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postado em: 11/6/2008
Ecumenismo: Devem os Cristãos Unir-se aos Católicos? Mike Gendron Desde o alvorecer do novo milênio estamos testemunhando o maior impulso rumo à unidade ecumênica que o mundo já viu. A Igreja Católica Romana está freneticamente construindo pontes para todas as denominações cristãs. Mediante os dedicados esforços do Papa João Paulo II, o Vaticano está instando todos os professos cristãos a “voltarem para casa”, isto é, Roma. [N.R.: O atual papa, Bento XVI, tem ressaltado a sua intenção de não só prosseguir nos esforços de união dos cristãos que inspiraram seu antecessor, como garante ser esta uma prioridade de seu pontificado]. Diálogos e acordos têm sido iniciados e criados para buscar a unidade mediante crenças comuns. Um exemplo disso é a “Declaração Sobre a Doutrina da Justificação” assinada em 1999 entre luteranos e católicos-romanos. Nessa declaração, Roma emprega palavras equívocas e ambíguas para afirmar a concordância sobre a doutrina da “justificação pela fé somente” enquanto, ao mesmo tempo, conserva o anátema sobre todos quantos crêem nessa doutrina. Não devemos ser enganados. Roma não alterou sua posição sobre coisas que realmente importam! Em vez disso, continua a tirar vantagem de professos cristãos a que falta o discernimento ou que não se dispõem a lutar por sua fé. A chave para o sucesso desse esforço pela unidade tem sido um compromisso de “amar uns aos outros e tolerar as crenças uns dos outros”. A proposta para todos os cristãos ignorarem suas diferenças doutrinárias em favor da unidade passa inteiramente por alto o fato de que os católicos-romanos, ortodoxos e muitas igrejas protestantes pregam um falso evangelho que nega a suficiência de Jesus Cristo e Sua obra redentora completada [na cruz]. Esse movimento ecumênico tem propiciado terreno fértil para reedificar a torre de Babel religiosa. Multidões estão sendo influenciadas por evangelhos pervertidos, doutrinas de demônios e falsos mestres. Muitos mais estão sendo persuadidos por evangélicos de grande destaque a unirem-se nessa cruzada. Não é de admirar que a Igreja Católica Romana tenha sido a força propulsora por detrás desse movimento ecumênico. Desde o fim do Concílio Vaticano II, em 1965, Roma tem estado cortejando os que outrora chamava de “heréticos” passando a chamá-los de “irmãos separados”. Não sendo mais capaz de forçar as pessoas a se submeterem aos seus papas sob ameaça de morte e perseguição, o Vaticano mudou sua estratégia para ganhar o mundo. Apresentando uma nova face de amor e preocupação para com esses “irmãos separados”, a ICR agora lhes oferece a “plenitude da salvação” mediante o retorno à “única igreja”. Com tantos professos cristãos unindo-se às fileiras ecumênicas, há evidência do espírito do anticristo em operação preparando o terreno para essa religião universal. Impulsionando o movimento estão líderes eclesiásticos que negligenciam advertir suas congregações sobre a grande apostasia e crescente engano durante os últimos dias. Em lugar de os líderes eclesiásticos odiarem tudo quanto é falso, muitos estão tolerando falsas doutrinas e evangelhos falsificados (Salmo 119: 104, 128). Em lugar de líderes eclesiásticos denunciarem as doutrinas prevalecentes e agentes de comprometimento muitos os estão tolerando. Tragicamente, muitos púlpitos estão também incrivelmente silenciosos com respeito às numerosas advertências bíblicas contra o estar em jugo com incrédulos. Como sub-pastores do rebanho que lhes foi confiado, os pastores devem advertir suas ovelhas dos perigos da unidade ecumênica. Jesus e Seus discípulos nunca toleraram a unidade sem o fundamento da verdade bíblica. Vez após vez líderes religiosos dedicados, com suas próprias agendas, foram vigorosamente repreendidos: • Jesus não deu as mãos a líderes religiosos que bloqueavam o acesso do reino dos céus aos homens (Mateus 23:13). • Paulo não se uniu aos judaizantes que somente desejavam acrescentar a circuncisão ao evangelho (Gálatas 1). • Judas recusou cooperar com aqueles que se introduziam sorrateiramente para perverter a graça de Deus (Judas 4). • João não buscou estabelecer unidade com aqueles que “saíram do nosso meio, entretanto não eram dos nossos” (I João 2:19). • Pedro nunca deu as mãos a falsos mestres que haviam abandonado a rota certa e se desviado, seguindo o caminho de Balaão (II Pedro 2:15). • O autor de Hebreus nunca se uniu com aqueles que negligenciavam tão grande salvação (Hebreus 2:3). À luz dessa “nuvem de testemunhas” que se nos apresenta fica-se a admirar por que alguns evangélicos ignoram as lições das Escrituras, abraçando o falso evangelho do catolicismo romano. Seguramente não ignoram seus numerosos anátemas que condenam os cristãos nascidos de novo! Certamente não são ignorantes dos muitos requisitos adicionais que Roma adicionou ao evangelho de salvação. Poderiam ser tão facilmente persuadidos pela influência mundial da Igreja Católica, sua incrível riqueza, um bilhão de seguidores e um líder que é tão amado por todo o mundo? Como Nos Proteger em Meio do Engano Religioso Que Prevalece no Mundo Moderno? Como devem os cristãos proteger-se em meio ao engano religioso que é tão prevalecente no mundo moderno? A Bíblia nos exorta a provar todo ensino. Somos advertidos a não crer em todo espírito porque muitos falsos profetas estão pelo mundo. É somente pela Palavra de Deus que podemos conhecer o Espírito da Verdade e o espírito do erro (I João 4:1, 6). Devemos ser como os bereanos, que examinavam as