mente, ou que só obtemos quando ela pára de funcionar, não provém de Deus.
2. Todas as visões que têm sua origem no Espírito Santo são aquelas que o crente recebe quando sua mente está plenamente ativa. Para se receber essas visões,é necessário um envolvimento ativo das várias funções da mente. O empenho dos espíritos malignos segue exatamente o caminho oposto.
3. Tudo o que flui de Deus se harmoniza com a natureza divina e a Bíblia.”
A ênfase nas Escrituras era muito importante para aquele que queria ser guiado pelo Espírito, de acordo com a mensagem de Nee:
“Por isso o ensino das Santas Escrituras é totalmente essencial. Para confirmar se somos ou não movidos pelo Espírito e se andamos nEle, precisamos ver se alguma coisa dada harmoniza com o ensino da Bíblia. O Espírito Santo nunca moveu os profetas do passado para escreverem de um modo e a nós de outro. É categoricamente impossível que o Espírito Santo tenha instruído pessoas de ontem sobre o que não deveriam fazer e hoje Ele mesmo nos dizer que devemos fazê-las.” (Página 140)
RESSURGE A ANTIGA HERESIA!
Vemos em todos os exemplos citados acima, que a prática de desestimular o estudo da Bíblia, não é uma prática cristã, mas pagã. Não é do desconhecimento de ninguém a posição tomada por ALGUMAS IGREJAS TRADICIONAIS com relação ao estudo da Bíblia. Os próprios adeptos e líderes dessas seitas fazem questão de afirmar com orgulho de que não precisam ficar estudando a Bíblia, já que possuem o “Espírito Santo”.
Jesus, os apóstolos, os reformadores, os avivalistas e os primeiros pentecostais tinham em grande estima a Palavra de Deus e a honravam com seu estudo. Os cristãos da atualidade continuam com o mesmo princípio e prática. No entanto essa organização religiosa, que soberbamente se considera “a obra de Deus” tem contribuído para espalhar o engano combatido pelos verdadeiros servos de Deus.
Rejeitar o estudo da Bíblia não é um erro de proporções secundárias, mas uma heresia muito séria e perigosa. Se a Bíblia não é para ser estudada, examinada ou para nela meditarmos, então qual então sua finalidade? Sutil e diabolicamente então o valor dela é anulado e destruído. Enquanto na Idade Média a estratégia de Satanás era que exemplares da Bíblia fossem queimados para que seu estudo não fosse efetuado e o conhecimento santo adquirido, na era moderna através de várias seitas a Bíblia pode até ser adquirida, mas, o estudo não pode ser efetuado!
Conclusão
Enquanto os adeptos da ALGUMAS IGREJAS TRADICIONAIS por um lado proclamam que toda a verdade se encontra apenas em sua organização religiosa, por outro fecham o acesso a essa mesma verdade (rejeição do estudo da Bíblia), e assim abrem a porta para o espírito do engano enquanto confiam cegamente em “novas revelações”, “orientações e testemunhos de seu fundador” e “direções divinas” em seus cultos.
À margem de uma atitude adequada para com a Palavra de Deus só resta os grandes precipícios das heresias. Como bem declarou o perito em seitas Walter Martin no seu livro “O Império das Seitas”: “Nos posicionamos como servos de Deus dentro das fronteiras do cristianismo bíblico, ensinado pelos apóstolos, defendidos pelos pais da igreja, redescoberto pelos reformadores, e chamados por alguns de “doutrina dos reformadores”.”
Fonte: http://www.igrejacristanobrasil.hpg.ig.com.br/estudoerevelacao.htm>
Autor do Estudo: Prof. Azenilto Brito.
Via: http://setimodia.wordpress.com