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postado em: 5/12/2008
“Escritos de EGW: Segunda Bíblia” Os adventistas têm uma profetisa como muitos outros modernos “ismos’ e fazem de seus escritos uma segunda Bíblia. A PRÓPRIA MANEIRA COMO ESTA ACUSAÇÃO É FORMULADA LEVARIA O LEITOR COMUM À CONCLUSÃO DE QUE, PELO FATO DE CERTAS seitas modernas terem como uma de suas características a presença de profetas cujas mensagens certamente não vêm de Deus, qualquer denominação que possua um profeta deve estar na mesma classe desses “ismos”. Eles querem nos levar a inferir que o termo “profeta” sempre deve estar unido com “falso”. Mas isso seria necessariamente verdade? Por que há falsos profetas, deve-se concluir que todos os profetas são falsos? Porque há dinheiro falso, deve-se concluir que todo dinheiro é falso? Certamente não. Onde existe o falso, também existe o genuíno; onde há falso, há também o verdadeiro. Em uma época em que quase todos têm essa idéia distorcida quanto à relação da profecia com o plano divino de salvação, é necessário que a história da doutrina seja examinada brevemente a fim de que obtenhamos uma concepção correta do assunto. Sem uma visão clara do assunto, certamente cairemos em uma de duas deploráveis dificuldades: ou nos associaremos com algo que possua poderes misteriosos, ou rejeitaremos tudo que reclame origem sobrenatural. Fazer o primeiro é tornar-se desesperadamente perdido; fazer o segundo é ir contra o mandamento divino: “Não desprezeis as profecias” (I Tess. 5:20). Realmente, devemos seguir o meio-termo e provar “os espíritos se procedem de Deus” (I João 4:1). Ao longo da história do trato de Deus com o Seu povo tem havido profetas e profetisas. Desde o tempo de Moisés e Miriã, passando pela época de Débora, Hulda, e Ana, uma profetisa “avançada em dias” no tempo de Cristo, e chegando aos últimos anos do período apostólico, quando as quatro filhas de Filipe, o evangelista, “profetizavam”, Deus tem achado conveniente dar Sua instrução à igreja através da agência de homens e mulheres sobre os quais Ele pôs o Espírito de profecia (veja Exo. 15:20; Juízes 4:4; II Reis 22:14; Luc, 2:36; Atos 21:8 e 9). Finalmente, a Bíblia nos diz explicitamente que a igreja dos últimos dias da história terrestre possuirá este dom (veja Apoc. 12:17; cf. Apoc. 19:10). Salomão considerava o dom de profecia tão necessário que ele escreveu: “Não havendo profecia, o povo se corrompe.” Prov, 29:18. E não há nenhum motivo para crer que nestes últimos dias, quando todo tipo de engano e heresia se espalha, quando os próprios eleitos estão em perigo de serem enganados (veja Mat. 24:24), a declaração de Salomão deveria ser menos aplicável do que no seu tempo. Além disso, é claro que Deus tem dado instrução à Sua igreja através de profetas sem fazer acréscimo ao texto permanente dos escritos sagrados. Não temos muitos casos nas Escrituras onde profetas deram mensagens escritas ou verbais inspiradas, mas que não fazem parte da Bíblia? Com certeza (veja II Crôn. 9:29; Atos 21:8 e 9). Posto este fundamento, estamos preparados para tirar a conclusão bíblica de que a presença de um profeta na igreja não precisa necessariamente ser um sinal de que a denominação é falsa. Ao contrário, pode ser a melhor evidência possível de que Deus está dirigindo esse movimento de modo especial. Também podemos concluir que alguém pode ser um verdadeiro profeta de Deus, emitindo declarações inspiradas, sem afirmar que suas mensagens deveriam ser consideradas em algum sentido uma adição à grande norma da verdade, a Bíblia. Não faz parte do escopo desta breve resposta provar que os escritos da Sra. Ellen White, a quem consideramos como tendo o dom de profecia, são de Deus. Os próprios escritos fornecem a melhor prova de sua origem divina. Todavia, não afirmamos que esses escritos, embora inspirados, devam ser considerados uma segunda Bíblia ou um acréscimo a ela. Nisto somos coerentes com nossas conclusões anteriores. No livro Testemunhos Para a Igreja, vol. 2, pág. 605, Ellen White diz: “Os testemunhos não estão destinados a comunicar nova luz; e sim a imprimir fortemente na mente as verdades da inspiração que já foram reveladas. Os deveres do homem para com Deus e seu semelhante estão claramente discriminados na Palavra de Deus, mas poucos de vocês se têm submetido em obediência a essa luz. Não se trata de escavar verdades adicionais; mas pelos Testemunhos Deus tem facilitado a compreensão de importantes verdades já reveladas”. Finalizando, desejamos fazer ao objetor duas perguntas: se você afirma que os verdadeiros profetas não pertencem a esta época, está você preparado para manter a inferência lógica de que Deus tem agido parcialmente e tem sido mais gracioso para com as pessoas das eras passadas do que para nós que vivemos neste tempo perigoso da igreja? Considerando que as passagens citadas neste capítulo mostram claramente que o dom de profecia pertence à verdadeira igreja e nela será encontrado nestes dias, como explica você a sua ausência na igreja da qual você é membro? - Francis D. Nichol, Respostas a Objeções