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postado em: 6/3/2009
Uso de Imagens e Figuras
A REVISTA ADVENTISTA, em várias oportunidades, tem afirmado não ser pecado o emprego de gravuras e ilustrações para melhor fixar a verdade no coração e no cérebro dos ouvintes. O pecado está em adorar essas gravuras. Mas, num apêndice de “O CONFLITO DOS SÉCULOS” [atual “O Grande Conflito”] se diz que imagens e quadros foram introduzidos nas igrejas, não para serem adorados mas para ajudar a compreensão dos que não sabiam ler. E, posteriormente, acabaram sendo adoradas. Não corre a Igreja Adventista o mesmo perigo, usando gravuras de Cristo? — B. W. G.
Realmente, é um fato histórico que as imagens e quadros de figuras sagradas se tornaram objeto de adoração, exatamente como diz o apêndice de O Conflito dos Séculos. Fato histórico e também profético, pois Daniel, prevendo a apostasia da futura Igreja Cristã, adiantou que “cuidaria de mudar os tempos e a lei” (Daniel 7:25).
Exatamente por causa da quebra do segundo mandamento da Lei de Deus, que proíbe o culto ou veneração das imagens de escultura e gravuras sacras, a Igreja apostatada teve de alterar, em seus catecismos, a Lei de Deus.
A Igreja chamada cristã já se achava em plena fase de apostasia quando aceitou a veneração das imagens e figuras. Ora, é impossível um paralelo entre a Igreja da apostasia e a Igreja Adventista do Sétimo Dia, que é a genuína Igreja de Deus, como também entre o uso de imagens e quadros feitos pela grande Babilônia e o uso de figuras, para efeitos didáticos, feitos pela Igreja remanescente.
Por várias razões. Entre nós as figuras só são exibidas na ministração do ensino, principalmente às crianças, em cartazes ou em nossos livros, apenas com o objetivo de ilustrar. E a veneração ou adoração em tempo algum virá entre nós, porque temos as duas características bíblicas da genuinidade da igreja final: a guarda dos mandamentos e o Espírito de Profecia.
O dom profético é a salvaguarda eficaz contra a apostasia. Nem está predito que nossa Igreja apostatará, o que seria absurdo. Temos uma eterna barreira contra qualquer desvio na guarda dos mandamentos.
É extremismo sustentar a proibição de qualquer uso de gravuras ou mesmo imagens, pois o próprio Deus, ao dirigir-Se a Seus profetas, empregava figuras e símbolos que deviam ser gravados - “em tábuas”, para que fossem corretamente entendidos (Hab. 2:2).
Ao próprio povo de Deus na antiguidade foi ordenado que fizessem “dois querubins de ouro, de ouro batido.., nas duas extremidades do propiciatório” (Êxo. 25:18). E as cortinas do tabernáculo deviam ser feitas “com querubins.., obra de artista”.
A própria leitura do mandamento, em sua inteireza (Exo. 20:4 e 5) mostra com clareza que a condenação visa à adoração dessas imagens ou figuras, sejam do que há em cima nos céus, embaixo da Terra, nas águas debaixo da Terra.
A Sra. White aprovou o uso de ilustrações em nossos livros e revistas. Escrevendo a um redator, disse: “Não condeno inteiramente o uso de figuras; apenas que se usem menos, mas que sejam boas ilustrações do assunto”. — Carta 106, 1902.
Disse mais: “As figuras que representam cenas bíblicas não devem ser desenhos vulgares”. — Manuscrito 23, 1896. E ainda mais: ela própria aprovou a inclusão de clichês ilustrativos de cenas bíblicas em seus livros impressos, com o objetivo de apresentar mais claramente o assunto tratado.
Em Historical Sketches, pp. 211 e 212, diz ela: “Outros há que condenam figuras, alegando que são proibidas pelo segundo mandamento, e que todas as coisas deste gênero deviam ser destruídas (...) O segundo mandamento proíbe o culto das imagens. Deus mesmo, porém, empregou figuras e símbolos para apresentar a Seus profetas as lições que deveriam ser dadas ao povo, para que, desta forma, pudessem ser entendidas melhor que de qualquer outra maneira.
Isto apela para a nossa compreensão, através do sentido visual”. Se o consulente crê no Espírito de Profecia então tem o esclarecimento autorizado. Melhor do que nossas próprias palavras.
- Extraído da Revista Adventista.