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postado em: 7/11/2008
Cristo Virá Como “Um Destruidor”?
Para a idéia cristã de amor, é revoltante acreditar que Cristo virá como um destruidor e aplicando vingança sobre o mundo.
PARECE ESTRANHO QUE ESTA OBJEÇÃO DEVA SER APRESENTADA, PORQUE QUASE SEMPRE ELA VEM DAQUELES QUE SUSTENTAM A AMPLAMENTE aceita doutrina de que os ímpios, ao morrerem, vão para o inferno de fogo, onde permanecerão através das eras intermináveis da eternidade. Se parece ao objetor mais em harmonia com a idéia cristã de amor crer no tormento infindável como a recompensa do ímpio, em vez da rápida destruição em conexão com o segundo advento de Cristo, então devemos simplesmente confessar nossa incapacidade de seguir tal raciocínio e encerrar a discussão. Mas, com o assunto apresentado desta maneira definida, duvidamos muito que o objetor, ou alguém mais, pensaria em afirmar que é indicado maior amor pelas torturas intermináveis do inferno do que pela extinção dos ímpios em conexão com o segundo advento.
Todos os que defendem a doutrina elementar de que há uma diferença entre o certo e o errado, e que há um dia de juízo em que Deus recompensará as pessoas segundo seus feitos, devem crer que há uma punição para os ímpios e uma recompensa para os justos. Isso é muito evidente para ser questionado por qualquer crente na Bíblia.
Os crentes no segundo advento literal de Cristo certamente não são os únicos a defender que os ímpios sofrerão. Com certeza, os fogos consumidores do segundo advento não poderiam arder mais furiosamente do que aqueles retratados no inferno de fogo de muitas denominações.
Como pode ser argumentado que está em harmonia com a idéia cristã de amor levar os ímpios para algum lugar distante a fim de serem punidos pelo tormento eterno, ao passo que é revoltante à idéia cristã de amor puni-los com a morte aqui mesmo na Terra, onde seus pecados foram cometidos?
Deus não tem prazer na morte dos ímpios (veja Ezeq. 18:32). Não é porque Deus odeia as pessoas que Ele finalmente destruirá os ímpios. Não existe outra opção, caso Ele deva eliminar o pecado do Universo. O pecado é algo encontrado somente em conexão com seres morais, possuidores do livre-arbítrio. Os germes do pecado podem crescer apenas quando são abrigados no íntimo da mente e do coração. Assim, a destruição do pecado necessita da destruição daqueles que estão decididos a apegar-se aos seus pecados.
Deus sempre foi demasiado puro de olhos para contemplar a iniqüidade. Jamais foi possível ao pecador olhar para a face de Deus. São os puros de coração que finalmente verão a Deus. Quando Moisés, no monte, procurou ver o rosto de Deus, seu pedido foi negado. O Senhor o colocou “numa fenda da penha”, para que ele fosse escondido da glória divina enquanto Deus passava (veja Exo, 33 e 34).
Podemos aprender uma lição espiritual aqui. Como pobres pecadores, nós também podemos ser escondidos na fenda da rocha, a rocha Cristo Jesus. A oportunidade é oferecida a todos para aproveitar-se dessa proteção. Quando estamos escondidos em Cristo, nossos pecados são perdoados. Sua vida santa nos cobre. E assim ficaremos sem temor no dia em que a glória de Deus for revelada do Céu no segundo advento.
O mesmo apavorante esplendor envolve a todos — os justos e os ímpios. A diferença é que os justos são protegidos pela cobertura da justiça de Cristo, ao passo que os ímpios estão espiritualmente nus. Devem clamar para que as rochas literais caiam sobre eles e os escondam do rosto dAquele que Se assenta sobre o trono. Eles atraíram a morte sobre si mesmos pelo procedimento que voluntariamente seguiram ao longo da vida.
Autor: Francis D. Nichol
Fonte: Respostas a Objeções