Escrituras diariamente para verificar a veracidade dos ensinos do apóstolo Paulo (Atos 17:11). Se Paulo, que escreveu quase metade do Novo Testamento, foi provado, torna-se patente que todo sacerdote, papa, profeta ou pregador devia ser também examinado à luz da Santa Palavra de Deus. Então, o que devemos fazer com os falsos mestres dentro da cristandade? Não devemos compartilhar de seus esforços, mas, sim, expor seus falsos ensinos (Efésios 5:6, 11). Com delicadeza devemos corrigir aqueles que estão em erro na esperança de que Deus possa conceder-lhes o arrependimento e conduzi-los à verdade (II Tim. 2:25). Os que professam “conhecer a Deus, mas os seus atos o negam” devem ser denunciados e silenciados de modo a que outros não sejam enganados (Tito 1:9-16). Os que não ouvirem ao ensino apostólico não são de Deus. Temos ordens de nos separar daqueles que persistem com falsos ensinos (Romanos 16:17; Tito 3:10). Para alguns, isso pode significar encontrar outra Igreja; para outros, pode significar interromper o apoio a ministérios que continuam a comprometer o evangelho. Ao aumentarem os enganos dos tempos finais e mais e mais pessoas serem levadas à apostasia, devemos combater fervorosamente pela fé uma vez confiada aos santos (Judas 3). Na medida em que maiores contingentes de líderes cristãos buscarem a aprovação dos homens em lugar da de Deus, o caminho da verdade se tornará mais estreito e menos percorrido. Os que permanecerem fiéis serão perseguidos por se recusarem a comprometer-se (II Timóteo 2:12). Serão acusados de intolerância, falta de amor e mente estreita. Mas sempre devemos ter em mente as advertências dos apóstolos – se não nos separarmos dos falsos mestres podemos desqualificar-nos para o serviço (II Timóteo 2:20), identificando-nos com eles em seu erro (2 João 10, 11), ou arriscar-nos a participar de seu destino (Judas 11-13). Na medida em que líderes eclesiásticos continuarem a ensinar verdades parciais e tolerarem o erro doutrinário o corpo de Cristo deve tomar providências. Precisamos evitar a repreensão que Paulo fez à igreja dos coríntios. Ele escreveu: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não temos abraçado, a esses de boa mente o tolerais” (II Cor. 11:3-4). Ao crescer em popularidade o movimento ecumênico dentro da igreja, precisamos aceitar o fato de que militar pela pureza doutrinária será uma posição impopular a assumir. Contudo, é de fato o que somos chamados a fazer! Ao assinalarmos falsas doutrinas e práticas seremos bons servos de Cristo Jesus, pois somos nutridos por Sua palavra e sã doutrina (1 Timóteo 4:6). Sustentar a verdade pode, e será, divisivo na Igreja, mas a divisão lhe é às vezes boa. Ocasionalmente é necessário mostrar quais são os aprovados por Deus (I Coríntios 11:19). Os que se batem pela pureza do evangelho são freqüentemente criticados por criarem caso por coisas que não parecem significativas. Contudo, os militantes pela fé reconhecem que a mentira mais perigosa é aquela que mais de perto parece ser verdade. Ao contrário disso, os ecumenistas [e eles existem em número considerável em nosso meio] consideram qualquer coisa que tenha aparência de verdade como uma oportunidade para a unidade. Assim, acatam o falso evangelho do catolicismo porque é a mais sutil de todas as contrafações. Nestes dias de apostasia, o corpo de Cristo precisa ousada e corajosamente proclamar todo o conselho de Deus e denunciar como erro tudo quanto a ele se oponha. Que Deus conceda a todos os Seus servos a graça, poder, discernimento e coragem para serem combatentes pela fé. Fonte: Prof. Azenilto G. Brito Nota do Editor IASD Em Foco: Embora nós devamos ter tolerância com as pessoas e com outras formas de pensar, jamais devemos negociar com a Verdade e os princípios fundamentais da Palavra de Deus. Dentro deste contexto, no que foi exposto acima com maestria, devo ressaltar dois pontos: 1) A Forma Como Jesus e os Apóstolos Agiram: “Jesus e Seus discípulos nunca toleraram a unidade sem o fundamento da verdade bíblica”. 2) O Exame Prévio, Uma Verificação Básica do Mensageiro, Antes de Entregar a Palavra em Nossas Igrejas: “Se Paulo, que escreveu quase metade do Novo Testamento, foi provado, torna-se patente que todo sacerdote, papa, profeta ou pregador devia ser também examinado à luz da Santa Palavra de Deus”. Em seu último encontro com os presbíteros – anciãos, pastores – da Igreja de Éfeso, o apóstolo Paulo fez algumas advertências solenes a esse respeito que jamais deveriam ser olvidadas: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (Atos 20:29-30). Não tenha, como líder de Igreja, ancião, diretor de congregação, oficial de Igreja ou “simplesmente”* membro de Igreja, medo ou receio de indagar, averiguar [com educação, cortesia, amor e firmeza] e, se preciso, impedir que estes lobos em peles de ovelhas se dirijam às nossas congregações – disseminando o veneno das suas heresias. Proceda como os irmãos da Igreja de Éfeso que, seguindo criteriosamente as orientações de Paulo, agiram da maneira certa, vindo a receber o seguinte elogio da Testemunha Fiel, Jesus: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova” [fizeram o teste, exame pessoal quanto às doutrinas...] “os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos” (Apocalipse 2:2). * Não existe este negócio de “membro comum” ou “apenas membro de Igreja”; todos aqueles que são cristãos fiéis, que estão engajados no Exército de Jesus, vivendo e atuando em favor da Verdade, são: “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (I Pedro 2:9).