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postado em: 7/11/2008
O Adventismo Nasceu de Um Dilema?
Os mileritas pensavam que tinham descoberto em Daniel 8:13 e 14 a prova de que Cristo viria em 22 de outubro de 1844. Depois do seu desapontamento, alguns deles, os fundadores do adventismo do sétimo dia, inventaram uma nova interpretação para Daniel 8:13 e 14 para manter sua alegação de que Deus os estava dirigindo. A explicação era que a profecia realmente havia se cumprido em 1844, mas através de um evento que ocorreu no Céu. Conseqüentemente, o adventismo do sétimo dia nasceu de um dilema.
NÃO PRECISAMOS AQUI NOS DESVIAR PARA DISCUTIR A VALIDADE DA INTERPRETAÇÃO ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA DE DANIEL 8:13 E 14. Ela é apresentada longamente em nossa literatura denominacional. Limitamo-nos ao aspecto do dilema.
Mesmo se o desejássemos, não poderíamos fazer uma reivindicação exclusiva quanto à origem de um dilema. A Igreja Católica poderia plausivelmente descrever o protestantismo de modo semelhante. Lutero teve de admitir o horrível fato do pecado e a necessidade imperativa de redenção. Mas ele se recusou a admitir que as penitências e boas obras estabelecidas pela igreja fossem meios eficazes de salvação, Assim, ele resolveu o dilema “inventando” uma nova fórmula para a salvação; declarou que era efetuada inteiramente através de uma obra feita por Cristo no Céu e que aceitamos pela fé.
Os incrédulos freqüentemente declaram que a igreja cristã é o resultado de um dilema. Seu raciocínio é mais ou menos este: os discípulos tinham de admitir que estavam equivocados, porque Cristo não estabeleceu o Seu reino na Terra como haviam antecipado. Recusaram-se a admitir que estavam enganados quanto ao seu Senhor. Assim, revisaram sua pregação e inventaram a história de que Ele havia ressuscitado e ascendido e estava ministrando por nós no Céu, de onde voltaria para estabelecer o Seu reino.
Poderíamos citar outras ilustrações do mundo religioso, mas estas bastam para mostrar que a acusação da origem a partir de um dilema não prova nada. O raciocínio estrito de tal acusação exige que uma pessoa ou um movimento no seu início deve ter ou toda a verdade ou nenhuma verdade, que não é possível ter parte da verdade no início e obter o restante na escola da experiência Quando o assunto é visto 248
Segundo Advento desta forma, a irracionalidade da acusação toma-se evidente. Nossos críticos, juntamente com o restante de nós, terão de admitir que às vezes eles aprenderam novas verdades como resultado de experiências decepcionantes e mesmo dilemas. E se esses críticos crêem que Deus está guiando sua vida, também terão de admitir, juntamente com o restante de nós, que alguns dos dilemas têm sido claramente permitidos por Deus, se não ordenados por Ele, para o seu bem espiritual.