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postado em: 7/11/2008
IASD Surgiu em Cima de Erro
Os adventistas do sétimo dia dizem que eles constituem um movimento profético suscitado por Deus para pregar Sua última mensagem ao mundo. Ao mesmo tempo, admitem que o seu movimento brotou do solo do milerismo, cujos líderes ensinavam que Cristo viria em 1844. É Deus o dirigente de um movimento que pregou o erro no início e sofreu grande desapontamento e confusão como resultado desse erro?
SE NÃO TIVÉSSEMOS NENHUM OUTRO REGISTRO DO TRATO DE DEUS COM A HUMANIDADE EXCETO EM 1844, PODERÍAMOS FICAR CONFUNDIDOS por essa pergunta. Mas temos o relato bíblico, que foi escrito nos tempos antigos para o nosso aprendizado.
Quando os discípulos percorreram a Palestina para anunciar que o reino de Deus estava às portas, eles e seus ouvintes entendiam que Cristo estava prestes a estabelecer o Seu reino. Que a multidão cria fervorosamente nisso está claro por seus exultantes brados enquanto Jesus entrava em Jerusalém: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!” Mat, 21:9.
O que é mais significativo na presente conexão é que a Bíblia não relata nenhuma reprovação de nosso Senhor, nenhuma palavra para corrigir as idéias equivocadas do povo. O único comentário é o do apóstolo que relatou a história. Ele disse que essa marcha triunfal cumpria a profecia: “Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga.” Mat. 2 1:5. Mas nem a multidão, que sem dúvida tinha em mente essa profecia, nem os apóstolos, que estavam discutindo sobre quem deveria ter a mais alta posição no reino, percebiam que o Rei que cavalgava em aparente triunfo estava para sofrer a ignomínia da cruz.
É verdade que Cristo falou aos Seus discípulos sobre Sua morte, mas é igualmente verdade que eles não compreenderam o que Ele queria dizer, Não há dúvida sobre isso. Os dois discípulos no caminho de Emaús confidenciaram ao seu incógnito Senhor: “Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir a Israel.” Luc. 24:2 1. E Cristo respondeu: “O néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras,” Luc. 24:25-27.
Aqueles discípulos estavam completamente desapontados, totalmente desiludidos, Sua aflição era intensificada pelo fato de que estariam expostos perante o mundo como os discípulos e promotores de um enganador. Esses foram os sentimentos deles quando Jesus foi erguido em urna cruz em vez de em um trono.
Os adventistas que em 22 de outubro de 1844 tinham esperado que Cristo viesse para governar o mundo não poderiam possivelmente ter sofrido maior desapontamento. Se o raciocínio dos críticos dos adventistas for correto, Deus não estava no movimento representado pelos apóstolos, os setenta, e todos os que proclamavam: “O reino de Deus está às portas.”
Porém, seria sacrilégio afirmar que Deus não estava com os apóstolos e com todos os que proclamavam as alegres novas do reino. Ficamos admirados ante sua lentidão espiritual, sua falha em ver a cruz que se aproximava, sua incapacidade de compreender “tudo o que os profetas” tinham escrito. Mas não duvidamos nem por um momento da vocação divina dos apóstolos, nem do caráter divino da mensagem que eles pregavam.
Ao pregarem que o reino de Deus estava às portas, os discípulos pregavam a Palavra de Deus, mas não compreendiam adequadamente o que pregavam. A história religiosa não apresenta nenhum caso mais surpreendente de incompreensão da mensagem por parte dos mensageiros, seguido por um desapontamento estarrecedor como clímax, do que aquele dos apóstolos e de todos os que se uniram a eles.
Contudo, o que é mais impressionante nesta conexão é que a história não provê nenhum outro exemplo de um movimento religioso tão indiscutivelmente e diretamente dirigido por Deus.
Em vista de tudo isso, quão inoportuna é a objeção que está diante de nós!
Autor: Francis D. Nichol
Fonte: Respostas a Objeções
Nota do Editor IASD Em Foco
O Movimento Millerita e a pregação da Volta de Jesus em torno de 1844 faziam parte dos desígnios divinos com vistas ao grande despertamento espiritual que surgiu como fruto desse movimento religioso e dessa pregação. Como os pioneiros do Movimento Millerita e, depois, da Igreja Adventista do Sétimo Dia entenderam perfeitamente o próprio Grande Desapontamento estava predito nas profecias (Apocalipse 10:1-4 e 9-10). Eles, entenderam, também que a grande obra da pregação do advento (Volta de Jesus) estava apenas começando: “Então, me disseram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Apocalipse 10:11). Jesus não voltou em 22 de outubro de 1844, mas, a partir daquela data Ele poderá voltar a qualquer época; aquela data assinalou o fim do tempo profético: “Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu e jurou por Aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a Terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora, mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo Ele anunciou aos Seus servos, os profetas” (Apocalipse 10:5-7).