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postado em: 10/7/2008
O Único Mandamento é o do Amor O único mandamento que agora precisamos guardar é o novo mandamento de Cristo de nos amarmos uns aos outros, pois Ele disse que devemos guardar os Seus mandamentos como Ele tinha guardado os mandamentos de Seu Pai. E não diz a Bíblia que o amor é o cumprimento da lei? É verdade que cristo disse: “novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13:34). Quereria o objetor arrazoar a partir disso que todos os outros mandamentos estão abolidos? O texto não admite tal conclusão. Cristo não disse que devemos guardar os Seus mandamentos em lugar dos mandamentos de Seu Pai. Seria rebelião se o Filho nos liberasse das leis do Pai e estabelecesse novas leis em seu lugar. O propósito de Cristo não era destruir os grandes ensinamentos morais dados nos séculos anteriores. No sermão da Montanha, Ele disse: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra” (Mat. 5:17 e 18). Ao continuar lendo esse maravilhoso sermão, descobrimos Cristo dizendo aos Seus ouvintes que eles estavam vendo vários mandamentos do Decálogo em um sentido demasiado estreito. Em vez de abolir ou mesmo restringir os mandamentos de Seu Pai, Cristo os engrandeceu. Portanto, em Seu mandamento aos discípulos sobre o amor, Cristo queria que eles vissem o amor em um sentido mais ampliado e mais santo do que em tempos passados. Queria que amassem uns aos outros não como o mundo interpreta o amor: egoisticamente ou apenas sentimentalmente. Por Sua vida, Cristo havia posto diante deles um exemplo do que realmente é o amor verdadeiro e altruísta, amor como jamais tinham testemunhado sobre a Terra. Nesse sentido, Seu mandamento poderia ser descrito como novo. Eles deveriam não simplesmente amar uns aos outros, mas amar assim como Cristo os tinha amado (João 15:12). Estritamente falando, temos aqui mais uma evidência de como Cristo engrandeceu as leis de Seu Pai. Mas o que dizer da declaração de que o amor é o cumprimento da lei? O objetor freqüentemente expande isto, afirmando que Cristo declarou que tudo o que temos de fazer é amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos. Leiamos o que a Bíblia diz sobre este assunto: “E um deles, intérprete da lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mat. 22:35-40). Cristo não estava expondo aqui nenhuma nova doutrina. Ao contrário, Ele estava respondendo à pergunta específica: “Qual é o grande mandamento da lei?” Sua resposta é quase uma citação exata do Antigo Testamento (veja Deut. 6:5; Lev. 19:18). Em outras palavras, os dois grandes mandamentos de amar a Deus e amar ao nosso próximo pertencem indiscutivelmente aos tempos do Antigo Testamento. Ora, se esses dois mandamentos tomam o lugar dos Dez Mandamentos, por que foram dados os Dez Mandamentos? Mas os próprios israelitas que ouviram a exortação de amar a Deus e ao próximo também ouviram a ordem definida de obedecer aos dez preceitos do Decálogo. Não, esses dois mandamentos sobre o amor não tomam o lugar de nenhuma outra lei. Em vez disso, Cristo declarou que “destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Quão evidentemente errado, portanto, é fazer esses dois mandamentos dependerem de si mesmos e eliminar tudo o mais. Isso é o contrário do ensino de Cristo. Segundo a Bíblia, você não pode separar o amor da lei. “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os Seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos” (I João 5:2 e 3). Isso é o que diz o Grande Livro. Se verdadeiramente amamos o nosso próximo, não furtaremos os seus bens, nem o caluniaremos, nem o mataremos. Realmente, não faremos nenhuma das coisas proibidas pelos mandamentos de Deus. E se realmente amamos a Deus, não nos inclinaremos diante de falsos deuses, não tomaremos o nome de Deus em vão, nem usaremos para nosso próprio proveito Seu santo dia de sábado. Em outras palavras, se amamos a Deus e o nosso próximo, não transgrediremos voluntariamente nenhum dos Dez Mandamentos. Assim, o amor é o cumprimento da lei. Em vez de ser o amor um substituto para a lei, é ele o único poder que produz verdadeira obediência aos mandamentos de Deus. A Bíblia nos adverte contra aqueles que afirmam que conhecem a Deus mas recusam guardar os Seus mandamentos (veja I João 2:4). Esse tipo de amor é falso. Fonte: Francis D. Nichol, Respostas a Objeções.