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postado em: 9/4/2009
O Emprego da Apologética
"Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." (1 Pedro 3:15).
A palavra traduzida acima por "responder" é, no grego, apologia (isto é, "defesa"). Essa palavra sugere a idéia de "defesa da conduta ou procedimento".
Wilbur Smith expressa-o da seguinte maneira: "... uma defesa verbal, uma palavra de defesa daquilo que alguém fez ou da verdade que alguém crê..." 19/481.
Apologia (palavra da qual surgiu em português a palavra apologia, que significa "discurso para justificar, defender ou louvar") foi uma palavra usada predominantemente no passado, "mas não para dar a idéia de pedido de desculpa, de tentativa de atenuar um erro ou de corrigir um prejuízo causado" (2/48), nem para elogiar.
O substantivo apologia (traduzido em português pelo verbo "responder" em 1 Pedro 3:15, acima citado) é empregado mais sete vezes no Novo Testamento:
"Irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós" (Atos 22:1).
"A eles respondi que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os seus acusados e possa defender-se da acusação" (Atos 25:16).
"A minha defesa perante os que me interpelam é..." (1 Coríntios 9:3).
"Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que segundo Deus fostes contristados! que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto" (2 Coríntios 7:11).
"... porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo" (Filipenses 1:7).
"... estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho" (Filipenses 1:16).
"Na minha primeira defesa ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta" (2 Timóteo 4:16).
A maneira como a palavra "responder" (isto é, "defender") é empregada em 1 Pedro 3:15 indica o tipo de defesa que alguém apresentaria perante um inquérito policial: "Por que você é cristão?" Um crente é responsável por dar uma resposta adequada a essa pergunta.
Paul Little cita John Stott como tendo dito: "Não podemos fomentar a arrogância intelectual de uma pessoa, mas devemos alimentar sua integridade intelectual" (E eu acrescentaria que devemos responder a perguntas feitas com sinceridade). 10/28
Beattie conclui que: "Ou o cristianismo é TUDO para a humanidade, ou então não é NADA. Ou é a maior das certezas ou a maior das desilusões... Mas se o cristianismo for TUDO para a humanidade, é importante que cada pessoa seja capaz de apresentar uma boa razão para a esperança que possui em relação às verdades eternas da fé cristã. Aceitar tais verdades sem ponderar a respeito, ou aceitá-las simplesmente por causa da autoridade que têm, não é suficiente para uma fé inteligente e estável." 2/37, 38
A tese "apologética" fundamental destas anotações é: "Existe um Deus infinito, de sabedoria, poder e amor absolutos, que se revelou, por meios naturais e sobrenaturais, na criação, na natureza do homem, na história de Israel e da Igreja, nas páginas das Santas Escrituras, na sua encarnação em Cristo, e, através do evangelho, no coração daquele que crê." 15/33
Autor: Josh McDowell
Fonte: Evidência Que Exige Um Veredito – Vol. I