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postado em: 14/11/2008
Jesus Cristo, Nosso Salvador “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:7). Jesus é denominado Filho de Deus em todos os quatro Evangelhos: Ele é tanto o centro da história do mundo como da doutrina da Bíblia. Ele é chamado de Alfa e Omega, Amigo dos Publicanos, o Bem-Amado, o Autor e Consumador da Nossa Fé, o Autor da Salvação, o Autor da Vida, o Bom Companheiro, o Cordeiro de Deus, Cristo Nosso Senhor, e de centenas de outros nomes. Em Isaias 9.6, é denominado “Deus Forte”; em Hebreus 2.10, “Autor da Salvação”; em I Coríntios 11.3, “Cabeça de Todo Homem”; em João 14.6, “o caminho, e a verdade, e a vida”. Mas o profeta Isaias, chamado de “o profeta evangélico’ tal a ênfase que dá à pessoa do Senhor Jesus, por volta do ano 700 antes de Cristo escreveu detalhes, minúcias sobre Ele, Sua divindade, a finalidade de Sua vinda ao mundo. No capítulo 49, começa dizendo: “Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O Senhor chamou-me desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome (...).“ A partir do capítulo 53, explica o seu sacrifício e morte em substituição pelos nossos pecados. Contudo, alguns séculos antes de Isaías, os Salmos 2, 8, 16 e muitos outros clamavam pela vinda do Messias. Deve-se dar relevo ao Salmo 22, que prenuncia as palavras que ele próprio diria ao ser crucificado: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (...) Todos os que me vêem zombam de mim, arregaçam os beiços e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no Senhor; que Ele o livre (...) Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes (...)”, fatos esses narrados em Mateus 27, versículo 35 e seguintes; Marcos 15, versículo 24 e seguintes; Lucas 23, versículo 35 e seguintes; e João 19, versículo 19 e seguintes. Quanto à sua divindade, a Bíblia também não deixa a menor dúvida. Quando Deus apareceu a Moisés no deserto, ordenando-lhe que retirasse o povo do Egito, Moisés ficou perplexo. Depois de receber as ordens, questionou com Deus o sucesso de sua missão, perguntando, a partir de Exodo 3.11: “(...) Quem sou eu, para que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? Respondeu-lhe Deus: Certamente Eu serei contigo; e isto te será por sinal de que Eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus neste monte. Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Ex 3.11-14). Na Sua vinda, no Seu ministério na Palestina, Jesus usou a mesma expressão ao falar aos judeus, quando lhe perguntaram admirados, diante dos milagres e maravilhas que praticava: “Porventura és tu maior do que nosso Pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem pretendes Tu ser? Respondeu Jesus: (...) Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? Respondeu- -lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu sou” (Jo 8.53-58). Jesus repete a mesma expressão pelo menos nove vezes, a partir de 5.18 do Evangelho de João. O Antigo Testamento também está repleto do mesmo tratamento por Davi, Isaias, Jeremias... O motivo principal das Escrituras é sempre Jesus. Ele é o Messias, o Prometido, o Emanuel. Tomé, uma figura das mais populares até hoje, aquele que só acreditaria vendo, viu e convenceu-se. Eis como aconteceu: “Diziam-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas Suas mãos, e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei. Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!” (Jo 20.25-28). Em Apocalipse, a expressão Alfa e Ômega (que são a primeira e a última letras do alfabeto grego) significa o princípio e o fim; Eu sou aquele que é eterno, conforme o mesmo Apocalipse 1.8; 21.6; 22.13. E, encerrando, basta citar João 14.6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim”. Cumpre notar que Jesus disse: ninguém vem ao Pai, e não: ninguém vai ao Pai. Ir a Ele é o mesmo que ir ao Pai. Mas, nesse capítulo de João há um apóstolo insistente. Ele pede a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Filipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.8,9). A divindade de Jesus é um assunto sobre o qual não paira a menor dúvida entre os cristãos sinceros. É bom que se saiba que todo o Evangelho de João foi escrito justamente para isto: para dirimir dúvidas surgidas em fins do século 1 quanto à divindade de Jesus. E evidente que ele foi bem-sucedido em sua missão. - Extraído de Alcides Conejeiro Peres, O Catolicismo Romano Através dos Tempos.